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segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

As 6 carreiras mais requisitadas para 2023

Com as mudanças tecnológicas, o mercado exige a atualização dos colaboradores; Larissa DeLucca, Presidente da Fundação Mulheres Aceleradas, diz o que esperar do mercado de trabalho no próximo ano

 

O mercado de trabalho está constantemente se renovando, a rápida mudança tecnológica é acompanhada da procura de profissionais adaptados às inovações. Assim, existem certas carreiras que, com o tempo, ficam mais valorizadas e outras que se desvalorizam.

Cada vez mais estão surgindo novas profissões, que possuem uma alta demanda em busca desses novos profissionais, e essa demanda muitas vezes não é cumprida. Para se ter ideia, de acordo com o estudo Projetando 2030: uma visão dividida do futuro, que foi encomendado pela Dell Technologies ao IFTF (Institute For The Future), cerca de 85% das carreiras que existirão em 2030 ainda não existem. Mais recentemente, por exemplo, isso pode ser observado na ascensão de carreiras relacionadas a programação.

Por isso, cabe aos profissionais procurarem se manterem atualizados constantemente às novas demandas, como explica Larissa DeLucca, CEO da Negócios Acelerados e Presidente da Fundação Mulheres Aceleradas, que fomenta o empreendedorismo feminino. “A chave para se manter presente no mercado é ficar em dia com os movimentos do mundo empresarial e suas tendências. Fazer cursos, ler a respeito e procurar por grupos são alguns dos principais meios de acompanhar as constantes mudanças”, aconselha.  

Abaixo, Larissa lista as profissões que serão mais procuradas pelo mercado nos próximos anos; confira:

 

1. Engenharias: “Sempre se renovando e atualizando, a engenharia acompanha a evolução da sociedade há milênios, sendo responsável por diversas inovações da sociedade moderna. Hoje, as profissões mais requisitadas da engenharia são as associadas ao mundo atual, a engenharia de dados cresceu meteoricamente e agora já está consolidado, como uma maneira eficiente de analisar dados de uma empresa. Já o Engenheiro de ESG - sigla que estabelece diretrizes de objetivos sociais para empresas - é uma promessa de demanda ainda maior nos próximos anos”, revela.

 

2. Finanças: “Com a constante abertura de novas empresas no Brasil, é necessário profissionais de finança e contabilidade que saibam lidar com o que está sendo criado e que entendam que no futuro o sucesso não estará necessariamente ligado aos lucros. Além disso, o consumidor futuro vai exigir outras práticas das empresas, como sustentabilidade e responsabilidade social”, explica.

 

3. Jurídico: "As dificuldades da internet incentivam a presença de órgãos jurídicos também nessa área, que deve continuar seu crescimento. Um levantamento feito pela Robert Half, empresa especializada em recrutamento, mostrou que tecnologia, varejo e e-commerce, serviços, bens de consumo e agronegócios são as que mais empregam juristas no momento e esse mercado deve crescer ainda mais com a iminência do metaverso em nossas vidas”, enumera.

 

4. Recursos Humanos: “O aumento da conscientização e percepção sobre a saúde mental, está causando um grande aumento na procura por profissionais qualificados da área. Em linhas parecidas, colaboradores especializados em onboarding e comunicação interna estão sendo mais requisitados, mostrando a clara procura por quem sabe se comunicar com colaboradores”, mostra Larissa.

 

5. Tecnologia: "Desde o início do século, o mercado tecnológico já se estabeleceu como o mais lucrativo para empresas, inclusive, as empresas com maior valuation da modernidade são as de tecnologia. No momento, a Apple é a primeira colocada avaliada em U$1 trilhão. Desenvolvedores, programadores e técnicos de TI devem ganhar cada vez mais espaço no mercado, que busca por profissionais criativos e eficientes para pensarem em boas soluções", sinaliza.

 

6. Empreendedorismo: “Para alguns não exatamente uma carreira, empreender é uma alternativaque milhões de brasileiros usam como forma de fazer suas vidas. Em constante crescimento no Brasil, basta uma boa ideia, dedicação e força de vontade para começar seu próprio negócio, sem a necessidade de passar por entrevistas, processos burocráticos e lentos de um trabalho usual”, finaliza Larissa DeLucca. 

 

Larissa DeLucca - empreendedora é fundadora e CEO da Negócios Acelerados, uma agência de marketing que há 13 anos potencializa negócios, utilizando a ciência de dados, tecnologia e criatividade para gerar tendências e caminhos que conduzam os negócios ao sucesso. A empresa é uma agência de consultoria e marketing referência em ciência de dados e entrega de resultados de performance, para orientação de gestores em suas tomadas de decisões. Para apoiar o empreendedorismo feminino, criou e preside a Fundação Mulheres Aceleradas.

LGPD: O que você precisa saber para 2023?

 

Os casos de vazamento de dados pessoais que têm ocorrido no Brasil não são poucos. Apesar da LGPD estar em vigor desde 2020, o ano de 2022 foi marcado por vazamento do cadastro de pessoas físicas e exposição de brasileiros a golpes de phishing. Para se ter uma ideia, o Brasil foi o quarto país com maior número de usuários que tiveram informações pessoais violadas no mundo no segundo trimestre de 2022, de acordo com um estudo global produzido pela empresa de segurança cibernética Surfshark.

