Pesquisar no Blog

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Aumenta a procura pela modalidade de compra por leilões


Em momento de pandemia, os leiloeiros perceberam que muitas pessoas estão procurando por essa modalidade de compra.

Em meio a pandemia causada pelo coronavírus e diante crise financeira, o brasileiro vem mudando a dinâmica na hora de comprar e vender. Os leiloeiros estão percebendo uma procura maior por pessoas físicas nesta modalidade.

Comprar em um leilão vem se tornando atrativo neste momento, visto que as vantagens são inúmeras como, comprar um imóvel com o valor bem abaixo do mercado, arrematar os imóveis por até 60% do valor de avaliação e ainda poder parcelar em 48 vezes a compra. Esta é uma ótima opção tanto para uso próprio quanto para quem gostaria de investir.

Entretanto a Advogada em direito tributário e imobiliário, Sabrina Rui, alerta  “Este tipo de operação deve ser avaliada com cautela, é importante analisar o edital do leilão, lá estará escrito se o imóvel que será arrematado possui dívidas que deverão ser pagas, ou se já estão todas quitadas”.

Além disso o comprador deve se atentar ao que - fora o preço do imóvel - deverá pagar, como impostos, certidões, e a comissão do leiloeiro que em geral é 5% sobre o valor da venda, bem como as despesas para o registro do imóvel. E ainda, podem ocorrer algumas vezes a situação do imóvel leiloado estar sendo ocupado, demorando cerca de 12 meses para conseguir desocupá-lo completamente.

Então, alguns cuidados para não sair no prejuízo devem ser tomados. É necessário checar se o antigo proprietário do imóvel não possui ação judicial discutindo situações jurídicas acerca da legalidade do leilão, pois infelizmente em alguns casos os imóveis são colocados nos leilões sem devida cautela, o que pode gerar transtornos.

“Tivemos um caso no escritório em que a proprietária nos procurou para demandar contra o banco, ela depositou judicialmente o valor das parcelas mensais do contrato, tudo de acordo com a determinação do juiz, mas indevidamente o banco enviou o imóvel para leilão, e o mesmo foi arrematado por um terceiro que não tomou as cautelas necessárias de checar as informações do imóvel”, explica a Advogada.

Neste caso, o juiz anulou o leilão, haja vista que este foi realizado de forma irregular e ilegal, o terceiro que havia arrematado o imóvel teve seu dinheiro retido por mais de 2 anos junto a instituição financeira e não pode ficar com o imóvel.

Sabrina finaliza, “É essencial que o comprador seja orientado por um advogado, assim poderá, da melhor forma, escolher o imóvel, dar um lance e verificar todas as condições necessárias para não cometer ilegitimidades”.





Dra. Sabrina Marcolli Rui - Advogada em direito tributário e imobiliário
www.sr.adv.br
SR Advogados Associados
@sradvogadosassociados
@sradvassociados
(41) 3077-6474
Rua Riachuelo, nº 102 – 20º andar – sala 202, centro – Curitiba.



TJ-SP afasta aplicação de cláusula de consumo mínimo na contratação de energia elétrica por demanda


Relator do caso ressaltou que, diante das circunstâncias de calamidade pública que assola o país, há que se levar em conta o princípio da preservação da empresa


Muitas empresas vêm enfrentando dificuldades em honrar com suas obrigações durante o nefasto período de pandemia que enfrentamos. Tal situação de deve ao fato de que, com a implantação da quarentena, a maioria das empresas tiveram que paralisar ou reduzir sua produção, visto que muitos de seus clientes cancelaram pedidos, ou simplesmente pelo fato da diminuição da demanda.

Diante dessa situação, muitas empresas se viram prejudicadas pela queda de faturamento e de produção no parque industrial, porém, continuaram compelidas à obrigatoriedade de pagamento de consumo mínimo, em suas contas de energia elétrica, nos casos de contratação de Comercialização e Distribuição de Energia Elétrica, o que significa dizer que, na prática, pagariam mais do que o valor efetivamente consumido.

Vale frisar, que os contratos celebrados com as empresas distribuidoras de energia elétrica são verdadeiros contratos de adesão, pelo qual, as distribuidoras determinam, unilateralmente, como a relação seguirá entre fornecedora e empresa consumidora.

Ainda que diante de uma situação excepcional, gerada pela doença Covid-19, as empresas distribuidoras de energia elétrica permaneceram inflexíveis na cobrança do pagamento do consumo mínimo (take mínimo), não reconhecendo a ocasião como um motivo de “força maior”, que é aquela em que diante de uma situação inevitável e imprevisível, uma das partes, se vê impossibilitada de cumprir determinada obrigação, como é o caso.

No entanto, uma empresa do setor de fibra de vidro e termoplástico conseguiu junto ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, em recente acórdão publicado pela 15ª Câmara de Direito Privado, em sede de Agravo de Instrumento, a concessão de tutela antecipada para, no sentido de permitir que ela pague apenas pela energia elétrica efetivamente consumida, até dezembro de 2020, ou até decisão definitiva a ser proferida nos autos principais, o que representará para a empresa uma redução aproximada de 50% no pagamento das faturas.

