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segunda-feira, 15 de junho de 2020

COVID-19 já tinha se disseminado pelo Brasil quando medidas de contenção foram adotadas



 Estudo traçou a trajetória da epidemia com base em dados genômicos do SARS-CoV-2 obtidos pelo sequenciamento de quase 500 isolados virais de pacientes brasileiros. Resultados foram cruzados com informações sobre viagens aéreas realizadas no período e mortes confirmadas (imagem: divulgação)

Mais de 100 diferentes linhagens do novo coronavírus (SARS-CoV-2) chegaram ao Brasil entre os meses de fevereiro e março de 2020, mas apenas três delas – muito provavelmente vindas da Europa – continuaram a se expandir no país e originaram os mais de 805 mil casos de COVID-19 confirmados até 12 de junho.

Essas três linhagens emergiram nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro entre 22 e 27 de fevereiro e sua transmissão comunitária já estava estabelecida no início de março, bem antes de os órgãos de saúde recomendarem a restrição de viagens aéreas e a adoção de “intervenções não farmacológicas” (NPIs, na sigla em inglês) para conter a disseminação do vírus. O Ministério da Saúde regulamentou em 13 de março os critérios de isolamento social e quarentena, que foram implementados por governadores e prefeitos cerca de uma semana depois. As fronteiras terrestres só foram fechadas em 19 de março e a entrada de estrangeiros por voos internacionais só foi restringida no dia 27 do mesmo mês.
As conclusões são de um estudo apoiado pela FAPESP e divulgado na plataforma medRxiv, ainda sem revisão por pares.
“Nossos resultados evidenciam a existência de duas fases da epidemia no país. A primeira é de transmissão a curta distância, dentro das fronteiras estaduais de São Paulo e Rio. No início de março teve início a fase dois, de longa distância. Ou seja, as pessoas contaminadas nesses dois estados já estavam levando o vírus para as demais regiões do país quando foram adotadas as NPIs”, conta a pesquisadora Ester Sabino, do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP), uma das coordenadoras da pesquisa.
Para chegar a essas conclusões, os cientistas usaram um modelo de transmissão orientada pela mobilidade da população. Informações sobre viagens aéreas e sobre as mortes confirmadas por COVID-19 entre fevereiro e abril foram cruzadas com dados genômicos do SARS-CoV-2 obtidos pelo sequenciamento de quase 500 isolados virais de pacientes diagnosticados em 21 dos 27 estados brasileiros (contando o Distrito Federal). O trabalho foi conduzido no âmbito do Centro Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE).
Apesar da queda acentuada nas viagens aéreas nacionais após meados de março, os pesquisadores detectaram um aumento de 25% na distância média percorrida por passageiros aéreos no período. Tal fato, segundo os autores, coincidiu com a disseminação do SARS-CoV-2 dos grandes centros urbanos para o resto do país.
“Nossos resultados lançam luz sobre o papel de grandes centros populacionais altamente conectados na ignição rápida e no estabelecimento do SARS-CoV-2 e fornecem evidências de que as atuais intervenções permanecem insuficientes para manter a transmissão do vírus sob controle no Brasil”, afirmam no texto.
O impacto da quarentena
Antes das medidas de isolamento social serem adotadas, a taxa de contágio do SARS-CoV-2 no Brasil estava em torno de 3. Isso significa que cada infectado transmitia o vírus, em média, para três outras pessoas, o que favorecia o crescimento exponencial da doença.
Embora tenham sido implementadas quando a transmissão comunitária já estava estabelecida e o vírus já havia cruzado as fronteiras paulistas e fluminenses, as restrições da quarentena conseguiram – em um primeiro momento – conter significativamente a disseminação da doença.
O modelo de transmissão orientada pela mobilidade mostra que a taxa de contágio chegou a ficar abaixo de 1 nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro logo após a adoção das NPIs, o que evitou o crescimento exponencial do número de casos e o colapso dos hospitais.
Mas, à medida que a adesão da população ao isolamento diminuiu, a taxa de contágio foi lentamente aumentando para valores entre 1 e 1.3 e não mais baixaram. Especialistas em epidemiologia afirmam que somente quando a taxa de contágio se estabiliza abaixo de 1 durante algumas semanas o crescimento no número de casos e de mortes começa a desacelerar.
Por meio de análises de filogeografia – que combinam os dados de sequenciamento do genoma viral com as informações do local em que ocorreu a transmissão – os pesquisadores identificaram que 104 linhagens do SARS-CoV-2 entraram no Brasil, a maioria oriunda dos Estados Unidos.
Do total de genomas sequenciados no Brasil, 75% pertencem a três linhagens ou clados de origem europeia: 186 genomas (38%) correspondem ao “clado1"; 161 (33%) são do “clado 2”; e 19 (4%) se inserem no “clado 3”.
“É possível que as outras linhagens que identificamos não tenham conseguido se expandir porque quando elas entraram no Brasil já haviam sido implementadas as medidas de isolamento social. Mas é bem provável que, à medida que mais isolados virais forem sequenciados no país, clados diferentes sejam identificados. No Reino Unido, onde já foi feito o sequenciamento de mais de 20 mil amostras de pacientes com COVID-19, já foram identificadas mais de mil entradas do novo coronavírus”, conta Sabino.
Como explica a pesquisadora, o genoma do SARS-CoV-2 tem cerca 30 mil pares de bases (que formam as cadeias do RNA viral). Caso o vírus que infecta um indivíduo sofra uma mutação na posição 200 da cadeia de RNA, por exemplo, todas as pessoas que se contaminarem a partir desse paciente vão carregar a mesma marca no genoma viral. “Ao cruzar esses dados com informações sobre a data e o local em que as amostras foram coletadas conseguimos traçar a trajetória da epidemia, que ainda está apenas no começo”, afirma Sabino.
Segundo a pesquisadora, ainda será preciso sequenciar mais amostras da região Norte do país para determinar, por exemplo, a origem da linhagem que se disseminou fortemente por estados como Amazonas e Pará. “O que já sabemos é que os deslocamentos fluviais entre as cidades amazônicas contribuíram muito para espalhar o vírus”, diz.
Na avaliação de Sabino, esse tipo de estudo ajuda a entender como uma epidemia evolui e quais são as principais rotas de transmissão. “Esse conhecimento talvez sirva de lição para que em uma situação futura as medidas sejam tomadas mais precocemente e de forma mais efetiva.”
O artigo Evolution and epidemic spread of SARS-CoV-2 in Brazil pode ser lido em https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2020.06.11.20128249v1.





