Problemas
respiratórios no sono impactam diretamente a saúde cardiovascular e
especialistas recomendam tratamento multidisciplinar
Distúrbios respiratórios durante o sono, como o
ronco e a apneia, podem afetar a qualidade do descanso e também elevar
consideravelmente o risco de problemas graves de saúde, como infarto e acidente
vascular cerebral (AVC). A falta de oxigênio recorrente durante a noite causa
estresse cardiovascular, impactando diretamente o sistema circulatório. O que
muita gente não se dá conta é que, além do otorrino, uma ida ao dentista pode
ser indispensável para tratar essas condições.
Estudos recentes da American Heart Association
indicam que pessoas com apneia do sono têm até três vezes mais chances de
desenvolver complicações cardiovasculares. A boa notícia é que o diagnóstico
precoce e o tratamento correto, muitas vezes conduzido por uma equipe
multidisciplinar, pode reduzir esses riscos.
Segundo o Dr.
José Todescan Júnior, especialista em Prótese Dental e membro da
International Federation of Esthetic Dentistry (IFED), os dentistas desempenham
um papel fundamental no tratamento de apneia do sono e do ronco, mas ressalta
que o uso de aparelhos intra-orais deve ser considerado com cautela. “O
aparelho intra-oral pode ser indicado em casos específicos, mas, a longo prazo,
ele tende a causar uma desordem oclusal, ou seja, problemas dentários. Por
isso, preferimos tratamentos com o laser de Erbium, monitorando constantemente
a evolução do paciente para garantir que estamos melhorando sua qualidade de
vida”, explica o especialista.
O papel dos aparelhos
intra-orais e do CPAP
Os aparelhos intra-orais reposicionam a mandíbula
ou a língua, facilitando a passagem de ar e evitando as interrupções
respiratórias que caracterizam a apneia. Contudo, segundo o Dr. Todescan, esses
dispositivos têm limitações e podem causar complicações dentárias com o
tempo.
Eles são mais indicados para apneias leves a
moderadas, mas não substituem o CPAP em casos graves. “Nos pacientes com apneia
grave, o CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas) é o único tratamento
eficaz, pois mantém as vias respiratórias abertas de forma contínua. O aparelho
intra-oral não oferece a mesma eficácia nesses casos mais críticos”, alerta
Todescan.
Além disso, o CPAP permanece sendo a solução de
referência para pacientes com apneia grave. O uso desse dispositivo garante que
o fluxo de ar não seja interrompido, reduzindo o estresse cardiovascular e os
riscos associados, como hipertensão e infarto. Para casos mais leves, os
dentistas podem contribuir com soluções menos invasivas.
Tratamentos a laser como
alternativa
Um dos avanços recentes no tratamento do ronco e da
apneia leve a moderada é o uso do laser de Erbium, que promove um tratamento
menos invasivo e sem os efeitos colaterais a longo prazo que podem ser causados
pelos aparelhos intra-orais. “Temos trabalhado bastante com o laser de Erbium,
que vem se tornando cada vez mais presente nos consultórios. Esse tratamento é
eficaz, não causa desordem oclusal, trazendo melhorias consideráveis na
qualidade de vida”, afirma Todescan.
O laser atua no fortalecimento das paredes da
garganta e das vias respiratórias, reduzindo a flacidez que contribui para o
ronco e a apneia. Com isso, o paciente consegue dormir melhor sem a necessidade
de intervenções invasivas ou desconfortáveis. Esse método, somado a um
acompanhamento regular com dentistas e outros especialistas, se tornou uma
abordagem inovadora para o controle dessas condições.
Especialistas recomendam um acompanhamento especializado e personalizado, atendendo de forma singular a cada paciente. “O laser tem se mostrado uma excelente opção para casos específicos de apneia leve a moderada, e seu grande diferencial é a ausência de efeitos colaterais a longo prazo. O importante é entender o melhor caminho para garantir resultados menos paliativos e mais eficazes”, conclui Todescan.
José Todescan Júnior - Atuando com excelência na área de Odontologia há mais de 33 anos, José Todescan Júnior é especialista em Prótese Dental, Odontopediatria e Endodontia pela USP. Membro da IFED (International Federation Esthetic Dentistry) e da Associação Brasileira de Odontologia Estética e membro da ABOD (Associação Brasileira de Odontologia Digital), ele acredita que o profissional que se aperfeiçoa em diversas áreas pode escolher sempre o melhor para os pacientes. Para mais informações, acesse o LinkedIn.
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