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segunda-feira, 3 de agosto de 2020

O homem é o coronavírus do mundo*


   A frase do título persistiu comigo. Pensei nela ainda por alguns dias, depois de ter lido a entrevista do escritor cubano Leonardo Padura, autor de O Homem Que Amava os Cachorros. Entrevista curta, sem rococós, publicada em jornal paulistano de grande circulação. Sim, Padura tem razão. O ser humano é o coronavírus do mundo. Lapidada a máxima, extirpado seu exagero figurado, ela ainda remanesce prenhe de significado, escancarando a nós o que preferimos manter escondido. Somos os parasitas do mundo.

Nós sugamos incessantemente, através dos milênios, os recursos naturais do planeta, exaurindo-os – sem nada, ou quase nada, devolver-lhe. Parasitamos o mundo, consumimos a natureza, sem nos preocupar com sua debilidade ou morte. Nem mesmo nos atentamos para o fato de que a morte da natureza – a hospedeira – implicará também a morte do homem, seu parasita viral. O parasita precisa do hospedeiro. Já este estaria melhor sem aquele.

É fato: somos parasitas da natureza. A frase do escritor caribenho, entretanto, parecer ter um alcance ainda maior. Não parasitamos apenas o planeta e suas espécies – parasitamos também a nós mesmos. Há nas relações humanas uma espécie de parasitismo social antropofágico. E, talvez, ninguém tenha falado tão bem sobre o assunto por meio da arte senão o diretor e roteirista sul-coreano Bong Joon-ho, cujo filme mais famoso, Parasita (Gisaengchung, Coreia do Sul, 2019), recebeu, na última temporada, os dois prêmios máximos do cinema: o Oscar de melhor filme e a Palma de Ouro.

O roteiro, ao identificar o parasitismo intersocial por meio de enredo ao mesmo tempo engraçado, dramático e de suspense, agradou a todos. Conta-nos a história da família Kim, formada por um casal e seus dois filhos. São pobres e estão todos desempregados. Habitam um porão na periferia de Seul, capital da Coreia do Sul, e vão sobrevivendo como podem, valendo-se de pequenos golpes. Pouco a pouco, usando de expedientes eticamente condenáveis, conseguem todos eles empregar-se na casa da família Park – uma família também composta de um casal e dois filhos, mas de outro nível socioeconômico. Gozam de dinheiro, conforto e luxo; e moram em mansão modernista localizada na parte alta da cidade.

Os Kims infiltram-se na casa dos Parks e vão tirando cada vez mais proveito da situação. Está claro, pelo menos até aí, que são eles os parasitas de que fala o título da obra – até que se começa perceber que a história tem muito mais matizes, e vai revelar boas surpresas.

Muito apoiado na direção de arte (responsável por construir a impressionante casa dos Parks), a narrativa mostra não dois, mas três estratos sociais: o dos risco, estruturado na residência luxuosa situada no alto de uma colina; o dos pobres, cujo espaço se centra em porão apertado e claustrofóbico; e o dos indigentes, cujo locus se desenha abaixo do nível de porão, numa espécie de subsolo escuro e inabitável. A correlação entre os cenários e a posição social dos personagens é algo muito marcante no filme, e é a base sobre a qual se monta toda a narrativa.

Os seres do porão não são os únicos a exercer o parasitismo. Muitos dos outros, a seu modo, também o exercem, numa espécie de antropofagia intersocial. Os seres de um estrato social vão devorando os de outro estrato, não importa se abaixo ou acima. Importa tirar o máximo proveito, usufruir quanto possível. O roteiro, sem dúvida, mostra atritos sociais, mas não exatamente a luta de classes – conceito mais complexo, que pressupõe certa consciência de classe. O foco do enredo parece ser mais antropofágico que classista, ainda que o movimento transite não dentro do mesmo estrato, mas entre eles. No lugar da luta de classes, os espaços parecem ocupados pelo egoísmo e pelo hedonismo tipicamente humanos.

A despeito da vivacidade e da contemporaneidade da história apresentada, o filme é ainda maior. O paroxismo é a direção do sul-coreano. Ele não perde a mão nem por um minuto, dirige a câmera com ritmo e rigor, entrega força estética aos enquadramentos e, de quebra, tem o controle total do set, mantendo a harmonia e a coesão do elenco e extraindo dos atores o máximo da arte dramática.

O elenco responde à altura. Não há atores mais fracos, nem mesmo os mais secundários. Todos, com notável precisão, cumprem seu personagem. A direção de arte (responsável por tirar do papel os cenários que corporificam os estratos sociais) e a simbiose entre montagem e trilha sonora (responsável pela vibração dos enlaces na segunda parte do filme) aprofundam a qualidade técnica da obra. E a fotografia, embora tenha falhado na parte final, deixando pesar o escurecimento das cenas que precedem o clímax, revela um tratamento cuidadoso das cores e dá o apuro estético que o trabalho cenográfico pede.

Ao longo de pouco mais de duas horas, o diretor Bong Joon-ho, reunindo sob sua batuta atuações rigorosas e qualidades técnicas inquestionáveis, vai movendo seus personagens pela teia parasitária da sociedade humana, e nos faz rir, mas, ao mesmo tempo, refletir. Consegue nos emocionar; e nos assustar. Seus personagens são parasitas egóicos, mas também são humanos – intensamente humanos.

