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sábado, 12 de dezembro de 2020

Carreira para mulheres: Quando combinamos que empreendedorismo, mercado financeiro e tecnologia é coisa de homem?

Trabalho no mercado financeiro há pouco mais de 16 anos e tenho acompanhado de perto a transformação digital das instituições tradicionais e o “boom” das fintechs. Pra mim, desde a faculdade, sempre ficou claro que estaria em uma ambiente predominantemente masculino. E eu não estava errada. Segundo o relatório “Women in Financial Services”, da Oliver Wyman, em 2003, a representação feminina era de apenas 11% nas diretorias e conselhos consultivos do setor a nível global. Passados 17 anos, este número subiu para mais de 20%. Um avanço, claro, mas ainda é muito pouco.

A triste estatística revela que a desigualdade de gênero no mercado de trabalho está longe de acabar. Muito por crenças limitantes de que homens são naturalmente bons em algumas coisas e mulheres, em outras. Lidar com isso é saber que, em algumas ocasiões, teremos que colocar o dobro do esforço para provar nossa competência e expertise em assuntos considerados de domínio deles.

A boa notícia é que estamos conseguindo provar. Em Wall Street, Jane Fraser é a primeira mulher a tornar-se CEO de um grande banco, o Citi Group. No FMI, temos Kristalina Georgieva como diretora geral e, no Banco Central Europeu, a também pioneira Christine Lagarde. E esses são só alguns exemplos recentes de lideranças femininas que inspiram cada vez mais meninas a acreditar que elas podem ser o que quiserem.

Quando comecei no meio financeiro, meus objetivos profissionais eram outros. Sabia do meu potencial e competência para liderança, mas não imaginava que eu seria empreendedora. Além dos desafios de levar um negócio, o empreendedorismo feminino também é marcado por muitos estereótipos. Levantamentos mostram que mulheres ainda se aventuram mais por segmentos voltados ao varejo, alimentação ou estética. Mas não precisa ser assim. Quando combinamos que empreendedorismo, mercado financeiro e tecnologia é coisa de homem? Não é. E precisamos empoderar nossas meninas para que elas sejam o que quiserem, para que ocupem todos os espaços.

A transformação digital nos dá uma nova possibilidade, de construirmos novos conceitos e relações, desenvolvermos confiança e distribuirmos o poder entre todos os participantes de maneira mais igualitária. E por isso que é também uma grande oportunidade para as mulheres se envolverem de maneira profunda e irreversível. Na nova economia, promovida por essa revolução, precisamos de todos os tipos de especialidades e diversidade, não apenas de quem é de tecnologia. Precisamos de advogadas, de contadoras, economistas, executivas de negócios, jornalistas, psicólogas, e todas as outras especialidades, para nos ajudar a destrinchar a inovação, estudar e pensar em novas leis, novas regras, disseminar a educação e espalhá-la aos quatro ventos.

Infelizmente, o que vemos hoje, como mostra o GEM (Global Entrepreneurship Monitor), é que 44% das brasileiras ainda iniciam negócios por necessidade. São mulheres que não conseguiram oportunidades no mercado de trabalho. Algumas não tinham onde deixar seus filhos, outras porque já eram consideradas velhas demais. Os motivos são os mais variados e todos são válidos. Mas temos que lutar para que as escolhas possam ser feitas por vocação, pela vontade de realizar um sonho. E, mais que isso, para que os salários sejam iguais. Porque, além de precisar mostrar que podemos, temos que mostrar que valemos o mesmo que eles. A disparidade é grande, mas não vai nos impedir de ir adiante.



 Ingrid Barth - COO do Linker


Hotel ‘digital’: as principais demandas de segurança da informação na hotelaria

A trabalho ou a lazer, entramos e saímos de hotéis sem nos preocuparmos com a quantidade de dados digitais que deixamos pelo caminho. Mas não se engane: do cadastro no check-in ao pagamento no check-out, passando pela utilização do Wi-Fi nos quartos ou áreas comuns, o setor hoteleiro é um dos que mais utilizam informações de seus clientes para garantir melhores produtos e serviços personalizados.  

Por isso, tais empresas precisam redobrar a atenção e o cuidado com a área de TI, evitando a ação de cibercriminosos e garantindo a privacidade necessária aos indivíduos, conforme estipulado pela Lei Geral de Proteção aos Dados Pessoais (LGPD), em vigor desde setembro de 2020. Assim, algumas demandas relacionadas à segurança dos dados são mais urgentes nessa área. Confira as principais e como os hotéis podem se precaver:  


1 – Gerenciamento de redes Wi-Fi 

Certamente é a principal preocupação de hotéis e pousadas quando o assunto é tecnologia. É necessário gerenciar uma quantidade grande de redes: há aquelas disponíveis no quarto, as que ficam localizadas nas áreas comuns, como restaurantes, e é preciso garantir uma que seja segura e utilizada apenas pelos funcionários do hotel para a operação do negócio. Assim, o recomendado é obter uma solução capaz de realizar esse controle de forma prática, rápida e eficiente, permitindo antever possíveis riscos e a performance de tráfego.  


2 – Controle de acesso 

Um dos pontos mais vulneráveis da segurança de informação nos hotéis é justamente a equipe de funcionários. O descuido com uso de outros equipamentos na rede corporativa, a falta de cuidado com login e logout, senhas fracas e/ou compartilhadas, a falta de um duplo fator de autenticação, contas inativas, a liberação indevida e o descontrole no acesso a diferentes recursos costumam ser explorados por cibercriminosos que desejam roubar os dados financeiros dos clientes do hotel. A alternativa é instituir uma política rigorosa de acesso, regras criteriosas de permissões para evitar a entrada não autorizada à informação e contar com ferramentas que possibilitam identificar quem está entrando (ou tentando entrar) em determinado recurso ou sistema. 


