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sexta-feira, 4 de março de 2022

Brasil registra mais de 1.500 acidentes com energia elétrica por ano

Acidentes com energia elétrica são bastante recorrentes (Foto: Pixabay)
Por mês, são cerca de 130 ocorrências, o que reforça a preocupação com detalhes considerados banais, como, por exemplo, tomadas, fios soltos, extensões, entre outros.


Em 1986, no Rio de Janeiro, o Edifício Andorinha, que abrigava a sede da General Eletric, pegou fogo por causa da sobrecarga de aparelhos elétricos. No ano 2000, um problema na instalação do aquecedor foi a origem de um incêndio na creche Casinha da Emília, em Uruguaiana/RS. E em fevereiro de 2019, no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, um curto-circuito em um ar-condicionado foi o responsável pela morte de dez adolescentes, em um trágico episódio que completou três anos no mês de fevereiro.

Ocorrências como essas, infelizmente, ainda são bem recorrentes – mais até do que se imagina. Prova disso é o mais recente estudo da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), divulgado durante a 1ª Conferência sobre a Realidade da Infraestrutura das Instalações Elétricas. Ele aponta que, durante todo o ano de 2021, foram registrados 1.579 acidentes com energia elétrica. Somente os choques foram responsáveis por 674 óbitos, seguidos pela perda de 46 vidas em incêndios por sobrecarga de energia (curto-circuito) e 40 mortes por descargas atmosféricas (raios).

Ao todo, foram 898 acidentes com choque elétrico, uma média de 75 por mês, ou seja: quase três indivíduos acabam ficando feridos todos os dias, muitos deles em situações corriqueiras, com baixa tensão. Deste universo, apenas 224 pessoas tiveram ferimentos, o que traz a alarmante estatística. “A maioria [das pessoas] não tem nenhuma chance de sair com vida de um perigo que poucos dão importância nas residências, nas empresas e nas ruas, desdenhando dos perigos de instalações e equipamentos elétricos, e muitos sofrem as consequências dessa negligência”, comenta Fábio Amaral, engenheiro eletricista e diretor da Engerey, empresa curitibana especializada na montagem de painéis elétricos que atende todo o Brasil.

Amaral explica que, atualmente, para interromper o perigo de choques elétricos, existem equipamentos como o Diferencial Residual, também conhecido como DR, capaz de evitar fugas de energia em um circuito elétrico, que pode acontecer quando de choques elétricos, fios desencapados, condutores mal isolados ou em contato com carcaças. “Reconhecendo qualquer pane na rede elétrica, o dispositivo desliga o circuito, de forma instantânea, evitando, assim, a gravidade do choque elétrico”, garante o especialista.


Engenheiro Eletricista e Diretor da Engerey, Fábio Amaral, mostra DR em quadro elétrico: dispositivo reconhece fuga de energia e desliga o circuito, de forma instantânea, evitando, assim, a gravidade do choque elétrico.

Para ele, diante dos altos índices de acidentes envolvendo energia elétrica sinalizados na pesquisa da Abracopel, as medidas de prevenção jamais podem ser consideradas como um exagero. “Pelo contrário. É como diz o ditado: ‘a cautela é o melhor remédio’. Outro detalhe importante, neste sentido, se faz dentro das empresas, onde ainda vemos que muitos gestores arriscam a própria vida e a de seus funcionários investindo em equipamentos mais baratos que não têm dispositivos de segurança”.


Regiões com mais acidentes

De acordo com o Anuário da Abracopel, a região Nordeste foi a campeã do número de acidentes, com 242 ocorrências, seguida pela região Sudeste (129); Sul (110); Norte (97) e Centro-Oeste (96). “Só que, em número de habitantes, a região Sudeste contempla um número maior de pessoas. Para termos uma ideia, juntos, os quatro estados – São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro – assinalaram 176 incêndios provenientes de acidente com energia elétrica e seis mortes, sendo que a região Sul contemplou 197 incêndios, com 16 óbitos. São números muito expressivos. Para tentar reverter o mais breve possível esse quadro, lançaremos um estudo aprofundado que contempla a população x área territorial”, garante Edson Marinho, diretor-executivo e engenheiro da Abracopel.

Durante o evento, ele ressaltou, ainda, que os acidentes domésticos envolvendo eletricidade acometem mais as crianças, mas os idosos também são vítimas, por conta da dificuldade de locomoção. “Portanto, a situação das instalações elétricas das casas deve ser ponto-chave na vida das pessoas, mesmo porque a maioria das casas construídas há mais de 20 anos não possui capacidade para ‘aguentar’ a quantidade de equipamentos que temos”, observa Amaral.

Na Conferência, foi apresentada também a pesquisa “Percepção de Segurança com Eletricidade”, organizada por Edson Martinho, Walter Aguiar Martins Júnior e Danilo Ferreira de Souza, da Abracopel, no que diz respeito às oportunidades de melhorar a segurança do trabalho referente aos riscos elétricos. Todos os respondentes [1072] acreditam que há possibilidades sim de melhoria, contrariando a ideia de que os locais de trabalho são seguros em relação à eletricidade. “Além disso, ficou evidenciado que as pessoas compreendem que os treinamentos de segurança de trabalho são úteis aos trabalhadores e eficazes para reduzir ou manter os baixos índices de acidente”, explicou Walter Aguiar.