De acordo com a advogada Sandra Lopes, sócia da Lopes & Castelo Sociedade de Advogados, escritório que representa a empresa, “ainda que seja notória a grave situação que vivemos, acreditamos que em muitas situações, não será possível chegar a um denominador comum de forma extrajudicial e, nesse caso, infelizmente, a questão deverá ser levada ao judiciário, uma vez que em muitos casos os credores das obrigações se recusam a reconhecer a ocorrência de causa de ‘força maior’ que impede que os devedores cumpram suas obrigações, não porque querem, mas por estarem impedidos por situação que não poderiam prever e que tampouco podem administrar, como é o caso da pandemia”.


74% das lojas tiveram queda de faturamento superior a 90% entre abril e maio


Desemprego chegou a 120 mil trabalhadores do varejo em levantamento feito antes do início da reabertura gradual


Depois de quase três meses de comércio fechado, a ALSHOP (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) realizou uma pesquisa entre os dias 1 e 10 de junho, junto a 116 associados, que representam 4.500 pontos de venda em todo o Brasil a respeito dos principais impactos causados no varejo por conta da pandemia de COVID-19. A queda superior a 90% no faturamento se refere a comparação entre os mesmos meses de 2019, onde o comércio funcionava normalmente.

A pesquisa aponta que 50% dos entrevistados afirmam que a recuperação dos prejuízos levará de 12 a 18 meses, seguida por 31% que enxerga essa recuperação em um período maior: até 24 meses. “Foram 83 dias com as portas fechadas em quase todo o país, que resultaram em um prejuízo em torno de R$ 27 bilhões sendo que 10% dos Lojistas não devem mais reabrir as portas. O varejo do Brasil precisa de atenção e medidas que possam ajudar o setor a se recuperar nos próximos meses sob prejuízo de maior desemprego e crise financeira.”, afirma Nabil Sahyoun, presidente da Alshop.

Ainda de acordo com a pesquisa 83% dos entrevistados disseram ter optado por fazer acordo de redução de redução de salários ou suspensão de contratos de
trabalho temporariamente. Somente 10% afirmaram não ter optado por essa alternativa. “Somente no Estado de São Paulo, cerca de 30 mil empregos foram
perdidos e precisamos lembrar que o período de quarentena não era para evitar a disseminação do vírus mas sim tempo para elevarmos a capacidade do serviço de saúde e elevar a testagem o que invariavelmente não foi feito. ”, comenta Nabil.

Neste período a ALSHOP e outras entidades do setor de comércio e serviço buscaram medidas de alívio para a crise econômica “tivemos um bom canal de
diálogo com o poder público para apresentarmos rígidos protocolos de segurança e o shopping conta com medidas rígidas de higiene que esperamos ser adotada no transporte público e também nas lojas de rua sujeitas a maior aglomeração.”, comenta.


Vendas online ainda enfrentam dificuldades

Para 48% dos entrevistados, a implementação dos e-commerces e plataformas de venda online não foram o suficiente para reduzir os prejuízos. Cerca de 29% dos empresários afirmaram não terem adotado novos formatos de venda. Por outro lado, 16% dos entrevistados afirmaram que outras plataformas de vendas contribuíram no momento para equilibrar o faturamento das empresas.

“As vendas online sem dúvida vão aumentar a partir de agora, mas lojistas que começaram em plataformas online há pouco tempo estão enfrentando uma dificuldade maior até entenderem a dinâmica do trabalho. Por outro lado, as lojas físicas, deverão investir cada vez mais em experiência do consumidor para
melhorarem suas vendas.”, ressalta Nabil.




Pagamento pelo WhatsApp e a nova maneira de consumir



Mark Zuckerberg, fundador e CEO do Facebook, anunciou nesta segunda-feira (16) que o aplicativo de mensagens WhatsApp - empresa adquirida pela gigante em 2014 - irá liberar a possibilidade de lançar pagamentos pelo Facebook Pay. A novidade estará disponível inicialmente para alguns usuários.

No Brasil, são mais de 130 milhões de pessoas que utilizam o aplicativo, portanto a nova funcionalidade é uma significativa oportunidade para as empresas. Muitos varejistas já sonham em transformar o canal não apenas na principal carteira digital (e-wallet) de consumidores, como também torná-la uma interface para se conectar com eles com a mesma facilidade com que são realizadas as trocas instantâneas de mensagens por esse canal.

A pandemia do novo coronavírus atestou o poder do WhatsApp no varejo. Empresas como ViaVarejo, Magazine Luiza, Reserva e Riachuelo tiveram que se reinventar durante esse período e passaram a utilizar a ferramenta como meio para os vendedores alcançarem seus consumidores diante do fechamento dos estabelecimentos físicos.

O comércio imagina agora como prover uma experiência única e viabilizar as vendas no canal. Muitas das inspirações podem partir da China, onde vimos o Wechat promover uma mudança na forma de consumir daquele país.

Certamente ainda é muito cedo para saber o que teremos disponível, pois os bancos legíveis - Nubank, Banco do Brasil, Sicredi, assim como a Cielo, processador de pagamento - precisam liberar suas APIs (Interface de Programação de Aplicações) para o mercado e, assim, oferecer os recursos para as empresas disponibilizarem a experiência. Os desafios técnicos para o WhatsApp são grandes para torná-lo um “super app”. Poucos aplicativos – caso do Wechat - conseguiram concentrar em uma única plataforma todos os serviços essenciais do dia a dia.

