Dezembro e janeiro são, com certeza, os meses dos
excessos. É preciso enfrentar shoppings com muito movimento, lojas e
supermercado superlotados, ruas invadidas por uma multidão de pessoas
apressadas, trânsito caótico, inúmeros convites para confraternizações,
confusões familiares, ceias e, claro, uma comilança desenfreada. E o resultado
disso tudo, geralmente, são culpa e quilos a mais na balança. Essa sobrecarga
traz sérias consequências para a saúde, um problema conhecido popularmente como
estresse.
No nosso dia a dia, as pequenas tensões que
sofremos, além de agirem na mente, atuam também no corpo, ocasionando problemas
físicos como dores, má postura e desconfortos diversos. Ainda existem os
problemas causados pelo excesso de funções de estruturas fisiológicas ligadas
ao estresse como o sistema nervoso autônomo e o eixo
hipotalâmico–hipofisário–adrenal (HPA), que controla a produção de hormônios
como o cortisol. Em situações normais, o cortisol funciona como a “arma” do
corpo. É ele quem auxilia o organismo a combater infecções e inflamações.
Segundo cientistas, entretanto, períodos prolongados de estresse fazem com que
as glândulas liberem grandes quantidades desse hormônio. E sem uma regulação
adequada dele, a duração e/ou a intensidade das respostas imunológicas
aumentam, deixando sistema imunológico mais fraco o corpo mais inflamado e
oxidado. Assim, o organismo se torna alvo fácil para vários tipos de doenças.
Outro problema possível é a fadiga da adrenal, um
conjunto de sinais e sintomas que resulta em uma baixa funcionalidade das
glândulas adrenais e que trazem dificuldade para organismo de lidar com níveis
de estresse por muito tempo. Consequentemente, a pessoa começa a ter mais
fadiga, cansaço, dificuldade de levantar cedo, sentimentos “nebulosos” e
depressivos e mal-estar. Além disso, também é bastante comum a sensação
de aumento de energia no final dia, que acontece devido aos níveis desregulados
de cortisol, que pode causar picos no início da noite e resultar em insônia.
Ao lidarmos com todas essas questões, comer por
conforto emocional nessa época cheia de oportunidades de “comilança” pode
parecer uma ótima pedida, né? Mas é preciso lembrar que, alimentar-se
compulsivamente para "afogar as mágoas" ou como recompensa em
decorrência de situações de nervosismo ou de muita euforia, pode ser gatilho
para o desenvolvimento distúrbios alimentares ainda mais sérios. Em outras
palavras, a comida não pode ser vista como uma maneira de lidar com o estresse.
O tratamento adequado para tudo isso é feito com
mudanças nos hábitos de vida e de alimentação. O primeiro passo é buscar ajuda
profissional, claro. Paralelamente, podemos utilizar ainda a suplementação com
plantas medicinais que ajudam a aliviar o estresse de forma natural. Através
das práticas da Microfisioterapia também é possível restaurar o equilíbrio do
organismo e proporcionar a recuperação dos tecidos danificados, garantindo a
vitalidade e o bem-estar do paciente e minimizando os efeitos do estresse.
Juliana Denardi -
fisioterapeuta formada pela PUC-PR, especialista em Integratividade e
Microfisioterapia pelo Instituto Salgado Filho. CREFITO 129393-F.