Neste sentido, o engenheiro eletricista e diretor da Engerey, Fábio Amaral, ressalta, além do DR, a importância do Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS), a ser instalado nos padrões de entrada de energia, evitando os “surtos elétricos”, que correspondem a um fenômeno que pode ocasionar a queima de dispositivos elétricos e eletrônicos e que ocorre devido a vários fatores, como raios ou uma partida de grandes motores, por exemplo, “e que desvia as correntes de surto para que não haja riscos de acidentes no imóvel”.

A Norma Brasileira (NBR) 5410 endossa que todas as instalações elétricas devem ter o DPS instalado. “Não se atentar a isso por negligência ou para economizar pode resultar em uma fatalidade”, finaliza Amaral.

 

Estratégias de neurociência no impulsionamento da inovação organizacional

 

O avanço das pesquisas na neurociência nos trouxe descobertas que mostram ser possível utilizá-la para garantir o engajamento necessário dos colaboradores para promover a inovação dentro das empresas. Mas, a teoria por si só não basta, é imprescindível ter a coragem para aplicar a neurociência no ambiente organizacional, uma vez que o mundo corporativo está cada vez mais globalizado, conectado e dependente do poder cognitivo.

 

Sabemos que a inovação é fundamental para que empresas, de diversos segmentos, sobrevivam em um mercado globalizado, dinâmico e imprevisível. As novidades tecnológicas aparecem cada vez mais e em uma velocidade incrível – lançamentos como carros autônomos, impressoras 3D’s e a Inteligência Artificial, por exemplo, movimentam a economia global. Um estudo feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em 2016, indica que, por conta desse cenário, as companhias brasileiras estão em busca de tecnologia para aumentar a inovação e a produtividade. No entanto, se comparado ao nível de outros países no mundo, o Brasil ainda ocupa uma posição muito aquém de sua capacidade de inovar. 

 

Levantamentos feitos pelo Índice Global de Inovação (IGI), publicado pela Universidade de Cornell e que avalia 132 países do mundo, mostram que o Brasil ainda está distante de promover inovação disruptiva, se comparado a outros países. A falta de colaboradores qualificados mostra ser um fator relevante que impede este avanço. Entretanto, existe uma relação entre o potencial de inovação de uma organização e o seu potencial laboral, que precisa ser trabalhado para que a companhia aumente a sua produtividade e tenha mais resultados. 

 

Promover a inovação como um estímulo para atingir melhores resultados na corporação exige, claro, investimentos em P&D e tecnologia. Porém, conduzir as equipes para fazer isso acontecer, é fundamental. Para garantir o engajamento, é necessário que o comportamento seja colaborativo e, mais ainda, entender que não são apenas processos, regimentos ou orientações em reuniões que vão instigar este comportamento nos times. 

 

A compreensão do comportamento humano e a criação de estratégias pautadas na neurociência para induzir resultados de inovação, por meio das pessoas, podem ser soluções viáveis para aumentar o nível inovador das empresas e, por consequência, girar a economia e trazer resultados. Neste contexto, pode ser possível criar relações entre o aumento de produtividade de uma equipe para a inovação, utilizando estratégias da neurociência e modificando o ambiente corporativo. Mais que o investimento em P&D, investir na gestão de pessoas pode ser um caminho assertivo para provocar a inovação organizacional.

 

A neurociência tem ferramentas importantes para provocar estímulos no comportamento, que podem interferir positivamente na cultura da empresa e, consequentemente, no aumento da capacidade de inovar. Neste cruzamento de informações, que envolvem dados que mostram a necessidade de inovar para prosperar, a teoria e, ainda, cases aplicados em utilizando a neurociência, algumas lições foram aprendidas:

 

1. Estímulos cerebrais são importantes para a mudança de comportamento, uma vez que nosso cérebro é, naturalmente, programado para economizar energia. No entanto, ele pode ser programado para agir, conforme a necessidade do ambiente. Por este motivo, estimular a colaboração, a criatividade e a resiliência, utilizando a convivência e o local, pode ser fundamental para a construção de um processo inovador. 

 

2. O comportamento é balizado pelo emocional e, dessa forma, é preciso sentir a necessidade por mudança. Trocar o emocional pelo comportamento é uma das estratégias da neurociência, já que pode levar à cultura organizacional almejada na empresa para, assim, seja possível inovar.

 

3. É preciso conhecimento para controlar a emoção, já que tal sentimento pode ser o motor para gerar a mudança desejada. Porém, para que se torne um fator gerador, é imprescindível que se conheça como a emoção se comporta para, então, decidir se pode ser utilizada para tomadas de decisões.

 

4. O espaço influencia no comportamento do colaborador e, para que haja a implantação de uma nova conduta, é necessário que tal ação seja sentida para que, efetivamente, possa ser aplicada. Tirar as regras do papel e provocar mudanças no meio ambiente, por exemplo, podem potencializar o resultado almejado. Para construir processos inovadores na empresa, a preparação do local no qual os funcionários estão inseridos pode ser fundamental. 