3 – Proteção aos dados   

Além de controlar o acesso dos funcionários (e dos próprios hóspedes) de acordo com o perfil de cada um, é necessário instituir múltiplas camadas de proteção às informações coletadas e armazenadas pelas empresas. Não, não se trata apenas de instalar antivírus nos equipamentos disponíveis – é uma estratégia importante, sem dúvida, mas complementar ao plano traçado pela equipe de TI. Aqui, é preciso implementar uma solução que ofereça diversas camadas de segurança, varrendo a rede atrás de possíveis falhas e controlando a entrada de dispositivos externos.  


4 – Atualização dos sistemas  

Outro ponto bastante explorado por hackers em organizações hoteleiras é a falta de atualização e manutenção dos equipamentos utilizados. Um computador desatualizado que não tem o que há de mais moderno tanto em sua operação quanto em sua proteção – são como janelas abertas pelas quais os criminosos conseguem entrar na rede. Isso costuma ocorrer porque a quantidade de atualizações em uma rede hoteleira geralmente é gigantesca. A boa notícia é que já há soluções disponíveis no mercado que automatizam e agilizam essa tarefa, informando pontos de melhoria e focos de atenção.  


5 – Backup contínuo 

Já imaginou se, por qualquer motivo, o hotel perde as informações de hóspedes e não consegue saber quem já pagou antes, quem vai acertar no check-out e quem pretende parcelar? A gestão financeira estaria comprometida – além do prejuízo de imagem de ter exposto dados confidenciais das pessoas. Uma forma de reduzir o dano, caso aconteça algo similar a isso, é manter cópia das informações mais importantes (o bom e útil backup). Não se trata, evidentemente, de disponibilizar um profissional apenas para copiar e colar os dados, mas de implementar uma ferramenta que realiza essa tarefa de forma inteligente, capaz de identificar o período ideal para gerar a cópia.  

 


Otto Pohlmann - CEO da Centric, empresa de tecnologia que fornece soluções completas para atender aos requisitos de segurança e da LGPD, com foco em implementação, treinamento e suporte a fim de ajudar a sustentar o desenvolvimento de negócios de todos os portes e setores – e-mail: centric@nbpress.com   


Transações bancárias: o fim da fronteira entre digital e tradicional

As inovações na área de meios de pagamento estão se movimentando cada vez mais rapidamente no Brasil. Cada grande varejista que abre sua própria carteira digital para oferecer aos clientes um modo facilitado de checkout vê no horizonte a possibilidade não só de proporcionar uma experiência de pagamento mais rápida, mas também uma fonte de dados de consumidores que antes não tinham acesso. 

Viemos do longínquo “crediário da loja”, depois passamos ao “cartão da loja”, e hoje chegamos à era do pagamento que independe de meio físico, em que aplicativos e códigos tornam a experiência de pagar, muitas vezes, quase imperceptível.  

O “comprar com um clique” é um exemplo de carteira digital fechada, que só pode ser usada dentro da própria aplicação da varejista. Ainda existem outros tipos, como Google Pay e Apple Payque fazem parcerias com outras lojas, e basta o usuário logar naquela em que já tem cadastro para finalizar a compra. 

Outras grandes varejistas estão indo além e se tornando “bancos nos quais é possível manter um saldo, fazer transações entre pessoas físicas e pagar outros estabelecimentos cadastrados na plataforma. 

Mas não é só no varejo on-line que as carteiras digitais estão ganhando espaço. Por causa da pandemia, o uso de pagamentos sem contato e por meio de QR code foi impulsionado nas lojas físicas. Dados da segunda edição do estudo “Panorama dos meios de pagamento no varejo brasileiro”, desenvolvido pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo) em parceria com a OfferWiseapontam que as contas pagas por contactless subiram para 21% nos últimos dois anos. 

Assim, as fronteiras entre meio de pagamento e marketplace vão se confundir cada vez mais, num cenário em que aparecem superapps – aplicativos em que é possível contratar diversos serviços ou adquirir produtos, desde a diarista até a entrega do mercado – e marketplaces que lançam seus próprios bancos e meios de pagamento como uma forma a mais de fidelização dos clientes. 

Os bancos digitais já criaram um grande movimento de democratização de acesso a serviços bancários no nosso país, e esse processo tende a se espalhar ainda mais com a chegada do Pix, do open banking e a popularização dos meios de pagamento oferecidos pelas varejistas. Nesse contexto competitivo, ainda surgem as carteiras digitais white label, que oferecem às pequenas empresas a possibilidade de que tenham meios de pagamento personalizados por meio de APIs que facilitam e barateiam a implementação do recurso. 

Por todos esses motivos, estamos vendo agora uma grande corrida pela atenção e confiança do consumidor. Num segundo momento, provavelmente, veremos a consolidação de algumas plataformas e o desaparecimento de outras, levando ao amadurecimento do mercado.  

Claro que esse cenário ainda está se modificando e inovações não param de chegar, mas o certo é que cada vez mais o acesso a serviços que antes eram inacessíveis a uma parte da população ganhará escala e modificará o modo como lidamos com o dinheiro. 