 

Pensando em 2023, a sugestão é que as pessoas físicas tomem o máximo de cuidado em relação a suas senhas e informações. Além disso, as empresas devem empresas acelerar ao máximo a implantação do sistema de governança em privacidade, a fim de possam afastar qualquer possibilidade de aplicação de penalidades legais, que vão desde advertência, até multas de 2% de faturamento, isso porque não se sabe ao certo como a ANPD aplica tais penalidades e o Judiciário ainda não tem uma jurisprudência uniformizada sobre o tema. 

 

É importante entender que a conformidade com a LGPD traz uma competitividade muito grande para as empresas, além de trazer o conceito da própria exigência legal a necessidade de um sistema de Governança, que nada mais é que um conjunto de regras e procedimentos que visam criar um sistema de proteção para a lei. Além disso, outra expectativa para 2023 é a análise de como as pessoas físicas irão amadurecer em relação a esses direitos. Será um ano de consolidação de todas as partes, mas principalmente das empresas que correm os riscos de sofrer penalidades.


 

A LGPD para pessoas físicas

 

As pessoas físicas titulares dos dados devem ficar atentas às empresas que têm acesso aos seus dados e o que elas fazem com eles, já que a lei exige que isso seja explícito de forma bem clara. Os titulares também podem indagar as empresas acerca do uso, destinação e finalidade de todos os dados que constam em poder da empresa. A pessoa física titular desses dados, seja funcionário da empresa, cliente, fornecedor, tem o direito de saber como eles serão usados e a empresa precisa ter um canal de comunicação para sanar esses questionamentos.

 

É importante entender que os direitos dos consumidores são a apresentação de forma clara, expressa e inequívoca de quais são as finalidades de uso daquele dado, qual será o fluxo de dados dentro da empresa. Ou seja, o consumidor tem o direito de receber a informação do que a empresa irá fazer com as informações dele. Então, este é um dos principais direitos do consumidor em relação à LGPD, que é o direito de dar ou não consentimento para uso desses dados, revogar o consentimento, atualizar as suas informações e o direito de ter acesso a esse fluxo de dados. Além disso, o consumidor que tiver algum dano decorrente de um incidente com os dados pessoais, pode recorrer aos órgãos competentes para que possa requerer a devida compensação.


 

A LGPD para as empresas

 

Em relação às empresas, é necessário ressaltar a latente responsabilidade pelo uso dos dados. Todo o fluxo de dados dentro da empresa deve ser mapeado, ou seja, deve-se entender qual o caminho que os dados pessoais que a empresa recebe percorre dentro da empresa. É necessário que haja essa rastreabilidade e mapeamento, mecanismos de controle e toda uma política de gestão de segurança dessas informações. O conjunto de proteção e regras chamamos de Compliance de Proteção de Dados, ou Governança em Privacidade como a lei se refere.

 

Em relação às empresas que não estão dentro da LGPD, acredito que a ANPD - autoridade nacional de proteção de dados - criará um mecanismo de recebimento de denúncias de violação de dados e toda e qualquer forma de desvirtuamento do uso desses dados. De forma administrativa teremos a autoridade nacional, e outros meios que tem a competência de fazer isso, como o próprio Procon quando estivermos falando de dados de consumidor. Em casos mais drásticos, pode ser recorrido ao poder judiciário justamente para que haja uma atuação de forma a coibir a atuação das empresas de forma contrária a lei.

 

O primeiro semestre de 2023 é o momento para que as empresas revisem a implementação de um projeto de proteção de dados. Afinal, a implantação vai sempre olhar o tamanho da empresa, os dados que ela utiliza e, cada sistema de compliance, terá a cara da determinada empresa - ou seja, pode haver sistemas de LGPD desde o mais simples, em empresas menores que tem uma quantidade menor de procedimentos internos, até procedimentos mais complexos que utilizam uma série de ferramentas de controles para empresas maiores. O essencial é que as empresas tenham um sistema de proteção.

 

Rubens Leite - advogado e sócio-gestor da RGL Advogados e especialista em LGPD

 

ARTESP orienta quais as regras para viajar com crianças e jovens em ônibus intermunicipal

Determinações estabelecem quais documentos são necessários no momento do embarque


Para realizar viagens com crianças e adolescentes em ônibus intermunicipal é necessário cuidado redobrado dos pais e responsáveis. Antes de comprar as passagens e fazer as malas, é importante realizar um bom planejamento, já que ficar horas na estrada pode ser cansativo para eles. A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo, responsável pelo gerenciamento e fiscalização do transporte intermunicipal de passageiros, recomenda intensificar a atenção às regras estabelecidas pela legislação para embarcar com crianças sem transtornos.

As regras valem para pais e acompanhantes de crianças e de adolescentes menores de 16 anos. É preciso estar atento à documentação necessária na hora de viajar de ônibus pelas linhas intermunicipais do Estado de São Paulo.  

“É preciso ficar alerta ao que determina a legislação. Em caso de eventuais dúvidas, o responsável pelo menor de 16 anos deve entrar em contato com o Juizado de Menores ou Conselho Tutelar. Os fiscais da ARTESP e funcionários dos terminais também podem ser procurados para orientações", afirma Luis Carlos Moraes Caetano, diretor de Procedimentos de Logística da ARTESP.  