 

5. A confiança cria felicidade no trabalho e aumenta o nível de motivação, uma vez que possibilita que os colaboradores se sintam seguros em um ambiente para errar e, por meio do erro, construir a solução adequada para determinada situação. Na inovação, o erro faz parte do processo e é reconhecido como parte importante do risco de se achar soluções inovadoras. Vale frisar que equipes de alta performance possuem o fator confiança elevado e estão engajadas.




Fabrício Lopes - diretor na Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (ANPEI) e Gerente Executivo de Tecnologia e Inovação do Sistema Fiep


Dia Mundial da Obesidade: estudo alerta para aumento significativo de casos no Brasil

Endocrinologista explica os perigos do distúrbio e como evitá-lo


Um estudo realizado por uma equipe de 17 pesquisadores de diversas universidades brasileiras e uma do Chile aponta que a prevalência da obesidade aumentou de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019 no Brasil. No Dia Mundial da Obesidade, que acontece nesta sexta-feira (4), a endocrinologista Juliana Andrade, da Iron Telemedicina, ressalta os perigos do distúrbio e como evitá-lo. 

“A obesidade está relacionada ao aumento do risco e desenvolvimento de inúmeras doenças, não só cardiometabólicas como infartos e derrame, mas a doenças neoplásicas, câncer, aumento da hipertensão arterial, diabetes, doenças pulmonares, entre outras”, inicia a médica, que também é membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. 

Os dados do estudo vão de acordo com o que a especialista relata. De acordo com ele, o risco associado de diversas Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) é o mais preocupante na obesidade. O acúmulo excessivo de gordura corporal está associado com o aumento no risco de mais de 30 DCNT, em maior ou menor grau. 

“A perda de peso é fundamental para a redução do risco e para isso deve ser feita uma dieta com menos uso de ultraprocessados, alimentos calóricos e gordurosos, ricos em sódio e mais alimentos naturais. Paralelo a isso temos a atividade física, que é coadjuvante na perda. Com atividades aeróbicas conseguimos um equilíbrio melhor da composição corporal com menos tecido gorduroso e inflamatório e aumento da massa magra”, complementa a endocrinologista. 

Atualmente há muitas formas de praticar exercício físico sem que isso gere impacto financeiro. Além das atividades ao ar livre, há diversos conteúdo online que permitem até mesmo malhar em casa. Prova disso é a Mude, primeira empresa voltada para bem-estar no país, que além de ter um aplicativo, realiza diversas aulas presenciais para a população em vários estados e disponibiliza aparelhos de musculação para uso -- tudo gratuitamente. 

“Temos mais de 600 espaços de bem-estar e nosso aplicativo já tem mais de 300 mil downloads. Atualmente, temos atividades presenciais no Rio de Janeiro, Recife, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Goiânia e Fernando de Noronha. Oferecemos ferramentas acessíveis e através de ambientes democráticos, como praias, praças, e diversos espaços públicos acessíveis a qualquer pessoa. Estamos juntos na luta para combater a obesidade, que acomete enorme parte da população", afirma o educador físico, João Ricardo Marques. 

A fisioterapeuta Nathália Bordalo, de 34 anos, conta que frequenta as aulas da Mude há um ano regularmente e que sente impactos significativos na sua vida. 

“Sou uma pessoa muito ativa e como consequência me sinto bem, tenho uma autoestima alta, estou quase sempre bem-disposta, além de dormir bem e ter uma estabilidade na saúde física e mental”, finaliza.


O pequeno empreendedor e os serviços financeiros


A atividade de empreender no Brasil é uma das mais difíceis do mundo. O ambiente de negócios do Brasil é um dos mais desafiadores, sendo que o Brasil ocupava a posição 124, de um total de 190 Países em facilidade para se fazer negócios, segundo último relatório Doing Business do Banco Mundial do ano de 2019. A dificuldade reside principalmente no complexo sistema tributário, na insegurança jurídica e no difícil acesso ao crédito e serviços financeiros pelos empreendedores.


E são justamente os empreendedores que fazem a economia girar, gerando empregos, renda e impostos. São as pequenas empresas que mais empregam, por exemplo. Os pequenos empreendedores, em especial, são submetidos às complexas regras tributárias e de negócios que torna o fardo mais difícil de carregar. É paradoxal que o País jogue uma carga tão grande nas costas de quem já carrega o País nas costas.


Mas esse cenário está mudando. “A tecnologia vai fazer as mudanças que as ideologias não conseguem fazer”. Essa frase não tem dono, mas é perfeita para o momento. A onda de digitalização que está acontecendo, neste exato momento, é totalmente a favor dos empreendedores. Mas é preciso ter a cabeça aberta e saber surfar. Do contrário, aqueles que resistirem, ficarão presos num tempo que não existe mais e suas empresas vão ficar ineficientes e sucumbir.


A Razonet Contabilidade Digital tem justamente a missão de “Acelerar o sucesso do empreendedor”, com o uso intenso de tecnologia para simplificar aquilo que o governo complica. Automatizando processos, com pesada tecnologia, sobra muito mais tempo para os contadores e especialistas da Razonet prestar um atendimento humanizado de altíssima qualidade aos empreendedores naquilo que interessa: os negócios.