Sim, Parasita é um filme completo. É uma obra para marcar. Os tempos de hoje, mergulhados na pandemia provocada pelo novo parasita viral, igualmente marcarão. No futuro, serão lembrados como época turva e assustadora, mas também como período do qual o homem poderá emergir melhor. Depois de tudo, obviamente ainda seremos humanos e padeceremos dos mesmos vícios. A mirar no passado, porém, poderemos iniciar uma longa e progressiva migração, abandonando o parasitismo e nos instalando em novas relações, agora urdidas no mutualismo.

 

 

Dr. André Forato Anhê - Juiz da 2ª Vara de Hortolândia

 

 

*[1] Frase do romancista Leonardo Padura, extraída de entrevista concedida ao Estadão.com.br em 7 de maio de 2020 (https://cultura.estadao.com.br/noticias/literatura,o-homem-e-o-coronavirus-do-mundo-diz-escritor-cubano-leonardo-padura,70003295446).

 


Como exercitar a inteligência emocional pode influenciar na tomada de decisões conscientes


A vida requer o reconhecimento de nossos limites por meio de metas atingíveis e acontecimentos que a vida nos traz, o nosso controle sobre todos os acontecimentos é ilusório e limitado e não podemos alterar situações cotidianas como, por exemplo, a morte.

Na sociedade atual, a qualidade de vida e o sucesso muitas vezes se confundem e estão associados com o alcance de bens materiais e o nível social de um indivíduo, a fuga da dor através do apego nos prazeres momentâneos das conquistas de coisas materiais, não levando se em conta a energia e o tempo desprendido para a conquista dessas ações.

Não se trata de conformismo, todas pessoas devem ter metas para alcançar e merecem uma vida digna e plena de realizações.  Mas é certo que quem decide viver em concordância e entende que para tudo na vida tem etapas e degraus a serem alcançados, evita muitas frustrações desnecessárias.

Uma das formas de iniciar esse processo  de aprendizagem é trabalhar o desapego, que muitas vezes pode ser confundido com desfazer-se de bens materiais.  Desapegar-se nada mais é que destruir o vínculo obsessivo com as coisas materiais e dar um novo significado de importância e prioridade.

Nada mais é que aquele momento em que devemos parar e nos perguntar: Será que realmente vale todo esse sacrifício? Essa é uma das fórmulas essenciais para a tomada de decisões coerentes.

O bombardeio de competitividade de que devemos ser vencedores a qualquer preço, vem desde o berço e muitas vezes com ele vem o sofrimento desnecessário que nos faz esquecer a premissa primordial de que não somos .“o dono do mundo.“.

Entretanto, todas essas verdades solidificadas desde o principio da construção da nossa sociedade, podem ser abaladas a qualquer instante e revelar o quão frágil é o ser humano diante da sua impotência em qualquer evento, seja ele resultante de uma ação da natureza ou como o momento pandêmico que o mundo está vivenciando agora através do surgimento do vírus Covid19.

O escritor e filósofo israelense Gad Adler ressalta em suas palestras que preenchemos nosso tempo muitas vezes de forma errada com atitudes e crenças, não sobrando tempo para práticas salutares como a reflexão de nossos atos.

Vencer a todo custo nos impede de desenvolvermos nossas verdadeiras aptidões na qual o mérito vêm com a realização das nossas tarefas com prazer e não com sofrimento.


Ele explica que o simples ato de refletirmos alguns minutos durante o dia antes de iniciar qualquer atividade, possibilita abrir os olhos para as nossas ações que muitas vezes desempenhamos no automático e sem uma real percepção da realidade dos fatos.

Isso influência diretamente no ato de falar sem pensar, realizar julgamento alheio, assumir a postura de sábio conselheiro, ditar regras morais e de condutas de como agir nas emoções de terceiros de uma forma automática e impensada.

Quase todo ser humano fez, faz ou vai fazer uma vez na vida, mas não compreende que essa descarga de informações muitas vezes mal interpretadas, geram atritos que criam uma reação em cadeia podendo acarretar consequencias negativas em todas as esferas seja ela no âmbito do convívio social, familiar ou profissional, dando início a tantos outros conflitos:Vale lembrar aquela famosa máxima: “Muitas guerras se iniciaram por palavras mal proferidas”.

Calçar os sapatos dos outros, nos remete a entender o quanto é díficil a caminhada do próximo e que quando se trata de nós mesmos, também tendemos a paralisar diante dos problemas. 


Essa simples reflexão, exercita o processo de construção da inteligência emocional, influenciando em cada  tomada de decisão consciente, dispensando um pouco mais de tempo e atenção as nossas pequenas atitudes, ajudam a policiar nossas falas e pensamentos, melhorando assim a qualidade de nossos relacionamento com os outros e principalmente com nós mesmos.





Gad Adler - Nascido em Jaffa, Israel, é filósofo, terapeuta motivacional e palestrante.Formado em Filosofia e História das Religiões pela Universidade de Tel Aviv, escreveu o livro “Você não pode tudo!Mas pode e merece ser feliz.“; é criador do método Melhor Maneira de aperfeiçoamento emocional para uma vida melhor, além de  administrar o site:www.melhormaneira.com.br com conteúdo motivacional e que leva o mesmo nome da técnica.