É importante destacar que as duas vias (consumidor e empresa) precisarão ter conta nos bancos citados. O Facebook não divulgou quando outras instituições financeiras passarão também oferecer esse serviço.

Ainda levará algum tempo para a atualização chegar a todos usuários. O recurso será gratuito para pessoas físicas e uma taxa será paga pelas empresas via Merchant Discount Rate, de 3,99%, por transação pelo aplicativo, tanto no crédito como no débito.

Além de limitar a moeda - nesse primeiro momento somente em real - não será possível ultrapassar R$ 1 mil por transação, R$ 5 mil por mês de venda pelo canal e 20 transações por dia.

Fica evidente a cautela do Facebook para lançar este novo recurso e a concorrência que enfrentará com outras carteiras virtuais já popularizadas no Brasil, como PicPay, Ame e Mercado Pago.

Mas afinal, o que podemos sonhar para o futuro com essa mudança no varejo? Quais são os recursos que estarão disponíveis? Quais cuidados teremos que ter? Abaixo alguns exemplos do que podemos imaginar:

-      De início, podemos pensar em consumidores acessando uma loja online via WhatsApp. Eles poderem usar o próprio aplicativo como um sistema de cobrança para efetuar o check-out por meio de um "pagamento com um clique". Os consumidores estarão logados automaticamente, sem a necessidade de inserir manualmente e-mail ou senha, permitindo assim coletar dados como número de telefone e endereço. Isso viabiliza uma experiência para o consumidor significativa, bem como um aumento relevante na taxa de conversão de vendas, possibilitando também para alguns setores fazer a recompra dos produtos;

-      Do ponto de vista do consumidor, os motivos para o sucesso serão: navegação fácil e conhecida, simplicidade nos modelos, modo intuitivo de usar, recursos avançados para comércio eletrônico, além de integração profunda com os principais recursos do Facebook;

-      Sabemos que as interações humanas são importantes, mas o bot passa a ser um grande aliado com este avanço, permitindo automatizar as interações até o fechamento do pedido. O bot não servirá apenas para esclarecer dúvidas de produto ou sobre o pedido, mas será um grande aliado para direcionar o usuário em toda jornada de venda;

-      Integração do WhatsApp com o Instagram (que passou a ser uma empresa do Facebook até mesmo antes do WhatsApp, em 2012) a partir do direcionamento do link da campanha de um influenciador para uma página de produto, proporcionando uma experiência única sem sair do aplicativo;

-      O avanço do Facebook Pay no Brasil passa ser um propulsor para as empresas explorarem o serviço de marketplace do próprio Facebook, que permite a compra e a venda de produto por este canal - lançado há algum tempo, mas que não ganhou a notoriedade que merece.

-      Chance de popularizar ainda mais o QR Code no Brasil, permitindo que as pessoas utilizem dessa interface para fomentar ainda mais as compras nos estabelecimentos físicos sem a necessidade de dinheiro ou cartão de crédito, apenas por meio dos dispositivos móveis como smartphone e smartwatch. Além deste meio ser uma alternativa a mais para aquecer o Omnichannel no país, permite que as empresas ofereçam uma maneira integrada e intuitiva não só por todos os aplicativos do Facebook, como para todos os canais da marca, possibilitando promover um atendimento único no online, como no offline, para seus consumidores;

-      Enviar cupom de desconto por Whatsapp também será um outro grande avanço e integrado. Os usuários serão mantidos atualizados sobre as promoções vigentes e mantidos engajados com a marca e entre grupos de bate papos;

-      A segurança é algo imprescindível e o Facebook já se preocupou com a questão, principalmente após inúmeros escândalos de vazamento de dados enfrentado nos últimos anos. As transferências e pagamentos terão camadas de segurança, como o PIN do Facebook Pay (Número de Identificação Pessoal) exclusivo para cada pessoa, em que cada indivíduo terá um identificador único e o dado não poderá ser compartilhado com outros usuários. Além disso, será oferecida a possibilidade da biometria em dispositivos compatíveis para garantir a segurança. Importante conscientizar que o WhatsApp não mandará nenhuma notificação ou link para os usuários aderirem a nova funcionalidade, por isso muito cuidado quando receber mensagens por e-mails e por outros canais.

Acredito que a possibilidade de efetuar transações pelo WhatsApp será um grande passo para revolucionar os meios de pagamento e mudar o comportamento de consumo do brasileiro. Sem dúvida será uma mudança gradativa, mas algo que as empresas precisam acompanhar constantemente.


Em baixa, consumo nacional sofre efeitos da pandemia e deve se igualar a índices de oito anos atrás - com dados estaduais SP


Pesquisa IPC Maps estima retração de 5,39%, a maior desde 1995


Com a pandemia do novo coronavírus, o consumo das famílias brasileiras ficará comprometido ao longo de 2020, se igualando aos patamares de 2010 e 2012, descartando a inflação e levando em conta apenas os acréscimos ano a ano. A projeção é uma movimentação de cerca de R$ 4,4 trilhões na economia — um crescimento negativo de 5,39% em relação a 2019 —, a uma taxa também negativa do PIB de 5,89%. A previsão é do estudo IPC Maps 2020, especializado há mais de 25 anos no cálculo de índices de potencial de consumo nacional, com base em dados oficiais.

