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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Prevenção da meningite meningocócica

Atualmente, no Brasil, existem vacinas para a prevenção dos 5 sorogrupos ou tipos mais comuns de meningococo: A, B, C, W e Y. 1,2,3 O de maior incidência é o C, responsável por 60% dos casos de doença meningocócica quando observamos todas as faixas etárias. 1 Já em bebês no primeiro ano de vida e crianças menores de 10 anos no Brasil, o sorogrupo B é o principal causador da doença. 4 

Nos postos de saúde, a vacina contra a doença causada pelo meningococo C é gratuita para bebês, com doses administradas aos 3 e 5 meses de idade, e um reforço aos 12 meses, que pode ser aplicado em crianças menores de 5 anos de idade. 3 Recém-incorporada ao PNI, a vacina contra os sorogrupos A,C,W e Y é oferecida em dose única para adolescentes entre 11 e 12 anos. 5 

Já o sorogrupo B é prevenido por vacinação disponível somente na rede particular, com doses previstas para os 3 e 5 meses de idade, e mais uma entre 12 e 15 meses. Crianças acima dos 24 meses seguirão o esquema de 2 doses com intervalo de 1 mês. 6,7 Também com início aos 3 meses de vida e podendo ser aplicada no mesmo momento da B, as clínicas privadas ainda oferecem a vacina ACWY, com uma dose complementar entre 5 e 6 anos, e outra aos 11 anos. 6,7,8 

Outras formas de prevenção da meningite meningocócica incluem evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados e limpos. 1

 

Meningite por outros patógenos 

Além do meningococo, a meningite também pode ser causada pela bactéria pneumococo, agente infeccioso da doença pneumocócica. Essa bactéria pode gerar ainda outras manifestações clínicas como pneumonia, otite média aguda, sinusite e conjuntivite. 9,10 

Como forma de prevenção da doença em crianças, a vacina pneumocócica conjugada 10-valente (VCP10) foi introduzida no Sistema Único de Saúde (SUS) em 2010. 11,12 O PNI recomenda a vacinação aos 2 e 4 meses, com uma dose de reforço aos 12 meses, que pode ser aplicada em crianças menores de 5 anos de idade. 3 Para as crianças com indicação clínica especial tem disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) -- unidades públicas com infraestrutura e logística para atender indivíduos com quadros clínicos especiais, tais como imunodeficiências, doenças crônicas, transplantados, entre outras condições. 13 

Além da vacinação, outras formas de prevenção da doença pneumocócica incluem lavar as mãos e evitar aglomerações. 14 

Outro importante causador da meningite, além do meningococo e do pneumococo, é a bactéria Haemophilus influenzae tipo B, que também tem proteção através da vacinação. 1


 

Referências:

  1. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde de A a Z. Meningite. Disponível aqui. Acesso em: 4 mar. 2021.
  2. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Família SBIm. Vacinas. Perguntas e respostas. Perguntas e respostas sobre meningites. Disponível aqui. Acesso em: 4 mar. 2021.
  3. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Calendário de vacinação da criança. Disponível aqui. Acesso em: 4 mar. 2021.
  4. Pesquisa realizada na base de dados DATASUS, utilizando os limites "SOROGRUPO" para Linha, "FAIXA ETÁRIA" para Coluna, "CASOS CONFIRMADOS" para Conteúdo, "2019" para Períodos Disponíveis, "MM", "MCC" e "MM+MCC" para Etiologia, e "TODAS AS CATEGORIAS" para os demais itens. Base de dados disponível aqui. Acesso em: set. 2020.
  5. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Informe Técnico - Orientações técnico-operacionais para a Vacinação dos Adolescentes com a Vacina Meningocócica ACWY (conjugada). Disponível aqui. Acesso em: 4 mar. 2021.
  6. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário vacinal SBIm 2020/2021: do nascimento à terceira idade. Disponível aqui. Acesso em: 4 mar. 2021.
  7. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação da criança 2020/2021. Disponível aqui. Acesso em: 15 mar. 2021.
  8. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Doença meningocócica (DM). Disponível aqui. Acesso em: 4 mar. 2021.
  9. INSTITUTO DE TECNOLOGIA E IMUNOBIOLÓGICOS DE BIOMANGUINHOS. Notícias e Artigos. Vacina pneumocócica completa 10 anos no Brasil. Disponível aqui. Acesso em: 8 abr. 2021.
  10. INSTITUTO DE TECNOLOGIA E IMUNOBIOLÓGICOS DE BIOMANGUINHOS. Doença pneumocócica: sintomas, transmissão e prevenção. Disponível aqui. Acesso em: 8 abr. 2021.
  11. PORTAL FAMÍLIA SBIM. Vacinas. Vacinas pneumocócicas conjugadas. Disponível aqui. Acesso em: 8 abr. 2021.
  12. BRASIL. Ministério da Saúde. Blog da Saúde. Tire suas dúvidas sobre a vacina contra a pneumonia. Disponível aqui. Acesso em: 8 abr. 2021.
  13. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual dos centros de referência para imunobiológicos especiais. Disponível aqui. Acesso em: 8 abr. 2021.
  14. FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Notícias. Pneumonia: especialista esclarece sintomas e formas de prevenção. Disponível aqui. Acesso em: 16 abr. 2021.