Insta:@amelhormaneiraoficial

Youtube: https://www.youtube.com/channel/UC8AsBDCFpRuSiLlSXFhOUGQ


Dia Internacional do Orgasmo Feminino teve início com projeto de lei no Brasil

Do nordeste brasileiro para o mundo: conheça como outros países expressam sua relação com o orgasmo feminino


O Dia Internacional do Orgasmo Feminino foi celebrado pela primeira vez no dia 8 de agosto de 2007, em um vilarejo chamado Esperantina (PI), no Brasil. A data foi criada pelo então vereador José Arimatéia Dantas Lacerda, que propôs uma lei obrigando os homens a proporcionar orgasmo a suas esposas. Com isso, pretendia-se não apenas conscientizar a população com respeito à sexualidade feminina, mas também reduzir o tabu ao redor desse tema e fazer com que os homens “quitassem suas dívidas” perante suas mulheres.

Para entender como essa data saiu do nordeste brasileiro e tomou conta do mundo, linguistas internacionais do aplicativo de idiomas Babbel, considerada a empresa de educação mais inovadora da Europa, reuniram expressões relacionadas ao orgasmo feminino em outros idiomas para compreender como as pessoas sentem (e descrevem) essa excitante experiência ao redor do mundo. 

 

Começando pelo óbvio

A maioria dos idiomas falados ao redor do mundo tem uma forma similar de se referir ao orgasmo. A palavra é praticamente igual em turco (orgazm), inglês (orgasm), espanhol (orgasmo) e até japonês (oogasma). Mas por quê?

Originalmente, o termo orgasmos vem do grego e quer dizer “plenitude, inchaço”. Assim sendo, a palavra orgasmo pode ser considerada uma metonímia, isto é, uma figura de linguagem em que um termo substitui um outro com o qual está associado.

 

Excitação drástica

Alguns idiomas têm formas bem específicas de expressar a sensação de excitação provocada pelo orgasmo. Nesses idiomas, o elemento prazer se mistura à receita, fazendo com que o orgasmo ganhe o status de uma experiência positiva. Eis alguns exemplos: pracanda uttējanā (que, em bengali, quer dizer “excitação drástica”), ezra shodan (que, em farsi, significa “a satisfação está acontecendo”) e cực khoái (expressão vietnamita que pode ser traduzida como “prazer extremo”).

 

Gao chao (“maré alta”) ou o orgasmo como pico

Um conceito bastante recorrente é o do orgasmo como pico: 24% dos idiomas se valem dessa metáfora. E quais seriam esses idiomas?

Ao expressarem o orgasmo como um pico, as pessoas estariam se referindo ao calor, à sensação de excitação que se atinge com o orgasmo e/ou ao gatilho disparado como resposta a um estímulo sexual. A escalada rumo ao clímax também pode ser abarcada nesse conceito. E, de todas as formas, a ideia de pico é sempre positiva

Em mandarim usa-se a expressão gao chao (que pode ser traduzida como maré alta) para descrever o pico do orgasmo. Essa expressão é fabulosa, pois associa o aspecto físico dos fluidos (“maré”) à ideia metafórica de pico.

 

O orgasmo como destino

Outra metáfora similar é a do orgasmo como destino: 48% dos idiomas possuem expressões que podem ser traduzidas como “estou chegando”

Se analisarmos a palavra “chegar”, podemos perceber que ela transmite uma ideia implícita de deslocamento. Nesse caso, o deslocamento seria em direção ao interlocutor, isto é, à pessoa que está ouvindo o discurso. 

 

La petite morte (“a pequena morte”)

Mas nem sempre o orgasmo é comparado a caminhos ascendentes.

Na França, usa-se uma metáfora curiosa para descrevê-lo: la petite morte, ou “a pequena morte”. A intensidade das sensações vivenciadas durante o orgasmo e a perda momentânea do controle são suficientes para explicar por que esta pode ser comparada a uma experiência de quase morte. Em nove idiomas foram encontradas expressões como “estou terminando”, “estou indo”, nas quais há uma ideia implícita de afastamento em relação à pessoa que está ouvindo o discurso. 

Em japonês, diz-se iku (estou indo), um eufemismo para a morte. Entre os idiomas nos quais o orgasmo está relacionado ao fim de jornada podemos citar os seguintes: russo (Konchayu, “estou terminando”), seediq (Kiyadi, “terminei”) e tagalog (Nilabasan na ko, “estou terminando/saindo”).

 

O orgasmo como a liberação de uma força — ou como fogo

Outra forma de se referir ao orgasmo em mandarim é yao she le (“estou disparando”). O orgasmo é descrito como fogo em finlandês (nyt mä tulen, (“agora eu sou fogo”). E como calorem tagalog: nag-iinit (“esquentando”).

 

O mais poético

Em checo, utiliza-se a expressão Už budu, que pode ser traduzida como “eu serei”. Dessa maneira, o orgasmo representa um estado de existência — e uma promessa de continuidade. Não por acaso, muita gente na República Checa chamou a atenção para a semelhança dessa frase com a máxima proferida por Descartes: “Penso, logo existo”. 


Qual é a relação entre ansiedade e álcool?


