Pesquisar no Blog

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Retomada com inovações sustentáveis



Retomada é a palavra mais falada atualmente na indústria brasileira. Após período de encolhimento do mercado e incertezas, eis que surge o momento da reflexão. Se na entressafra de uma cultura, o agricultor prepara a terra com toda a maestria de anos de labuta e seleciona as melhores sementes e técnicas para mais um novo ciclo que se inicia, a indústria da mobilidade passa a vislumbrar em seu horizonte novas tecnologias e ferramentas disponíveis dentro e fora do Brasil para a volta do crescimento. 

Entretanto, muitos desafios acompanham a retomada. O retrocesso causado por uma estagnação política e econômica no País dos últimos anos gerou elevada capacidade ociosa, que por sua vez demandará também algum tempo para que se retome aos patamares de alguns anos atrás. A indústria automotiva brasileira retratou em 2016 os mesmos níveis de produção de 2007, segundo dados do Renavam, o que nos remete ao termo década perdida.

De qualquer forma, a fórmula que fez com que a indústria automotiva brasileira saísse de 1,8 milhão de unidades fabricadas em 2007 para 3,6 milhões em 2012 certamente não será a mesma utilizada nesta nova retomada de crescimento. Os mercados são muito variáveis e as inovações tecnológicas são dinâmicas e constantes. Novas formas de manufatura com sistemas cyber físicos começam a ser exploradas ao redor do mundo. Estar alinhado a esta nova revolução industrial é o grande propósito das empresas que anseiam por um futuro melhor neste cenário global de tanta competitividade.

No cenário mundial, ainda, a produtividade brasileira nunca esteve tão distante da produtividade norte-americana, considerada a melhor do mundo. Segundo levantamento da Conference Board, que compara o PIB dos países com o número de trabalhadores empregados, enquanto um trabalhador americano é capaz de produzir US$ 118.826 por ano, um trabalhador brasileiro é capaz de produzir apenas US$ 29.583. Uma relação de quatro para um, ou seja, são necessários quatro brasileiros para produzir o que um americano produz. Um quadro desfavorável e estagnado desde a década de 1980.

A China com seus US$ 25.198 não atingiu os patamares brasileiros, entretanto apresenta sucessivas evoluções ao longo dos anos. O que dizer, então, da Coreia, que na década de 1980 possuía valores inferiores ao Brasil, mas que atualmente ostenta a produtividade de US$ 71.287, com crescimento intenso e constante? Não podemos dizer que esta realidade seja apenas reflexo de um ou dois fatores, mas de uma conjuntura que torna o Brasil um País pouco competitivo no cenário mundial.

Neste olhar de retomada, o fator Custo Brasil deve ser explorado ao extremo. Precisa-se de mais direcionamento estratégico aliado à infraestrutura produtiva e de transportes, além de qualificação do trabalhador. Cabe uma grande reflexão a nível nacional para que possamos alinhar o nosso horizonte, considerando os níveis tecnológicos que pretendemos atingir e, sobretudo, quem será este profissional que estará no mercado às vésperas de uma retomada do crescimento econômico e diante de uma nova revolução industrial que se aproxima.

É com este olhar no futuro, na retomada do crescimento sob a ótica da quarta revolução industrial, que realizaremos o 8º Simpósio SAE BRASIL de Sistemas de Manufatura, dia 30 de novembro, na FAE Business School, em Curitiba, PR. No encontro, empresas de renome do mercado irão apresentar cases de sucesso e debater sobre um novo profissional, que terá de intervir de forma efetiva num mundo cada vez mais ocupado por robôs e sistemas cyber físicos.





Alexandre Maneira - gerente do 8º SAE BRASIL Simpósio de Sistemas de Manufatura




A GLOBALIZAÇÃO DO DIREITO E DA JUSTIÇA



Diante das inevitáveis tendências, é certo que o Direito deve responder adequadamente às exigências da globalização econômica. Nesse sentido, é cada vez mais premente a observância, em todos os países, adoção de boas práticas de governança corporativa, dentre as quais a transparência.

É por esta razão que em países mais desenvolvidos economicamente cresce exponencialmente o ativismo dos acionistas minoritários na exigência de observância da ética na atividade econômica e empresarial.

O Brasil necessita, sob pena de encontrar ainda maiores empecilhos à sua inserção no mercado financeiro internacional, abraçar estas tendências.