 


Orlando Ovigli - Partner & VP OmniCommerce no Grupo FCamara 

  

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Ceia de Natal 2020: diferenças de até 122%, aponta Procon-SP

Entre os panetones e chocotones, a maior diferença foi de 65%


Levantamento de produtos que compõem a Ceia de Natal feito pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisas da Escola de Proteção de Defesa do Consumidor do Procon-SP, encontrou diferença de preço de 122,34% entre todos os itens pesquisados. O peru temperado Sadia custava R 48,87 em um estabelecimento e, R 21,98 em outro, diferença de R 26,89 em valor absoluto.

Entre os panetones/chocotones, um dos itens mais consumidos na época de Natal, a maior diferença foi de 65,45%. Os panetones frutas zero adição de açúcar e de gotas de chocolate zero adição de açúcar (400 g), ambos da Casa Suíça, foram encontrados a R
29,45 em um estabelecimento e R 17,80, em outro.

O levantamento foi realizado entre os dias 1 e 3 de dezembro, de forma online, em sete sites de supermercados: Andorinha, Carrefour, Extra, Kanguru, Mambo, Pão de Açúcar e Sonda. Foram comparados os preços de 68 dos seguintes itens de diferentes marcas: azeites, bombons, carnes congeladas, lentilhas secas, conservas, farofas prontas, frutas em calda, panetones e chocotones.

Veja a pesquisa completa.


Dicas ao consumidor 

Especialistas do Procon-SP recomendam planejar o cardápio, listando os alimentos, bebidas e ingredientes para o preparo. Isso ajuda a evitar compras desnecessárias e por impulso. Orientam também que o consumidor faça uma comparação entre os preços praticados por diferentes estabelecimentos e também considere a relação qualidade, peso e preço do item a ser adquirido, inclusive o preço do frete e prazo de entrega.

Caso a compra seja online, é importante ler todas as características dos produtos e, em caso de dúvidas, entrar em contato com o fornecedor antes de efetivar a compra. Compre somente em sites confiáveis e desconfie de ofertas muito generosas.
 

Veja mais dicas sobre compra de itens para a Ceia de Natal



Procon-SP


O que a comunicação espera para 2021?

Que 2020 foi um ano difícil para todos os setores, isso não é segredo para ninguém. No entanto, com a expectativa para o próximo ano, especialista mostra que os comunicadores precisam se preparar para um tempo imprevisível.

 

              Definitivamente, 2020 é um ano para não ser esquecido. A pandemia alterou profundamente a economia, trouxe desafios para todos os segmentos, e pede uma série de transformações para várias áreas, inclusive a comunicação.

              De acordo com o partner da Guess What, empresa de comunicação portuguesa, Francisco Chaveiro Reis, “todos os planos que os consultores e diretores de comunicação fizeram para este ano saíram furados. 2020 foi um ano imprevisível e apenas as empresas que souberam reagir rapidamente continuaram a ser relevantes”, conta.

              Para 2021, é preciso ter prudência, afinal, será um ano de grandes desafios, explica o especialista: “Ainda não temos as ferramentas para planear uma boa comunicação numa realidade tão instável, mas temos que tentar, nem que o plano seja ir fazendo o plano ao longo do ano e não ter um plano fechado para um ano inteiro, já que mesmo em anos menos intensos do 2020, normalmente a realidade acaba por se pôr à frente dos planos.”

               Além disso, “a grande tendência de comunicação para 2021 é mesmo mudar a mentalidade e estar preparado para o que não podemos prever, tendo sempre em conta que é necessário reagir depressa e bem, a tudo o que aí possa vir”, orienta Francisco. Para os consultores de comunicação, a dica dele é bem clara: “Ser estrategista com alguma antecedência e definir uma série de temas e momentos para que os seus clientes possam passar as suas mensagens chave, casando-se com a agenda mediática. Qualquer consultor tem, também, a obrigação de saber que a estratégia definida nem sempre pode ser seguida e que é preciso ter sempre um plano B, C ou P, de pandemia. A grande tendência para 2021 é essa mesma: ser estrategista e saber planejar tudo ao máximo, mas ter a mentalidade certa para mudar de caminho, sempre que necessário.”

              Sobre os temas que serão tratados no próximo ano, ele acredita que o primeiro deles ainda será a pandemia e tudo que está à volta dela, como as vacinas, o impacto no Serviço Nacional de Saúde, e as consequências econômicas, “que previsivelmente vão durar mais do que o próprio vírus.”.

               Além disso, “os projetos diretamente relacionados com o combate sanitário à pandemia serão notícia, obviamente. Mas, projetos que visem minimizar o efeito económico também interessam, por exemplo, os projetos de finanças pessoais. As empresas que encontram forma de se reinventar em época de crise, também chamarão à atenção”, completa.

                


Fabiano de Abreu


Supermercados e lojas de construção sustentam crescimento de 2% no varejo paulista em 2020

Cálculos da FecomercioSP mostram que setor perderia 3% do seu faturamento se o auxílio emergencial não fosse pago em meio à pandemia; lojas de vestuário são as mais afetadas pela crise


 
Puxado pelos supermercados e pelas lojas de materiais para construção e sustentado pelo auxílio emergencial, o varejo paulista vai terminar o ano com alta de 2% no seu faturamento real em comparação a 2019, projeta a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Em números absolutos, será um aumento de R$ 12 bilhões no orçamento final de 2020 em relação ao ano anterior – um resultado menos destrutivo do que o esperado em meio à crise do coronavírus.
 
Nos cálculos da Entidade, no entanto, o setor registraria queda acentuada de 3% se o governo federal não tivesse interferido na economia por meio do auxílio emergencial, a partir de abril, o que mostra, novamente, o caráter decisivo da medida para a economia do País.
 