Entender a relação entre ansiedade e álcool ajuda na busca de respostas mais concretas para reduzir as consequências do consumo excessivo de bebidas alcoólicas e do transtorno de ansiedade. No entanto, nem sempre é fácil lutar sozinho e controlar sentimentos que estimulam tais comportamentos prejudiciais à saúde.

Tendo isso em vista, a proposta deste artigo que contou com a colaboração do psicólogo do HSM Antônio Chaves Filho, é mostrar como amenizar os impactos desse problema, além de apresentar as melhores alternativas de tratamento para a ansiedade. Veja, então, como e onde buscar ajuda para reabilitar a saúde mental e melhorar a qualidade de vida. Boa leitura!


Quais são os sintomas de uma crise de ansiedade?

Também chamados de transtornos ou de distúrbios de ansiedade, os episódios de ansiedade em mulheres e homens podem se manifestar de diversas formas. As características variam de acordo com o estado emocional da pessoa, mas, quase sempre, os sintomas também afetam a saúde física.

Nesse quadro, um dos sinais mais evidentes é a dificuldade de controlar a irritabilidade e o estresse concomitantes durante as crises de ansiedade. Desse modo, há prejuízos imensos resultantes disso, como impulsos que afetam a qualidade das ideias, a expressão dos sentimentos e as atitudes.

Muitas pessoas são dominadas pela ansiedade em situações específicas, como no trânsito, durante uma prova importante ou em entrevistas de emprego. Uma das maneiras de amenizar essas crises é buscar meios de promover a concentração em outras coisas que ajudem a se desfocar do motivo desencadeador da ansiedade.

Como ela surge, geralmente, por antecipação a algum evento que gera insegurança, o ideal é manter uma organização e um planejamento adequado para diminuir o risco de desenvolver tais episódios. É igualmente importante centrar a atenção no agora e deixar o amanhã para quando ele chegar.

Contudo, listamos alguns sinais que podem indicar a possibilidade de desenvolver crises de ansiedade. Veja quais são:

·         humor alterado;

·         dificuldade para relaxar;

·         irritabilidade e impaciência;

·         mente constantemente agitada;

·         ganho ou perda de peso com muita rapidez;

·         sudorese e tremores nas mãos e nas pernas;

·         taquicardia (batimentos cardíacos acelerados);

·         cansaço físico excessivo e esgotamento mental;

·         preocupação excessiva com um compromisso futuro;

·         muita dificuldade para controlar pensamentos acelerados;

·         sinais de angústia, apreensão e expectativa negativa quanto ao futuro;

·         dificuldade de concentração e desmotivação para cumprir os compromissos.


Que recursos são úteis para o controle imediato?

Enumeramos alguns recursos que podem ser úteis para controlar, de imediato, as crises geradas na relação entre ansiedade e álcool. Confira!


Pratique exercícios respiratórios

Desde as épocas mais antigas, alguns povos defendiam o uso de técnicas respiratórias para obter mais controle mental e provocar, por meio da força mental, efeitos analgésicos sobre momentos de dores agudas ou crônicas. Por isso, essa cultura de utilizar a respiração como um mecanismo de controle sobre a ansiedade ainda permanece como legado de nossos ancestrais.

Vale destacar que os efeitos de tais exercícios respiratórios variam para cada indivíduo. Entretanto, quando praticados adequadamente, eles têm se mostrado benéficos e eficazes para reduzir os sintomas da ansiedade e os riscos de crises mais intensas.


Faça meditação

A meditação também é uma técnica milenar que se originou dos costumes dos povos orientais que habitavam a porção meridional do continente asiático. Essa prática está associada à promoção do relaxamento mental e pode trazer benefícios significativos para a mente e o corpo.


Cuide de animais de estimação

Assim como os sintomas da ansiedade podem ser diferentes entre as pessoas, as formas de tratamento também se diversificam de acordo com o perfil de cada um. Para quem ama pets, por exemplo, cuidar de um animalzinho pode ajudar no controle dos episódios de ansiedade. Por isso, o ideal é conversar com um especialista para receber a orientação terapêutica mais apropriada.


Mantenha a mente ocupada

O controle da ansiedade exige a busca de ações capazes de relaxar e retirar a pessoa do foco causador de episódios ansiosos. A orientação é manter a mente ocupada com algo positivo, que o torne tranquilo e equilibrado para alcançar a plenitude mental. Outra dica valiosa é aprender a controlar os sentimentos e pensamentos inseguros, em vez de se esforçar para reagir negativamente a eles.


Quais os riscos da relação entre ansiedade e álcool?

A dependência em álcool pode ser uma das razões para o desenvolvimento de distúrbios, como ansiedade e depressão, mas essa situação é complexa, já que a ansiedade também pode levar ao alcoolismo e à dependência química. O consumo frequente de bebidas alcoólicas descontrola a liberação regular de substâncias cerebrais responsáveis pelo controle emocional, o que eleva a vulnerabilidade às crises de ansiedade.

Nesse contexto, observe os perigos associados à relação entre ansiedade e álcool:

·         aumento do risco de ataques de pânico;

·         a pessoa demonstra excessiva preocupação com os atos da noite anterior, mesmo quando tem plena consciência de que nada estava errado;

·         ela se torna mais vulnerável a comportamentos de risco, como fazer sexo desprotegido quando estiver sob efeito do álcool;

·         o indivíduo cria conflitos com familiares, cônjuges ou amigos por insistir em explicar o que não se lembra como aconteceu;

·         pode ainda desenvolver condutas como às de certos tipos de alcoólatras, que bebem às escondidas e negam o fato perante amigos e parentes.