Segundo Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pela pesquisa, esse crescimento negativo após a pandemia cria um efeito déjà-vu, já que a economia “retomará os índices dos últimos anos em que houve um progresso vigoroso”. O especialista ressalta que no início de março, antes desse cenário de pandemia e isolamento social, “a previsão do PIB para 2020, conforme o Boletim Focus do Banco Central, era de +2,17%, o que resultaria numa projeção do consumo brasileiro da ordem de R$ 4,9 trilhões, superando os R$ 4,7 trilhões obtidos no ano passado.”

O levantamento aponta que, a exemplo de 2019, as capitais seguirão perdendo espaço no consumo, respondendo por 28,29% desse mercado. Enquanto isso, o interior avançará com 54,8%, bem como as regiões metropolitanas, cujo desempenho equivalerá a 16,9% neste ano.

Esta edição do IPC Maps destaca, ainda, a redução na quantidade de domicílios das classes A e B1, o que elevará o número de residências nos demais estratos sociais. Para Pazzini, “essa migração das primeiras classes impactará positivamente o consumo da classe B2, com uma vantagem de 6,8% sobre os valores de 2019”, explica. As outras classes, por sua vez, terão queda nominal do potencial de consumo de 2,94% em relação a 2019.


Perfil básico – O Brasil possui mais de 211,7 milhões de cidadãos, sendo 179,5 milhões só na área urbana, que respondem pelo consumo per capita de R$ 23.091,50, contra os R$ 9.916,75 gastos individualmente pela população rural.


Base consumidora – Como já citado, neste ano a classe B2 lidera o cenário de consumo, representando mais de R$ 1 bilhão dos gastos. Junto à B1, estão presentes em 20,9% dos domicílios, sendo responsáveis por 41,1% (R$ 1,7 trilhão) de tudo que será desembolsado pelas famílias brasileiras. Se para a classe média a migração da classe alta para os demais estratos é positiva, para quase metade dos domicílios (48,7%), caracterizados como classe C, o total de recursos gastos cai para R$ 1,475 trilhão (35,6% ante 37,5% em 2019). Já a classe D/E, que ocupa 28,3% das residências, consome cerca de R$ 437,9 bilhões (10,6%). Mais enxuto, em apenas 2,1% das famílias, o grupo A reduz seus gastos para R$ 528,6 bilhões (12,8% contra 13,68% do ano passado).

O mesmo acontece na área rural que, embora no ano passado tivera uma evolução significativa, neste ano perde de R$ 335,9 para R$ 319,6 bilhões.


Cenário Regional – O destaque vai para a Região Centro-Oeste que, ampliou em 7,9% sua participação no consumo, respondendo por 8,86% dos gastos nacionais. Encabeçando a lista, embora com pequenas contrações, aparece o Sudeste com 48,42%, seguido pelo Nordeste, com 18,53%. A Região Sul, que em 2019 tinha reduzido sua fatia, volta a subir para 17,97% e, por último, aparece a Norte, representando 6,23%.


Mercados potenciais – O desempenho dos 50 maiores municípios brasileiros equivale a 38,7%, ou R$ 1,759 trilhão, de tudo o que é consumido no território nacional. No ranking dos municípios, os principais mercados permanecem sendo, em ordem decrescente, São Paulo e Rio de Janeiro, seguido por Brasília, que recuperou a 3ª posição, deixando Belo Horizonte atrás. Já, Curitiba sobe para o 5º lugar, ultrapassando Salvador. Na sequência, Fortaleza, Porto Alegre, Manaus e Goiânia — esta em 10º —, ocupam os mesmos lugares de 2019.

Cidades metropolitanas ou interioranas como, Campinas (11º), Guarulhos (13º), Ribeirão Preto (18º), São Bernardo do Campo (19º) e São José dos Campos (21º), no Estado paulista; São Gonçalo (16º) e Duque de Caxias (24º), no Rio de Janeiro; bem como as capitais Belém (14º), Campo Grande (15º) e São Luís (17º) também se sobressaem nessa seleção.


Perfil empresarial – Houve declínio de 13% no número de empresas instaladas no Brasil, totalizando hoje 20.399.727 unidades. Deste montante, mais da metade (10,6 milhões) tem atividades relacionadas a Serviços; seguida pelos setores Comércio, com 5,7 milhões; Indústrias, 3,3 milhões e, por último, Agribusiness, com 703 mil estabelecimentos.


Geografia da Economia – Como de costume, a Região Sudeste concentra 51,98% das empresas nacionais, seguida novamente pelo Sul, com 18,15%. Em caminho inverso, as demais regiões reduziram suas atividades: O Nordeste conta com 16,96% dos estabelecimentos, Centro-Oeste com 8,27%, e o Norte com apenas 4,65% das unidades existentes no País.

Partindo para a análise quantitativa das empresas para cada mil habitantes, o levantamento aponta uma retenção geral. As Regiões Sul e Sudeste seguem liderando com folga, respectivamente, 122,63 e 119,12 empresas por mil habitantes; o Centro-Oeste aparece com 102,17 e, ainda muito aquém da média, vêm as regiões Nordeste, com 60,30, e Norte, que tem apenas 50,77 empresas/mil habitantes.