 

Documentos exigidos para o embarque 

No momento do embarque, passageiros com até 12 (doze) anos de idade incompletos, devem apresentar documentos oficiais que vão servir como identificação. Eles são:  

·         Cédula de Identidade (RG) 

·         Passaporte; ou 

·         Certidão de Nascimento (quando o menor estiver acompanhado pelos pais ou responsável até o terceiro grau, comprovando o grau de parentesco).

 

Já para crianças com mais de 12 anos de idade, são aceitos os seguintes documentos de identificação: 

·         Cédula de Identidade (RG); 

·         Passaporte; 

·         Carteira de Trabalho; 

·         Registro de Identificação Civil. 

  

Caso o menor de 16 anos de idade esteja desacompanhado de seus pais ou responsáveis legais e for viajar para um município fora da comarca onde reside, deverá estar expressamente autorizado. Para isso, além da documentação de identificação, deve apresentar, no momento do embarque, escritura pública ou documento particular com firma reconhecida (por semelhança ou autenticidade).

 

Dicas de bem-estar para a criançada para uma viagem tranquila

 

Para garantir o conforto e segurança dos pequenos durante as viagens em ônibus intermunicipal, elaboramos uma lista com algumas dicas que podem tornar a viagem em família ainda mais tranquila. 

 

·         Criança com até cinco anos não paga passagem desde que não ocupe assento, ou seja, deve viajar no colo dos pais ou responsáveis legais. Mesmo não pagando, é importante se dirigir com a criança até o guichê de atendimento aos passageiros, com a passagem impressa em mãos para fins de identificação;

·         Importante que os pais e/ou responsáveis reservarem um tempo antes da viagem para elaborar refeições leves, lanches rápidos e fáceis de serem manuseados como barras de cereal, biscoitos, snacks, sanduíches, frutas secas que podem ser levados durante a viagem, além de água ou um suco para hidratar; 

·         Durante longos trajetos, além dos documentos pessoais da criança e dos pais ou responsáveis, é importante levar os principais remédios que a criança costuma tomar;

·         Se possível, viaje no horário em que a criança costuma dormir (de preferência à noite, já que os pequenos costumam ficar menos agitados);

·         Leve cobertores e mantas para cobrir os pequenos, já que a maioria dos veículos mantém o ar-condicionado ligado e as temperaturas costumam ser baixas. 

·         Separe uma muda de roupas extra e leve junto de você na bagagem de mão.


Oito dicas para ajudar na escolha da escola

Entrada na vida escolar, mudança de bairro ou de cidade, encerramento de uma fase escolar e questões financeiras são alguns dos motivos que levam os pais a procurarem uma nova escola para os filhos. Seja na educação infantil, no ensino fundamental ou médio, essa tarefa não é nada fácil e requer um olhar atento por parte da família, pois o espaço escolhido será o “segundo lar” do estudante.

De acordo com o diretor-executivo dos Colégios do Grupo Positivo, Celso Hartmann, a dúvida é comum e a preocupação se a criança irá se adaptar, gostar da professora e fazer amigos, são frequentes. “Muitas vezes, os pais ficam mais aflitos que as crianças. E para que a decisão seja mais assertiva é preciso visitar o local, buscar informações, conhecer a metodologia de ensino e os valores da escola, que deverão estar alinhados com os da família, e ponderar o investimento. Além disso, observar questões de logística, como distância, trânsito e se oferece atividades culturais, esportivas e cursos de línguas na própria escola, o que facilita e otimiza tempo”, completa.

O Colégio Positivo preparou um e-book com informações para orientar as famílias na escolha da escola. O material pode ser acessado por meio deste link. Não existe uma fórmula mágica, no entanto algumas dicas podem ajudar:


  • Religião

É importante analisar qual é o peso da religião para a família e se a orientação da escola pode conflitar com a educação familiar.


  • Formação da equipe

A formação dos profissionais é muito importante. Avalie como é a seleção da equipe, quais as exigências para a contratação, a rotatividade e se há investimento na continuidade dos estudos para que os professores se mantenham atualizados.


  • Conteúdo

Conheça a proposta pedagógica da instituição e como ela é aplicada em sala de aula, se está alinhada ao desenvolvimento de habilidades e competências dos estudantes com foco na formação de cidadãos que tenham compromisso com a sociedade, atuantes e conscientes de suas responsabilidades, e às novas demandas, como o uso da tecnologia, inclusão social, meio ambiente, ética e cidadania.


  • Distância

Longos deslocamentos sempre geram desgaste físico e emocional. Chegar cansado pode interferir na produção escolar.


  • Faça as contas

Além do valor da mensalidade, é preciso pôr na ponta do lápis outras despesas, como aulas extracurriculares, lanches e lista de materiais de apoio. Assim, é possível chegar ao investimento real da escola e do impacto que ela terá no orçamento familiar.


  • Criatividade

Durante a visita, analise a criatividade da instituição escolar observando o mobiliário. A disposição de mesas e cadeiras, design, espaço de lazer e orientação dos professores pesa muito nessa questão.


  • Tamanho da escola

Analise se prefere uma escola focada em determinada fase da vida do seu filho ou se optaria por uma que reúne toda a educação básica em um mesmo espaço. Ambas têm suas vantagens e desvantagens.


