Urologista de Santos mostra medidas que podem ser adotadas para evitar complicações
Entramos
na estação mais fria do ano e com ela é comum o aumento de algumas doenças. As
mais conhecidas são aquelas do trato respiratório, como as gripes e resfriados.
Entretanto, alguns problemas do aparelho urinário também ficam mais frequentes
quando a temperatura cai.
O médico
urologista Heleno Diegues Paes afirma que é comum a piora dos sintomas
urinários daquelas pessoas que sofrem de Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) e
de Síndrome da Bexiga Hiperativa. A HPB proporciona uma obstrução urinária em
alguns homens, que passam a urinar com maior dificuldade. Eles apresentam
sintomas como jato urinário fraco e intermitente, esforço miccional e aumento
no número de vezes que precisam urinar. Há a tendência que esses sintomas
fiquem mais intensos no frio. Já no caso da Síndrome da Bexiga Hiperativa, a
pessoa apresenta vontade urgente de urinar e, por vezes, não consegue segurar a
urina. Estas pessoas também tendem a sofrer mais nas épocas mais frias.
Outras
pessoas, que sofrem de infecção urinária recorrente, podem ter suas crises de
cistite mais frequentes devido a mudanças nos hábitos diários. É comum as
pessoas diminuírem a ingestão de líquidos nesta época do ano e, consequentemente,
ficarem longos períodos sem urinar.
“Aumentar
a hidratação de forma a manter a urina na coloração clara e evitar ficar
segurando a urina por muitas horas, são algumas precauções que devemos tomar
para evitar as infecções neste período”, orienta o especialista.
Outras
medidas que podem ser adotadas são urinar após a relação sexual e usar roupas
íntimas de algodão. Esta última, inclusive, para evitar o surgimento de micoses
no genital e nas virilhas, que podem ser precipitadas pelo uso de roupas
quentes e apertadas no inverno.
“Os
sintomas da infecção urinária incluem necessidade urgente e frequente de urinar
com eliminação escassa de urina, ardor, dores na região da bexiga, nas costas,
sangramento na urina, odor e coloração escura, além de febre”, alerta Paes.
Assim, o
tratamento varia de acordo com o tipo e a gravidade de cada infecção,
geralmente envolvendo o uso de antibióticos. Infecções urinárias não
complicadas podem ser tratadas com antibióticos em dose única ou por um curto
período de tempo, dependendo da medicação escolhida. No entanto, infecções
urinárias nos rins ou prostatites requerem um tratamento mais prolongado.
Por mais
que o consumo adequado de água estimule o funcionamento do sistema urinário e
ajuda a prevenir infecções, é importante enfatizar que, seja qual for o sinal,
o urologista sempre deve ser procurado para fazer uma avaliação correta e
indicar o melhor tratamento para cada caso.
Heleno Paes - começou a se interessar pela medicina no final do ensino médio, quando precisou socorrer um amigo com cólica renal. Posteriormente esteve em uma excursão promovida pela escola para ajudar os estudantes a escolher a profissão, e conheceu a faculdade de medicina da USP. Ficou maravilhado com o estudo do corpo humano, com as peças do laboratório de patologia, e decidiu que era isso que queria fazer. Assim, ingressou na Faculdade de Medicina do Centro Universitário Lusíada, em Santos, em 1997.
Após seis
anos, concluiu a graduação e se alistou no Exército. Foi para a Amazônia à
serviço do Exército e realizou diversos trabalhos junto à população carente
local. Após um ano, regressou e foi morar em São Paulo, onde se especializou em
cirurgia geral no Hospital Municipal do Tatuapé, depois em Urologia no Hospital
Santa Marcelina e, por fim, em Transplante Renal na mesma instituição.
Nesse
período, fez cursos em microcirurgia, videolaparoscopia e outros relevantes
para sua formação. Atualmente, atua como médico assistente das
subespecialidades Uro-oncologia e Transplante Renal do Hospital Santa
Marcelina, o maior hospital da Zona Leste de São Paulo. É também preceptor do
internato médico e da residência médica e dá aulas na Faculdade de Medicina
Santa Marcelina. Em Santos, pratica a medicina em seu consultório, onde dedica
todos os esforços e conhecimento para cuidar de seus pacientes.
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