Hábitos de consumo – A pesquisa IPC Maps detalha, ainda, onde os consumidores gastam sua renda. Dessa forma, os itens básicos aparecem com grande vantagem sobre os demais, conforme a seguir: 25,6% dos desembolsos destinam-se à habitação (incluindo aluguéis, impostos, luz, água e gás); 18,1% outras despesas (serviços em geral, reformas, seguros etc); 14,1% vão para alimentação (no domicílio e fora); 13,1% a transportes e veículo próprio; 6,6% são medicamentos e saúde; 3,7% materiais de construção; 3,4% educação; 3,4% vestuário e calçados; 3,3% recreação, cultura e viagens; 3,3% em higiene pessoal; 1,5% eletroeletrônicos; 1,5% móveis e artigos do lar; 1,1% bebidas; 0,5% para artigos de limpeza; 0,4% fumo; e finalmente, 0,2% referem-se a joias, bijuterias e armarinhos.


Faixas etárias Em crescimento, a população de idosos supera a margem de 30 milhões em 2020. Na faixa etária economicamente ativa, de 18 a 59 anos, esse índice passa de 128 milhões, o que representa 60,5% do total de brasileiros, sendo mulheres em sua maioria. Já, os jovens e adolescentes, entre 10 e 17 anos, vem perdendo presença e somam 24,1 milhões, sendo superados por crianças de até 9 anos, que seguem a média de 29,4 milhões.



Volta às aulas presenciais e o ‘novo normal’



A expectativa é grande. Talvez maior do que todos os inícios de anos letivos que cada um dos alunos e professores tenha sentido em suas vidas. De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), mais de 1,3 bilhão de estudantes tiveram suas aulas interrompidas em razão da pandemia da Covid-19. No Brasil, a estimativa é de cerca de 47 milhões de alunos sem poder frequentar as escolas.

As previsões mais pessimistas logo no início da pandemia estimavam um retorno às aulas no início deste segundo semestre de 2020. Agora, o assunto sumiu das notícias e, de forma muito velada, fala-se em setembro, talvez outubro. De qualquer forma, quando for seguro retomar as atividades - seja qual for a definição de “seguro” – haverá, ainda, naturalmente, uma volta das atividades presenciais.

Uma vez que esse regresso também é muito recente nos países que tiveram que lidar com a pandemia antes do Brasil (já que a retomada é realizada aos poucos), o “novo normal” das escolas têm envolvido distanciamento, hábitos de higiene mais rígidos e a falta de abraços, Até aqui, todos nós, por algum tempo, estaremos operando desta forma, seja escola ou em qualquer local.

Uma das soluções encontradas por países como Espanha, Itália e alguns grandes centros do EUA, como Nova York foi, de modo geral, evitar a repetência dos alunos. Outras nações, por sua vez, estão adotando estratégias de recuperação antecipada para reduzir os danos à aprendizagem. No Brasil, talvez em virtude do nosso calendário escolar com uma diferença de seis meses da Europa e da América do Norte, ainda não há sinalização oficial dos governos sobre como lidaremos com essas questões.

Ao falarmos de defasagens de aprendizagem, ampliação de desigualdades por falta de educação - ou do seu resultado - e até mesmo de repetência, entra o contato com a realidade no retorno às aulas. Teremos que lidar com essas situações. Pensar, por exemplo: qual seria a melhor estratégia, uma vez que existem conteúdos a cumprir dentro das 800 horas obrigatórias por lei, para o Ensino Básico? E os conteúdos necessários para o Enem, como preparar os estudantes? Diante de tudo isso, como lidar com a ansiedade de alunos, pais e professores? Afinal, todos já estamos tentando aprender a lidar com o cotidiano, enfrentando crises de todos os tipos.

Urge pensar em algumas estratégias que, desde já, podem ajudar em uma transição mais suave e em uma redução de danos, em especial para a saúde mental de todos os envolvidos. Todos os índices educacionais e a aprendizagem sofrerão reduções e não será possível trabalhar a quantidade de conteúdos prevista. Essa deve ser a realidade. Colocar pressão sobre alunos e professores para que se dê conta deste ano letivo, como se fosse normal, seria como tentar correr uma maratona usando uma estratégia de 100 metros rasos, cujo resultado seria não apenas não cumprir a prova, mas sair dela com lesões difíceis de serem tratadas.

No retorno às escolas será preciso receber alunos, professores e pais como heróis que sobreviveram bravamente a dificuldades inimagináveis. Eles precisarão do apoio de todos para retomarem a vida, imbuídos de uma vontade enorme de fazer um mundo melhor. E, estou certo, muitos dos alunos buscarão aprender mais sobre a ciência e nela farão carreiras se tiverem oportunidade, para que nunca mais tenhamos que enfrentar uma pandemia.




Marcos Paim - professor e diretor do programa STEM Brasil da ONG Educando.