Como tratar ansiedade?

O tratamento da ansiedade pode ser feito de diferentes modos. Entretanto, o ideal é realizar uma avaliação em uma instituição especializada em saúde mental. Somente um profissional competente e experiente nesse ramo poderá determinar a intervenção melhor adequada que apresenta mais chances de atingir resultados satisfatórios.

Atualmente, os tratamentos para o controle dos episódios de ansiedade são realizados por:

·         suporte psicológico com acompanhamento de uma equipe multidisciplinar;

·         terapia cognitivo-comportamental;

·         medicamentos ansiolíticos;

·         práticas alternativas.

Pode-se perceber, por fim, que entender a relação entre ansiedade e álcool é um dos aspectos essenciais para decidir os métodos terapêuticos mais eficazes para tratamento. No entanto, a escolha de uma instituição referência em saúde mental é o diferencial para a recuperação do bem-estar e o retorno ao convívio social harmônico de quem enfrenta esse desafio.

 

 


Hospital Santa Mônica - Itapecerica da Serra - SP
(011) 4668-7455 
(011) 99667-7454 
contato@hospitalsantamonica.com.br
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Clínica Integrativa - São Paulo - SP
(011) 3045-2228
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Confira oito dicas da psicologia para você se manter positivo

A importância de ter pensamentos positivos

 

Pensamentos positivos podem melhorar a saúde, ajudar no desempenho profissional, aumentar nossa autoconfiança e, com isso, até contribuir para conseguir um novo emprego.

A pandemia do coronavírus alterou repentinamente, e de maneira significativa, a rotina de boa parte da população mundial. Esse “novo normal” gera medo, insegurança, incerteza, solidão, problemas de relacionamento para quem está isolado com a família e preocupações com as contas e o trabalho, por exemplo – em resumo, uma variedade de pensamentos negativos que não contribui em nada para resolver qualquer problema que já temos ou que poderemos vir a ter nesse futuro que insistimos em criar dentro da nossa mente.

“Esse cenário com tantas dificuldades acaba produzindo novos gatilhos emocionais que levam muitas pessoas a focarem apenas no lado negativo e esperarem sempre o pior da vida num momento de crise global como esse que vivemos. Ainda assim, podemos escolher entre sermos reféns dessa negatividade, alimentando esses pensamentos com a nossa energia, atenção e dor, ou não”, diz a psicóloga Regina Tavares. Segundo ela, esse é um dos pilares da inteligência emocional, tão discutida nos dias de hoje: a capacidade de saber lidar com os nossos sentimentos ruins e não permitir que eles assumam o controle da nossa vida. E sentimentos e emoções, muitas vezes, são o simples resultado de algum pensamento, bom ou mal, que temos ao longo do dia. “Desenvolver pensamentos positivos é um exercício contínuo, uma escolha que sempre temos e que exige treinamento diário”, afirma Regina.

Qual o problema de ter pensamentos negativos frequentes? O primeiro ponto importante é justamente a frequência deles, pois todo mundo, em algum momento, vai ter pensamentos ruins. O que não pode acontecer é, no nosso “diálogo interno”, as negatividades sempre estarem mais presentes. A depressão, por exemplo, está associada a um excesso de pensamentos negativos. O mesmo vale para a ansiedade, fonte de tantos problemas da vida atual. Existem pesquisas com atletas de várias modalidades associando um maior número de derrotas a quem tinha pensamentos negativos durante a competição, ou antes dela começar.  Há estudos científicos que mostram que pensamentos positivos podem melhorar a saúde, ajudar no desempenho profissional, aumentar nossa autoconfiança e, com isso, até contribuir para conseguir um novo emprego. A psicóloga Regina Tavares sugere algumas dicas práticas e objetivas para quem deseja melhorar a qualidade dos seus pensamentos:

ESCOLHA NÃO SER AFETADO PELOS PENSAMENTOS NEGATIVOS. É inevitável que, diante de tristezas, perdas ou ameaças, as pessoas tenham pensamentos negativos. Faz parte do perfil do ser humano. O segredo para que isso não vire um problema a mais em nossas vidas é escolher não ser afetado por este tipo de pensamento. “É preciso aprender a observar de fora o pensamento, encará-lo de frente, mas não ser ‘alimentado’ por ele. Faça uma auto-análise do pensamento negativo e do oposto dele. Depois imagine onde cada um deles poderá te levar, e faça sua escolha”, diz a psicóloga, acrescentando: “É fundamental entender se o tal pensamento negativo vai nos ajudar ou nos atrapalhar”.

DESENVOLVA A PRÁTICA CONTÍNUA DA GRATIDÃO. A prática diária e sincera do sentimento de gratidão traz muitos benefícios para a nossa vida, e um deles é exatamente afastar os pensamentos negativos. Ser grato é apreciar de maneira verdadeira e reconhecer o que já somos ou conquistamos ao longo da vida e, por isso, esse sentimento contribui para nos conectar com algo maior do que nós mesmos, estando associado a emoções como felicidade, otimismo, esperança e, portanto, pensamentos positivos. Além disso, ser grato é altamente saudável também para as pessoas ao nosso redor, por quem somos gratos - esse sentimento provoca uma corrente de emoções positivas capaz de afetar a vida de muita gente. Para ser grato, é importante, todos os dias, refletir e relembrar de tudo que funciona na sua vida, tudo que você já possui, tudo que te faz feliz. Quanto mais grato você for, mais positivos serão os seus pensamentos - e mais coisas boas você vai atrair.