  • Apoio

Avalie se existe uma equipe que fornece apoio pedagógico e psicológico para ajudar a lidar com a complexidade inerente ao ser humano em formação.

 

Colégio Positivo


Evitar o desperdício pode aumentar margem de lucro de clínicas e hospitais

Grande parte do custo dos serviços prestados está atrelado aos materiais utilizados no atendimento


O desperdício de produtos e instrumentos em clínicas de saúde deve ser observado como um ponto de atenção para que não acarrete prejuízos. Nesse caso, cabe ao gestor identificar e criar mecanismos para reduzir ou até eliminar os excessos, adotando um olhar criterioso sobre os materiais utilizados.

De acordo com Éber Feltrim, especialista e consultor de negócios na área da saúde e CEO da SIS Consultoria, o ideal é que seja estabelecido uma padronização nos atendimentos e produtos para que haja mais eficiência, evitando desperdícios e minimizando a perda de recursos de forma indevida. “Grande parte do custo dos serviços prestados está atrelado aos materiais utilizados no atendimento e se implementarmos um protocolo para evitar o desperdício é possível ampliar a margem de lucro do negócio”, destaca.

Para Feltrim, é importante que todos os envolvidos nos atendimentos entendam a importância de evitar o desperdício e o impacto que causa. “Realizar os atendimentos de forma otimizada, evitando solicitar materiais que não utilizará ou em quantidades desnecessárias é muito importante, assim como ter um olhar para o controle e direcionamento adequado dos recursos financeiros”, avalia.

Além disso, de acordo com o especialista, o colaborador responsável pelo controle de estoque deve ter conhecimento do material adquirido para que possa auxiliar em relação à quantidade média a ser utilizada, facilitando a gestão de compra.

Em alguns casos, inclusive, é possível comprar e estocar produtos sem perder a qualidade ou deixar de aproveitar promoções e oportunidades. “Normalmente, indica-se a aquisição de produtos de grande utilização na clínica ou consultório e que não possuam prazo de validade reduzido, porque podem permanecer estocados por um período maior sem o risco de desperdício”, aponta Feltrim.

O fundador da SIS também reforça que, mesmo com promoções e oportunidades vantajosas para a compra, deve-se analisar o fluxo de caixa para não comprometer a saúde financeira da empresa posteriormente. 



Dr. Éber Feltrim - Especialista em gestão de negócios para a área da saúde, começou a sua carreira em Assis (SP). Após alguns anos, notou a abertura de um nicho em que as pessoas eram pouco conscientes a respeito, a consultoria de negócios e o marketing para a área da saúde. Com o interesse no assunto, abdicou do trabalho de dentista, sua formação inicial, e fundou a SIS Consultoria, especializada em desenvolvimento e gestão de clínicas.


SIS Consultoria pertence
https://www.sisconsultoria.net/
instagram @sis.consultoria

Como fazer com que as metas financeiras para 2023 sejam alcançadas

O educador financeiro Thiago Martello explica que é preciso rever o que não deu certo para começar a colher resultados diferentes. Confira as dicas.


Todo final de ano é o período típico em que muita gente começa a estipular novas metas, inclusive financeiras. O problema é que, 12 meses depois, nem sempre os objetivos terão sido atingidos, especialmente quando dependem de dinheiro. É possível, porém, aproveitar a energia de um ano novo para fazer diferente e conseguir resultados verdadeiros.

De acordo com o educador financeiro Thiago Martello, fundador da Martello EF, se as estratégias utilizadas para a conquista de um objetivo financeiro não deram certo até agora, é preciso mudar. Ele cita o exemplo de alguém que quer formar uma reserva de emergência. “Nesse caso, normalmente o brasileiro paga as contas e, se sobrar, ele guarda. Isso não dá certo porque o dinheiro não foi feito para sobrar, mas para gastar. Tem que inverter a lógica para conseguir cumprir a meta. Ou seja, quando o pagamento chega, já tiro antes o que vou guardar. Mesmo que seja um valor pequeno”, sugere.

Além disso, para uma meta financeira ser realizada, é preciso que ela seja simples, especialmente para quem está começando a criar objetivos nesse sentido. “Se a pessoa estipular uma meta inatingível, difícil de alcançar, ela vai se frustrar! E o que poderia ser legal acaba sendo ruim”, explica.

O educador aconselha a definição de micro metas, possíveis de serem atingidas, para quem está começando a estipular objetivos. “Se eu quero guardar 5 mil reais até o fim do ano, por exemplo, posso dividir em metas menores, por trimestre, mês, semana. Dessa forma fica mais fácil. Além disso,  a sensação de estar conseguindo atingir algo ajuda a pessoa a querer continuar no processo”, afirma Martello.

Outro ponto importante levantado pelo especialista é trabalhar o autoconhecimento para identificar situações nas quais a pessoa errou, tomou decisões por impulso, e etc. A sugestão é fazer uma autoanálise do que aconteceu no ano para identificar hábitos ruins.

“Em uma dessas imersões, a pessoa pode conseguir encontrar coisas do gênero: “Eu, quando brigo com meu marido, vou ao shopping e gasto”. E passar a fazer diferente, trabalhando um novo hábito, um novo padrão. Que tal mudar para: “Briguei com meu marido, mas agora, em vez de ir ao shopping, vou para a academia?”.