Nessa mesma lógica, de tornar a vida do pequeno empreendedor mais fácil e justa, é que surge a Razonet Bank. Um banco digital, voltado aos pequenos empreendedores, com a pegada de quem sabe exatamente as dores que esse exército de heróis sente no seu dia a dia. Todo empreendedor tem um desafio, ou um projeto, que precisa de crédito para fazer acontecer, por exemplo. Ou necessita de alguma solução financeira estruturada para cobrir algum buraco no seu fluxo de caixa. Ou, ainda, de um simples serviço bancário, que não custe o que não vale. Nessa jornada de acelerar o sucesso dos empreendedores, a oferta dos serviços financeiros em conjunto com a contabilidade digital busca justamente colocar os clientes Razonet no topo do ranking em facilidade de fazer negócios, independente do ambiente de negócios que o País oferece. As modernas tecnologias e o atendimento humano e diferenciado fazem dos clientes Razonet, os privilegiados participantes de um clube exclusivo, com acesso a facilidades para o seu dia a dia, que o que existe no mercado não consegue oferecer.


Assim a Razonet acredita que consegue impactar a sociedade de forma próspera e em escala. Pois sabemos que cada pequeno negócio carrega o sonho de muitas pessoas. E muitos pequenos negócios carregam o sonho de milhares de pessoas. Como disse o escritor Nassin Taleb, “se você quer ajudar o mundo, abra um negócio”.

 

Odivan Cargnin - sócio fundador da Razonet e CFO da Irani Papeis e Embalagens S/A.


O risco da falta de adubo: Como lidar com isso?

As preocupações começaram no início de fevereiro com as sanções anunciadas a Belarus, terceiro maior exportador de Cloreto de Potássio do mundo e responsável por cerca de 20% das exportações mundiais. Mais recentemente com o início das sanções, a Lituânia impediu que a exportação do fertilizante daquele país fosse feita através dos seus portos, causando um enorme baque na cadeia de suprimentos e acendendo o alerta de que poderia faltar o nutriente para a próxima safra de verão brasileira. 

Aí o imponderável aconteceu: a Rússia, segundo maior exportador de cloreto de potássio e de nitrogenados do mundo, além de terceiro maior exportador de adubos fosfatados, invadiu a vizinha Ucrânia e passou também a sofrer sanções internacionais de todos os tipos. A agricultura brasileira, que importa em média 85% do adubo que consome, se viu, de uma hora para outra, exposta a uma enorme ameaça. É possível, até mesmo provável, que não haja adubo para todos. Além disso, é possível que quem não comprou fique sem e que quem já adquiriu e ainda não recebeu, não receba na totalidade. Todos os atores da cadeia do agronegócio, sejam eles grandes indústrias de fertilizantes, revendas, cooperativas ou agricultores passaram a ter que encarar de frente um enorme problema.

É claro que o governo, as associações setoriais, as federações e os sindicatos patronais, além da própria Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, sigla em inglês), estão acompanhando o caso de perto e planejando ações para solucioná-lo. Porém, devemos  chamar a atenção para o que cada empresa ou agricultor pode fazer individualmente para mitigar o seu próprio risco. Um administrador responsável não pode ficar somente na mão de soluções institucionais. Crises desta proporção exigem planos de ação bem estruturados, acompanhamento da sua execução e, não menos importante, comunicação com total transparência.

Os planos de ação podem ser, por exemplo, quotas de comercialização por cliente, no caso de empresas de suprimentos; ou planejamento agronômico emergencial, no caso de produtores, que levem à uma diminuição de dosagem com o menor impacto econômico possível, uso de variedades menos exigentes ou até mesmo a diminuição da área de plantio. Os profissionais do nosso agro são muito bons nisso, uma vez que eles reconheçam o problema, não terão dificuldades nesse ponto. Por outro lado, a comunicação e a transparência são igualmente importantes e nem sempre são das melhores. 

Apenas para ficar na minha área, bancos e investidores já estão monitorando esses riscos desde os primeiros sinais. Nessas situações, o capital se retrai, a oferta de crédito diminui, os custos dos empréstimos aumentam, assim como a exigência de garantias. Para esses agentes, tão importante como fazer um plano de ação crível e colocá-lo em prática, monitorando cada fase, é mostrar que ele existe, que tem começo, meio e fim e que será efetivo para aliviar os efeitos da crise sobre o seu negócio.

Não subestime o risco da falta de fertilizantes, ele não é trivial. Monte um plano de ação e comunique-o ao mercado com a maior transparência possível, mantendo uma linha de comunicação aberta durante toda a sua execução. Não permita que um problema de suprimento vire um problema de crédito.

 


Manoel Pereira de Queiroz - Superintendente de Agronegócio do Banco Alfa, membro do Conselho Superior do Agronegócio da FIESP e conselheiro da ADEALQ.


Emplacamentos de automóveis e comerciais leves crescem mais de 3% em fevereiro, e redução do IPI pode estimular consumo em março

 Com a retomada gradativa da produção, houve aumento nas vendas de automóveis e comerciais leves em fevereiro, sobre janeiro deste ano, apesar da queda, no acumulado do bimestre. A redução do IPI deverá ajudar o mercado, principalmente, para as marcas que mantiveram suas tabelas de preços inalteradas

 

A FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores divulgou, hoje, os dados de emplacamentos de veículos em fevereiro e no 1º. Bimestre de 2022.