Karina Toledo
Agência FAPESP 


Cate Campo Limpo passa a atender agendados para habilitar o seguro-desemprego e pedir o auxílio emergencial


Mais de 5 mil pessoas são esperadas nesta semana nas 14 unidades da rede voltadas a viabilizar o acesso aos benefícios


A Prefeitura de São Paulo espera atender por volta de 5,5 mil pessoas nesta semana em busca de habilitar o seguro-desemprego ou requerer o auxílio emergencial do governo federal nos postos do Cate - Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo. Para ampliar o atendimento e reduzir a circulação pela cidade, a população da região sul contará com o Descomplica Campo Limpo que também prestará o serviço agendado pela central 156 ou pelo portal https://sp156.prefeitura.sp.gov.br. O atendimento nos postos do Descomplica, que contam com equipes do Cate, atendem em horário reduzido das 10h às 14h.

“Já atendemos mais de 30 mil pessoas, desde que retomamos o atendimento parcial nos Cates, em abril. Diante da pandemia pelo coronavírus, é importante que a população carente possa ter acesso aos benefícios do seguro-desemprego e ao auxílio emergencial com segurança. Assim ampliamos, junto com a Secretaria de Inovação e Tecnologia, mais uma unidade de atendimento como opção para o usuário poder resolver o serviço mais próximo de casa”, salienta a secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso.

Para esta segunda-feira, 15 de junho, 1.280 pessoas devem passar pelas 14 unidades do Cate. A maioria irá buscar a habilitação do seguro-desemprego ou resolver pendências para liberar o recebimento do benefício. Por volta de 130 pessoas são esperadas para requerer o auxílio emergencial.

Na semana anterior, 5.220 pessoas foram atendidas, 89% voltado ao seguro-desemprego. Por volta de 500 buscaram fazer o pedido do auxílio emergencial. O serviço é o que tem a maior taxa de desistência do agendamento, em média 40%. “Quando não há o comparecimento na unidade e o serviço não é cancelado na Central 156, essa vaga fica ocupada, inviabilizando que o atendimento seja oferecido a outras pessoas. Por isso é importante que haja essa comunicação quando o cidadão consegue resolver o pedido sem precisar ir ao Cate”, reforça Aline Cardoso.


 Como agendar

Os serviços da central 156 da Prefeitura de São Paulo realizam o agendamento via telefone ou pela internet no portal por este site https://sp156.prefeitura.sp.gov.br. Durante o atendimento é possível escolher a unidade mais próxima de casa. O serviço funciona todos os dias semana, 24 horas. Já foram agendadas mais de 88 mil pessoas, a maioria via telefone. As cinco unidades do Descomplica, que atendem para habilitar o seguro-desemprego e requerer o auxílio emergencial atendem entre às 10h e 14h e os demais endereços do Cate, das 8h às 17h.

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Serviço

Agendamento
Central 156 ou pelo portal https://sp156.prefeitura.sp.gov.br
Atende todos os dias, durante as 24h.


Documentos a serem apresentados nas unidades do Cate:

Para quem agendou serviços de Seguro Desemprego:


Para o Trabalhador Doméstico:

1. Documento de Identificação com foto (original ou cópia autenticada)

2. Número do CPF - Cadastro de Pessoa Física;

3. Carteira de Trabalho, com a anotação do contrato de trabalho (versão em papel ou versão digital);

4. Cartão do PIS (Programa de Integração Social), extrato atualizado ou Cartão Cidadão;

5. Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT), devidamente acompanhado do Termo de Quitação ou de Homologação.