Martello ressalta que é impossível desassociar a questão psicológica e a questão financeira. “Uma coisa está ligada à outra. A pessoa precisa entender qual é a válvula de escape dela e criar um novo padrão neural, um novo hábito positivo para que, dessa vez, os objetivos realmente comecem a dar certo”, conclui.

 


Martello Educação Financeira
martelloef.com.br/


Thiago Martello - administrador de formação, pós-graduado pela FGV, especialista e agente autônomo de investimentos, além de atuar como educador e planejador financeiro desde 2015. Ele começou a trajetória aos nove anos, vendendo balas no farol perto de casa e hoje já mudou a vida de mais de mil pessoas através de uma metodologia exclusiva, simples e divertida e que transformou a vida de muitas famílias. Com bom humor, ele mostra que é possível organizar as contas de forma prática e dar uma "martellada" definitiva na desordem financeira. Para sabe mais, acesse https://martelloef.com.br/

 

Número de usuários do Linkedin em trabalho 100% remoto já é maior que o formato híbrido, aponta estudo inédito da Gombo

Time de pesquisadores da agência, que é especializada em projetos e criadores de conteúdo nesta plataforma, entrevistou quase três mil usuários ativos em todo o país e ainda brasileiros que vivem no exterior


A Gombo é a primeira agência brasileira especializada em influência, engajamento e projetos especiais exclusivos para o LinkedIn. A empresa conta com um time de pesquisadores e acaba de finalizar um estudo inédito, “Pesquisa de Comportamento do Usuário do LinkedIn”, que procurou entender como os usuários da plataforma se relacionam com ela. Os resultados da parceria entre a Gombo e a patrocinadora da pesquisa, Lumen Academy, comprovam, por exemplo, que o número de profissionais que trabalham no modelo 100% remoto já é maior que o formato híbrido.

De acordo com o estudo, o modelo de trabalho tradicional que exige a presença diária dos profissionais nas empresas ainda forma a maioria com 32,5% dos respondentes. Contudo, este grupo está a apenas 6% acima daqueles que trabalham em modelo totalmente remoto, que representa 26% da amostra.

“Com essa nova onda de aumento de casos de coronavírus e a iminente possibilidade de novas recomendações de precaução para conter sua proliferação, em um ano essa realidade já deve ser inverter e empresas ainda resistentes ao home office devem rever suas regras e cultura organizacional”, prevê Erih Carneiro, Cofundador da Gombo e LinkedIn Top Voice.

Erih Carneiro ainda acrescenta que “um fenômeno importante a ser destacado nos resultados do estudo é que o número de pessoas full-time em trabalho remoto já é um pouco maior do que o formato híbrido, que corresponde a 24,5%. Isso contraria todas as previsões de especialistas que diziam que o futuro seria do revezamento do trabalho parte em casa e parte nas empresas”.


Profissionais empregados utilizam LinkedIn para monitorar outras vagas

O estudo também mostra que 16,3% dos entrevistados se identificam como desempregados. Contudo, 35,2% afirmaram utilizar o LinkedIn, prioritariamente, para busca de novas oportunidades de trabalho.

“Sabemos que a plataforma é uma das mais importantes ferramentas de recolocação, seja para os profissionais ou para os recrutadores. Porém, a comprovação de que tanta gente que está empregada utiliza o LinkedIn para monitorar novas oportunidades é um fenômeno importante que deve ser levado em consideração por empregadores, profissionais de recursos humanos e até head hunters que já têm a tradição de abordar pessoas em atividade com novas propostas”, destaca Erih Carneiro.

Além disso, a rede tem mudado bastante o seu posicionamento nos últimos anos, transformando-se em uma rede social com um foco especial no mundo corporativo e do trabalho. Para Dimitri Vieira, cofundador da Gombo e LinkedIn Top Voice, “essa mudança da rede pode ser percebida no crescente foco dado às pessoas criadoras de conteúdo da rede e com a criação do ‘Programa de Aceleração LinkedIn Creator’, que contou com a participação de Patrícia Pousa, especialista em saúde do trabalhador e Thomas Nader, especialista em recursos humanos, ambos do Time de Especialistas da Gombo”.


Grande potencial para relacionamento de marcas com clientes

Conhecimentos sobre o comportamento também são extremamente importantes para qualquer empresa que use o potencial da plataforma para impactar e engajar clientes, afinal, 91% dos entrevistados afirmaram acessar a plataforma frequentemente ou muito frequentemente.

Os dados obtidos pela pesquisa dão indícios de que o LinkedIn tem potencial para ser um espaço a mais para as marcas estarem em evidência. “A presença das pessoas criadoras de conteúdo dentro da plataforma, somada aos esforços que a rede tem feito para mantê-las engajadas é uma mistura perfeita para nós da Gombo e para empresas”, pontua Erih Carneiro.

Além disso, são usuários que usam de forma massiva as funcionalidades oferecidas pelo Linkedin. 67% estão em empresas que possuem páginas de negócios na rede, 70% participam de grupos, 66% já encontraram uma oportunidade de emprego ou negócio e 49% já clicaram ou abriram mensagens de conteúdo patrocinado.