Os perigos dos esforços repetitivos


A Organização Internacional do Trabalho (OIT) escolheu o dia 28 de fevereiro como a data Mundial de Combate às LER/DORT e, de acordo com o médico ortopedista do Hospital Santa Casa de Mauá, Marcelo Ruck, ambas têm como principal causa os movimentos repetitivos que sobrecarregam os músculos, nervos, articulações e tendões dos membros superiores, da coluna vertebral e até dos membros inferiores. “Ambas as siglas são usadas juntas para indicar um conjunto de doenças e as mais comuns são bursite, tendinite, epicondilite, tenossinovite, dentre outras”, explica. 

A principal diferença entre elas é que LER - Lesões por Esforços Repetitivos - nem sempre se apresenta com uma lesão no aparelho musculoesquelético ou está relacionada à atividade laborativa. Já o DORT - Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho - é um grupo de doenças musculoesqueléticas causadas por atividades contínuas e repetitivas relacionadas ao trabalho desempenhado. Os dois grupos são o principal motivo de afastamento do trabalho.  

Entre algumas causas estão a repetição de movimentos, a postura inadequada em período prolongado, o uso excessivo dos membros superiores, a estrutura de trabalho inadequada, os movimentos repetitivos em curtos espaços de tempo, além do estresse e a pressão no ambiente laboral. Normalmente, os profissionais mais atingidos são os que trabalham com digitação no computador, em linha de montagem, lavam ou passam roupas e carregam muito peso. 

Os sintomas iniciam de forma leve e pioram gradualmente, com dor localizada que irradia, desconforto, fadiga, formigamento, dormência, diminuição da força muscular, perda de coordenação, sensação de choque ao tocar algo, câimbras e limitações dos movimentos da região acometida. O diagnóstico pode ser feito com base nos sintomas, histórico e exames de imagem.  

Já o tratamento pode incluir remédios, fisioterapia, cirurgia nos casos mais graves, troca do posto de trabalho ou até afastamento definitivo. “É recomendado que o tratamento seja iniciado o quanto antes a fim de que não haja piora do quadro e sintomas, os quais tendem a ficar cada vez mais intensos”, recomenda o médico Marcelo Ruck. 

As LER/DORT podem ser prevenidas com ginástica laboral diariamente, exercícios de alongamentos e fortalecimento muscular. Quanto ao mobiliário e às ferramentas de trabalho devem ser adequados e ergonômicos.  

O especialista também indica pausas de 15 a 20 minutos a cada três horas para poupar os músculos e os tendões e beber bastante água ao longo do dia para manter as estruturas bem hidratadas e, assim, diminuir o risco de lesões.  

 

Hospital Santa Casa de Mauá

Avenida Dom José Gaspar, 1374 - Vila Assis - Mauá - fone (11) 2198-8300. 

https://santacasamaua.org.br/


28/02 - Dia Mundial das Doenças Raras

Doenças Raras: diagnóstico precoce mitiga risco de

progressão e sequelas

 

Exames de imagem ajudam a identificar patologias e definir tratamentos

 

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), há cerca de seis a oito mil tipos de doenças raras no mundo e, no Brasil, aproximadamente 13 milhões de pessoas são acometidas por alguma dessas condições. Elas são caracterizadas por afetarem até 65 a cada 100 mil indivíduos, como é o caso de Doença de Crohn, esclerose múltipla, retocolite ulcerativa, fibrose pulmonar idiopática, entre outras. O diagnóstico precoce dessas patologias pode otimizar o tratamento e garantir mais qualidade de vida. 

