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quarta-feira, 4 de julho de 2018

Cinco mitos e verdades da dor de cabeça sentida pelas mulheres


·       O problema pode ter impacto em algumas atividades como estudo, sono, práticas de esportes e até no namoro

·       Mulheres devem apostar no autoconhecimento e no comprometimento com a qualidade de vida


Segundo pesquisa do IBOPE Inteligência¹, encomendada pela marca Neosaldina®, 95% dos internautas brasileiros declaram que a dor de cabeça afeta de alguma forma seu dia-a-dia. Luz excessiva, barulho e má alimentação podem ser alguns gatilhos e, no caso das mulheres, fatores hormonais, estresse e exaustão também contribuem para desencadear a dor. Mas por que isso acontece?

A Dra. Célia Roesler, diretora da Sociedade Brasileira de Cefaleia e vice-coordenadora do Departamento Científico de Cefaleia da Academia Brasileira de Neurologia, explica que “o estilo de vida está bastante relacionado, mas também o excesso de trabalho, falta de sono, jejum prolongado e cansaço são desencadeiam a dor de cabeça”.

Para debater melhor este contexto, a Dra. Célia e a nutricionista Marina Nogueira autora do blog ‘Não conto calorias’, trazem cinco mitos e verdades comuns sobre a dor de cabeça sentida pelas mulheres. 


1-  A dor de cabeça não se altera no período da TPM

MITO. A doutora alerta que a dor de cabeça pode piorar neste período, principalmente por conta da ovulação. “O período pré-menstrual é marcado pela oscilação hormonal e isso pode desencadear a cefaleia. Com a menarca (primeira menstruação), a primeira crise de dor de cabeça forte pode surgir e, de mesmo modo, com a menopausa, pode diminuir. Além desta fase, é importante citar que as gestantes também podem ter crises, sobretudo no primeiro trimestre da gravidez, mas elas podem melhorar a partir do segundo devido às oscilações hormonais. A mulher, em todas as fases de sua vida, precisa valorizar o bom andamento de seu estilo de vida para não se tornar vulnerável aos gatilhos”, complementa. 


2-  Dor de cabeça pode ser sinal de doenças graves

VERDADE.A dor de cabeça já é um sinal de que algo no corpo não está bem. Algumas situações podem ser um sinal de doença grave, como: o incômodo que aparece pela primeira vez em pacientes com mais de 50 anos; quando a pessoa fala que é a pior dor que ela já teve; ou quando a dor muda o padrão e é desencadeada por espirro, tosse, evacuação ou outro esforço físico. Casos como esses devem ser avaliados o mais breve possível por um especialista, de forma a afastar problemas como tumores ou aneurismas”, explica a Dra. Célia.


3-  As mulheres sentem dores de cabeça mais fortes que os homens

MITO. A Dra. Célia afirma que a enxaqueca é mais frequente nas mulheres devido às oscilações hormonais. No entanto, os homens também podem ter enxaqueca e outras dores de cabeça tão fortes quanto às mulheres. Por isso, os homens devem ter atenção aos fatores que predispõem às crises, como o jejum prolongado, sedentarismo, privação de sono e excesso de trabalho.

Algumas atitudes podem evitar a dor de cabeça, tais como praticar exercícios regularmente, ter uma alimentação adequada. Uma dica é ter atenção no consumo de água que, se consumida em pouca quantidade, também se torna um grande gatilho para a dor. Importante também prestar atenção se a dor persiste. Nesse caso, a avaliação de um médico será fundamental”, comenta a Marina. 


4-  O autocuidado faz a diferença na prevenção da dor de cabeça

VERDADE. Não é preciso encarar a dor como uma inimiga, mas uma sinalização do organismo a favor da saúde como um pedido de cuidado. “A prevenção e alívio da dor estão atrelados na busca pelo respeito ao corpo, desenvolvendo um estilo de vida mais harmônico e saudável”, salienta Marina.

Cada dor é única e deve ser prevenida e tratada corretamente. A recomendação médica deve ser sempre levada a sério e, a partir do momento em que a mulher passa a se conhecer melhor e entender os sinais de seu corpo, a valorização de um estilo de vida saudável torna sua rotina mais equilibrada”, afirma a Dra. Célia. 


