Entre outras ações, especialista espera um maior comprometimento dos candidatos no que se refere às áreas da saúde e ciências, especialmente no setor nuclear
A Medicina Nuclear é a especialidade médica que utiliza fontes radioativas não seladas que, administradas aos pacientes, promovem saúde por meio de diagnósticos precoces e terapias, incluindo-se oncologia, cardiologia, endocrinologia, neurologia, entre outras. O ano de 2021 para o segmento teve como um dos marcos a interrupção no fornecimento dos insumos radioativos por conta de dificuldades orçamentárias pelas quais passou o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), órgão público situado na cidade de São Paulo, que detém o monopólio na produção dos chamados radiofármacos.
Para 2022, ano eleitoral no qual muitos candidatos estão montando não apenas suas respectivas chapas eleitorais, mas também seus planos de governo, a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) reforça a necessidade de tramitação da PEC 517, de 2010, que modifica o monopólio do Estado na produção destes insumos quando utilizados em procedimentos médicos ou pesquisa. “Ainda que no atual momento o fornecimento esteja normalizado, a SBMN entende que a situação do IPEN ainda é frágil para um cenário de médio e longo prazo e espera que os políticos do Brasil entendam que é importante a tramitação da PEC 517, bem como, é essencial que haja recursos para o desenvolvimento do setor de radiofármacos no Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e de seus institutos, como o IPEN”, afirma Dr. George Coura, presidente da SBMN.
Analisando a atual situação da área de medicina nuclear, Dr. George Coura chama a atenção para o que classifica como fragilidades. “Vejo nesse momento uma fragilidade da medicina nuclear decorrente de limitações impostas pela pandemia e que necessitam de investimentos e atenção para que possamos manter a continuidade de oferta de saúde à população. Assim, precisamos de medidas que solidifiquem a oferta de opções de fornecedores de radiofármacos, de transporte de material radioativo e de viabilidade de operação dos serviços de medicina nuclear”.
Sobre o que espera para os candidatos que concorrerão ao pleito
deste ano, o presidente da SBMN reforça a necessidade de uma maior atenção ao
setor de saúde e o investimento na área de ciências: “A SBMN espera dos
candidatos, em 2022, um comprometimento com as áreas de saúde e ciências, com
enfoque no setor nuclear. Com relação às ações pontuais, esperamos atitudes que
culminem em medidas como recomposição da tabela SUS, prosseguimento na
construção do reator multipropósito brasileiro, redução dos custos de
licenciamento e aumento na oferta de procedimentos de medicina nuclear à
população brasileira”
Para finalizar, falando não somente do que a entidade espera, mas
de como a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear continuará atuando
politicamente, Dr. George Coura afirma: “A SBMN vai continuar atuando junto aos
principais setores políticos envolvidos e espera ampliar o diálogo com nossos
representantes eleitos”.
Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) t- em o objetivo de integrar, promover e estimular o progresso da Medicina Nuclear no Brasil. Constituída por médicos especialistas e outros profissionais de áreas correlatadas, como tecnólogos, biólogos, físicos e químicos, a Sociedade tem a missão de trazer inovação, conquista e aperfeiçoamento da área para a saúde brasileira, tornando-se referência nacional e internacional na representatividade da Medicina Nuclear.
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