Com apenas 19 dias úteis, o mês de fevereiro foi positivo para os segmentos de automóveis e comerciais leves. Com mais de 120 mil unidades comercializadas, ante as 116 mil de janeiro, o mercado vem, segundo o Presidente da FENABRAVE, se acomodando, apesar das dificuldades ainda existentes, como a alta dos juros e a maior seletividade no crédito. “Acreditamos que, com a diminuição do IPI, promovida pelo Governo, o mercado de veículos poderá ser favorecido, principalmente, para as marcas cujas montadoras mantiverem os preços dos produtos inalterados, conforme tabela do início de fevereiro, e também aplicarem a redução da alíquota do IPI”, razão pela qual, para José Maurício Andreta Jr., o momento ideal para comprar um veículo é agora, em função do preço reduzido.

O Decreto Federal nº 10.979, anunciado pelo Ministério da Economia, na última sexta-feira, 25 de fevereiro, promoveu uma redução de 18,5% na alíquota do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados incidente em veículos. A redução varia conforme a eficiência energética e incide sobre as alíquotas constantes na TIPI – Tabela de incidência do Imposto sobre produtos industrializados, que diferencia os veículos por cilindrada e peso, entre outras características.

A FENABRAVE está pleiteando, junto à Receita Federal, que a redução do IPI seja válida para os veículos em estoque das Concessionárias, atualmente, estimado em 19 dias de vendas, para autoveículos (cerca de 83 mil unidades).

Balanço Geral do Setor

O saldo do primeiro bimestre de 2022, para todos os segmentos automotivos em geral, foi de queda de 13% sobre igual período de 2021. O setor, como um todo, ainda sofre com a falta de peças e componentes para alguns modelos, além da queda da renda da população, do aumento dos juros e da maior seletividade no crédito continuarem impactando a recuperação do mercado, no Brasil.

De acordo com dados da FENABRAVE, os emplacamentos retraíram 5,6%, em relação a janeiro, e 10%, na comparação com fevereiro de 2021. “Vemos segmentos, como o de automóveis, que mostraram recuperação, mas, vivemos, ainda, um momento complexo para o setor, no qual muitos têm enfrentado dificuldades para conseguir crédito, além de persistir a escassez de produtos em muitas categorias de veículos, em função da falta de insumos e componentes. Isso freia o avanço das vendas”, disse o Presidente da FENABRAVE, Andreta Jr.

Crise entre Rússia e Ucrânia

Até o momento, não é possível mensurar os impactos da crise entre Rússia e Ucrânia, como a piora no abastecimento de peças, aumento no preço dos combustíveis e insumos agrícolas, entre outros fatores que podem comprometer as projeções da FENABRAVE para 2022.

A entidade fará revisão nas projeções, para o ano de 2022, ao final do mês de março, devendo divulgar os possíveis ajustes no início de abril.

 

TABELA DE EMPLACAMENTOS



Acompanhe o desempenho, por segmento:


Automóveis e Comerciais leves

Com resultado positivo, em fevereiro, frente a janeiro, os segmentos mostram recuperação, mas ainda enfrentam maior seletividade de crédito e falta de alguns modelos, por conta da crise global de abastecimento de peças, o que impede uma recuperação mais robusta. “Hoje, a aprovação de crédito está próxima de 68% das propostas enviadas. Temos, ainda, a falta de oferta de alguns modelos, mas o estoque vem, aos poucos se recuperando. Agora, com a redução do IPI, acredito que este mercado se beneficiará e o consumidor terá uma oportunidade ímpar para adquirir seu carro pretendido”, analisa Andreta Jr.

  

Caminhões


Ainda cumprindo entregas de pedidos realizados em 2021, os emplacamentos mantiveram o ritmo de produção por parte da indústria. “O mercado continua aquecido, mas os juros altos, o aumento dos custos de produção e dos combustíveis são fatores que podem impactar o segmento no decorrer do ano”, explica o Presidente da FENABRAVE.

 



Ônibus


O segmento segue bastante dependente de programas de transporte público, já que as empresas do setor ainda não voltaram a direcionar investimentos à renovação de frota. “A expectativa é que os resultados melhorem no decorrer do ano, tanto por conta das aquisições governamentais como por parte da iniciativa privada” , diz Andreta Jr.






Implementos Rodoviários


Geralmente, apresenta comportamento similar ao segmento de caminhões e tem boas perspectivas para 2022. “Nossa expectativa é de que cresça 9,4% este ano, a depender de como seguirão as taxas de juros, o aumento dos custos de produção e do desempenho dos setores aos quais o segmento atende, especialmente, o agronegócio”, avalia o Presidente da FENABRAVE.

 





Motocicletas


De acordo com o Presidente da FENABRAVE, a demanda segue em bom ritmo, mas a aprovação de crédito impede melhores números. “O índice de aprovação de crédito se manteve em 37% em fevereiro. A alta na comercialização de motos, na comparação com 2021, se deve ao aumento dos serviços de delivery e no preço dos combustíveis, que fez os consumidores buscarem, no segmento de duas rodas, alternativas ao automóvel ”, diz Andreta Jr..

 


Tratores e Máquinas Agrícolas

Obs.: Por não serem emplacados, Tratores e Máquinas Agrícolas apresentam dados com um mês de defasagem, pois dependem de levantamentos junto aos fabricantes.