Sobre a metodologia

O estudo “Pesquisa de Comportamento do Usuário do LinkedIn” foi liderado pelos pesquisadores Cristian Schaefer, Mestre e Doutorando em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) e especialista em Comportamento do Consumidor, e Alisson Pereira, Antropólogo, Mesre em Antropologia Sociocultural pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e especialista em Antropologia do Consumo.

A pesquisa teve a participação de 2.977 usuários ativos da plataforma, independente da frequência, de todas as regiões do Brasil e também brasileiros que moram e trabalham no exterior. Para criar uma amostra que fosse representativa do universo ativo no LinkedIn, os pesquisadores criaram uma metodologia exclusiva em forma de cascata que selecionou inicialmente um pequeno grupo representando todos os diversos perfis de usuários, formado pelo time de pessoas especialistas da Gombo e, a partir deles, adentrou cada em uma de suas redes na plataforma criando um recorte de como o brasileiro se comporta dentro da rede.


Gombo
www.gombo.com.br
www.linkedin.com/company/meugombo


Compras de Natal: entenda seus direitos relacionados à troca ou devolução de presentes

De acordo com a advogada Ana Carolina Makul, o Código de Defesa do Consumidor não prevê o direito de troca ou devolução de presentes comprados presencialmente


Em vigor desde o ano de 1990, a Lei nº 8.078, mais conhecida como Código de Defesa do Consumidor, assegura o direito de arrependimento de compras realizadas à distância. Esse artifício garante que o comprador cancele qualquer compra ou contratação de produtos e serviços realizados por telefone ou pela internet, sem motivo prévio, dentro do prazo de 07 (sete) dias após o recebimento do item.

No entanto, de acordo com Ana Carolina Makul, advogada especialista em direito do consumidor, que atua no escritório Duarte Moral, não existe previsão legal do direito de arrependimento para compras realizadas presencialmente. “Nesse caso, a devolução do presente e a restituição do valor gasto apenas seria possível por mera liberalidade do vendedor, ou por meio de acordo ou contrato firmado entre comprador e vendedor. Entretanto, algumas lojas físicas permitem a troca de um produto por outro em um período de até 30 dias”, pontua.

Assim, é recomendado que ao comprar um presente o consumidor se informe se o produto poderá ser trocado caso o presenteado não goste ou ocorra algum outro problema, como uma peça de tamanho errado, por exemplo.

A advogada esclarece, no entanto, que caso o produto tenha algum defeito, o consumidor sempre terá o direito à devolução. "Se o problema não for reparado pelo fornecedor, além da possibilidade de troca por produto da mesma espécie, o consumidor poderá optar pelo abatimento proporcional do preço pago ou pela restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos. O Código de Defesa do Consumidor prevê que o comprador poderá optar por uma dessas três alternativas”, destaca a especialista.

O prazo previsto para o reparo do problema é de 30 dias, já o direito de reclamar sobre o defeito é de 90 dias (prazo que se aplica para os produtos duráveis).   

Vale ressaltar que em alguns casos será necessário seguir alguns procedimentos para que a troca desejada seja efetuada. "A apresentação da nota fiscal e devolução do item a ser trocado dentro da embalagem são algumas das exigências mais comuns para que a devolução seja possível", alerta Ana Carolina.

Caso a compra seja realizada de forma on-line ou por telefone, existe o pleno direito de arrependimento e reembolso. "Esse direito deve ser exercido no prazo de 07 (sete) dias contados do recebimento do produto. Assim, o consumidor deverá apenas manifestar expressamente esse direito ao fornecedor, de preferência de forma escrita e seguindo os termos exigidos pela loja. É interessante guardar o comprovante dessa manifestação para evitar problemas futuros", aconselha a advogada.

Se a empresa negar a solicitação de cancelamento da compra realizada pela internet ou negar a troca, no caso de previsão dessa possibilidade na “política de troca da loja”, o melhor caminho é contar com o auxílio de um advogado.

Ana Carolina reitera que o direito à troca não é obrigação do fornecedor. “Porém, havendo a recusa da troca previamente acordada, o advogado poderá auxiliar o cliente a fazer valer esse direito, resolvendo o problema diretamente com a empresa ou ingressando com uma ação judicial", finaliza a advogada. 



Ana Carolina Aun Al Makul - Advogada com atuação na área cível desde 2012. Graduada na Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Pós-graduanda em Direito Contratual pela EPD (Escola Paulista de Direito). Atuou em diversos campos do direito civil (predominantemente em contencioso cível), inclusive na área de direito imobiliário e do consumidor, em diferentes escritórios de advocacia na cidade de São Paulo, na Defensoria Pública do Estado de São Paulo e no Poder Judiciário Federal.


Duarte Moral
https://duartemoral.com/
@duartemoraladv

O impacto das redes sociais em nossas vidas

A psicóloga Ana Gabriela Andriani ressalta a importância de estabelecer limites e novo hábitos diante das redes sociais, que usadas de forma errada, podem ocasionar problemas, como a ansiedade, problemas com a autoestima e perda de sono

 

Em um estudo realizado pela Sortlist apontou que os brasileiros gastam mais de 10 horas por dia na internet, sendo que 3 horas e 43 minutos desse tempo é utilizado para acessar as redes sociais. O surgimento das redes sociais tem a ver com necessidades latentes relacionadas à troca de informações, conexão entre pessoas, conexão entre pessoas e empresas, além do compartilhamento de conhecimento entre si. 