5-  Ficar de jejum provoca dor de cabeça

VERDADE. A hipoglicemia, ou seja, o baixo nível de açúcar no sangue, é um exemplo que pode desencadear dores de cabeça devido ao jejum prolongado, já que o cérebro necessita de glicose para o bom funcionamento”, esclarece a Dra. Célia.

Já a nutricionista Marina Nogueira explica que as mulheres, com frequência, se preocupam com a perda de peso e adotam dietas extremamente restritivas: “Quando isso acontece, o corpo sente falta do nutriente excluído, o que pode desencadear uma dor de cabeça. Adotar técnicas de jejum podem impactar o metabolismo e trazer resultados negativos”.

A especialista ressalta, ainda, que o mau funcionamento do intestino, ou seja, que não possui uma determinada regularidade pode ocasionar, como efeito colateral, dores de cabeça.  “Para o melhor desempenho do intestino, uma dica é apostar nos produtos naturais e muita hidratação. Comer a cada três horas também pode auxiliar, mas isso varia muito de pessoa para pessoa. Uma alimentação saudável depende do conjunto de refeições e de alimentos que a pessoa consome, e não de um ou outros alimentos específicos”, conclui. 


Principais achados da pesquisa1:

  • 95% dos internautas brasileiros declaram que a dor de cabeça afeta de alguma forma seu dia-a-dia;
  • 48% das mulheres relatam alto nível de estresse (versus 43% dos homens), 44% delas praticam atividades físicas (versus 56% dos homens) e 12% dizem não dedicar tempo para si mesmas (versus 6% dos homens);
  • 79% dos entrevistados dedicam pouco tempo para si mesmos e, no caso das mulheres, 12% dizem não dedicar nenhum tempo;
  • 91% dos entrevistados usam medicamento para a dor de cabeça. A maioria (58%) também opta por relaxar, dormir e ficar sozinho para aliviar os sintomas;
  • Entre os alimentos mencionados como possíveis gatilhos para as dores de cabeça, 48% comentou sobre alimentos gordurosos;
  • Em uma pergunta de múltipla escolha, 95% teve algum impacto no cotidiano, sendo 70% no trabalho, 65% no estudo, 50% no sono, 50% na prática de atividades físicas, 49% com amigos e 39% no namoro.

SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. NEOSALDINA® É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA.



Sobre a pesquisa
A pesquisa é uma realização do IBOPE Inteligência¹, encomendada pela marca Neosaldina® para avaliar o panorama da dor de cabeça no Brasil, da farmacêutica Takeda. A mostra foi feita entre 15 e 25 de agosto de 2016 com mais de mil brasileiros entre 18 e 55 anos, que tiveram dor de cabeça entre maio e julho de 2016. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais.



Takeda Farmacêutica



Referências Bibliográficas
[1]
IBOPE Inteligência. Dor de cabeça. São Paulo: IBOPE Inteligência; 2016. Foram realizadas 1.002 entrevistas com a população internauta de 18 a 55 que tiveram dor de cabeça nos últimos 3 meses em todas as regiões do Brasil, entre os dias 15 a 25 de agosto de 2016. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais.
2Barea LM, et al. An epidemiologic study of headache among children and adolescents of southern Brazil. Cephalalgia. 1996;16(8):545-9.



Calendário de vacinação da gestante

As taxas de adesão a vacinas fundamentais durante a gravidez são insatisfatórias, em 2017, só 38% das gestantes tomaram a vacina tríplice bacteriana (contra difteria, tétano e coqueluche). No mesmo ano, não mais do que 79% se resguardaram contra a gripe.

Mas por que é tão importante se vacinar? Futuras mamães como os recém-nascidos estão especialmente sujeitos a complicações de determinadas infecções. Gestantes e crianças com até 5 anos, por exemplo, respondem por 11% das mortes decorrentes da gripe. Nos 6 primeiros meses de vida, o pequeno corre um risco 40% maior de ser internado por causa dessa doença, quando comparado a crianças de 6 meses a 1 ano de vida. Na enorme maioria desses casos seria evitada com uma vacinação adequada em gestantes. Isso porque, além de se proteger, a mulher repassa os anticorpos que desenvolveu por causa da vacina para o filho pela placenta e, depois, por meio do leite materno.