Segundo Andreta Jr., a renda vem justificando a manutenção da demanda para estes equipamentos. As perspectivas, para o agronegócio, em 2022, devem manter o segmento aquecido. “O ano passado foi ótimo para a venda de Tratores e Máquinas Agrícolas. Foram mais de 58 mil unidades comercializadas e o cenário, para este ano, também é positivo”, diz o Presidente da FENABRAVE.

 


Diferentes propósitos podem se tornar apenas um, sem perder sua essência, dentro de corporações

Mais que um simples plano, seu propósito é a razão pela qual você se levanta todos os dias

 

A palavra “propósito” está muito em voga nos dias de hoje. Buscando em dicionários, existem referências à “intenção de fazer algo, projeto, desígnio”, ou adicionalmente, a aquilo que se busca alcançar; objetivo, finalidade, intuito. Entre todas as definições, existe uma convergência: nós falamos de pessoas e seus sonhos. Em cada ser humano, mesmo naqueles mais frios, podemos identificar um propósito, cada um tem uma razão única de existir. Uma boa síntese do que é, afinal, o propósito é tudo que fazemos com o coração.

No tempo em que estamos vivendo, é certo que quando fazemos algo com algum tipo de propósito, o impacto é muito maior para um indivíduo ou um coletivo. Este tema ganhou ainda mais relevância no cenário de pandemia pelo qual estamos atravessando. Ter um propósito pode ser uma razão para se levantar todos os dias, sua base é a empatia e o amor. Como profissional da área de Desenvolvimento Humano em grandes Corporações, por mais de 20 anos, a visão de propósito que carrego se aperfeiçoou.

Em grandes empresas, metas corporativas se atrelavam a metas pessoais. Isso não incluía apenas questões financeiras, mas ambições, desejos de felicidade e paixão das pessoas. Ficou claro que, muitas vezes, algo que faz sentido para a empresa não faz para o colaborador. Com esta percepção, dei início a um trabalho de investigação. Me propus a identificar quais eram os verdadeiros fatores que poderiam gerar um motor de transformação, ou seja, como poderíamos alcançar os resultados não só de forma individual, mas também coletiva. Como ter uma equipe engajada e comprometida com o sucesso de todos.

As respostas começaram a vir logo nas primeiras conversas, era nítido perceber que cada colaborador tinha um propósito muito próprio, único e íntimo. Tentar implantar um modelo uniforme de desenvolvimento para todos não conseguia atender os mesmos. Descobrir qual era o fator individual que contribuiria com o coletivo, era a melhor forma de alcançar resultados e desenvolver pessoas felizes. Cada um possui uma motivação única de trabalho, desenvolvimento e criação de sua própria identidade. Para as corporações, o desafio agora é unir suas metas à identificação de propósitos individuais, conciliando ao coletivo. Propósitos singulares se tornam um propósito plural e geram impacto e escala.

Aplicando esta vivência e este aprendizado à minha carreira,  deixei as grandes corporações para seguir meu propósito de apoiar pessoas e causas. Esse foi o principal fator que levou à criação da +ETC, meu maior propósito de vida. Mais que uma empresa, é uma forma de ajudar a transformar sonhos em realidade, proporcionar um ambiente colaborativo, criando um modelo plural de Propósito. Pessoas com diferentes propósitos, que defendem causas coletivas ou particulares, podem formar uma comunidade participativa, alternativa, livre e inclusiva. Esse é meu maior desafio daqui para frente.

 

Fábia Gobira - uma profissional de RH que foi executiva por cerca de 20 anos em empresas como AMIL,TIM e JLL, entre outras. Ela destaca três características que são fundamentais em seu perfil, para este novo empreendimento. A atuação generalista dentro da área de Recursos Humanos, a expertise em trabalho com startups e o olhar para a diversidade e a inclusão. Ela carrega uma experiência de ter implementado a área de diversidade nas empresas por que passou, criando novas formas de gerir pessoas, com ambientes mais abertos e mais empatia. Fundou a +ETC em 2020 e irá lançar uma plataforma própria de marktplace com propósito em breve. 

 

Projetos de lei para reajustes nos salários dos servidores paulistas são protocolados na Alesp

Poder Executivo também encaminhou proposta de aumento no salário mínimo paulista; projetos serão publicados no Diário Oficial desta sexta-feira, dia 4

 

Foram protocolados na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo nesta quinta-feira (3), os três projetos de lei encaminhados pelo Executivo que tratam do reajuste do salário mínimo paulista, do salário dos servidores públicos e a nova carreira para os docentes do Estado. Eles foram recebidos pelo presidente, deputado Carlão Pignatari, e serão publicados no Diário Oficial nesta sexta-feira, dia 4.

De acordo com o presidente, as matérias serão discutidas com celeridade. "São três importantes projetos de lei. Vamos discutir e votar esses PLs com celeridade", escreveu, no Twitter, afirmando ainda que os recursos são possíveis graças a reformas e medidas aprovadas pelos parlamentares da Alesp de forma estratégica e responsável.

A proposta do governo estadual é reajustar o salário mínimo do Estado em 10,3%, tendo como base o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Fipe). Com o reajuste, os trabalhadores que se enquadram na faixa 1 passarão a receber R
1.284, e os que fazem parte da faixa 2, R 1.306.