Estar atento aos primeiros sinais dessas doenças contribui para a definição do tratamento adequado. Além do acometimento inusitado, as doenças raras, em sua maioria, não têm cura. No entanto, há diferentes tratamentos, muitos deles inovadores, que ajudam a retardar o avanço das enfermidades, propiciar bem-estar e estender a vida das pessoas. É importante ressaltar a evolução do conhecimento acerca dessas condições que tem aprimorado os métodos diagnósticos e as opções terapêuticas, assegurando melhores desfechos clínicos”, explica Ellaine Dóris Fernandes Carvalho, geneticista e membro da Doctoralia. 

Ainda não se sabe as causas das doenças raras, mas estudos demonstram que 80% de todos os casos têm origem genética. Outros fatores envolvidos podem ser infecções bacterianas, virais, alérgicas ou condições ambientais. “Os exames de imagem podem ser utilizados nesses casos justamente porque conseguem mostrar a anatomia dos órgãos e identificar doenças raras ou complementar outros exames e o estágio em que cada uma se encontra”, esclarece Igor Santos, médico radiologista e superintendente de Inovação da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI). A instituição, gestora de serviços de diagnóstico por imagem da rede pública, realizou, entre 2019 e 2021, em hospitais públicos de São Paulo e Goiás, cerca de oito mil exames de imagem com o intuito de detectar doenças raras. 

Por serem extremamente variadas, não é possível designar um quadro de sintomas para as doenças raras em geral, mas os pacientes costumam perder autonomia para realizarem atividades cotidianas. “Geralmente, os pacientes que apresentam condição clínica rara, apresentam um conjunto de sinais e sintomas que não são comuns dentro do que se espera nas patologias mais conhecidas. Então, sempre que houver suspeita, deve-se procurar um centro de referência em doenças raras ou médicos especialistas”, finaliza Dra. Ellaine. 

 

 Doctoralia

 

FIDI - Fundação privada sem fins lucrativos que reinveste 100% de seus recursos em assistência médica à população brasileira, por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas.


Detran.SP dá dicas para o candidato ganhar nota 10 no exame prático de habilitação

Saiba o que é avaliado pelo examinador e o que pode ajudar ou atrapalhar seu teste de primeira habilitação de direção veicular


 

O Detran.SP lista algumas dicas e orientações valiosas para ajudar os candidatos que realizam o exame prático de direção veicular e para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou a Permissão para Dirigir (PPD). Basta fica atento às recomendações, que são exigidas pelos examinadores, para se dar bem na avaliação e ganhar nota 10.

 

Os examinadores avaliam se os candidatos à habilitação possuem condições para atuarem no trânsito sem fornecer riscos aos demais habilitados, passageiros e pedestres. “A CNH não é um direito do cidadão, ela é uma concessão. O documento é concedido em confiança aos conhecimentos e habilidades demonstradas. Daí a importância do futuro motorista se dedicar ao máximo durante todo o processo”, afirma Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP.

“O exame prático é o último momento da avaliação do candidato, onde tudo ainda está sendo feito em ambiente laboratorial, monitorado. Ele é uma maneira do órgão executivo de trânsito ter a garantia de que até aquela etapa o candidato conseguiu demonstrar o domínio e suas habilidades para a condução de veículo”, explicou Rosana Néspoli, gerente da Escola Pública de Trânsito (EPT), do Detran.SP.

 



O candidato deve demonstrar equilíbrio, capacidade de manobra, uso adequado de sinalização, reflexo diante de obstáculos e habilidade de troca de marcha. O condutor que está sendo submetido ao teste passará por pelo menos quatro cones alinhados, uma prancha ou elevação com entrada chanfrada, sonorizadores com réguas de largura, duas curvas sequenciais com raio de 90° e em formato de “L” e duas rotatórias circulares que permitam manobra em formato de “8”. Não necessariamente nessa ordem.

 

Nos fluxos das categorias “B”, “C”, “D” e “E”, a contagem do tempo para realização da baliza se inicia quando a frente do carro alcança o primeiro balizador. O exame é realizado em duas etapas: baliza e percurso em via pública, necessariamente nessa ordem. A primeira etapa consiste em estacionar o veículo em área demarcada por, pelo menos, seis balizadores removíveis.