O crescimento vai ser marcado por desempenhos assimétricos jamais vistos na história do comércio do Estado: a diferença entre o melhor resultado do ano, o das lojas de materiais de construção (alta de 15%), e pior, o das lojas de vestuário, tecidos e calçados (queda de 25%) será de 40 pontos porcentuais. Para se ter uma ideia, em 2019, essa diferença foi de apenas 8 pontos porcentuais.
 
Depois dos lojistas do setor de construção, as atividades que mais vão crescer no ano serão supermercados (14%) e farmácias e perfumarias (9%). Por outro lado, além das lojas de vestuário, as concessionárias de veículos também vão acabar 2020 com um tombo de 19% em comparação ao ano passado.
 
A dispersão também pôde ser vista nos resultados trimestrais que compõem o desempenho do fim do ano: no primeiro trimestre, ainda no início da pandemia, o varejo paulista faturou 5% a mais do que no mesmo período de 2019. No segundo, quando serviços essenciais ficaram fechados, a queda de 11% na comparação representou um rombo expressivo de R$ 20 bilhões para o caixa dos comerciantes – o pior momento da história do setor no Estado. A recuperação no terceiro trimestre (subida de 8%), que se deu pela retomada das atividades, deve ser mais tímida agora, no quarto trimestre, cuja projeção da FecomercioSP é de aumento de 4% no faturamento.



Ainda é possível ver a disparidade dos desempenhos por meio do montante arrecadado em segmentos considerados essenciais – como supermercados –, que vão terminar o ano com R$ 39 bilhões a mais em suas receitas do que em 2019. Enquanto isso, as atividades mais impactadas pelas restrições de circulação – como lojas de roupa e concessionárias de veículos – acabarão 2020 com R$ 27,4 bilhões a menos.

Considerando as incertezas do cenário econômico em 2021, a FecomercioSP estima que o comércio no Estado de São Paulo termine o ano com crescimento de 1%, desde que o governo federal também dê sinais de comprometimento com a agenda fiscal, avance nas reformas – como a Administrativa, mais urgente – e apresente um projeto mais crível de privatizações.


 
Fechamento de empresas e balanço de empregos 


O cenário turbulento de 2020 também fez com que o varejo paulista perdesse 64.155 empresas – considerando todos os portes. O setor entrou na pandemia com 410.847 empresas e vai entrar em 2021 com 346.692, segundo levantamento da FecomercioSP.
 
Esses números também são corroborados por outro levantamento da Federação, a Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP):  o comércio paulista vai fechar 2020 com 60 mil empregos formais a menos em relação a 2019, configurando o segundo pior desempenho anual desde 2010. No setor de serviços, o número será ainda maior: 121,6 mil vagas celetistas perdidas no ano – uma redução de 2%, também o segundo pior resultado em dez anos.
 
Os dados negativos são consequências principalmente dos impactos no auge da pandemia, entre o segundo e o terceiro trimestres. Só o comércio perdeu 143.913 vagas entre março e junho, segundo a PESP, enquanto os serviços viram 257.708 postos de trabalho com carteira assinada serem perdidos, considerando o intervalo entre março e julho.


 

Nota metodológica

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
 
As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades).
 
Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

 

POR UM ANO REALMENTE NOVO

A economia brasileira esboçou uma boa reação no começo do último trimestre deste ano com o abrandamento das medidas mais restritivas de Estados e municípios. Os empresários precisavam deste alívio e mostraram que sabem reagir e fazer a roda da fortuna girar quando há condições para isso.

Porém, os números da pandemia voltam a crescer, as atividades nas cidades experimentam de novo o regime de restrições e a gangorra entre isolamento e crescimento ameaça balançar da parada da turbina ao desejo de fazer o País decolar rumo a um futuro melhor.

Diante deste cenário, e nesta época do ano, o nosso desejo seria o de transmitir otimismo para o próximo ano, mostrar um horizonte promissor para as empresas e a situação do emprego no Brasil. Se de um lado temos o temor da doença, de outro acompanhamos com tristeza a leniência ou o desinteresse do governo federal ante a outra grande tragédia brasileira: o desemprego.

Aliás, o número oficial do desemprego (mais de 14 milhões de pessoas) é apenas uma parte do drama. Ao se acrescentar ocupados por tempo insuficiente, desalentados e ainda a chamada força de trabalho potencial, chega-se a 33,2 milhões de indivíduos. O drama ficaria ainda mais visível com a adição dos empregados sem carteira assinada, mais nove milhões.

E quantos aos informais, que perambulam pelas ruas em busca de sobrevivência, sem nenhuma garantia? Considerados os mais impactados pelos efeitos do novo coronavírus sobre a economia, os informais representam 40,6% do total de trabalhadores ocupados no País, ou 38,081 milhões de pessoas, segundo o IBGE. O auxílio emergencial aliviou a vida dessas pessoas, mas ainda não se sabe se haverá continuidade e a que preço.

A desocupação de 14,6% no trimestre de julho a setembro foi a maior da série iniciada em 2012. O desemprego aumentou 1,3% entre o segundo e o terceiro trimestres e atingiu um recorde. Nesse intervalo, a população desocupada aumentou 10,2% (mais 1,3 milhão de pessoas) e passou a ser 12,6% superior à de igual período de 2019.

Evidente que se observa alguma defasagem entre a retomada econômica e a recuperação do emprego. É normal, menos no Brasil. Não houve, no terceiro trimestre, apenas uma reação mais rápida do consumo e da produção industrial. Houve aumento do desemprego, um aumento notável por mais de uma razão.

Primeiro, houve um infeliz desencontro entre a atividade econômica e as condições de emprego. No terceiro trimestre a economia produziu 7,5% mais que no segundo, de acordo com o Monitor do PIB – FGV. Para o Banco Central, a atividade havia sido 9,5% maior que a do período de abril a junho.