De acordo com o estudo realizado pela instituição de saúde pública do Reino Unido, Royal Society for Public Health (RSPH), em parceria com o Movimento de Saúde Jovem, as redes sociais mais usadas – Facebook, YouTube, Whatsapp e Instagram - provocam efeitos positivos ou nocivos à saúde humana, dependendo de como são utilizadas. 

Utilizar redes sociais como parâmetros de comparação com o outro, pode ocasionar impacto negativo no sono e diminui a autoestima, cerca de 70% dos jovens revelaram que as redes sociais fizeram com que eles se sentissem pior em relação à própria autoimagem. Outro ponto negativo é o sentimento de perder algum acontecimento, fazendo com que fiquem mais tempo navegando em suas redes. 

A psicóloga Ana Gabriela Andriani entende que as pessoas estão em um momento de preocupação em se manter constantemente informados, e que isso é de grande importância, mas, que esse medo de perder algo pode virar uma obsessão pela informação, um desejo de colecionar informações e de ter uma opinião em relação a algo, podendo desencadear a síndrome de FOMO (Fear Of Missing Out), exatamente o medo de perder algo ou estar fora das coisas.

“Não existe fórmula para usar corretamente as redes sociais, mas é de grande importância colocar limites e estabelecer tempo de uso. Não perder a conexão com o mundo real, vivenciar atividades prazerosas e se relacionar com as pessoas que estão à sua volta são “pontos-chave” para desapegar do mundo virtual. Outro ponto é aceitar que temos falhas e sempre existirá diferenças entre todos, as redes sociais são recortes da vida e não uma realidade em sua totalidade. A comparação impacta negativamente a saúde mental, então compreender que nunca existirá o perfeito e o autoconhecimento é um bom começo para usar as redes sociais e os celulares de forma mais saudável”, conclui a psicóloga Ana Gabriela Andriani.

 

Ana Gabriela Andriani - CRP 06/58907 - psicóloga formada pela PUC- SP, Mestre e Doutora pela Unicamp, especialista em terapia de casal e família pela Northwestern University - EUA, especialista em Psicoterapia Breve pelo Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, e membro Filiado da Sociedade Brasileira de Psicanálise.

 

É possível manter os estudos no período de férias? Confira dicas

Crédito: Canva

Professores da Plataforma Ferretto compartilham dicas para conseguir desfrutar dos momentos de lazer e descanso sem "largar mão" dos estudos

 

A chegada das férias é um momento aguardado por muitos estudantes, que após enfrentarem um ano repleto de provas, estudos e trabalhos, desejam finalmente aproveitar o tempo livre para relaxar. Entretanto, alguns alunos temem “perder o ritmo’’ dos estudos neste período de descanso, e não sabem bem como conciliar o lazer com o foco na preparação acadêmica.

Os docentes Pedro Rennó (História) e Alencar Schueroff (Literatura), da Plataforma Professor Ferretto, - canal 100% online, com foco no conteúdo complementar para o Ensino Médio e preparação para o Enem e vestibulares - comentam algumas dicas para conseguir recarregar as energias sem abandonar 100% os estudos nas férias:


Organize-se

É importante saber separar dias ou horas de estudos durante este período. Ao se organizar, você consegue realizar todas as tarefas e ter momentos de lazer com as pessoas que ama. “É preciso estudar, mas também garantir algum tempo livre para fazer o que gosta. Assista a uma série, vá para as redes sociais, faça o que te dá prazer, mas não deixe de pontuar seus atuais objetivos e de estudar, mesmo que esteja de férias”, recomenda Rennó. 


Trace um plano de estudos

Uma das melhores formas para não se sobrecarregar é definindo um plano  de acordo com suas prioridades e metas. A partir daí, será mais fácil manter o conteúdo “fresco” na memória e obter um melhor rendimento no aprendizado. “Ter objetivos é importante em qualquer situação, tanto no período de férias quanto de aulas. Assim, os alunos vão percebendo sua evolução e suas dificuldades, e conseguem ter um controle para ser mais eficaz nos estudos”, avalia Rennó.


Divida o estudo por disciplinas

Quando há muitas matérias para serem estudadas, é comum ficar “perdido”. Por isso é importante aprender de forma regrada, sempre intercalando os assuntos mais complicados e os mais fáceis. “Não acho uma boa ideia focar apenas nas disciplinas que se tem mais dificuldade, os alunos vão encontrar várias áreas nas provas, e se focarem 80% apenas naquilo que tem mais dificuldade e não derem atenção para aquilo que tem mais facilidade, podem ter problemas na hora de resolver as questões de uma prova. Por isso, deve-se evitar “esfriar” em alguns assuntos”, diz.


Crie uma rotina de revisão

Aprender novos assuntos é fundamental, mas caso exista alguma ‘’ponta solta’’ de matérias anteriores, uma simples dúvida poderá impactar diretamente no entendimento geral de um novo tema. Portanto, revisar o que já foi visto é uma boa forma de estudar, pois isso ajuda o aluno a relembrar os tópicos das disciplinas e garantir que está pronto para o que vem pela frente, tendo ele afinidade ou não com a matéria. “A revisão dos conteúdos estudados vale muito a pena, mas não se pode esquecer que isso não é pegar o conteúdo do zero, e sim relembrar aquilo que já foi visto anteriormente. Por isso, é preciso ter calma e não se desesperar. Indico que o aluno revise alguns conteúdos de cada disciplina todos os dias, ou, se não for possível, ao menos em dias alternados”, aconselha o professor Alencar.