 Educando
Facebook: EducandobyWorldfundBR
Twitter: @educando_br
Instagram: educando_br
LinkedIn: Educando by Worldfund
YouTube: Educando by Worldfund







Consumidores do Sul são os mais pontuais no cartão de crédito, revela estudo inédito da Serasa Experian


Especialistas afirmam que consumidores com histórico de pontualidade encontram credores mais flexíveis para renegociar dívidas. Em abril, fatura brasileiro ficou em R$ 1.125


Um levantamento inédito da Serasa Experian feito com base nas informações do Cadastro Positivo revela que os consumidores da região Sul do Brasil são os que mais pagam suas faturas de cartão de crédito em dia. De acordo com a pesquisa, os Estados de Santa Catarina (88,8%), Rio Grande do Sul (88,6%) e Paraná (88,3%) são os mais bem colocados no ranking de pagamento da fatura até a data de vencimento. A lista é seguida por Minas Gerais (87,8%) e São Paulo (87,2%). Já os Estados do Amapá (81,5%), Maranhão (81,6%) e Amazonas (81,7%) obtiveram o índice mais baixo de pontualidade no cartão. Para o pagamento em dia é considerado tanto a quitação integral da fatura quanto valores intermediários ou o pagamento mínimo.


De modo geral, 86,7% dos brasileiros que estão inscritos no Cadastro Positivo e que pagaram sua última fatura (seja o valor total ou ao menos parte), o fizeram até a data de vencimento, enquanto 13,3% realizaram o pagamento com atrasos. A pesquisa revela que 3,6% das pessoas pagaram apenas o valor mínimo, sobretudo consumidores com renda de até R$ 1 mil (6,4%), moradores da região Norte (6,6%) e acima dos 60 anos (11,3%).

“Para ter uma vida financeira saudável e organizada, é importante que o consumidor tenha consciência sobre a pontualidade de seus pagamentos, pois isso influencia a sua pontuação de crédito, conhecido como score e, consequentemente, as suas chances de obter crédito, como financiamentos e empréstimos, por exemplo”, analisa o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
Rabi ainda esclarece que um bom histórico de pagamento tende a facilitar negociações com credores em momentos de dificuldade. “Consumidores que possuem um bom histórico de pontualidade em seus pagamentos podem encontrar mais facilidades para renegociar dívidas ou mesmo buscar crédito em momentos instáveis como o atual. Quem não conseguir manter todas as contas em dia pode procurar o credor para explicar a situação e tentar uma renegociação justa para ambos os lados”, orienta Rabi.


50% dos brasileiros que estão no Cadastro Positivo têm mais de dois cartões

A pesquisa revela ainda que a renda é outro fator que influencia na pontualidade do pagamento. Indivíduos com renda mensal acima de R$ 10 mil possuem 93,5% de pontualidade nas compras realizadas no cartão de crédito. Índice próximo (91,4%) visto entre os que ganham de R$ 5 mil a R$ 10 mil por mês. Nas faixas intermediárias (renda de R$ 1 mil até R$ 2 mil e de R$ 2 mil até R$ 5 mil), a taxa de pontualidade é de 84,6% e 87,6%, respectivamente. O índice mais baixo fica com os brasileiros que ganham até R$ 1 mil (82,5%).

Outra constatação é que vem se tornando comum a posse de vários cartões de crédito. Metade (50,0%) dos brasileiros usa dois ou mais cartões, sendo que 9,6% deles estão na faixa de quatro ou mais. Já os outros 50,0% lidam apenas com um na hora de fazer compras.



Brasileiro gasta, em média, R$ 1.125 no cartão de crédito

De acordo com o estudo, a média de gastos com cartão de crédito no país é de R$ 1.125. Este valor cai praticamente pela metade entre a população jovem de 18 a 25 anos (R$ 581) e atinge o valor mais elevado entre os adultos de 36 a 60 anos (R$ 1.263)

Na visão por UF com maior gasto médio, o Distrito Federal aparece na liderança: R$ 1.667. Em seguida estão Roraima (R$ 1.640), Amapá (R$ 1.431) e Mato Grosso (R$ 1.316). Já os gastos mais baixos estão, em sua maioria, concentrados no Nordeste, com liderança do Maranhão (R$ 868), Piauí (R$ 880) e Sergipe (R$ 893).


Brasileiros de baixa renda comprometem 60,7% da renda com gastos no cartão

O levantamento também descobriu que os consumidores de mais baixa renda são os que mais comprometem parte do salário com pagamentos no cartão de crédito. Entre os consumidores que ganham até R$ 1 mil por mês, o gasto médio com cartão ficou em R$ 524,00 no último mês de abril. Isso significa que 60,7% da renda destes brasileiros foi usada para cobrir as despesas feitas no chamado ‘dinheiro de plástico’, percentual acima da média geral (29,2%).

O índice de comprometimento de renda com os gastos no cartão de crédito diminui conforme cresce o poder de compra do consumidor. Dentro da faixa de R$ 1 mil a R$ 2 mil, a taxa fica em 48,4%, também acima do resultado geral. O menor comprometimento (14,2%) pode ser verificado na faixa acima de R$ 10 mil. Veja na tabela abaixo as informações de todas as faixas.


Para Rabi, o cartão de crédito é um meio de pagamento que traz conveniência e segurança, ao reduzir a circulação do dinheiro em papel, mas seu uso indevido pode transformá-lo em uma ferramenta perigosa nas mãos de pessoas indisciplinadas. “Se bem utilizado, o cartão é uma excelente modalidade de pagamento, que pode auxiliar na organização dos consumidores e auxiliar até na preservação da saúde, visto que o dinheiro em papel pode ser um agente de contaminação de doenças. Os problemas surgem quando o limite pré-aprovado vira uma extensão da renda e os gastos ultrapassam a capacidade de pagamento. Como os brasileiros de menor renda têm menos margem de manobra com o próprio orçamento, muitos recorrem ao cartão para concentrar despesas e ganhar fôlego até o vencimento da fatura”, alerta o economista.


