Com um mês de funcionamento, novo meio de pagamento encabeça movimento de modernização do Sistema Financeiro Nacional
Prestes a completar um mês de funcionamento, o Pix
tem como obstáculo enfrentar o conservadorismo da população, que ainda está
acostumada a fazer transações financeiras do modo tradicional, como o uso de
boletos, TED e o dinheiro físico. Para especialistas, a chegada deste novo meio
de pagamento encabeça uma revolução digital que está acontecendo no Sistema
Financeiro Nacional. O Pix está preparando pessoas e empresas para um mercado
cada vez mais tecnológico, que se expandirá mais nos próximos anos, com o open
banking e o sandbox regulatório.
“A sociedade brasileira hoje, predominantemente,
trabalha com o dinheiro físico. O Pix vem para tentar difundir ainda mais as
transações virtuais. Então, haverá menos circulação de papel, e isso tem um
impacto em cadeia”, explica José Luiz Rodrigues, especialista em regulação do
mercado financeiro e sócio da JL
Rodrigues & Consultores Associados. “Isso afeta a
gestão dos negócios, com a necessidade de modificar a dinâmica de dinheiro em
caixa; as instituições financeiras, que com o Pix terão uma mudança de receita,
ganhando por quantidade de transações e não por valores transacionados; e o
comportamento do próprio consumidor, que entenderá, na prática, que as
transações digitais vão além do consumo em lojas virtuais”.
José Luiz destaca que os outros meios de pagamento
continuarão a funcionar, mas a tendência é que o Pix possa substituir
comportamentos de compra hoje existentes. Além disso, a nova realidade digital,
iniciada com o Pix, exigirá novas posturas do mercado. “Essa nova realidade
cria um ambiente mais competitivo, com mais segurança, onde os bancos
tradicionais, as instituições de diferentes portes, fintechs, insurtechs e demais
startups disputarão mercado por igual, e levará vantagem aquela prestadora de
serviços que puder oferecer qualidade com menores custos e de maneira mais
criativa”, pontua.
Para a empresa de tecnologia LiveOn, que oferece toda a base
digital para empresas que desejam operar com serviços financeiros, desde o seu
anúncio, o Pix proporcionou um aumento na utilização de transações
digitais. “Houve um crescimento em cadeia. Com a proximidade do lançamento do
Pix, percebemos um aumento de instituições que nos procuraram para trabalhar
como bancos digitais. E isso reflete também no consumidor. Até julho, as
transações financeiras realizadas em nossa plataforma totalizavam R$ 150 mil, e
chegaram em R$ 40 milhões em novembro”, detalha Lucas Montanini, CEO da
companhia. Hoje, a LiveOn atua com 28 clientes, sendo 25 bancos. E para atender
o aumento de demanda, sua equipe cresceu de 8 para 40 pessoas.
“Quando se pensa em banco, um dos primeiros
pensamentos é voltado à burocracia. As filas, os processos longos. Existe um
debate sobre otimização e quebra desse cenário e, ao acompanharmos o panorama
tecnológico mundial e as demandas da sociedade, percebemos que o universo
bancário deve absorver essas soluções digitais em pouco tempo”, pondera Lucas.
O especialista em regulação José Luiz Rodrigues
complementa: “Será cada vez mais comum o surgimento de novos produtos ou
empresas no cenário financeiro. Porque a modernização do Sistema Financeiro
Nacional, provocada pela chegada de inovações como o Pix, open banking e
sandbox, está fazendo com que o mercado se estruture para atender às novas
demandas de consumidores. Isso vem gerando novos processos de fusão,
incorporação, parcerias, compra e venda, entre outros modelos de organização ou
reorganização”.
José Luiz Rodrigues - sócio titular da empresa, é
também membro do Conselho da ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs) o
que faz com que a Consultoria esteja inserida nesse ecossistema de forma ativa.
JL Rodrigues & Consultores Associados
LiveOn Solutions
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