Em muitos países as condições de emprego melhoraram, embora permaneçam os danos causados pela crise. Nos 37 países da Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE), o desemprego médio em agosto foi de 7,4%, menor que o de julho. Continuava superior ao de fevereiro, mas a redução havia começado.

No Brasil, a política de reativação pouco se ocupou do emprego. Micros e pequenos empresários, muito importantes para a criação de vagas, continuam com dificuldade para conseguir crédito. Isso quando conseguem, pagando 2% ao mês de juros, fato o governo conhece bem, embora não tenha percebido ainda a tragédia do desemprego.

Os empresários estão com medo de contratar diante de um futuro incerto. Muitos estão com problemas para pagar o 13º salário e outras obrigações em razão do custo do crédito. E com o recrudescimento da pandemia, o horizonte se torna ainda mais nebuloso.

Em parte por causa da situação geral, algumas empresas estão contratando trabalhadores temporários informalmente, sem nenhum direito. Nós, da Federação e do sindicato, somos contra essa prática. Isto torna as empresas do nosso setor ainda mais vulneráveis à crise. E alertamos que os empresários que desrespeitam as leis correm o risco de passivos trabalhistas. Enfim, empresas e trabalhadores só têm a perder com essas contratações.

Seria normal sugerir um 2021 pleno de boas notícias para conciliar com as festas de fim de ano. Mas, infelizmente, precisamos esperar que o governo acorde e tome medidas efetivas a favor do emprego. Uma delas seria, junto com o Congresso, aprovar as reformas tão necessárias ao País, como a tributária.

Mas que seja uma reforma justa, mais abrangente, que realmente desafogue as empresas para permitir o avanço do mercado de trabalho. Porém, se anuncia uma reforma tímida para reduzir a burocracia e aumentar encargos.

Enfim, só nos resta despedir rapidamente de 2020 e pedir muito para que Deus ilumine a cabeça de nossos governantes em 2021. Aí, sim, teremos um Ano Novo bom para todos.

Boas festas!

 


Vander Morales - presidente da Fenaserhtt (Federação Nacional dos Sindicatos de Empresas de Recursos Humanos, Trabalho Temporário e Terceirizado) e do Sindeprestem (sindicato paulista da categoria).


A jornada profissional empreendedora

A importância da definição da sua missão e propósito para o seu crescimento profissional


É comum, no decorrer da jornada profissional, empreendedores e especialistas capacitados sofrerem alguma “queda” com relação à sua posição de trabalho. Desemprego, falta de crescimento, insatisfação na sua posição… Os profissionais podem se queixar de muitas maneiras, sentindo-se perdidos, sem saber como prosseguir e livrar-se da estagnação em suas carreiras.

Essas queixas, em alguns casos podem vir de pessoas com excelente formação técnica, mas com importantes dúvidas interiores e com um sentimento de grande frustração. Alguns seguem tradições familiares e percebem ao longo do caminho inconsistências em relação às suas necessidades, desejos e sonhos pessoais.

Outros estão completamente despreparados em termos de habilidades humanas, as famosas “soft skills”, tão procuradas nos dias de hoje. Outras pessoas com boa formação, alguma experiência e qualificações, porém sem a humildade suficiente para perceber que nem tudo está pronto e que tudo necessita de um esforço pessoal e abdicação em certos momentos de coisas agradáveis em benefício de um objetivo maior. E existem ainda os que por falta de recursos encontram-se completamente desanimados e sem coragem para buscar mais.

Em todos os casos de declínio na carreira e a dificuldade de como prosseguir, vemos a ausência de um fator que consideramos primordial para o sucesso da jornada tanto em nível profissional como pessoal: Carência de propósito e de missão de vida. O propósito e a missão de vida, são horizontes que planejamos para nossas jornadas profissionais e pessoais, sempre em consonância com nossos valores e princípios, é a partir da base gerada por experiências íntimas, familiares e educacionais, que nos tornamos capazes de buscarmos o que nos motiva a lutar pelo nosso desenvolvimento e pelo de quem somos responsáveis.

Todas as pessoas são chamadas para alguma missão. Algumas, médicas, acreditam que estão no mundo para salvarem vidas, outras, jornalistas, vieram para proporcionar informações claras a toda comunidade, outro grupo de pessoas acreditam que têm como missão a incrível tarefa de educar, os professores. 

Muitas pessoas, entretanto, não sabem dizer a que foram chamadas nesta vida. Pode parecer piegas, mas temos firme crença de que essa ausência de norte é preponderante nas escolhas inadequadas do caminho a seguir. Como saber como prosseguir depois de um declínio ou queda, não sabendo ao menos qual o seu principal objetivo? Só se usa mapa quem sabe aonde quer chegar. Não adianta traçar um caminho sem um ponto de chegada.

Segundo a Master Coach e gestora de carreiras, Penha Pereira “Sempre interagimos com essas pessoas nas redes sociais, como o Linkedin, primeiro buscando tirar delas seus mais profundos anseios, suas essências pessoais, aquilo que as fazem sentir-se pertencentes ao mundo em que vivem e mais, pelo que vivem, o que as motiva, o que as faz acordarem de manhã e levantarem-se para viver mais um dia de jornada. Porque, enquanto não entenderem isso, não conseguirão desenhar seu trajeto e muito menos ser plenamente felizes.”

Identificar o seu objetivo de vida e missão, nem sempre é fácil, já se sabe. Para isso, existem exercícios que o iniciante em uma carreira, ou aquele que já está em curso nela, mas está com dificuldades, deve buscar para avaliar qual é sua missão como profissional. Por isso, separamos um que pode vir a te ajudar.

