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quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Corrupção, assédio e discriminação: após 5 anos de análise, raio-X do comportamento dos profissionais no Brasil é lançado

 "Os 7 Pecados Organizacionais" é resultado de 5 anos de análise de dados comportamentais de mais de 24 mil profissionais no país

Pesquisa do IPRC Brasil (Instituto de Pesquisa do Risco Comportamental) é apresentada no I Congresso de Risco Comportamental 

59% dos profissionais cederiam à corrupção, 63% estão vulneráveis a expor dados sensíveis de suas organizações. e 40% não reagiriam adequadamente a situações de assédio sexual - esses e outros achados a seguir 


Após 5 anos estudando mais de 24 mil profissionais de variados setores do mercado brasileiro, O Instituto de Pesquisa do Risco Comportamental (IPRC Brasil), pioneiro nos estudos dos gatilhos que levam pessoas a atos de fraude e assédio traz à luz um inédito raio-X do comportamento humano em ambiente corporativo. Os dados serão apresentados no “I Congresso de Risco Comportamental - Desvendando os 7 Pecados Organizacionais”, promovido também pelo IPRC Brasil, que acontece no dia 6 de novembro de 2024, 100% online com mais de 20h de conteúdo com 50 especialistas.

“Desde novembro de 2018, nos dedicamos a investigar os desafios éticos e comportamentais enfrentados por organizações em todo o país”, explica Renato Santos, co-fundador do IPRC Brasil. “Nossas análises se baseiam no que chamamos de 7 Pecados Organizacionais, sob os quais dentro de todos os desvios comportamentais, sistematizamos os riscos em: corrupção, assédio moral, assédio sexual, desvios, discriminação, vazamento de informações e manipulação de resultados”.

O relatório da pesquisa 2025 “Os 7 Pecados Organizacionais”, apresentado dia 6 de novembro, é resultado da análise estatística da ferramenta PIR – Potencial de Integridade Resiliente®. Processo aplicado para candidatos e funcionários que ocupam posições sensíveis em suas organizações, sensibilidade essa que pode estar atrelada à vulnerabilidade das atividades que seu cargo propicia ao lidar com informações confidenciais, bens, dinheiro, negociações, entre outras. 


Resultados alarmantes

Por 5 anos a pesquisa  envolveu 24.326 profissionais de 174 empresas. Os níveis hierárquicos corporativos dos respondentes são 4% nível estratégico: conselho, sócios, C-level, diretoria e gestão executiva; 35% nível tático: gestão operacional, especialistas, coordenação; 61% nível operacional:  estagiários, técnicos, executores, analistas e assistentes. Confira mais detalhes da amostragem na pesquisa na íntegra. 

“Ao explorar os resultados desta pesquisa, esperamos fomentar um diálogo contínuo e real sobre Riscos Comportamentais, incentivando organizações a adotar medidas proativas para prevenir, combater e remediar esses riscos.”, diz Renato Santos.


Confira achados do levantamento dos 7 Pecados Organizacionais:

1)Corrupção:

  • 59% dos profissionais estão em risco de ceder à corrupção.
  • Subornos, favores indevidos e conflitos de interesse estão à espreita, com apenas 41% dos colaboradores mostrando capacidade de resistir a essas práticas.
  • Mais assustador: 12% dos trabalhadores não hesitariam em ceder a influências corruptas, colocando em risco a integridade de suas empresas.
  • Apenas os mais experientes parecem estar à altura: profissionais com pós-graduação têm 41% mais chances de resistir à corrupção

2)Assédio Moral:

  • A cultura de assédio moral persiste: 15% dos trabalhadores têm baixa resistência a esse comportamento tóxico e 39% estão em uma zona perigosa de resiliência moderada
  • Líderes operacionais são os mais vulneráveis: apenas 27% deles conseguem se manter firmes contra o assédio moral, enquanto 65% dos profissionais em níveis estratégicos se mostram resilientes
  • 23% dos trabalhadores acima de 50 anos são particularmente vulneráveis ao assédio, expondo o envelhecimento da força de trabalho a uma realidade ainda mais cruel.

3)Assédio Sexual:

  • O dado mais alarmante: 40% dos profissionais ainda podem ser coniventes ou incapazes de reagir ao assédio sexual em suas organizações.
  • Homens estão mais vulneráveis: 48% mostram alta resiliência contra o assédio sexual, em comparação com 53% das mulheres.
  • Os jovens de 18 a 29 anos são os mais resistentes, com 57% demonstrando forte capacidade de combater comportamentos inadequados.

4)Desvio:

  • 71% dos profissionais têm alta resiliência, mas atenção: 27% ainda flertam com o risco de cometer desvios, como roubo de recursos ou fraudes.
  • Os níveis operacionais são os mais expostos: 13% dos trabalhadores sem experiência profissional já são propensos a comportamentos antiéticos.
  • Profissionais mais experientes, com mais de 21 anos de carreira, são os mais confiáveis, com 80% de alta resiliência.

5)Discriminação:

  • A geração mais jovem parece ter dado um passo à frente: 85% dos profissionais entre 18 e 29 anos mostram alta resiliência contra a discriminação, mas o perigo ainda ronda os mais velhos.
  • Líderes operacionais estão à deriva: apenas 82% conseguem resistir à tentação de discriminar.
  • 85% dos trabalhadores com pós-graduação não toleram comportamentos discriminatórios, em contraste com os menos educados.

6)Vazamento de Informações:

  • Este é um dos maiores perigos: 63% dos profissionais estão vulneráveis a expor dados sensíveis de suas organizações.
  • Apenas 37% demonstram capacidade de resistir a esse risco, colocando milhares de empresas à beira de um desastre potencial.
  • No nível operacional, o risco é ainda maior: só 31% possuem alta resiliência a situações que envolvem o vazamento de informações.

7)Manipulação de Resultados:

  • 69% dos profissionais têm resiliência moderada contra a manipulação de resultados, o que significa que a maioria pode ceder a pressões para falsificar dados ou "maquiar" números.
  • No nível operacional, a vulnerabilidade é gritante: apenas 12% mostram alta resistência contra a manipulação de resultados.
  • Profissionais com mais de 21 anos de experiência são a linha de defesa mais forte, com 50% de alta resiliência.

Sobre o I Congresso de Risco Comportamental 

O 1º Congresso de Risco Comportamental, promovido pelo IPRC Brasil, terá mais de 20 painéis e contará com a participação de mais de 50 especialistas, abordando temas como Corrupção, Assédio, Fraudes, Discriminação, entre outros. O evento será totalmente online e traz grandes discussões com profissionais do mercado.

Agenda Congresso

Abertura: 09h

Painéis: 09h30 - 17h30

Encerramento: 17h30

Para mais detalhes, acesse: 1º Congresso de Risco Comportamental.


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