Quais vacinas a grávida deve tomar


Em resumo, são elas: influenza (gripe), hepatite B, dupla bacteriana do tipo adulto (a dT, contra a difteria e tétano), e a tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (a dTpa, contra a difteria, tétano e coqueluche).

Todas essas imunizações, disponíveis na rede pública e privada, são feitas a partir de agentes infecciosos inativados. Ou seja, não há chance de os componentes da vacina acabarem deflagrando a doença contra a qual deveriam proteger. Alergias e outras questões devem ser discutidas com o médico.

Há ainda casos especiais, como o da vacina da febre amarela. Embora não faça parte do calendário oficial, é possível que ela seja recomendada a gestantes que vivem em regiões de risco. Ainda assim, é essencial conversar com o doutor.

Afinal, nessa situação, há um risco mínimo de reações adversas graves da vacina. Também é possível ver essas indicações extraordinárias no site da iniciativa.

O ideal é que todas as mulheres sigam corretamente o calendário de vacinação, antes de engravidarem. Assim, já estariam imunizadas contra as principais doenças e passariam uma gestação tranquila e sem riscos.

O calendário consiste em administrar três doses da vacina dT (dupla adulto contra difteria e tétano), com intervalos de dois meses entre as mesmas. Para melhor proteção ao bebê, a terceira dose deve ser aplicada até duas semanas antes do parto.

No calendário de vacinação da gestante, pode ser incluída vacina contra hepatite B, desde que indicada pelo médico ginecologista. 


Gestante não vacinada
 
Esquema básico: consta de três doses, podendo ser adotado um dos seguintes esquemas:

a) as primeiras duas doses com intervalo de dois meses (mínimo de um mês) - aplicando-se a primeira o mais precocemente possível - e a terceira, seis meses depois da segunda; caso só haja tempo para aplicação de duas doses, a segunda deve ser aplicada 20 dias, ou mais, antes da data provável do parto (esquema 0, 2, 8).

b) três doses, de dois em dois meses (intervalos mínimos de um mês) - aplicando-se a primeira dose o mais precocemente possível; caso só haja tempo para aplicar duas doses, a segunda deve ser aplicada 20 dias, ou mais, antes da data provável do parto (esquema 0, 2, 4). Por motivos de ordem operacional, tem-se optado por um ou outro esquema nas diferentes regiões do país.


Gestante com o calendário em dia
 
Esquema básico: na gestante que já recebeu uma ou duas doses da vacina contra o tétano (DTP, DT, dT ou TT), deverão ser aplicadas mais duas ou uma dose, respectivamente, da vacina dupla tipo adulto (dT), para se completar o esquema básico de três doses. Essa terceira dose deve ser aplicada 20 dias ou mais antes da data provável do parto.

Reforços: de dez em dez anos, antecipar a dose de reforço se ocorrer nova gravidez cinco anos, ou mais, depois da aplicação da última dose. A dose de reforço deve ser aplicada 20 dias ou mais antes da data provável do parto.


Vacina contra a gripe
 
A vacinação contra a gripe consta no calendário oficial e é aplicada gratuitamente às mães nos postos de saúde. Ela deve ser tomada antes ou durante o inverno, independentemente do período em que a mulher tomou no ano anterior.  

Lembrando apenas que, no final do ano, costuma ser difícil achar a vacina, já que as clínicas aguardam o lançamento do novo lote da vacina para o próximo ano e não renovam seus estoques. A vacina contra a gripe é a única que pode ser tomada em qualquer período da gestação e deve ser aplicada mesmo que a mulher já tenha sido vacinada na gravidez anterior.

É importante lembrar também o quanto a gripe é uma doença grave, pois a mulher grávida tem quatro vezes mais chance de desenvolver uma condição crítica, podendo até vir a óbito. Além disso, a gripe também pode aumentar em 30% o risco de nascimento prematuro do bebê.

Vale dizer que a gripe não é a mesma coisa que o resfriado, pois ela é causada pelo vírus Influenza, podendo levar a quadros graves durante a gravidez.