Caso aprovado pelos parlamentares da Assembleia Legislativa, o salário mínimo paulista superará o piso nacional, que atualmente está em R
1.212.

O reajuste proposto para o salário dos servidores públicos do Estado é de 20% para funcionários das áreas da saúde e da segurança, e de 10% para os demais funcionários do governo estadual.

De acordo com o Executivo, o reajuste de 20% para os servidores do governo estadual beneficiará mais de 276 mil funcionários da segurança pública e 69 mil da área da saúde. Já o reajuste de 10% atenderá 195 mil profissionais de outras carreiras.

Para os profissionais da educação, o governo afirma que a nova carreira de docente encaminhada para apreciação do Legislativo poderá elevar o piso salarial no Estado em até 73%. O novo plano de carreira é direcionado para docentes, diretores escolares e supervisores.

O projeto de lei estabelece o salário inicial da categoria em R
5 mil para docentes que possuem jornada de 40 horas semanais. A adesão ao novo plano será opcional aos profissionais que já atuam na rede estadual.

Segundo o governo, a aplicação desses reajustes será possível graças a medidas de enxugamento dos gastos públicos, como a reforma estadual da Previdência, o ajuste fiscal e o fechamento de estatais - projetos aprovados pela Assembleia Legislativa.


Trâmite

Após serem protocolados, os projetos serão publicados na íntegra no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira. Depois, eles são colocados por 3 dias na Pauta do Dia, para conhecimento de todos os parlamentares e oferta de emendas. Em seguida, eles são levados para análise das comissões, o que pode acontecer individualmente ou conjuntamente.

Após aval das comissões, os projetos ficam prontos para serem discutidos e votados pelo Plenário da Alesp. Para aprovação, é preciso que a maioria dos parlamentares vote favorável aos projetos.
 

 

Matheus Batista


Disputa por preços será quase selvagem em 2022’

IMAGEM: Milton Mansilha/DC
Para Enéas Pestana, consultor que acaba de deixar o comando da rede Dia, preço baixo e equilíbrio nas contas serão desafios para os supermercadistas


Desde que os salários começaram a ser corroídos pela inflação, o preço tem sido cada vez mais fator de decisão de compra nos supermercados.

Pesquisas revelam que o orçamento mais apertado já levou o consumidor a trocar marcas mais caras por mais baratas e, mais recentemente, a abandonar itens supérfluos.

Diante deste cenário, que pode se agravar com eleições e guerra, os supermercados deverão enfrentar em 2022 uma disputa por preços pouco vista na história do país.

“As brigas por preços serão fortíssimas, quase selvagens, para trazer o cliente para as lojas”, afirma Enéas Pestana, consultor de varejo, que acaba de sair do comando da rede Dia.

Isso não significa, de acordo com ele, que os supermercados vão abandonar de vez o atendimento e as experiências, que levam clientes às lojas.

“Só que, neste momento, preço tem sido, disparadamente, o fator de decisão de compra de forma muito mais forte”, afirma Pestana, que foi CEO do Pão de Açúcar de 2010 a 2014.

Com 18 lojas, a rede Hirota se prepara para colocar neste mês 50 itens com “os melhores preços do mercado” para motivar o consumidor.

“Este será um ano intenso, de grandes promoções. Faremos sorteios para o Dia das Mães, aniversário de 50 anos da rede, Natal”, afirma Hélio Freddi Filho, diretor da empresa.

Com quatro lojas em Campinas e Valinhos, no interior de São Paulo, a rede Dalben também intensificou as parcerias com fornecedores para atrair a clientela com preços menores.

Há quem diga, diz Pestana, que o acirramento da competição entre as redes de supermercados é sempre bom para o consumidor. “Eu diria que não é, pois haverá perda de serviço, atendimento, ambientação de loja.”

A disputa por preços, de acordo com consultores e supermercadistas, na verdade, não é para quem quer participar, mas para quem pode entrar na briga.

“Vai ser um ano de grandes desafios para as redes, que precisam ter lojas com preços altamente competitivos e ainda equilibrar as contas, garantindo a lucratividade.”

O formato de autosserviço de alimentos que mais cresceu na crise foi o atacarejo, justamente, diz Pestana, porque a proposta de valor é exclusivamente preço.

Em 2020, este setor chegou a crescer perto de 30%, de acordo com pesquisas. “São lojas que não têm mimos para os clientes, sacolinhas, empacotadores.”

Os supermercados mais focados em preços, portanto, devem sofrer bem menos do que os que atendem o público de maior poder aquisitivo, com mais serviços e experiências.

Para ele, a disputa acirrada por preços não está restrita a 2022, devendo se estender por alguns anos, até que o Brasil volte a ter uma política econômica mais favorável ao consumo.

A boa notícia, na análise de Pestana, é que o setor de supermercados é resiliente e volta a crescer rapidamente na medida em que emprego e renda aumentam.


FUSÕES E AQUISIÇÕES

Para Pestana, neste meio tempo, o país deve assistir um intenso período de consolidação de empresas do setor, marcado por grandes fusões e aquisições.

No interior do país, especialmente, diz ele, muitas empresas familiares cresceram nos últimos anos sem estrutura financeira suficiente para manter a expansão.

Com a desvalorização do real, os ativos no país acabaram ficando mais baratos do que há cinco ou seis anos, abrindo, portanto, o apetite de empresas de Private Equity.