PRATIQUE A RESILIÊNCIA. Resiliência é a capacidade de cada indivíduo lidar com seus próprios problemas do dia a dia, com pensamentos e comportamentos flexíveis, acreditando que tudo vai melhorar no futuro. “Praticar resiliência é olhar de frente para o problema e perceber que poderia ser pior, entendendo que tudo tem o seu lado positivo”, aponta Regina Tavares. “Esta pandemia, por exemplo, está provocando coisas ‘ruins’ para todo mundo, em maior ou menor escala. A pessoa resiliente sabe lidar de maneira positiva com essa situação depois que ela se concretiza, não deixando espaço para os pensamentos negativos causarem danos em sua mente e emoções”, acrescenta a psicóloga.

OFEREÇA AJUDA AO PRÓXIMO. “Tem uma frase que eu venho repetindo e praticado bastante nos últimos tempos: seja parte da solução na sua vida e na das demais pessoas do planeta, e não dos problemas” destaca Regina Tavares. “Quando você toma uma iniciativa para ajudar o outro, invariavelmente acaba encontrando pessoas com problemas mais graves do que o seu, e isso contribui para você se sentir grato pela sua vida, também diminuindo as chances de um pensamento negativo ficar se repetindo na sua mente”. Segundo ela, sobretudo neste momento tão delicado que vive nosso planeta, ao ajudar o próximo, você se nutre da fonte maior e se fortalece ainda mais para solucionar seus próprios desafios.

ASSUMA 100% DE RESPONSABILIDADE SOBRE AS SUAS REAÇÕES NA VIDA. Pessoas que estão acostumadas a se vitimizarem e depositarem na conta do outro os seus próprios problemas vivem atormentadas por pensamentos negativos extremamente destrutivos. “Vitimismo e pensamento negativo têm muito em comum. Entendendo que esses pensamentos só servem para atrair mais negatividades, você logo percebe que é você mesmo quem atrai tudo na sua vida. Assim, a mudança do pensamento vai mudar o que você vai atrair”, explica Regina.

TRABALHE COM PRAZER. Trabalhar no que gosta é fundamental para ser feliz e, consequentemente, ter pensamentos positivos. “Se você não ama o seu trabalho, e não pode mudar agora, encontre uma atividade paralela, que pode ser um hobby ou um serviço voluntário, que você seja capaz de realizar com paixão”.

VIVA COM MAIS ALEGRIA. Viver com alegria e otimismo, mesmo ao enfrentar as dificuldades naturais do dia a dia, nos dá mais força para superar problemas e atrair situações e pensamentos positivos na nossa vida.  Rir muito (inclusive de si mesmo), brincar, cantar, dançar, manter iluminados seus sonhos e objetivos, comemorar bastante qualquer conquista (por menor que seja) – tudo isso são pontos que devemos estar muito atentos sempre porque estão diretamente ligados aos nossos sentimentos e emoções e, portanto, geram muitos pensamentos positivos. Se manter nessa energia da alegria é um dos pilares mais importantes para manter e desenvolver novos pensamentos positivos na sua mente.

INICIATIVAS MENTAIS E ESPIRITUAIS. Existem terapias que podem ajudar a reduzir o estresse e eliminar pensamentos negativos. É o caso da Meditação. Entre seus inúmeros benefícios já comprovados em pesquisas científicas, estão o estímulo aos sentimentos de empatia, bondade e compaixão em relação a si mesmo e ao próximo e, também, um aumento do bem-estar psicológico. Da mesma forma, a Ioga une nossos aspectos físicos, emocionais e espirituais, trazendo bem-estar para o corpo e ajudando a pessoa a encontrar um caminho que leve a uma vida com um sentido mais profundo. “Você tem um propósito maior de vida? É importante descobrir qual é para que as coisas façam mais sentido e você consiga viver com mais alegria. Meditação e Ioga são duas terapias que podem ajudar nessa busca”, sugere Regina. Ela ainda recomenda a prática do Ho’oponopono, processo de cura havaiano que ajuda a eliminar memórias negativas e, com isso, abrir espaço na mente para os pensamentos  positivos.





REGINA TAVARES - Com mais de 20 anos de experiência, Regina Tavares é psicóloga clínica e organizacional, master coach, pós-graduada em psicologia positiva e coaching, tem especialização em hipnose Ericksoniana e Dinâmicas Sistêmicas de Constelação. É, também, facilitadora de grupos de crescimento pessoal, practitioner em PNL, terapeuta homeopata com foco na abordagem psicossomática e tem especialização prática no processo de cura havaiano Ho’oponopono. Regina Tavares foi uma das principais responsáveis pela introdução e difusão do Ho’oponopono no Brasil nos últimos 12 anos, e conta com um extenso registro de resultados surpreendentes em clientes do Brasil e do Exterior. Em sua rotina de trabalho, Regina realiza cursos, palestras, seminários, atendimentos de coaching e psicoterapêuticos e produção de conteúdos relacionados ao seu trabalho - só no YouTube, ela soma mais de meio milhão de seguidores.