Porém, antes de iniciá-lo é necessário preparar de forma consistente o terreno por onde sua jornada acontecerá; alguns updates e revisões são aconselháveis para que o resultado seja muito eficaz:

Primeiro, mesmo que já tenha feito, reveja seu Currículo. Sempre encontramos algum ponto para melhorar. Possui perfil cadastrado nas redes profissionais como o LinkedIn? Sim: vamos fazer uma atenta revisão.  Não: vamos tratar imediatamente de elaborarmos um.

Se já existir seu perfil, entre no LinkedIn e faça também uma revisão geral do mesmo. Veja se não esqueceu nada em termos de experiência profissional, cursos, participações em atividades extra profissionais (sim, contam muito), etc.

Faça também em um arquivo separado uma carta de apresentação pessoal onde você fala de si mesmo, suas aspirações pessoais, suas motivações, seus valores e sua missão, sim porque todos nós temos uma missão a cumprir. Você também tem a sua. Pense em qual é ela. Com nosso famoso exercício você fatalmente encontrará a sua. Essa questão de missão, valores e motivação são aspectos comportamentais que hoje em dia são muito olhados.

Então busque responder o seguinte:


Passo 1:  Quais são seus cinco maiores talentos? Quando você pensa em si mesmo(a), quais são suas principais características?

Passo 2: Quais são seus comportamentos que evidenciam as características /talentos? Quais são suas ações que comprovam sua característica /talento?

Passo 3: Quais são seus principais objetivos pessoais ou profissionais a serem realizados daqui a um ano?

Passo 4: Qual é seu objetivo financeiro para daqui um ano?

Passo 5: Dos 5 talentos listados acima, quais são seus três principais dons/características?

Passo 6: Pronto, agora, elabore sua missão


Por exemplo: Minha missão é: SER talentos, ATRAVÉS de comportamentos, PARA CONQUISTAR objetivos gerais / financeiros.

Pense em tudo isso e aproveite para redigir também e com base em sua realização pessoal, uma carta de apresentação pessoal. Anexe-a a seu perfil de Linkedin.

Jamais use termos em escrita ou verbalmente como “tentar”, “achar”, “difícil”, “medo”, “receio”. Use palavras assertivas que mostram firmeza, positividade e fé em si mesmo(a) e em suas competências.

Se houver disponibilidade, procure realizar um processo de Coaching, cujo profissional não lhe dará respostas prontas, é você que responde por si mesmo. Esse processo pode te ajudar em várias questões que vão além do exercício já citado. Com um Coaching, você poderá encontrar respostas que farão a sua vida caminhar para frente, sem medo da queda e da estagnação. 

 


Penha Pereira - Economista, Coach e gestora de carreira

mariadapenhaapereira@gmail.com

https://www.linkedin.com/in/mariadapenhapereira

https://www.instagram.com/mariadapenhaa.pereira/

https://www.facebook.com/penha0606/


Quer adquirir um imóvel?

Confira todos os detalhes para realizar esse sonho sem se preocupar


Adquirir um imóvel é um sonho de vida para muitas pessoas, para isso passam anos se planejando e economizando para o dia que enfim irão comprar a tão desejada propriedade. Entretanto, para assegurar que o imóvel comprado não irá dar dor de cabeça a advogada Sabrina Rui, especialista em direito tributário e imobiliário, dará dicas sobre como evitar esse tipo de situação, ressaltando a importância de ater-se a detalhes:

No início da negociação é mister que o comprador cheque sempre os fatores como, a solidez da construtora, caso o imóvel ainda esteja na planta, checar também seus demais empreendimentos para análise de prazos e pedir sempre uma cópia do memorial de incorporação. Outro fator de suma importância, é solicitar o Habite-se da obra, a matrícula atualizada do imóvel, certidão de IPTU e declaração de inexistência de débitos condominiais.

Durante o processo podem surgir preocupações no que se refere a segurança do imóvel, para isso o comprador deve fazer algumas checagens, como verificar bairro, números de reclamações na região, ver as vias de acesso e infraestrutura próxima ao local.

Caso a compra seja financiada pelo banco é importante avaliar as opções de valores cobrados, o comprador pode e deve solicitar uma planilha simulada de evolução do financiamento, para comparar o valor da prestação e o valor final da dívida. Devem ser analisados também as taxas de juros praticadas, prazo de amortização do financiamento e o sistema de amortização que vai ser empregado, que pode variar desde a Tabela Price, Sistema SAC e SACRE. Alguns bancos financiam o imóvel até em 420 meses, contudo, isso sempre será analisada a idade da pessoa que está contratando o financiamento. “No entanto, sempre orientamos optar pelo menor tempo de contrato possível, pois quanto mais longo o prazo mais juros será pago, encarecendo o valor final do imóvel comprado; além de que o valor pago a cada mês, durante muito tempo, compromete a renda familiar. O mais comum nestes casos é que as parcelas durem até 30 anos, mas o ideal é manter por até 10 anos” expõe a Dra. Sabrina.

Logo após a compra, que deve ser formalizada por escritura púbica de compra e venda, há a obrigatoriedade de realizar o registro do seu imóvel no Cartório de Registro de Imóveis, para finalmente legitimar sua propriedade.

Vale ressaltar o quão importante é o auxílio de um bom advogado ao assinar o contrato, pois, não é uma simples burocracia e sim algo que pode gerar problemas se não for feito corretamente.