Tríplice Bacteriana Adulta (DTPa)
 
A vacina Tríplice Bacteriana Adulta (DTPa) protege contra Coqueluche, Tétano e Difteria. A Coqueluche é a quinta maior causa de morte em crianças, sendo especialmente grave em bebês até seis meses. O Tétano é uma doença conhecida no período pré-natal, possuindo alta taxa de letalidade devido à contaminação do cordão umbilical durante o parto. Já a Difteria é uma doença que pode causar obstrução respiratória, tendo alta taxa de mortalidade entre os recém-nascidos.
A gestante deve tomar essa vacina no período entre a 27ª e a 36ª semanas, pois qualquer vacina demora de 7 a 15 dias para poder desenvolver os anticorpos no indivíduo. É fundamental que a mãe tome a vacina no prazo, para que haja tempo de criar e transmitir os anticorpos para o feto. Se acontecer de ela ter seu bebê prematuramente, este já terá recebido a proteção da mãe.


Hepatite B
 
A vacinação contra a Hepatite B também é muito importante. No caso de transmissão perinatal, quase 25% das crianças contaminadas desenvolverão infecção hepática crônica. Os bebês podem vir a morrer de carcinoma hepato-celular (um tipo de câncer que acomete o fígado) ou de uma cirrose.
A vacinação contra Hepatite B está no calendário oficial infantil e quem toma as três doses, em geral, já está protegido por toda a vida. Entretanto, é importante a mulher, até mesmo antes de engravidar, ter certeza se já foi ou não vacinada. Caso não tenha tomado as três doses (ou não tenha certeza disso), ela deve realizar a sorologia da doença para se certificar se está imunizada.

Cada esquema vacinal tem seu intervalo específico, sendo que no posto de saúde ou clínica de vacinação ela será informada sobre quando deverá tomar a próxima dose. Caso a grávida ainda não tenha tomado nenhuma dose e precise tomar as três durante a gravidez, provavelmente a terceira será aplicada após o parto.


Vacinas que a grávida não pode tomar
 
As mulheres gestantes não podem tomar vacinas de vírus e bactérias vivos, como é o caso da Tríplice Viral – que combate o Sarampo, a Caxumba e a Rubéola –, Varicela (Catapora), Febre Amarela e BCG (contra a Tuberculose). Essas vacinas são elaboradas a partir do vírus ou da bactéria (no caso da BCG) vivos e atenuados, por isso há o risco, mesmo que seja baixo, de a mulher grávida, que já está com a imunidade alterada por conta da gestação, desenvolver a doença.

No entanto, há exceções para a vacinação dessa mulher quando, por exemplo, ela mora em uma região com foco de transmissão (como nos casos de febre amarela), de modo que é o médico que deve avaliar o risco. Se a mulher tomar a vacina sem saber que está grávida, deve comunicar imediatamente o seu médico para ser acompanhada.


Infecções de especial risco para a gestante e o feto
  • Gestantes, puérperas (45 dias após o parto) e crianças com até cinco anos responderam por 11,4% dos óbitos por influenza entre pessoas com fatores de risco no Brasil em 2017.
  • Ainda com relação à influenza, a fase mais crítica para o bebê é nos seis primeiros meses de vida, ou seja, antes da primeira dose da vacina. Estudos apontam que as chances de internação em UTI nesse período são 40% maiores se comparadas às de crianças entre seis meses e 12 meses.
  • Dos 2.955 casos de coqueluche registrados no Brasil em 2015, 1.850 (62,6%) aconteceram em menores de 1 ano. Das 35 mortes, 30 foram em menores de 3 meses.
  • Aproximadamente 11,1% dos casos de hepatite B verificados no Brasil entre 1999 e 2015 ocorreram entre gestantes. A transmissão vertical (mãe-filho), com 6,2% do total, é fonte de infecção importante.
  • Cerca de 90% dos recém-nascidos que contraem hepatite Ba durante o parto desenvolvem a forma crônica. Em adultos, o índice é de 10%.
  • O tétano neonatal matava 6,7 a cada 1.000 nascidos vivos no fim da década de 1980, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Graças às políticas de vacinação, apenas 15 países ainda não conseguiram eliminar a doença. A região das Américas alcançou essa conquista em setembro de 2017.


 


Dra. Caroline Alexandra Pereira - ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana e endoscopia ginecológica
www.clinicavivater.com.br


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