Metodologia

A partir das informações da base de dados do Cadastro Positivo da Serasa Experian, o levantamento inédito considerou uma fotografia de abril dentro de uma amostra de 1,7 milhão de pessoas que utilizam algum produto financeiro em todo o país para identificar o comportamento dos brasileiros em relação ao cartão de crédito como: representatividade, pontualidade e comprometimento da renda, com visões por faixa de renda, idade, Estados e Regiões do Brasil.

  






Serasa Experian



Setor de contact center é impulsionado com mudança do consumidor na pandemia


São os tele atendentes das empresas terceirizadas, responsáveis pelas centrais de relacionamento, que fazem a ponte entre as marcas que vendem produtos na internet e o consumidor final


Os resultados da Pesquisa vender em marketplaces 2020, produzida pelo olist, aponta que uma das estratégias das lojas brasileiras para ganhar novos mercados é a diversificação dos canais de venda. Nesse contexto, os marketplaces se tornaram a principal fonte de renda para 57% dos lojistas entrevistados. Em tempos de pandemia colocar seu produto nas vitrines online de grandes marcas como Amazon, Submarino e Shoptime, por exemplo, é uma forma de encurtar o caminho para se conectar com novos consumidores. É assim que muitos empreendedores iniciaram sua trajetória nas vendas online.

Como muitas lojas precisaram fechar suas unidades físicas para se enquadrar à medida do isolamento social, a alternativa foi abrir uma porta no comércio da internet. Mesmo num momento de crise econômica, as empresas que migraram para os marketplaces conseguiram ir além da sobrevivência no mercado e viram seu faturamento crescer num ritmo acelerado. 

A categoria Casa & Móveis aumentou suas vendas em 85,39% em comparação com o início da pandemia, graças ao comércio online, segundo dados coletados pela Conversion, consultoria de performance & SEO. A explicação parece ser simples: com a adesão em massa ao home office, muitas pessoas precisaram investir em mobiliário para ter mais ergonomia e conforto para trabalhar. Além disso, ao passarem mais tempo em casa, as famílias começaram a se interessar por artigos de decoração capazes de melhorar o bem-estar e passar momentos mais agradáveis no “lar doce lar”.

Essa mudança dupla de comportamento do consumidor - o crescimento da demanda por mobiliários e a adesão às compras pela internet – impactou em outro segmento que está intimamente ligado aos setores do varejo moveleiro e do comércio online: as empresas terceirizadas que são especialistas no atendimento e relacionamento com os clientes.

Caio Santana, coordenador de operações da dbm contact center, localizada em Curitiba, explica que a empresa precisou triplicar a equipe para atender os clientes do setor moveleiro. “A princípio os fabricantes se sentiram inseguros pela crise econômica gerada pela Covid-19, em razão do confinamento. No entanto, a exigência de ficar em casa e de trabalhar remotamente trouxe como efeito colateral o aumento da demanda por mesas e cadeiras. Passada essa primeira necessidade, sugiram outras como fazer pequenas reformas em casa, começando pela troca do mobiliário e itens de decoração, para ter mais conforto no período de isolamento social”, conta Santana.

Segundo ele, vale lembrar que, apesar da crise, muitas pessoas mantiveram seus empregos e agora dão um novo destino para sua renda. Os recursos gastos com as saídas e happy hours se tornaram uma reserva para comprar outros bens de consumo, que antes não estavam na lista de prioridades. E é na internet que esse público encontra novas formas de comprar.

“O aumento da demanda no setor de contact center surgiu justamente para atender os anseios dos novos consumidores do comércio online. Muitos foram obrigados a aderir essas plataformas, mas tinham pouca ou nenhuma intimidade com as compras na internet. Tivemos que ampliar nossa equipe para dar conta do aumento no volume de atendimentos. Muitos não conhecem os mecanismos de compra, têm dúvidas sobre prazos de entrega, rastreamento dos produtos e até a alternativa de cancelar a compra. E é numa central de atendimento que todas as dúvidas são sanadas e os problemas resolvidos”, afirma Caio Santana.

E como o setor de contact center é movido pela tecnologia e está sempre um passo à frente, a preocupação da dbm agora é capacitar os tele atendentes para fidelizar esses clientes para que continuem encantados com as vitrines online. “Já estamos aprimorando nossa forma de atendimento para atender mais um pedido dos nossos clientes, que é fazer com que o consumidor final continue conectado a sua marca, já pensando nos resultados da Black Friday, em novembro”, finaliza Caio Santana.


56% de consumidores consideram fundamental recontratação de funcionários para retomada de confiança, diz pesquisa


Estudo da plataforma Almoço Grátis entrevistou 500 pessoas e destaca cerca de 30 medidas que restaurantes podem realizar após a pandemia


Pesquisa realizada pelo Almoço Grátis, plataforma que conecta restaurantes e consumidores, dá algumas dicas de como retomar confiança de clientes após a pandemia e aponta que o rigor na higiene nos estabelecimentos é item indispensável para 91% dos entrevistados. Entretanto, além da limpeza, 56% dos clientes consideram essencial que os estabelecimentos recontratem funcionários demitidos.