 

Para essa etapa, cada candidato tem até três tentativas, que são contadas a cada deslocamento em marcha a ré. A área demarcada e o tempo permitido para a realização da manobra variam de acordo com cada grupo. Na categoria B, o limite é de 5 minutos, na C e D é de 6 min e na E de 9 min.

 

Para todas as categorias de quatro ou mais rodas, o percurso apresenta aclives e declives, cruzamentos, sinalizações horizontal e vertical e guias de estacionamento. O candidato é submetido a conversões e testes de parada em subida, com acionamento obrigatório de freio de estacionamento, e é avaliado quanto ao cumprimento de normas de circulação e conduta.


 

Cuidado com os pontos!

 

Durante o exame, as faltas cometidas são registradas no momento em que ocorrem. O critério é a pontuação negativa por falta cometida, sendo que o candidato que cometer uma falta eliminatória ou cuja soma dos pontos negativos ultrapassar três será reprovado.


 

Habilitação para motos

 

Faltas eliminatórias (reprovação): iniciar a prova sem estar com o capacete devidamente ajustado ou sem viseira ou óculos de proteção; descumprir o percurso; colidir em cones; cair do veículo durante a prova; não manter equilíbrio na prancha; avançar sobre o meio-fio ou a parada obrigatória; colocar os pés no chão com o veículo em movimento; provocar acidente durante o exame e cometer qualquer outra infração gravíssima.

 

Faltas graves (3 pontos): deixar de colocar um pé no chão e o outro no freio ao parar o; invadir qualquer faixa durante o percurso; não fazer ou fazer incorretamente a sinalização; fazer o percurso com o farol apagado e cometer qualquer infração grave.

 

Faltas médias (2 pontos): utilizar incorretamente os equipamentos; engrenar ou usar marchas inadequadas; não recolher o pedal de partida ou o suporte do veículo antes de iniciar; interromper o funcionamento do motor sem justa razão após o início da prova; conduzir o veículo sem segurar o guidom com as duas mãos e cometer qualquer outra infração de trânsito de natureza média.

 

Faltas leves (1 ponto): colocar o motor em funcionamento quando já engrenado; conduzir o veículo provocando movimento irregular; regular os espelhos retrovisores durante o percurso do exame e cometer qualquer outra infração leve.


 

Habilitação para veículo de quatro ou mais rodas

 

Faltas eliminatórias (reprovação): desobedecer à sinalização semafórica e de parada obrigatória; avançar sobre o meio-fio; não colocar o veículo na área balizada no tempo estabelecido; avançar sobre o balizamento demarcado durante o estacionamento na vaga; transitar em contramão; não completar a realização de todas as etapas do exame; avançar a via preferencial; provocar acidente; exceder a velocidade e cometer qualquer outra infração de trânsito gravíssima.

 

Faltas graves (3 pontos): desobedecer à sinalização da via ou ao agente da autoridade de trânsito; não observar as regras de ultrapassagem ou de mudança de direção; não dar preferência de passagem ao pedestre que estiver atravessando a via transversal para onde se dirige o veículo ou, ainda, quando o pedestre não haja concluído a travessia; manter a porta do veículo aberta ou semiaberta; não sinalizar com antecedência a manobra pretendida ou sinalizá-la incorretamente; não usar devidamente o cinto de segurança; perder o controle da direção e cometer qualquer outra infração de trânsito de natureza grave.

 

Faltas médias (2 pontos): executar o percurso da prova, no todo ou em parte dele, sem estar com o freio de mão inteiramente livre; trafegar em velocidade inadequado; interromper o funcionamento do motor, sem justa razão, após o início da prova; fazer conversão incorretamente; usar buzina sem necessidade ou em local proibido; desengrenar o veículo nas descidas; colocar o veículo em movimento sem observar as cautelas necessárias; usar o pedal da embreagem antes de usar o pedal de freio nas frenagens; entrar nas curvas com a engrenagem de tração do veículo em ponto neutro; engrenar ou usar as marchas de maneira incorreta e cometer qualquer infração média.

 

Faltas leves (1 ponto): provocar movimentos irregulares no veículo sem motivo justificado; ajustar incorretamente o banco; não ajustar devidamente os espelhos retrovisores; apoiar o pé no pedal da embreagem com o veículo engrenado e em movimento; utilizar ou interpretar incorretamente os instrumentos do painel do veículo; dar partida ao veículo com a engrenagem de tração ligada; tentar movimentar o veículo com a engrenagem de tração em ponto neutro e cometer qualquer infração leve.