 

Dra. Sabrina Marcolli Rui - Advogada em direito tributário e imobiliário
www.sr.adv.br
SR Advogados Associados
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(41) 3077-6474
Rua Riachuelo, nº 102 – 20º andar – sala 202, centro – Curitiba.


Pix é só o começo da revolução digital no mercado financeiro, apontam especialistas

 Com um mês de funcionamento, novo meio de pagamento encabeça movimento de modernização do Sistema Financeiro Nacional


Prestes a completar um mês de funcionamento, o Pix tem como obstáculo enfrentar o conservadorismo da população, que ainda está acostumada a fazer transações financeiras do modo tradicional, como o uso de boletos, TED e o dinheiro físico. Para especialistas, a chegada deste novo meio de pagamento encabeça uma revolução digital que está acontecendo no Sistema Financeiro Nacional. O Pix está preparando pessoas e empresas para um mercado cada vez mais tecnológico, que se expandirá mais nos próximos anos, com o open banking e o sandbox regulatório.

“A sociedade brasileira hoje, predominantemente, trabalha com o dinheiro físico. O Pix vem para tentar difundir ainda mais as transações virtuais. Então, haverá menos circulação de papel, e isso tem um impacto em cadeia”, explica José Luiz Rodrigues, especialista em regulação do mercado financeiro e sócio da JL Rodrigues & Consultores Associados. “Isso afeta a gestão dos negócios, com a necessidade de modificar a dinâmica de dinheiro em caixa; as instituições financeiras, que com o Pix terão uma mudança de receita, ganhando por quantidade de transações e não por valores transacionados; e o comportamento do próprio consumidor, que entenderá, na prática, que as transações digitais vão além do consumo em lojas virtuais”.

José Luiz destaca que os outros meios de pagamento continuarão a funcionar, mas a tendência é que o Pix possa substituir comportamentos de compra hoje existentes. Além disso, a nova realidade digital, iniciada com o Pix, exigirá novas posturas do mercado. “Essa nova realidade cria um ambiente mais competitivo, com mais segurança, onde os bancos tradicionais, as instituições de diferentes portes, fintechs, insurtechs e demais startups disputarão mercado por igual, e levará vantagem aquela prestadora de serviços que puder oferecer qualidade com menores custos e de maneira mais criativa”, pontua.

Para a empresa de tecnologia LiveOn, que oferece toda a base digital para empresas que desejam operar com serviços financeiros, desde o seu anúncio, o Pix proporcionou um aumento na utilização de  transações digitais. “Houve um crescimento em cadeia. Com a proximidade do lançamento do Pix, percebemos um aumento de instituições que nos procuraram para trabalhar como bancos digitais. E isso reflete também no consumidor. Até julho, as transações financeiras realizadas em nossa plataforma totalizavam R$ 150 mil, e chegaram em R$ 40 milhões em novembro”, detalha Lucas Montanini, CEO da companhia. Hoje, a LiveOn atua com 28 clientes, sendo 25 bancos. E para atender o aumento de demanda, sua equipe cresceu de 8 para 40 pessoas. 

“Quando se pensa em banco, um dos primeiros pensamentos é voltado à burocracia. As filas, os processos longos. Existe um debate sobre otimização e quebra desse cenário e, ao acompanharmos o panorama tecnológico mundial e as demandas da sociedade, percebemos que o universo bancário deve absorver essas soluções digitais em pouco tempo”, pondera Lucas.

O especialista em regulação José Luiz Rodrigues complementa: “Será cada vez mais comum o surgimento de novos produtos ou empresas no cenário financeiro. Porque a modernização do Sistema Financeiro Nacional, provocada pela chegada de inovações como o Pix, open banking e sandbox, está fazendo com que o mercado se estruture para atender às novas demandas de consumidores. Isso vem gerando novos processos de fusão, incorporação, parcerias, compra e venda, entre outros modelos de organização ou reorganização”.

 

José Luiz Rodrigues - sócio titular da empresa, é também membro do Conselho da ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs) o que faz com que a Consultoria esteja inserida nesse ecossistema de forma ativa.

 

JL Rodrigues & Consultores Associados

https://jlrodrigues.com.br/

 

LiveOn Solutions

https://liveonbaas.com


Mulheres são mais atingidas pelo desemprego

No relógio do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil entrou novembro de 2020 com 212,2 milhões de habitantes. Destes, estima-se que a população economicamente ativa, aquela em condições de trabalhar, seja de 106 milhões. Em torno de 13 milhões trabalham no setor estatal, sobram 93 milhões para o setor privado e, destes, havia 38 milhões de celetistas em março passado, sendo 40% mulheres (15,2 milhões) e 60% homens (22,8 milhões). 

Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), publicado pelo governo federal, 897,2 mil perderam o emprego de março a setembro, em função da pandemia e do isolamento social, sendo 588,5 mil mulheres, ou seja, 65,6% dos demitidos. Os homens são 60% do total de trabalhadores com carteira profissional, mas representam apenas 34,4% dos demitidos no período citado. As mulheres foram as mais atingidas, e uma das razões é que elas são maioria nas atividades mais prejudicadas pela crise, a exemplo do setor de serviços.

Nas análises sobre o mercado de trabalho, três problemas merecem destaque. Um, além de serem maioria entre os demitidos, as mulheres demoram mais a retornar ao emprego formal. Dois, as mulheres têm mais dificuldade de reorganizar o esquema doméstico para voltarem ao trabalho, sobretudo as que têm filhos e estão sem a opção de deixá-los na escola, ainda fechada. Três, os efeitos da reestruturação e da automação nas empresas reduzem a quantidade de trabalhadores necessários.  