Para o Trabalhador Formal:

1. Documento de Identificação com foto (original ou cópia autenticada)

2. Número do CPF - Cadastro de Pessoa Física;

3. Carteira de Trabalho, com a anotação do contrato de trabalho (versão em papel ou versão digital);

4. Cartão do PIS (Programa de Integração Social), extrato atualizado ou Cartão Cidadão;

5. Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT), devidamente acompanhado do Termo de Quitação ou de Homologação.

6. Documento de levantamento dos depósitos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), ou comprovante de saque do FGTS;

7. Requerimento do Seguro-Desemprego (em duas vias, emitido pela empresa, pelo aplicativo Empregador Web)


Para quem agendou a solicitação do Auxílio Emergencial:

1. Documento de Identificação com foto;

2. Número do CPF;

3. Aparelho de celular com numero ativo para recebimento do código de validação.

4. Caso não seja o único solicitante de seu grupo familiar, apresentar também o número de CPF e data de nascimento das pessoas que compõem seu grupo familiar



Unidades do Cate com atendimento emergencial

Zona Norte
Cate Brasilândia - Av. João Marcelino Branco, 95
Cate Jaçanã - Rua Luis Stamatis, 300
Cate Perus - Rua Ylídio Figueiredo, 349
Cate Santana - Av. Tucuruvi, 808
 

Zona Sul
Cate Cidade Ademar - Av. Yervant Kissajikian, 416
Cate Interlagos - Av. Interlagos, 6122
Cate Jabaquara - Av. Eng. Armando de Arruda Pereira, 2314
Cate Campo Limpo - Rua Nossa Senhora do Bom Conselho, 65
 

Zona Leste
Cate Cidade Tiradentes - Rua Milagre dos Peixes, 357
Cate Itaquera - Rua Augusto Carlos Bauman, 851
Cate Sapopemba - Av. Sapopemba, 9064
Cate Itaim Paulista - Av. Marechal Tito, 3012
Cate São Mateus - Av. Ragueb Chohfi, 1400
 

Zona Oeste
Cate Butantã - Rua Doutor Ulpiano da Costa Manso, 201



Serviços pela internet

Seguro-Desemprego
https://www.gov.br/pt-br/servicos/solicitar-o-seguro-desemprego

Auxilio Emergencial do Governo Federal
https://auxilio.caixa.gov.br/


Como será o trabalho remoto no pós-pandemia?



O mundo nunca mais será o mesmo. Com a pandemia de Covid-19, tivemos que nos adaptar à distância, ao isolamento e à mudança completa de rotina. Quem estava acostumado a acordar cedo, tomar um rápido café da manhã e encarar longos minutos – às vezes, horas – no trânsito para chegar ao trabalho ficou com uma sensação estranha ao ouvir o despertador tocar mais tarde. Isso lá no começo da quarentena. As empresas, por outro lado, tiveram de criar mecanismos para que as atividades continuassem sendo cumpridas, com preocupação com os funcionários e a saúde financeira do negócio. Um verdadeiro caos.

Hoje, com todas as incertezas que ainda nos esperam, já aprendemos a lidar com este novo cenário. Reuniões virtuais, videoconferências e plataformas digitais de organização de tarefas integraram nosso dia a dia e, quanto mais tempo passa, mais nos perguntamos: saberemos voltar ao que era normal? Ou, melhor, vamos querer voltar ao que éramos antes?

De acordo com a FGV, 67,4% dos brasileiros com trabalho formal estão trabalhando remotamente. Além disso, uma pesquisa da ISE Business School mostra que o home office tem gerado experiências muito positivas para as empresas. Segundo o levantamento, 80% dos gestores disserem gostar da nova maneira de trabalhar. As equipes também elogiam o home office, como mostra o Instituto Renoma. Um levantamento recente aponta que 44% dos funcionários formais aprovam o trabalho a distância, enquanto apenas 16% dos empregados mostraram-se contrários.

Se, por um lado, a pandemia atrasou diversos planos, no âmbito do trabalho, ela acelerou muitas tendências. Agora, começam as dúvidas: como se preparar para o futuro iminente do trabalho remoto? Que habilidades são importantes para líderes e colaboradores? Que outras competências o home office exige, em relação ao trabalho presencial?

Em um mundo com predominância de home office, três habilidades são essenciais. A primeira é o planejamento. As relações de trabalho tendem a se tornar muito mais horizontais, pensando nos objetivos a serem cumpridos e destacando o papel fundamental de cada colaborador. Por isso, os gestores deverão ser verdadeiros líderes, dividindo as tarefas e fazendo um acompanhamento direto de tudo que acontece na empresa. Deve haver um crescimento da utilização de softwares e plataformas de acompanhamento de atividades, calendário e lista de pendências, inclusive com estabelecimento de prazos.

Em seguida, a organização. Para que tudo caminhe conforme os planos, todos devem estar alinhados ao propósito da organização. Outra coisa que deve mudar é a necessidade de todos cumprirem o mesmo horário de trabalho. Por exemplo: empresas que decidirem manter seus escritórios e permitirem o home office alguns dias por semana deverão ter suas equipes trabalhando em escalas, para evitar aglomerações. Isso exige comprometimento e colaboração de todos.