 

Com todas essas dicas, no dia da prova, basta comparecer com 15 min de antecedência ao horário agendado no protocolo de agendamento, portando documento de identificação e a Licença de Aprendizagem de Direção Veicular (LADV), impressa pelo CFC. Com trajes adequados, siga as orientações dos representantes e examinadores e tenha um bom exame!


OS DESAFIOS DA PATERNIDADE DIANTE DE UM MUNDO NOVO


Respeitar e reconhecer as necessidades das crianças e exigir seu espaço na vida delas são alguns dos desafios da paternidade moderna. O tempo e as mudanças de comportamento apontam que a criação dos filhos só pela mãe já não é mais absoluta. Assim como a maternidade, a paternidade também tem suas características de adequação. 

 

Dizem os pesquisadores que ainda temos resquícios de uma educação que nos ensinou que a responsável pelos filhos é a mãe. Mas, aos poucos, os pais começam a deixar o papel de “provedor exclusivo” para serem participantes ativos na vida das crianças. 

 

Nosso termômetro é a reunião de pais e mestres na escola. Já existe uma participação muito maior dos pais hoje em dia. Contudo, assim como não existe uma mãe ideal, tampouco existe um modelo de pai. 

 

A participação ativa dos pais passa pela rotina dos filhos. Dar atenção a eles só quando chega o boletim da escola não vale. É preciso se aproximar do cotidiano das crianças e adolescentes. Quem assume o papel de pai deve participar como quem vai dar o limite, quem vai estimular e elogiar, quem vai acompanhar sua criação. 

 

Os psicólogos são quase unanimes em afirmar que cinco minutos por dia já podem fazer a diferença para o desenvolvimento da relação pai e filho. Mas não adianta um dia do mês e, de alguma forma, tentar “tirar o atraso”. A proximidade se constrói aos poucos e é importante para a criança sentir que pode confiar no pai e que está sendo valorizada. 

 

Ao testemunhar um mau comportamento dos filhos, muitos pais se queixam dizendo: “Mas não está faltando nada para ele”. Não está faltando nada mesmo? Carinho não pode ser trocado por recompensas. A presença é muito importante e se envolver com os filhos não se resume a levar uma lembrança ou um presente no final do dia, ao voltar do trabalho. Nesse contexto de trocas, muitos pais também confundem masculinidade com falta de afeto e evitam até beijá-los e abraçá-los. O pai pode e deve mostrar o amor que sente com interação física, inclusive durante as brincadeiras, o que é essencial enquanto eles são crianças. Às vezes, o pai prefere não brincar de boneca com a filha, por exemplo, porque fica constrangido, mas é preciso se adaptar e desenvolver a interação mais pessoal — ficar somente no computador e no videogame não é uma solução. A criança precisa de afeto. 

 

Quanto à autoridade, muitos homens ainda confundem autoritarismo com masculinidade e se tornam pais que se impõe por meio do berro e da ameaça. A imposição deve ser evitada. Não existe regra por regra. Fazer algo apenas porque o pai mandou não faz nenhum sentido na cabeça da criança. É preciso justificar a autoridade com mensagens de desenvolvimento humano e carinho. A autoridade impede os filhos de expressarem sentimentos e pensamentos com facilidade, pois eles não se sentem respeitados e acabam se fechando. Isso cria uma distância. Ou seja, limites devem ser construídos no dia a dia com afeto. 

 

Na contramão dos pais autoritários estão os pais permissivos. Embora afetuosos, eles não se dispõem a estabelecer limites para os filhos e terminam sendo ausentes. O pai demasiadamente permissivo deixa de se posicionar e prefere deixar o filho fazer tudo o que quer. Trata-se daquele pai que costuma dizer: “veja com a sua mãe!”. Ele nunca toma as decisões. Transferir a responsabilidade para a mãe é sinal de ausência. 

 

Aliás, o erro mais recorrente dos pais é não tomar uma postura em relação à educação dos filhos. A ausência, a falta de posicionamento e de autoridade causam uma carência muito forte, principalmente quando os filhos são pequenos. Essa regra vale não só para a hora de tomar decisões, mas também para os afazeres miúdos e os cuidados do dia a dia, como o banho, a alimentação e as brincadeiras. Resumindo, seja uma decisão concreta ou uma situação lúdica, a atitude deve vir dos dois. 