Aqui, um grupo de visionários, que fundou a AIDMIN (Associação dos Investidores Minoritários) compartilha com a equipe do Almeida Advogados o desejo de que nossas instituições econômicas efetivamente adotem os melhores padrões de excelência na gestão corporativa.

Foi com base nesses princípios comuns que foi ajuizada, por aquela entidade representando todos os afetados, a inédita Ação Civil Pública objetivando a reparação dos investidores que sofreram perdas com seus investimentos na Petrobras no mercado financeiro nacional.

Acreditamos que se trata de uma causa extremamente relevante, não apenas pelos valores envolvidos, mas principalmente pelo efeito pedagógico que deverá ter em particular na defesa dos pequenos investidores minoritários, que nem sempre conseguem levar suas discussões a justiça, diante das limitações e custos inerentes ao sistema judicial.

Nossa participação nesta empreitada, por evidente, mesmo diante dos riscos inerentes ao ineditismo da medida, denota o compromisso institucional de nosso escritório de sempre lutar por um país e um mundo mais justo e mais ético.





André de Almeida - sócio fundador do Almeida Advogados – www.almeidalaw.com.br



Como os pais devem agir em relação às tarefas escolares?



Karin Kenzler, psicóloga e orientadora educacional do Colégio Humboldt, explica como os pais devem lidar com as lições de casa dos filhos no dia a dia


Considerada uma prática que contribui com o desenvolvimento do aprendizado das crianças, a lição de casa ainda é encarada como um problema pelos pais durante a vida escolar dos filhos. Dificuldades enfrentadas no processo de produção das tarefas ou a sua não execução são situações constantes enfrentadas pelos responsáveis que, muitas vezes, não sabem como lidar com a questão.

Para tal, é necessário que os pais tenham em mente a importância da lição de casa na formação intelectual dos filhos. Segundo a orientadora educacional do Ensino Médio do Colégio Humboldt - instituição bilíngue e multicultural (português/alemão), localizada em Interlagos (SP) - Karin Kenzler, além de serem essenciais para o exercício e a fixação dos conteúdos estudados em sala de aula, as tarefas escolares também têm um papel importante no desenvolvimento de habilidades como responsabilidade, organização e autonomia.

É importante que os pais expliquem à criança, de maneira simples, a importância de se fazer a lição de casa, relacionando a prática de estudar com orgulho e satisfação, sem realizar cobranças. “O papel dos pais na hora da lição de casa é de extrema importância, sem cobranças, porém demonstrando genuíno interesse pela vida escolar do filho, elogiando e reforçando positivamente seu esforço e empenho”, afirma Karin.

Além disso, é preciso que os responsáveis fiquem atentos para não se tornarem “fiscais” da lição, punindo ou recompensando a cada tarefa. De acordo com a orientadora, caso a criança não faça o dever de casa, o ideal é que haja uma conversa para entender os motivos de tal comportamento. Ela ainda completa: “É importante que a criança sinta nos pais um ponto de apoio e não de cobrança. A punição até pode funcionar de imediato, mas se o problema não for identificado e sanado, isso tende a se repetir”.

Ainda, caso os filhos tenham dúvidas durante a execução da tarefa, os pais podem e devem entrar em cena, uma vez que é a eles que os pequenos irão recorrer. Nessa situação, é essencial tomar alguns cuidados para que não haja nenhum dano à autoestima da criança. Para Karin, ridicularizar a pergunta, dizendo que determinado assunto é fácil pode fazer o estudante sentir-se incompetente. Ela comenta: “Falar que também não sabe e pesquisar junto com filho é uma estratégia válida, pois além de ensinar a buscar soluções, sinaliza que não saber de algo não é uma vergonha e que a dúvida da criança é pertinente”.

Ter paciência e delicadeza também é importante na hora de ajudar a criança com a lição. Críticas e xingamentos tornam o momento estressante para ambas as partes. Caso o dever de casa esteja incompleto, mal feito ou com letra ilegível, a dica é fazer perguntas que os levem à reflexão sobre eventuais consequências na escola. Perguntas como “Foi assim que a professora pediu?” e “A professora pode descontar nota por não entender o que está escrito?”,  são maneiras eficazes de lidar com a situação.

Segundo Karin, a principal função dos pais em relação à lição de casa é fomentar a autoestima dos pequenos, saindo do papel de críticos e ajudando a buscar bons resultados. A hora da tarefa é ideal para ensinar os filhos a ponderar os prós e contras de suas ações e a tomar melhores decisões.





Posts mais acessados