Instituto Aum - Centro de Desenvolvimento da Psique

www.institutoaum.com


O medo do abandono que aterroriza e promove o acolhimento e manutenção das relações tóxicas destrutivas


O medo do abandono é mais comum do que se imagina. Chamamos essa fobia de Monofobia, Autofobia ou Isolofobia. Classificações que possuem a mesma disfunção: medo intenso de ficar sozinho (a). O que muitos não sabem é que o medo é algo fundamental em nossas vidas. Detém a atribuição de nos proteger, não permitindo que sejamos confrontados por situações de risco. Entretanto, se não for dosado, pode gerar transtornos graves que afetam nosso cotidiano, como a Monofobia - uma manifestação psíquica conectada a ansiedade, pois ao menor sinal de que poderá ficar sozinho, o indivíduo começa a “sofrer por antecipação”. Consequência que deflagra, em muitos casos, o desenvolvimento de relações de extrema dependência emocional, pois não se sente capaz de agir por conta própria.  

Essa sensação de medo extremo é comumente percebida em adultos e crianças. Nas crianças manifesta-se pelo simples fato de que não possuem noção de tempo, espaço ou consequência, por estarem em processo de formação. Para elas, cinco minutos de espera pode corresponder a uma eternidade, onde a angústia irá alimentar a sensação de abandono. Ao se sentirem sozinhas, podem entrar em desespero, correndo o risco de desenvolverem transtornos psicológicos mais graves, afetando a autoestima e prejudicando seus relacionamentos na vida adulta. 

A ocorrência da Monofobia em adultos, além de outros aspectos, pode sustentar os relacionamentos tóxicos e submissos, pautados pela necessidade de agradar, por acreditar que podem ser abandonados (as) a qualquer momento. Está presente em muitas relações afetivas, onde, por exemplo, algumas mulheres se sujeitam a este tipo de convívio apenas para não ficarem sozinhas. Campo fértil para expressões de violência doméstica. 

Na maioria dos casos, o medo do abandono (fobia) decorre de traumas de infância caracterizados por abandonos físicos, emocionais ou financeiros. Um comportamento aprendido com experiências infantis que, na vida adulta, manifesta-se pelo temor de que cada pessoa significativa em sua vida poderá abandoná-lo de uma forma similar. Uma patologia que machuca, dói e limita, causada também por estresse a longo prazo, ansiedades, relações ruins e até mesmo fatores sócio-econômicos. 

A Monofobia pode desencadear sintomas físicos perceptíveis ao corpo, como: tonturas, vertigens, sensação de falta de ar, aceleração dos batimentos cardíacos, palpitações, suores, dor no peito, náuseas, tremores e medo de morrer. Também pode associar-se a outras perturbações psicológicas graves, como a síndrome do pânico, transtornos de ansiedade e depressão. 

Estes efeitos psicológicos podem gerar interferências em todos os aspectos da vida do indivíduo, a ponto de impactarem suas relações sociais, profissionais e íntimas. Além de serem capazes de desencadear o medo de comer, escrever e falar na frente de pessoas, destruindo e corrompendo de forma aterrorizante os pensamentos e as ações. Sugerindo assim, a manifestação de ataques de pânico e outros sintomas psíquicos graves.  

Contudo, não se pode confundir o medo de ficar sozinho (Monofobia) com a sensação de medo que algumas pessoas podem ter após assistir um filme de terror. O medo relativo ao transtorno descrito é muito mais intenso, irracional e paralisante, visto que causa um sofrimento contínuo e pode interferir de maneira drástica na vida do indivíduo. 

Por fim, o tratamento para o desequilíbrio mental provocado pela Monofobia e pelo medo demasiado de ficar sozinho consiste em dessensibilizar-se ao objeto ou a situação temida. Recomenda-se, portanto, a busca por ajuda qualificada de um profissional de saúde mental para que, através da psicoterapia, seja possível aumentar os recursos internos, favorecendo a autoestima e a confiança em suas próprias habilidades individuais. A mudança de pensamento sustentará o controle das reações, melhorando a qualidade de vida e impedindo que o sujeito seja tomado pelo medo mórbido da solidão.

 

 


Dra. Andréa Ladislau * Doutora em Psicanálise * Membro da Academia Fluminense de Letras - cadeira de numero 15 de Ciências Sociais * Administradora Hospitalar e Gestão em Saúde * Pós Graduada em Psicopedagogia e Inclusão Social * Professora na Graduação em Psicanálise * Embaixadora e Diplomata In The World Academy of Human Sciences US Ambassador In Niterói * Membro do Conselho de Comissão de Ética e Acompanhamento Profissional do Instituto Miesperanza * Professora Associada no Instituto Universitário de Pesquisa em Psicanálise da Universidade Católica de Sanctae Mariae do Congo. * Professora Associada do Departamento de Psicanálise du Saint Peter and Saint Paul Lutheran Institute au Canada, situado em souhaites


Retomada da Quarentena X Boletos: veja as contas que você pode pedir redução

 

Apesar da flexibilização da quarentena e a retomada de diversos setores, grande parte da população e empresas ainda enfrentam dificuldades financeiras e buscam alternativas para superarem esses obstáculos; especialista lista os melhores caminhos a se seguir diante dessa crise

 

Mesmo com a retomada da economia e dos comércios a situação está longe de voltar a antiga normalidade. Para se ter uma ideia, mais da metade dos brasileiros ficará inadimplente por ocorrência da crise causada pelo novo coronavírus, é o que diz uma pesquisa realizada pelo Boa Vista. Além disso, 80% dos consumidores já fizeram uma revisão do orçamento doméstico. Em meio a esse cenário de instabilidade, grande parte da população não consegue colocar em dia o pagamento de despesas básicas, como por exemplo, aluguel, água e energia elétrica.