 

Outro elemento importante é o espaço. A mãe deve dar espaço para a entrada do pai na vida dos filhos. Às vezes ela não acredita muito na capacidade do pai de cuidar, principalmente quando as crianças são menores. Porém, a figura masculina é importante e deve atuar em colaboração com a mãe até nas pequenas coisas. A troca de opiniões é extremamente importante e deve acontecer sem que um desautorize o outro. 

 

Os exemplos de comportamento são, além de importantes, fundamentais. Ou seja, um bom pai é também um bom marido e um bom cidadão. Todo o ambiente ao redor da criança influencia na formação dela e a figura do pai conta muito. Para os filhos crescerem da melhor maneira possível, os pais devem ser maduros emocionalmente. Tanto o homem quanto a mulher precisam saber quais são os próprios valores diante de uma sociedade que muitas vezes os leva a conhecer pouco sobre si mesmos e a serem negligentes, competitivos, preconceituosos e consumistas. 

 

Para completar, o mais importante dos exemplos: para ser um bom pai é preciso primeiro ser um bom ser humano. 

 

  

Sueli Bravi Conte - educadora, psicopedagoga, mestre em Neurociência e mantenedora do Colégio Renovação, instituição de ensino com mais de 35 anos de atividades e que atua da Educação Infantil ao Ensino Médio. 

 

Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear fala sobre expectativa do setor para ano eleitoral

 Entre outras ações, especialista espera um maior comprometimento dos candidatos no que se refere às áreas da saúde e ciências, especialmente no setor nuclear  

 

A Medicina Nuclear é a especialidade médica que utiliza fontes radioativas não seladas que, administradas aos pacientes, promovem saúde por meio de diagnósticos precoces e terapias, incluindo-se oncologia, cardiologia, endocrinologia, neurologia, entre outras. O ano de 2021 para o segmento teve como um dos marcos a interrupção no fornecimento dos insumos radioativos por conta de dificuldades orçamentárias pelas quais passou o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), órgão público situado na cidade de São Paulo, que detém o monopólio na produção dos chamados radiofármacos. 

Para 2022, ano eleitoral no qual muitos candidatos estão montando não apenas suas respectivas chapas eleitorais, mas também seus planos de governo, a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) reforça a necessidade de tramitação da PEC 517, de 2010, que modifica o monopólio do Estado na produção destes insumos quando utilizados em procedimentos médicos ou pesquisa. “Ainda que no atual momento o fornecimento esteja normalizado, a SBMN entende que a situação do IPEN ainda é frágil para um cenário de médio e longo prazo e espera que os políticos do Brasil entendam que é importante a tramitação da PEC 517, bem como, é essencial que haja recursos para o desenvolvimento do setor de radiofármacos no Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e de seus institutos, como o IPEN”, afirma Dr. George Coura, presidente da SBMN. 

Analisando a atual situação da área de medicina nuclear, Dr. George Coura chama a atenção para o que classifica como fragilidades. “Vejo nesse momento uma fragilidade da medicina nuclear decorrente de limitações impostas pela pandemia e que necessitam de investimentos e atenção para que possamos manter a continuidade de oferta de saúde à população. Assim, precisamos de medidas que solidifiquem a oferta de opções de fornecedores de radiofármacos, de transporte de material radioativo e de viabilidade de operação dos serviços de medicina nuclear”. 

Sobre o que espera para os candidatos que concorrerão ao pleito deste ano, o presidente da SBMN reforça a necessidade de uma maior atenção ao setor de saúde e o investimento na área de ciências: “A SBMN espera dos candidatos, em 2022, um comprometimento com as áreas de saúde e ciências, com enfoque no setor nuclear. Com relação às ações pontuais, esperamos atitudes que culminem em medidas como recomposição da tabela SUS, prosseguimento na construção do reator multipropósito brasileiro, redução dos custos de licenciamento e aumento na oferta de procedimentos de medicina nuclear à população brasileira” 

Para finalizar, falando não somente do que a entidade espera, mas de como a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear continuará atuando politicamente, Dr. George Coura afirma: “A SBMN vai continuar atuando junto aos principais setores políticos envolvidos e espera ampliar o diálogo com nossos representantes eleitos”.



Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) t- em o objetivo de integrar, promover e estimular o progresso da Medicina Nuclear no Brasil. Constituída por médicos especialistas e outros profissionais de áreas correlatadas, como tecnólogos, biólogos, físicos e químicos, a Sociedade tem a missão de trazer inovação, conquista e aperfeiçoamento da área para a saúde brasileira, tornando-se referência nacional e internacional na representatividade da Medicina Nuclear.

 

Falta de mão de obra faz EUA disponibilizar 20 mil vistos adicionais para trabalhos temporários

Daniel Toledo, especialista em Direito Internacional, fala sobre as vantagens que esse movimento pode trazer 

 

Brasileiros do país inteiro têm o sonho de morar nos Estados Unidos, e recentemente o governo americano anunciou que irá disponibilizar 20 mil vistos adicionais do tipo HB2, destinado para trabalhadores temporários. O movimento visa recuperar a mão de obra qualificada no país.

Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, relata que os benefícios dessa decisão são momentâneos, porém importantes. “Os vistos disponibilizados terão um limite de tempo para residência no país, não dando total acesso a imigração. As vagas de trabalho não podem afetar o mercado de trabalho americano, suprindo apenas a falta de trabalhadores em setores específicos. Isso é benéfico tanto para empresas e empregadores, quanto para quem tem qualificações e quer ter uma experiência de trabalho nos EUA”, pontua.

Vale destacar que algumas características são importantes para entender a relação do HB2 perante aos trabalhadores. “O empresário vai poder contratar mediante algumas situações.

O visto se aplica, unicamente, a vagas de trabalho disponíveis para uma ocorrência única ou sazonal, além de casos em que exista a necessidade de suporte em um momento de pico ou intermitente”, explica.

Para o advogado, o principal motivo que evidencia a necessidade de mão de obra vinda do exterior, é o fato dos americanos estarem acomodados com trabalhos informais, que não necessitam de tanto esforço. “A disponibilidade de trabalhadores no mercado americano é extremamente rasa, fazendo com que exista um déficit gigantesco. Esses americanos que não querem voltar ao mercado de trabalho, geralmente estão vendendo coisas na Amazon, trabalhando de suas casas e recebendo auxílio governamental, fazendo com que eles entrem em uma zona de conforto”, lamenta.

De acordo com Toledo, esse cenário pode ser extremamente prejudicial a longo prazo. “O mercado informal pode ser muito ruim para o país, porque a captação e o controle de impostos nesse tipo de trabalho não oferecem a mesma eficiência. Inclusive, é provável que o governo crie alguma maneira de regulamentar esse tipo de prática, fazendo, inclusive, com que ela deixe de ser tão interessante como é hoje em dia”, revela.

Entretanto, o especialista em Direito Internacional vê a adição de 20 mil vistos no programa H2B com bons olhos. “Acredito que essas vagas farão muito bem ao mercado e, ao mesmo tempo, abrem a oportunidade para pessoas entrarem nos Estados Unidos e começar uma vida migratória com segurança, solidez e de forma regular. Além disso, irá trazer um conforto para o comércio, que vai poder respirar e voltar a engrenar da forma que deveria”, finaliza.

 

 

Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com quase 150 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos.

 

Toledo e Advogados Associados

http://www.toledoeassociados.com.br

 

Corrente de comércio do setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos cresce 9,3% em janeiro

Com alta das exportações e queda nas importações, setor de HPPC fecha balança comercial de janeiro com superávit de U 3.1 milhões

 

O setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos registrou crescimento de 9,3% na Corrente de Comércio em janeiro de 2022, em relação ao mesmo mês de 2021, atingindo a marca de U 104.1 milhões. As exportações do período alcançaram o valor de US 53.6 milhões, representando um aumento de 28,7%. Já as importações sofreram queda de 5,7%, em comparação a janeiro do ano passado, totalizando U 50.5 milhões. Os valores garantiram um superávit de US 3.1 milhões no saldo da Balança Comercial, revertendo o saldo deficitário de U 11.9 milhões em janeiro de 2021. 

Os destaques das Exportações de janeiro foram as categorias de Produtos para Cabelos, que cresceu 43,9% (U 12.9 milhões), a de Sabonetes, com crescimento de 55,2% (U 11.7 milhões) e Produtos de Higiene Oral, 1,9% (U 4.9 milhões), e queda no mês para o item Desodorantes (-2,7%). 