Por fim, manter uma boa comunicação talvez seja o mais importante dos itens. A quarentena está deixando todos mais vulneráveis ao estresse, à ansiedade e a doenças psicossomáticas, de modo geral. O trabalho não pode ser mais uma sobrecarga. O novo momento pede também novas relações entre empresas e colaboradores, buscando a compreensão e a flexibilização de jornadas, prazos e rotinas. Deve-se humanizar as relações de trabalho.

Apesar de ainda estarmos na parte turbulenta do voo com destino ao incerto, parte da tripulação já começa a aceitar a nova realidade e o que ainda está por vir. Devemos nos manter otimistas, afinal não é a primeira grande mudança que experimentamos como sociedade. Sairemos mais fortes de tudo isso e mais preparados para possíveis instabilidades.





Marcos Yabuno Guglielmi - coach empresarial certificado da ActionCOACH, empresa número 1 do mundo em coaching empresarial.



Saiba como funciona a isenção de imposto de renda para aposentados do funcionalismo público



O início do ano é marcado pela prestação de contas à Receita Federal, também conhecida como ‘leão”, por meio da declaração e possível pagamento do imposto de renda. Entretanto, funcionários públicos aposentados, com a partir de 65 anos, têm o benefício fiscal da isenção em dobro.

Com  objetivo de auxiliar essa parcela da população, reunimos algumas dicas sobre o tema. Sabemos que existem muitas dúvidas relacionadas aos beneficiários da isenção do imposto de renda. Os questionamentos geralmente estão relacionados ao pagamento do tributo ou obrigação de prestar informações anualmente à Receita Federal.

Nesse contexto, cabe diferenciar as obrigações. A ausência de entrega da declaração anual de imposto de renda pode gerar uma multa a ser cobrada do contribuinte, mesmo que seja isento do pagamento do tributo.

Se você, funcionário público, ativo ou aposentado, possui um patrimônio totalizando mais de R$ 300 mil ou obteve rendimentos acima de 40 mil no ano anterior, mesmo que o valor seja isento de tributação, este deverá ser declarado.

 Importante frisar que, ainda que sua renda não ultrapasse o limite de R$ 28.559,70 mil, se você se enquadrar em alguns dos itens mencionados acima, deverá preencher a declaração anual de imposto de renda.

No que tange a isenção do tributo, existem alguns parâmetros a serem adotados para enquadramento do funcionário público. Eles estão relacionados a doenças graves, conforme listados abaixo:


 - AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)

- Alienação Mental

- Cardiopatia Grave

- Cegueira (inclusive monocular)

- Contaminação por Radiação

- Doença de Paget em estados avançados (Osteíte Deformante)

- Doença de Parkinson

- Esclerose Múltipla

- Espondiloartrose Anquilosante

- Fibrose Cística (Mucoviscidose)

- Hanseníase

- Nefropatia Grave

- Hepatopatia Grave

- Neoplasia Maligna

- Paralisia Irreversível e Incapacitante

- Tuberculose Ativa

 É importante mencionar que, doenças derivadas de acidente de trabalho ou moléstia profissional, também estão inseridas no benefício fiscal.


 Outros contextos de isenção

 Para os funcionários públicos, há, também, a isenção pecuniária. Ela ocorre quando o trabalhador recebe rendimentos que não ultrapassam o limite anual de R$ 28.559,70 mil, desde que o valor mensal tenha se mantido até R$ 1.903,98 mil.

As isenções mencionadas são enquadradas em regras gerais para todo o funcionalismo público. Porém, nos importa dar destaque a exceção garantida aos funcionários públicos aposentados ou ativos.

Nesses casos, o funcionário público com idade igual ou superior a 65 anos possuem uma bonificação no limite de isenção de imposto de renda, aplicado aos demais contribuintes. A regra geral que aplica o limite de R$ 1.903,98 mil ao funcionário público idoso é exatamente o dobro desse valor.

Dessa forma, caso o senhor(a) possua 65 anos ou mais, poderá auferir uma renda mensal de R$ 3.807, 96  mil mensais e não sofrerá retenção de imposto de renda. A situação é prevista pelo art. 6º, inciso XV, alínea “i”, da Lei 7.713/1988.

Caso o valor mensal recebido pelo funcionário público com 65 anos ou mais superar o limite mensal de R$ 3.807, 96 mil, o excedente sofrerá retenção de imposto de renda.




Dra. Yanna Brandão Pierrondi -   - Bacharela em Direito pela Universidade Nove de Julho, em 2016, inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil sob o nº 399.129.

Pandemia acelera adoção de realidade virtual



Alguns meses em casa, em isolamento, foram suficientes para abalar os valores e o conceito do que é importante na vida. Se, antes, a cultura e o entretenimento eram frequentemente atacados ou, minimamente, vistos apenas como um lazer, não essencial, hoje, não há quem consiga passar o dia sem ouvir uma música, assistir um filme ou acompanhar a live de um artista. Percebemos a importância que essas e outras coisas, como as viagens e a educação, têm para o nosso bem-estar – tão importantes quanto o trabalho, o dinheiro e outros bens materiais.

