O mundo enfrenta uma verdadeira epidemia de distúrbios do sono e uso de
medicamentos para induzi-lo. Embora toda insônia deva ser investigada
clinicamente, é possível melhorar a qualidade do descanso aproveitando algo que
está ao alcance de todos: a nossa própria fisiologia evolutiva. Divulgação
Grande parte dos problemas envolvendo o sono têm
origem em aspectos evolutivos do corpo humano, que reage a desiquilíbrios e
interpreta que não podemos nos dar ao luxo de dormir quando estamos cansados.
Algumas práticas simples podem contribuir para um sono mais reparador:
- Reduza
o consumo de açúcar:
alimentos alto teor de açúcar, geram picos de insulina que podem tornar as
células resistentes a esse hormônio, dificultando a entrada de glicose.
Isso faz com que o cérebro interprete a situação como "fome",
ativando os circuitos da proteína orexina, que impede de dormir por
entender que precisamos buscar alimento.
- Use
filtros nas telas e evite jogos eletrônicos antes de dormir: a luz azul de dispositivos tecnológicos
interfere na produção de melatonina, atrasando o início do sono. Por isso,
a orientação de usar filtros que bloqueiam essa luz. Além disso, a
dopamina liberada durante jogos ou discussões online estimula o cérebro,
mantendo-o desperto, o que explica por que muitos adolescentes viram a
noite jogando videogames.
- Gerencie o estresse e evite estimulantes: a exaustão mental desencadeia a liberação de cortisol, um hormônio que ativa os centros cerebrais responsáveis pelo estado de alerta. Somando a isso, a produção de noradrenalina e adrenalina em situações estressantes aumenta a atividade cerebral, dificultando um sono tranquilo e restaurador.
Isabel Braga - médica, doutora pela Fiocruz, referência em transtornos do sono e autora do livro Noites de Renovação.
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