O estudo ouviu mais de 500 pessoas e consta mais de 30 ações que podem ser realizadas pelos estabelecimentos para retomar a confiança de consumidores, como fornecer álcool e gel para clientes fornecer álcool e gel para clientes (90%), desinfetar cardápios físicos a cada uso (82%) e distribuir porção individual de condimentos, como ketchup e maionese (55%).

Para Guilherme Satoru, chef e fundador da Satoru Food Service Consulting (www.satorufsc.com.br) - empresa que propõe aumentar a produtividade nas cozinhas e evitar desperdícios de alimentos, explica que restaurantes e lanchonetes que investirem em medidas protetivas de higiene e apresentar diferenciais sairão na frente na retomada de confiança do consumidor.

“É possível notar que a maioria esmagadora dos restaurantes está preocupada com a higiene, portanto, os estabelecimentos que investirem em outros diferenciais, como a recontratação de funcionários, sairão na frente nesta crise.  Ainda é cedo para falarmos em retomada da normalidade, mas é fundamental que, neste momento, os empresários compreendam a insegurança dos consumidores e mantenham as ações recomendadas por profissionais de saúde”, destaca Satoru. 

O estudo cita ainda como ações importantes os funcionários usarem luvas (51%), o estabelecimento fornecer cardápios no celular (42%), limitar 6 pessoas em cada mesa (40%) e medir temperatura de clientes na entrada (36%).

Para a Associação Nacional de restaurantes, 65% dos restaurantes, padarias e lanchonetes já registraram queda de faturamento de 70% no mês de abril, o que pode piorar nos meses seguintes. Entretanto, Satoru afirma que a saúde e a higiene serão fatores primordiais para a retomada dos estabelecimentos. “Restaurantes e lanchonetes que investirem mais em medidas protetivas sairão na frente da concorrência depois da crise”, finaliza.

Saiba mais sobre o contexto das questões ambientais no Brasil



O período de isolamento social, medida adotada para combate da COVID-19, trouxe à tona um tema frequentemente presente na agenda global: a preservação ambiental. Com a diminuição de pessoas nas ruas foi possível perceber taxas mais baixas de emissão de gases poluentes, por exemplo. Esse fato reafirma a importância das ações para diminuição dos impactos humanos nocivos à natureza, bem como traz diversas áreas correlatas ao tema, como tecnologia, saúde e economia.

A preocupação ambiental é questão que atravessa o globo e foi um tema presente no nosso dia a dia nos últimos 90 dias em isolamento social. É um cenário que remete aos anos 1970, em que houve uma reação da população preocupada com o estilo de vida, a poluição e de que forma isso impactava a natureza. 

Uma característica em comum dos anos 1970 para os dias atuais é a permanente necessidade de se reduzir o uso das energias não renováveis, como as que são a base de petróleo e carvão. Esses insumos deixam mais frágil a proteção da camada de ozônio, além de causar um excesso de poluição na atmosfera terrestre. Passados 50 anos, temos, hoje, a mesma preocupação, em vista no nosso futuro e dá gerações seguintes.


Ações mundiais x Brasil

Na contramão do movimento de preservação, caminha o Brasil e, com isso, a credibilidade em torno do tema é corroída cada dia mais. Como exemplo, é possível citar o Fundo Soberano da Noruega, que decidiu excluir as empresas brasileiras Vale e Eletrobras de sua carteira de investimentos. 

O fundo da Noruega é considerado a maior carteira de investimentos voltados para o meio ambiente do mundo, US$ 1 trilhão em ativos. A justificativa da exclusão da Eletrobrás, por exemplo, estaria  relacionada à violação dos direitos humanos. Já no caso da Vale, em razão do rompimento das barragens no Brasil.

Em outro caso recente, que envolve o posicionamento do Brasil com relação à preservação ambiental, a Holanda rejeitou um acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. O motivo alegado foi a preocupação do crescimento da agricultura da região (que inclui o Brasil) em detrimento da preservação da Amazônia.

Os exemplos citados corroboram a ideia de que a preocupação com sustentabilidade não está mais ligada apenas a questões de ordem ambiental. A ausência de investimentos, sejam públicos ou privados, faz com que os desenvolvimentos econômico e tecnológico do país sejam diretamente impactados. Às empresas, cuidar do meio ambiente pode refletir diretamente na bolsa de valores. Ao Governo, a presença ou ausência de políticas públicas ambientais pode refletir na facilidade em fechar acordos econômicos com outros países.





Dra. Cristiana Nepomuceno de Sousa Soares  é graduada em Direito e Biologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, em Belo Horizonte. Pós-Graduada em Gestão Pública pela Universidade Federal de Ouro Preto- MG. Especialista em Direito Ambiental pela Universidade de Alicante/Espanha. Mestre em Direito Ambiental pela Escola Superior Dom Helder Câmara. Foi assessora jurídica da Administração Centro-Sul da Prefeitura de Belo Horizonte, assessora jurídica da Secretaria de Minas e Energia- SEME do Estado de Minas Gerais, consultora jurídica do Instituto Mineiro de Gestão das Águas- IGAM, assessora do TJMG, professora de Direito Administrativo da Universidade de Itaúna/MG, membro da UBAA- União Brasileira da Advocacia Ambiental. Atualmente é presidente da Comissão de Direito de Energia da OAB/MG. 

Posts mais acessados