A professora Simone Wajnman, da Universidade Federal de Minas Gerais, é estudiosa do mercado de trabalho feminino e levantou outro tema interessante: o efeito cicatriz, ou seja, quanto mais tempo a mulher fica afastada do emprego, menor é a chance de ela retornar. O mercado de trabalho merece especial atenção por ser um dos três principais mercados, ao lado do mercado de crédito e do mercado de bens e serviços, e por ter grande impacto sobre as pessoas e suas famílias. 

Acompanho a situação do emprego no Brasil e no mundo por ser objeto de estudo de minha profissão e por interesse pessoal e familiar. Escrevi dois livros sobre educação financeira, um em 2004 e outro em 2011, nos quais trato de finanças pessoais e seus problemas, principalmente na velhice, com destaque para as mulheres. A expectativa média de vida no Brasil está em 75 anos, sendo 79 anos para as mulheres e 71 anos para os homens. Portanto, as mulheres vivem oito anos mais que os homens, serão maioria entre os idosos e a segurança financeira na velhice se torna essencial. 

Os economistas são vistos como alarmistas e pregadores de catástrofes. A questão não é essa, mas sim o fato de que o objeto da ciência econômica é a sociedade em sua luta pela sobrevivência e para atender as necessidades físicas, psicológicas e espirituais do ser humano. O animal homem (que, por óbvio, inclui as mulheres) é um ser social, e suas necessidades vão muito além daqueles que podem ser atendidas por bens e serviços materiais.

A economia é o sistema de produção, circulação, distribuição e consumo dos bens e serviços que a sociedade produz, geralmente em ambiente hostil e condições de riscos e incertezas. O mercado de trabalho deve ser analisado muito além de seus aspectos materiais e financeiros, pois seu funcionamento altera crenças, hábitos, costumes, comportamentos e afeta fortemente atos individuais e sociais, inclusive os índices de violência. 

Não é por outra razão que têm sido publicados livros, pesquisas e matérias sobre a ciência da felicidade, em cujos conteúdos a vinculação entre o mundo do trabalho e os dramas individuais e sociais aparece com destaque. Um exemplo é a gravidade do desemprego entre os jovens, bem maior do que o desemprego nas demais faixas etárias. 

O desespero e o desencanto com a falta de oportunidade para trabalhar, ganhar a vida e se realizar, justamente na fase de maior empolgação e energia, têm levado a falar-se em duas gerações perdidas. Para uma humanidade que saltou de 1 bilhão de habitantes em 1830 para 7,8 bilhões hoje, a vida não tem sido um show de facilidades. É uma luta árdua! O desafio é ser feliz enquanto a luta se faz. 

 


José Pio Martins - economista, reitor da Universidade Positivo.


72,9% das empresas preveem investimentos em inovação nos próximos seis meses

Em 2021, inovação deve ganhar mercado com colaborações entre staturps e empresas. Mesmo na pandemia, o número de parcerias aumentou para 46%


Aumentar a demanda por projetos de inovação nos próximos seis meses é a intenção de 72,9% das empresas ouvidas pelo Radar da Inovação Aberta, estudo inédito realizado pela aceleradora de inovação corporativa Worth a Million (www.wam106.com) em parceria com a Análise Econômica Consultoria (www.analiseeconomica.com.br).

O estudo também mediu como a expectativa de investimentos em inovação afetam diretamente na geração de postos de trabalho. Para 42,3% das organizações, há a previsão de novas contratações, e 42,4% acredita numa instabilidade no quadro de funcionários em setores de inovação. 

Para Valentim Biazotti, fundador da Worth a Million, a proximidade entre estabilidade e novas contratações mostra o caminho de retomada econômica. “Entre os seus diagnósticos, este estudo identifica como está a recuperação das empresas e, principalmente, como a inovação está envolvida nesse processo. Falar de estabilidade dos empregos e novas oportunidades é surpreendente, considerando a crise em que o país e o mundo vêm enfrentando nos últimos meses”, pontua.

“Apesar da insegurança atual, há expectativas otimistas para os próximos meses”, complementa André Galhardo, economista-chefe da Análise Econômica Consultoria. “Neste primeiro resultado, percebemos as entidades confiantes em um crescimento cauteloso, um reflexo ainda da instabilidade econômica que chegou com a pandemia do coronavírus”.

Entre as startups ouvidas pelo Radar da Inovação Aberta, 77,9% prevê o aumento na demanda por projetos de inovação de grandes empresas. Em setembro, o número de empresas que declaram que fizeram mais projetos com startups aumentou para 46,3% e se manteve estável para 39%.

“Parcerias entre grandes empresas e startups geram transformações nos processos e nas pessoas envolvidas. E, quando o tema é inovação, há grande otimismo quanto ao futuro”, afirma Biazotti. “O índice de confiança em inovação aberta das startups é alto, de 66,6 pontos”, complementa Galhardo.

 

Metodologia

A pesquisa foi realizada entre setembro e outubro com 85 empresas, sendo 55,3% delas com mais de 100 colaboradores. A maioria dos setores de serviços de softwares (15,29%), financeiro (12,94%), serviços profissionais e comerciais (12,94%). 

Entre as 95 startups entrevistadas, a maioria (84,2%) com menos de 50 profissionais de segmentos diversos (18,9%), fintechs (11,6%), HRTechs (9,5%), RetailTechs (9,5%) e EdTechs (8,4%), entre outros.

A pesquisa trabalhou com intervalo de confiança de 95%, com margem de erro de 9,9% para as startups e 10,6% para as empresas. 

 


Worth a Million

www.wam106.com

 

Análise Econômica Consultoria

www.analiseeconomica.com.br 

  

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