Curta as férias!

Por mais que existam diversos benefícios em manter o ritmo dos estudos no período de recesso, não exagere na ‘’dose’’ e não deixe de aproveitar os momentos de descanso.  As férias servem justamente como um preparo para o ano que vem pela frente, e a sua mente precisa estar relaxada para absorver com mais facilidade os novos conteúdos. "O estudante pode reduzir sua carga de estudo, o  mais  importante é a qualidade do tempo dedicado, a produtividade, e não o número de horas. A motivação do aluno nasce de saber que o pouco que é estudado, é um avanço no aprendizado”, finaliza Rennó.

 

Plataforma Professor Ferretto

Despesas com home office não integram cálculo da contribuição ao INSS

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Fiscais de todo o país devem seguir norma da Receita Federal, que também afeta cálculo do IR retido na fonte e apuração do IRPJ


Os valores pagos pelas empresas que adotam o regime de teletrabalho, o chamado home office, para o ressarcimento de despesas arcadas pelos empregados com internet e consumo de energia elétrica não devem ser incluídos na base de cálculo da contribuição previdenciária e nem do imposto de renda de pessoa física (IRPF) dos funcionários.

A orientação consta da Solução de Consulta nº 63, da Cosit (Coordenação Geral de Tributação), publicada em 19 de dezembro pela Receita Federal. A Solução de Consulta é uma ferramenta adotada pelo órgão com o objetivo de esclarecer dúvidas específicas dos contribuintes em relação às questões tributárias e serve de guia para os fiscais de todo o país. Ela tem efeito vinculante a todos os contribuintes que se enquadrem nas hipóteses abrangidas pela norma.

Na prática, a Receita Federal deixa claro que a ajuda de custo repassada aos funcionários que trabalham em home office não se enquadra no conceito de verba remuneratória e, portanto, não está sujeita à tributação.

Para o advogado tributarista do Hondatar Advogados, Regis Trigo, esse entendimento do fisco deve reduzir a carga tributária de um número expressivo de companhias que passaram a adotar o regime de teletrabalho em decorrência da pandemia da covid-19, além de estimular a manutenção de colaboradores trabalhando em casa.

Segundo dados da Korn Ferry, consultoria global de carreira, 85% das empresas brasileiras optaram por essa modalidade de trabalho entre 2020 e 2022. Atraídas pela redução de custos com infraestrutura, muitas empresas mantiveram o sistema home office ou trabalho híbrido mesmo depois da pior fase da pandemia.

Caso o valor da ajuda de custo para fazer frente a essas despesas fosse integrado ao salário, as empresas seriam obrigadas a arcar com 20% referentes à contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento, sem contar com outros encargos atrelados, como as contribuições ao Sistema S (Senai, Senac e Sesi).

“Para as grandes companhias que possuem número expressivo de trabalhadores e que adotaram o trabalho remoto, é um impacto expressivo. Esse entendimento da Receita é importante porque elimina a dúvida surgida desde a pandemia de incluir ou não essas despesas na base de cálculo da contribuição previdenciária”, explica. 


IR RETIDO NA FONTE

O entendimento também influencia o cálculo do imposto de renda retido na fonte dos funcionários, que passa a ser menor com a possibilidade de separar tais despesas do salário recebido.

Na avaliação do advogado, a Solução de Consulta também esclarece essa situação, evitando questionamentos, no futuro, envolvendo a retenção menor do imposto realizado pela empresa.

“O próprio texto da norma esclarece que não se trata de acréscimo patrimonial esse adicional recebido, mas um valor para fazer frente às despesas decorrentes do trabalho em home office”, analisa.


DESPESA OPERACIONAL

A norma também impacta a apuração do IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) das empresas do Lucro Real. Isso porque a ajuda de custo direcionada para a realização do teletrabalho pode ser considerada como despesa operacional, pois tem relação com a atividade empresarial e, portanto, dedutível do imposto.

O advogado chama a atenção para os requisitos exigidos pela Receita para que essas despesas sejam, de fato, consideradas como verbas indenizatórias. No texto da norma, o fisco destaca que a empresa deve comprovar que os valores foram pagos pelos empregados mediante a entrega de documentação “hábil e idônea”.

“Imagino que as empresas já estejam separando e organizando documentos que comprovem tais despesas, como faturas de energia elétrica e internet, pois esses valores devem aparecer como ajuda de custo na contabilidade”, conclui.

Na avaliação de Fábio Calcini, advogado do escritório Brasil Salomão, a Solução de Consulta é muito relevante e positiva aos empregadores. “Se fosse um pagamento pelo trabalho, seria tributado. Mas quando se trata de um pagamento ‘para’ o trabalho, tem-se verdadeira indenização, sendo uma contraprestação para viabilizar o exercício laboral”, resume.



Silvia Pimentel
Diário do Comércio (dcomercio.com.br)


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