“Há muitas dessas empresas se movimentando no sentido de consolidação no varejo alimentar. O foco é ter operações simples e eficientes”, diz.


INTERNET

Para minimizar os efeitos de ter uma clientela bem mais restrita às compras, as vendas on-line “tem de estar no jogo”.

Mesmo que o supermercadista não tenha condições de ter uma estrutura para venda pela internet, diz Pestana, precisa estar em um markeplace ou agregado a aplicativos de entrega.

“O consumidor fica chateado se a loja não possui presença no on-line. E os marketplaces estão muito interessados em vendedores de alimentos”, diz.


DICAS

Na corrida para trazer o consumidor para a loja, de acordo com ele, muitas redes estão colocando produtos demais em oferta, estressando a operação.

Antes de fazer promoções, o supermercadista precisa negociar com fornecedores, abastecer a loja. Se falhar e houver sobras, tem de escoar produtos, gerando perdas.

“Neste momento, ineficiência na operação é proibido, não pode ter.”

 

Fátima Fernandes 

Jornalista especializada em economia e negócios e editora do site varejoemdia.com

Fonte: https://dcomercio.com.br/categoria/negocios/disputa-por-precos-sera-quase-selvagem-em-2022


quinta-feira, 3 de março de 2022

5 dicas para prevenir a obesidade em cães e gatos

Shutterstock/Divulgação PremieRpet ®


Os cuidados com a alimentação são fundamentais para prevenir e combater o excesso de peso

 

Em 4 de março é comemorado o Dia Mundial da Obesidade, data que incentiva a conscientização e o tratamento dessa doença que tem índices alarmantes. Se entre os humanos ela é prevalecente, entre os pets não é diferente. No Brasil e no mundo, estima-se que mais de 40% dos cães e gatos estão acima do peso. 

A obesidade é caracterizada pelo excesso de gordura corporal e um dos problemas de saúde que mais acometem cães e gatos. A doença é resultado de um desequilíbrio entre a ingestão e o gasto de energia e pode acarretar diversos outros problemas de saúde nos pets, como doenças ortopédicas, cardiorrespiratórias, diabetes (no caso dos gatos), problemas urinários e outras complicações que afetam diretamente sua expectativa de vida. 

Considera-se que o animal é obeso quando está a partir de 15% acima de seu peso ideal e muitos fatores podem contribuir para isso. Erros no manejo alimentar, doenças endócrinas, sedentarismo e envelhecimento são alguns deles. 

De acordo com o médico-veterinário Flavio Silva, mestre em nutrição de cães e gatos e supervisor de capacitação técnico-científica da PremieRpet®, os cuidados com a escolha do alimento e o manejo são pontos fundamentais para prevenir e combater o excesso de peso, por isso devem ser tratados como prioridade pelos tutores de cães e gatos. 

“O excesso de petiscos e a “humanização” da alimentação são fatores recorrentes nos dias de hoje. É importante lembrar que cães e gatos não têm autonomia sobre sua alimentação, portanto, cabe ao tutor zelar pela nutrição adequada”, afirma. Segundo o veterinário, infelizmente, em boa parte dos casos, o tutor é o principal responsável pelo quadro de obesidade de seu animal de estimação. E muitas vezes isso acontece por falta de informação.

 

5 dicas para prevenir a obesidade em cães e gatos


1.  Escolha o alimento certo - Os alimentos de alta qualidade (também chamados “super premium” ou “premium”) contêm níveis ótimos de proteínas, gorduras, vitaminas e minerais, e devem sempre fazer parte da vida do pet para os cuidados preventivos da obesidade e outras doenças. Lembre-se: alimento completo não necessita suplementação.


2.  Estabeleça uma rotina de alimentação - Oferecer porções controladas em horários fixos ao invés de deixar o alimento sempre disponível é a melhor forma de evitar o consumo exagerado. Não deixe o alimento por mais de 15 minutos a cada refeição. Se o animal não comer, retire a vasilha.


3.  Evite o excesso de petiscos - Os lanchinhos ou agrados não devem ser oferecidos em excesso para não comprometer o equilíbrio nutricional. Os petiscos devem representar no máximo 10% das calorias diárias indicadas para a idade e o porte do animal.


4.  Não ofereça os restos da alimentação humana - Animais e humanos têm necessidades alimentares diferentes e isso deve ser respeitado. Alguns alimentos para humanos podem, inclusive, ser tóxicos para o pet, como alho, cebola, uva e chocolate.

 

5.  Promova atividades físicas diárias - Exercícios físicos regulares são muito bem-vindos para reduzir o estresse, a ansiedade e aumentar o gasto energético. Podem ser feitos por meio de passeios, brincadeiras e enriquecimento ambiental. 

Quando se trata de obesidade, Flavio alerta que é sempre mais fácil prevenir do que remediar. “Quem tem um pet deve estar consciente da responsabilidade sobre a saúde de seu animal. Cães e gatos não podem escolher o que ou quantas vezes comer, portanto, cabe ao tutor seguir as orientações necessárias para prevenir a doença”, finaliza.

 


PremieRpet®

www.premierpet.com.br

PremieRpet® Responde: 0800 055 6666 (de segunda a sexta, das 8h30 às 17h30).


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