A solução para aliviar um pouco da saudade tem sido nos apoiar em ferramentas digitais que nos remetam, ainda que remotamente, à experiência de dias comuns. Um exemplo é o aumento de 70% das lives no Instagram. No YouTube, uma das cantoras de maior sucesso no país, Marília Mendonça, protagonizou a maior transmissão ao vivo da história, com 3,3 milhões de usuários simultâneos. Uma live dela sempre atrai público, mas é fato que o isolamento social contribuiu para reunir os espectadores em busca de entretenimento e diversão. Isso sem falar nas novas possibilidades de propaganda que as marcas souberam aproveitar muito bem.

Essa é a tendência para os próximos meses – ou, quem sabe, anos. Todo tipo de recurso, inovação ou tecnologia que nos transmita a sensação de uma experiência presencial deve ganhar destaque. Entre elas, a que mais vinha se popularizando nos últimos tempos é a Realidade Virtual, um sucesso já bastante incorporado ao universo dos games. Mas, agora, surgem novas possiblidades para essa tecnologia: cursos educativos, visitas a museus e exposições de arte, viagens para lugares antes inimagináveis.

Imagine dar os mesmos passos que Leonardo da Vinci na Milão do século XV, na Itália. Ou viajar até Berlim dos anos 1980 e ver o muro que dividia a Alemanha Oriental e Ocidental. E, ainda, conhecer a belíssima Catedral de Notre-Dame, em Paris. Quer diversão para a família? Aproveite e faça uma visitinha nos famosos parques temáticos da Disney. Tudo isso já é possível devido à realidade virtual.

Podemos até mesmo pensar no futebol, uma das maiores paixões dos brasileiros. Enquanto os jogos já começam a voltar em algumas localidades, ainda vai levar um tempo até que possamos frequentar os estádios novamente. Para aproximar e minimizar a estranheza de ver as arquibancadas vazias, o campeonato espanhol La Liga utilizou imagens de torcedores virtuais, como em videogames. Mas, mesmo antes da pandemia, times internacionais, como o Manchester City e a Juventus, já tentavam incorporar tecnologia ao mundo dos jogos, por meio de aplicativos interativos, por exemplo. A NBA, principal liga americana de basquete, também já lançou um app que permitia assistir os jogos em realidade aumentada e rever as melhores jogadas.

Se muitos ainda têm um certo receito à utilização dessa tecnologia, alegando que “não é a mesma coisa”, é importante ressaltar que, de fato, não é. Viver a experiência da realidade virtual também exige uma adequação de expectativas – afinal, nada é capaz de reproduzir fielmente uma experiência do mundo real. Porém, no momento que vivemos, é possível afirmar que essa é a que mais se aproxima daquilo que já conhecemos, além de ser muito mais imersiva e interativa que fotos, vídeos ou lives. Teremos que nos adaptar e confiar que o futuro poderá ser melhor. Quando a vida voltar ao normal, essas soluções encontradas hoje não precisarão deixar de existir. Tudo pode ser complementar e, assim, poderemos viver as mais diversas experiências, conforme nossa vontade e sob nosso controle.





Wanderson Leite - fundador da ASAS VR, startup que leva realidade virtual para empresas e escolas. Formado em administração de empresas pelo Mackenzie, também é fundador da Prospecta Obras, plataforma que mapeia obras em andamento no país a partir de Big Data, e o ProAtiva, aplicativo de treinamentos corporativos digitais.



ASAS VR


Importações de bens de capital crescem 15,5% no primeiro quadrimestre


Categoria "equipamentos de transporte industrial" teve queda de 8,1%, enquanto na classificação "exceto equipamentos de transporte" a alta foi de 19.2%


As importações de bens de capital totalizaram US$ 9485,3 bilhões nos quatro primeiros meses de 2020  e tiveram alta de 15,5%, ante o mesmo período do ano passado, quando o montante chegou a US$ 8214,5 bilhões, segundo dados do Ministério da Economia, compilados pela Abimei (Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais). 

“As indústrias nacionais investiram na compra de máquinas e equipamentos importados com alta tecnologia no segundo semestre do ano passado e nos primeiros meses de 2020, para melhorar a produtividade, a qualidade e reduzir os custos de produção. O objetivo desta ação seria a percepção do que sempre foi o lema da Abimei, que defende a importação de meios de produção para  produtos manufaturados mais competitivos a nível internacional”. comenta Paulo Castelo Branco, presidente-executivo da entidade.

O volume de equipamentos de transporte industrial importados (subcategoria que se enquadra em bens de capital) teve baixa de 8,1%, passando de US$ 1132,2 bilhão para US$ 1041 bilhão. Já nas importações classificadas como “exceto equipamentos de transporte”, houve crescimento de 19,2% de janeiro a abril deste ano, na comparação com 2019, somando US$ 8444,3 bilhões, ante US$ 7.082,4 bilhões. 

A categoria bens intermediários teve alta de 0,4%, passando de US$ 33182,6 bilhões nos quatro primeiros meses de 2019 para US$ 33299,8 bilhões no mesmo período deste ano. As importações de peças e acessórios para bens de capital (subcategoria de bens intermediários) cresceram 6%, movimentando US$ 6913,4 bilhões no quadrimestre avaliado neste ano, ante US$ 6522,9 bilhões de janeiro a abril de 2019.