Já no lado das Importações, as categorias Cremes para Pele, Protetores e Bronzeadores e Desodorante apresentaram alta, com crescimento de e 11,2% (U 9.5 milhões) e 136,2% (U 1.9 milhão), respectivamente. 

Os principais responsáveis pela queda nas Importações foram os itens de Fragrâncias (-21,7%), Produtos de Higiene Oral (-21%) e Produtos para Cabelos (-43,7%).

Em linhas gerais, a corrente de comércio do mês de janeiro reflete o movimento do setor do final de 2021, com a manutenção na demanda por produtos brasileiros de nosso setor no mercado externo, como pode ser observado para os itens sabonetes e produtos para os cabelos. 

Para o mês de janeiro de 2022 foi verificado um aumento nas exportações que supera os valores dos últimos 06 anos, uma vez que para os meses de janeiro os volumes de exportação apurados nos períodos equivalentes de anos anteriores, foram menores. O valor de 2022 superou os valores destes últimos anos, em consequência da favorabilidade do câmbio para as exportações nesse início de 2022 (também em comparação aos meses de janeiro dos anos anteriores). 

No caso das importações, o valor de janeiro de 2022 é o menor valor para janeiro dos últimos 10 anos, consequência de redução na demanda por alguns produtos de alto valor agregado neste último janeiro. 

O setor tem desafios e oportunidades para este ano, que passam por questões como a variação cambial, o alto custo dos fretes internacionais somado à indisponibilidade de contêineres, o que pode impactar nos processos de comércio exterior do setor de HPPC. Tais fatores vão influenciar no quanto os produtos do setor serão competitivos para acesso ao mercado externo e de que forma o produto importado poderá chegar nos pontos de vendas brasileiros, com um preço que se encaixe no orçamento das famílias, comprometido pela alta inflação em curso. 

 

ABIHPEC - Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos


Empresas que operam com cartão de crédito como forma de pagamento devem entregar DIRF

Empreendedores que não declararem essas informações estão sujeitos a penalidades e multas; Prazo para entrega da DIRF expira às 23h59 do dia 28 de fevereiro

 

O pagamento por cartão de crédito é uma realidade, mas apesar de ter se tornado um hábito tão orgânico, poucos empreendedores sabem da obrigatoriedade de incluir as informações dessas transações na DIRF (Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte). Com exceção dos microempreendedores individuais (MEIs), todas as empresas que oferecem a seus clientes essa modalidade de pagamento devem declará-las. 

Segundo Valdir Amorim, consultor tributário da IOB, smart tech que une conteúdo e tecnologia a serviço do universo contábil, as pessoas jurídicas obrigadas a entregar a DIRF são aquelas que pagaram a outras pessoas jurídicas valores a título de comissões e corretagens, sendo um dos casos o pagamento de taxas sobre administração de cartões de crédito. “Por um lado, as operadoras das máquinas de cartão de crédito cobram pelo serviço prestado e devem fornecer o informe de rendimentos com as informações necessárias para o preenchimento da declaração. Por outro, o empreendedor que oferece essa forma de pagamento arca com as taxas. Ambos devem declarar as transações. No Fisco, essas informações serão cruzadas para filtrar quem pagou e quem recebeu as comissões”, afirma Amorim. 

Os empreendedores que não apresentarem a DIRF com essas informações estão sujeitos a penalidades e geração de multas. Se a pessoa física ou jurídica não apresentar a DIRF no prazo estabelecido, estará sujeita à multa de 2% ao mês-calendário ou fração, que incidirá sobre o montante dos tributos e das contribuições informados na declaração, ainda que tenham sido integralmente pagos, limitada a 20%. A multa a ser aplicada parte de R$ 200,00, tratando-se de pessoa física, pessoa jurídica inativa e pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional, e chega até R$ 500,00, nos demais casos.

 

A DIRF

Vale lembrar que a DIRF é obrigatória para as pessoas físicas e jurídicas, inclusive as micro e pequenas empresas e os MEIs (Microempreendedores Individuais) enquadrados no Simples Nacional, que pagaram ou creditaram rendimentos com retenção do imposto de renda, ainda que em um único mês do ano-calendário 2021.

A entrega da declaração deve ser feita até as 23h59 do dia 28 de fevereiro, por meio do Programa Gerador da DIRF (PGD) da Receita Federal. O programa é de reprodução livre e está disponível no site da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB).

 

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