Mês de conscientização dos Tumores Neuroendócrinos alerta para os sintomas
da doença e a importância da descoberta precoce
De
acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma doença é considerada rara
quando afeta menos de 65 indivíduos para cada 100 mil habitantes.2
Quando falamos de câncer raro, essa estatística pode impactar um universo ainda
mais restrito, cenário que gera desconhecimento por parte do médico e do
público em geral, aumentando a jornada do paciente rumo ao diagnóstico. Essa
realidade é aplicada aos Tumores Neuroendócrinos (TNEs), que têm origem no
sistema endócrino e podem aparecer em vários órgãos como pulmão, pâncreas,
estômago, intestino e útero3. Com um comportamento heterogêneo, a
agressividade da doença está associada a alguns fatores como o local onde ela
aparece, à presença de metástase e ao ritmo de replicação das células malignas3.
Por ser um câncer raro, saber quais são os sintomas é determinante para um possível diagnóstico adequado e precoce. Alguns sinais são parecidos com os de várias outras doenças conhecidas, o que pode aumentar a jornada até a descoberta do tumor neuroendócrino, que pode durar entre cinco e sete anos. Dor abdominal, perda de peso e apetite, náuseas, coceira, diarreia, vermelhidão no tronco ou na cabeça, queimação na região do estômago, inchaço, urina escura, fezes esbranquiçadas, amarelão pelo corpo e até chiado no peito são algumas situações de atenção e que precisam de uma investigação junto a um especialista3. Diferente do carcinoma neuroendócrino, tipo mais agressivo, o tumor neuroendócrino de intestino delgado, mesmo em estágio avançado de progressão, pode apresentar sobrevida prolongada e até chance de cura.
Apesar de esporádicos e motivados por causas inespecíficas, a maioria dos casos
de TNEs estão relacionados a práticas conhecidas, e algumas reconhecidas pelo
grande público, presentes nos hábitos e comportamentos das pessoas no dia a
dia. São elas: histórico familiar de câncer, índice de massa corporal (IMC)
elevado, diabetes, tabagismo e o consumo de álcool. Vale ressaltar ainda que
existem algumas síndromes que predispõem o desenvolvimento do TNE3.
“Precisamos falar dos tumores neuroendócrinos o ano inteiro, muito além do
período de conscientização da doença. Diferente do câncer, a pauta TNE não pode
ser rara. Ela precisa estar no radar de conhecimento dos médicos e da
sociedade. Estamos falando de um paciente que pode demorar até sete anos para
descobrir que tem a doença. Mesmo assim, depois do diagnóstico, a jornada
continua e o próximo desafio é a busca pelo tratamento, seja ele via convênio
médico ou pelo SUS. Nesse contexto, é essencial que as duas esferas - privada e
pública - acompanhem a evolução dos tratamentos e incorporem essas terapias,
avaliando sempre os padrões e critérios técnicos estabelecidos e o impacto de
mudança de desfecho para que o acesso seja ampliado”, explica a Dra. Rachel
Riechelmann (CRM 98131), Diretora do Departamento de Oncologia Clínica, Líder
do Centro de Referência de Tumores Neuroendócrinos no A.C. Camargo Cancer
Center.
Vivendo com TNE
Com o intuito de aumentar a conscientização sobre os Tumores Neuroendócrinos, a
Ipsen - referência global em biotecnologia nas áreas de neurociência, oncologia
e doenças raras - idealizou a campanha Vivendo com TNE (Link). “Nossa plataforma conta com informações úteis, e
muito práticas, para o dia a dia dos pacientes familiares e cuidadores. A ideia
é que a campanha seja uma ferramenta complementar para a vida real de quem lida
com esse câncer raro. Temos conteúdos específicos com orientações que vão desde
dietas, impacto dos TNEs no trabalho, até depoimentos de pessoas que tiveram
que se adaptar a uma nova rotina, a partir do impacto negativo do diagnóstico.
O nosso objetivo com essa iniciativa é prestar um serviço e levar informação
para inspirar e auxiliar no cuidado dos pacientes durante essa jornada
desafiadora”, explica Vanessa de Carvalho Fabricio, Diretora Médica da Ipsen.
O diagnóstico dos TNEs
O
diagnóstico dos TNEs depende da localização dos tumores. Se for no pâncreas ou
pulmão, que são órgãos sólidos, o processo começa por meio de exames
radiológicos – tomografia computadorizada ou ressonância magnética – que também
auxiliam no diagnóstico dos tumores neuroendócrinos no intestino delgado.
Entretanto, há outros métodos complementares que são utilizados para a
descoberta da doença, como endoscopia, colonoscopia ou cápsula endoscópica2.
O tratamento dos Tumores Neuroendócrinos (TNEs)
Multidisciplinar,
o tratamento envolve médicos de diferentes especialidades que trabalham para a
elaboração de um plano personalizado para cada perfil de paciente. As opções
terapêuticas dependem do tipo, tamanho e da extensão do tumor, além de outros
fatores como idade e avaliação das alterações moleculares do paciente. A
jornada de tratamento ainda pode incluir: cirurgia, radioterapia,
quimioterapia, hormonioterapia, terapia-alvo, imunoterapia, ensaios clínicos e
cuidado paliativo. Essas opções, juntas ou isoladas, buscam os seguintes
desfechos: cirurgia para a retirada do câncer, eliminação do tumor sem a
necessidade de cirurgia, redução do crescimento do câncer e da disseminação
para outras partes do corpo, diminuição do tumor para melhorar o manejo no
processo cirúrgico, gerenciamento dos efeitos colaterais e alívio dos sintomas3.
Ipsen
ipsen.com/brazil/.
Referências:
Link (Levantar o link com a fonte primária sobre a informação do tempo de diagnóstico(cinco a sete anos)
Link
Link3/acc_cartilha_tne_2020_v3online.pdf
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