O pior desempenho foi observado na subcategoria peças e equipamentos de transporte, na qual as importações recuaram 24,7%, caindo de US$ 3904,8 bilhões para US$ 2938,8 bilhões. As importações totais tiveram queda de 0,4% de janeiro a abril deste ano e movimentaram US$ 55569,9 bilhões, ante US$ 55771,4 bilhões no mesmo período do ano passado.


Pesquisa aponta os temas jurídicos mais procurados durante a pandemia


Busca por Direito Trabalhista cresceu 50%, outros temas como Imóveis e Divórcio compõem a lista de assuntos que tiveram alta no período


A pandemia do novo coronavírus gerou grande impacto no mundo e trouxe diversas mudanças na sociedade, entre elas nas relações econômicas e pessoais. Um levantamento realizado pela Dubbio - plataforma que esclarece dúvidas jurídicas e conecta gratuitamente cidadãos a advogados apontou que entre março e maio a procura por informações sobre “direito trabalhista” aumentou 50% em relação ao mesmo período de 2019. Somente em abril, o Brasil perdeu mais de 860 mil empregos formais, de acordo com informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). 

O termo que conquistou o segundo lugar no ranking foi “imóveis”, que teve alta de 36% no período avaliado, com buscas mais relacionadas a aluguel.  “Muitas pessoas perderam seus empregos ou fontes de renda no caso de trabalhadores informais, e ainda têm muitas dúvidas sobre como proceder em um momento de calamidade pública como esse, em casos como atraso ou incapacidade de pagar o aluguel, por exemplo”, explica Tomaz Chaves, CEO da Dubbio. 

Mas os cidadãos que perderam seus empregos ou que tiveram alterações em seus contratos de trabalho não foram os únicos a procurar esclarecimento jurídico, pois o levantamento também indicou alta em assuntos relacionados à família. A terceira posição na lista de assuntos mais procurados durante a pandemia do novo coronavírus ficou com o termo “pensão alimentícia”, que teve crescimento de 25%. 

No quarto lugar entre os assuntos mais buscados está outro termo diretamente relacionado ao bolso dos brasileiros, a “cobrança indevida/abusiva” que teve alta de 21% no trimestre analisado. “Nessa fase as pessoas reveem suas finanças e olham detalhadamente contratos firmados que não estejam equilibrados entre as partes para recorrer à justiça”, comenta Chaves. 

Os conflitos envolvendo cônjuges e companheiros também estão sendo grandes nessa fase de distanciamento social, pois o convívio em tempo integral pode acabar intensificando o desentendimento entre os parceiros. A quinta posição nessa lista revela essa tendência, pois é ocupada por muitos casais que não conseguiram “sobreviver” à quarentena, já que o termo “divórcio” teve aumento de 20% de março a maio. 

O fundador da Dubbio acredita que nos próximos meses haverá um grande crescimento do número de processos em diversas áreas do Direito. “As pessoas estão se informando mais, procurando advogados que possam orientá-las nesse momento para, posteriormente, darem continuidade aos processos” sinaliza Chaves. 


70% da população vai continuar comprando on-line, mesmo após a pandemia



A pandemia deixou o setor de vendas on-line mais forte, cerca de 70% da população pretende comprar mais em sites e aplicativos, indica pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). O estudo também conclui que compras via e-commerce estão cada vez mais comuns devido ao aumento da confiança e diminuição de alguns receios e inseguranças que existiam antes do coronavírus.

Para 61% dos entrevistados, as compras foram feitas em e-commerce por causa do isolamento social. “Não é à toa que alguns estabelecimentos ficam abertos apenas para atender os pedidos delivery, por meio de aplicativos ou redes sociais. Vivemos uma nova realidade, o almoço em família voltou a ser em casa, por exemplo”, afirma Elizeu Barroso Alves, coordenador dos cursos de Gestão Comercial e Varejo Digital do Centro Universitário Internacional Uninter.

Outros pontos levantados pela SBVC são o aumento no consumo e a satisfação, oriundos das boas experiências de consumo. A pesquisa apontou que 78% das pessoas questionadas estão satisfeitas com a experiência de compra online. “Eu mesmo, nesses dias comprei uma refeição e fiquei vislumbrando porque veio junto um bombom com uma carta de agradecimento”, comenta Alves.

O professor ressalta que os consumidores vão continuar realizando compras on-line, e, nesse caso, cabe aos empresários e empresas, criarem valores aos seus produtos. Para ele, criar diferenciais como a versatilidade dos produtos e os preços atraentes são fundamentais para a manutenção dos negócios.

As lives devem continuar pós-pandemia?



Nos últimos meses, o mundo passou por mudanças, a pandemia levou a maior parte da população para dentro de casa, a sociedade foi obrigada a se reinventar, os recursos digitais nunca foram tão importantes e o papel das redes sociais ganhou ainda mais significado na vida das pessoas, seja para se comunicar com familiares e amigos ou para entretenimento e informação. Diante do novo cenário, houve a explosão de lives (transmissão ao vivo de vídeos), uma importante ferramenta para se comunicar com os públicos de interesse. 