Com este cenário, os Governos Estaduais e Federais possuem alguns programas que visam proteger o microempresário e as empresas de pequeno porte. “A efetividade destas medidas é objeto de grande questionamento, já que, o recurso não chega até o empresário. Temos atualmente o programa do auxílio emergencial, que tem atendido milhares de brasileiros. Mesmo com muita deficiência, a ajuda tem chegado a muitas pessoas. Para as empresas, programas como de empréstimos pelo BNDES e pelos bancos públicos, têm sido uma saída nestes tempos difíceis”, explica o advogado Dr. Denner Pires Vieira,  especialista em Direito do Consumidor do RGL Advogados.

 

Abaixo,  ele lista as contas que podem sofrer redução. Confira: 

 

1 -  Aluguéis: em caso de salas comerciais, o primeiro passo é solicitar ao contador da empresa um levantamento financeiro dos seis primeiros meses de 2020, juntamente com o mesmo período no ano de 2019. “Separe também os extratos bancários dos mesmos períodos. Notifique imediatamente o locador ou empresa responsável pela administração do aluguel fundamentando seu pedido de renegociação/redução. Caso não obtenha sucesso, com a mesma documentação junto com a negativa da tentativa de conciliação extrajudicial, ingresse com uma ação judicial de revisão contratual”, aconselha Denner. 

 

Ainda de acordo com ele, é preciso ponderar com o credor a situação instável do mercado, ou seja, ainda que com a volta de parte das atividades, o faturamento está longe de ser o mesmo de antes da pandemia. “Além disso,o comerciante pode argumentar seu locador situações amenas de retomada das mensalidades da locação. Caso o locador não esteja disposto a negociar, o inquilino pode tentar buscar seu direito na justiça”, revela o especialista. 

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo já possui diversas decisões no sentido de conceder descontos em locações comerciais em detrimento da situação de pandemia e instabilidade financeira. “O mesmo argumento serve para as locações residenciais, porém sua eficácia infelizmente não é a mesma do que nas locações comerciais, pois quando se trata de locação residencial, o escopo do contrato não se presta para lucro e sim para ofertar a moradia, ou seja, durante o período de pandemia o inquilino teve mais abertura do contrato, logo, teria o dever de realizar o pagamento, porém, a depender da ocasião, existem possibilidades para tentativa de realizar um acordo com o locador. Há também nestes casos a possibilidade de levar a discussão a juízo”, acrescenta Denner. 

 

2 - Impostos municipais, estaduais e federais: verifique com sua contabilidade os impostos que estão em atraso. “Em conjunto com sua equipe jurídica solicite o parcelamento nos programas públicos”, complementa. 

 

3 - Escola: veja se a escola já possui programas de incentivo, parcelamentos e descontos das mensalidades em atraso. “Junte comprovação de impactos financeiros relacionados ao tempo de pandemia. Procure a instituição e tente fazer um acordo. Ação judicial nestes casos somente em último caso”, explica.

 

4 - Contratos de financiamento de veículos e imóveis:  é imprescindível que você esteja em dia com as mensalidades de antes da pandemia. Junte toda documentação que comprove a queda de faturamento e recebíveis. Procure a instituição responsável pelo contrato e negocie. “Muita atenção na renegociação, pois as instituições costumam aplicar juros extremamente abusivos na hora de negociar estes contratos. Nestes casos, nem todo acordo é um acordo bom”, conta.

 

5- Cartões de crédito e cheque especial: adote o mesmo procedimento do tópico anterior e dê prioridade nestas renegociações, pois os juros deste tipo de contrato são os maiores do mercado.  “É preciso de adequar ao que chamamos de ‘novo normal’, reavaliar as metas de crescimento, levando em consideração a nova realidade. Rever o plano de negócio, em especial o ticket médio de seu produto e como tentar reduzir os custos operacionais, tentar equilibrar as contas e renegociar dívidas com os bancos, ter uma sistemática de compliance de governança/trabalhista eficiente, e isso vale para qualquer empresa, independentemente do tamanho e, por fim, tentar enquadrar o modelo de negócio para a era digital, que tem crescido de forma promissora”, explica.

 

6- Contas de água e energia: o Governo do Estado de São Paulo possui incentivos para que estas empresas não deixem de fornecer o serviço mesmo com a falta de pagamento, porém estes incentivos não são eternos e nem fixos. “Nestas ocasiões, por se tratar de um tipo de serviço essencial, a política destas empresas já é de facilitar os acordos com seus clientes, de modo que esta é a diga para este tipo de situação, tentar parcelar o débito em uma quantia que seja possível o pagamento da parcela do acordo e o pagamento das faturas vincendas”, finaliza.

 

 


RGL Advogados


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