As transmissões ao vivo, que faziam sucesso entre os adolescentes, viraram febre e se multiplicaram, atingindo as mais diversas faixas etárias. Os artistas da música reuniram fãs isolados e conectados na tela do celular ou computador, os shows online viraram um fenômeno, uma alternativa para o mercado musical e um formato interessante para ações de marketing.

Mas será que as lives vieram para ficar ou são só uma onda passageira? 

Segundo levantamento realizado pela MindMiners, empresa de tecnologia especializada em pesquisa digital, a pedido da CNN Brasil Business, 76% dos entrevistados afirmaram que querem a continuidade das lives, mesmo após a pandemia. A pesquisa foi realizada com 500 pessoas, de todas as regiões do país e classes sociais distintas.

A audiência das transmissões ao vivo é de dez a vinte vezes maior do que a de vídeos gravados, segundo um estudo da consultoria Forrester e da IBM. O poder e o engajamento das lives também chamaram a atenção de marcas, empresários e profissionais de diversas áreas.  

A qualquer hora do dia é possível observar conteúdos dos mais variados tipos, pessoas compartilhando conhecimento, inclusive como forma de promover seus negócios, academias e marcas transmitindo aulas de exercícios em casa, bate-papos sobre diversos temas, entrevistas com profissionais da área da saúde, executivos de segmentos diversificados e especialistas em economia. É uma gama gigantesca de possibilidades e um canal de comunicação interessante para aumentar a conexão com o público desejado, atrair novos seguidores, fidelizar os existentes, divulgar produtos e serviços e fortalecer o nome ou a marca. 

Uma das principais características da live é a espontaneidade, mas dependendo da proposta do conteúdo, o preparo para falar sobre o assunto, a escolha de um ambiente adequado, boa conexão com a internet e um bom áudio são importantes para o sucesso da transmissão. Fazer uma live sem interagir com o público não faz muito sentido, então é interessante responder perguntas e comentários, cumprindo mesmo o papel de aproximação proporcionada pelo formato. Estar preparado para não ser apenas mais um no meio de tantas opções, pode fazer a diferença. Avisar com antecedência os seguidores sobre a transmissão ao vivo, informando o tema, data e horário, também é essencial. A divulgação garantirá mais audiência e as pessoas poderão se programar para assistir ao conteúdo. 

O fato é que as transmissões ao vivo entraram com força na rotina de muita gente e até conquistaram pessoas que se diziam resistentes à tecnologia. A ferramenta deve continuar sendo muito utilizada pós-pandemia e pensar na responsabilidade do conteúdo a ser transmitido é extremamente importante.  




Fabiana Groppo - jornalista e consultora de comunicação da Alfapress Comunicações.

Pós-pandemia: saiba quais são as tendências nas relações contratuais e no Direito do Trabalho



Como modo de enfrentar a atual crise decorrente da COVID-19, causada pelo novo coronavírus, mudanças legais foram estabelecidas em contratos de diversas espécies. Alteração do regime de trabalho presencial para o teletrabalho, sem registro prévio e negociação, é um exemplo do contexto atual. Além disso, antecipação de férias, antecipação de feriados, férias coletivas sem prévia comunicação ao órgão ministerial e flexibilização da jornada compõem o rol de alterações legais estabelecidas desde março até o presente momento.

As medidas podem permanecer após a pandemia, destacando-se como tendências nas relações contratuais frente aos vindouros impactos econômicos. As mudanças nas relações de trabalho propostas por diversas Medidas Provisórias abrem caminho para o retrocesso social e fortalecimento da temida flexibilização da legislação trabalhista. Dessa forma, a participação das entidades sindicais nas negociações coletivas é necessária para evitar abusos e proteger a classe trabalhadora, com observância dos princípios constitucionais.

É possível destacar positivamente a opção de trabalho em home office, adotada pelas empresas nesse período emergencial, cujo resultado tem superado as expectativas. Vale ressaltar a conhecida previsão do teletrabalho no artigo 75-A da CLT e a utilização da modalidade em diversos segmentos antes da pandemia. 

Sem adentrar nas características que diferem o teletrabalho do trabalho em home office tratado na MP 927/2020, a tendência, pós-pandemia, é aumentar a frequência dessa modalidade de trabalho remoto. Além de proteger o trabalhador, se mostrou produtiva, satisfatória e eficaz na redução de custos - como exemplo, é possível citar a ausência de necessidade do fornecimento de vale-transporte.

Indiscutivelmente, o trabalho em home office, que vinha sendo explorado timidamente, vem se tornando um grande aliado para driblar a inevitável crise econômica. As videoconferências foram ferramentas que contribuíram para a modalidade nesse período, evitando deslocamentos desnecessários, riscos e gastos com viagens, aspectos que tendem modificar o cenário do mercado de trabalho.

Outro tema a ser explorado com maior frequência pós-pandemia é a modalidade de contratação intermitente, inserida no nosso ordenamento jurídico com a reforma trabalhista (Art. 443, § 3º da CLT). Reputamos abusiva e inconstitucional a adoção em todos os setores econômicos, no entanto, ante a previsão legal, há inúmeras decisões validando tal modalidade e sem dúvidas essa discussão se estenderá até posicionamento final no STF (Superior Tribunal de Justiça).

A pandemia gerada pelo novo coronavírus, que não pode ser visto a olho nu, coloca diante dos nossos olhos os resultados nefastos das suas ações, dizimando vidas, abalando emoções com o isolamento social e economia mundial. Não diferente, já alterou substancialmente a dinâmica das relações contratuais no âmbito trabalhista, com demissões, suspensão ou interrupção do contrato de trabalho, redução salarial e outras medidas.

O retrocesso social e econômico também reflete nos prestadores de serviços autônomos, extraindo de todos a arte de se reinventar, com a certeza de superação e de que “digno é o trabalhador de seu salário” (Lc.10:17), princípio também insculpido no artigo da 7º, IV da nossa Constituição Federal. 

Com relação ao Judiciário, a estratégia utilizada durante a pandemia foram as adesões às audiências e sessões de julgamentos virtuais, que vêm acontecendo diariamente. Embora já regulamentada na esfera penal (lei n.º 11.900/2009) para fins de interrogatório, com otimização do tempo, redução de custos e maior segurança, as videoconferências sofriam resistência.

Atualmente, as audiências e sessões judiciais online vêm sendo um mecanismo aliado no Processo Trabalhista, modalidade essa que pode continuar no período pós-pandemia. Elas podem otimizar a pauta das audiências iniciais e conciliatórias, mesmo após a liberação do atendimento presencial.





Dra. Lucimara da Silva brito - bacharela em Direito pela Universidade do Oeste Paulista, desde 1998, e inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil sob o nº 167.553. A advogada pertence ao grupo de profissionais do escritório Aparecido Inácio e Pereira Advogados Associados.



Micro e pequenas empresas podem ampliar suas atividades nos Estados Unidos através do visto L1


Com a expectativa dos consulados reabrirem até final de junho, empresários poderão voltar a ampliar suas atividades comerciais nos Estados Unidos


O rendimento em dólar é um grande atrativo para gestores e empresários. Por isso, boa parte das instituições que possuem estabilidade financeira visam ampliar seus negócios nos Estados Unidos.

Para estes, o mais indicado é o visto L1 que contempla a transferência de um sócio, gerente ou administrador, que atuará na subsidiária americana. Daniel Toledo, advogado especialista em direito de internacional e sócio da Toledo e Advogados Associados, explica que é fundamental que o solicitante exerça um cargo hierárquico e estratégico. “O ideal é que a empresa matriz possua estrutura com funcionários, contabilidade em ordem e capacidade financeira para realizar a transferência" explica.

Empresas familiares também se encaixam no perfil do L1, desde que o solicitante seja um dos sócios ou que tenha função administrativa. “Não importa qual o segmento de atuação, mas é preciso ter habilidade e competências para gerenciar uma equipe, aliadas à capacidade de gestão e implementação de novos negócios", recomenda o advogado.

Comprovar o faturamento também é um ponto importante neste processo. “As empresas no Brasil costumam enxugar os números, principalmente quando o assunto é declaração de imposto de renda. Então é comum alguns empresários apresentarem ganhos na casa dos R$ 10 mil e ainda possuírem sete colaboradores. Talvez o governo brasileiro possa acreditar neste cenário, mas o americano, não”, aponta Toledo.

Por esse motivo, o ideal é apresentar um valor disponível para a implantação a partir de $ 120 mil dólares, pelo menos, e documentos que devem ser demonstrados através do imposto de renda, declaração do contador devidamente assinada e com firma reconhecida, além de folha de pagamento, balancete e extratos que comprovem a movimentação e a capacidade financeira.  “A documentação será analisada pelo órgão consular que aprovará ou negará a aplicação”, afirma Toledo.

A empresa americana não precisa ter o mesmo objeto social da brasileira. “É possível abrir uma floricultura, pet shop, academia, desde que apresente o valor de 80 a 100 mil disponíveis em conta corrente para subsidiar a compra de equipamento, contratação de pessoas, mobiliário, afinal não se alcança um lucro exorbitante logo no primeiro mês, por isso é preciso ter uma reserva para pagar todas as despesas”, orienta o advogado.

Essa organização, que vai garantir o bom funcionamento e a lucratividade, deve estar no plano de negócios. “O ideal é provisionar para cinco anos, o que traz uma solidez muito bacana para um projeto como um todo”, aponta Daniel.

Vale lembrar que a empresa no Brasil deve ser manter ativa e com uma vida financeira saudável. Caso ocorra o fechamento ou falência, a solicitação do visto pode ficar comprometida.

Para que seja concedida a estada do empresário, é preciso que o negócio esteja funcionando com lucratividade, equilíbrio nas contas e contratação de empregados para que o aplicante possa manter o seu visto e o da sua família. “O visto deve ser, sempre, consequência de uma iniciativa bem estruturada e sustentável. Por isso, é muito importante fazer essa análise empresarial com profissional experiente e competente”, avalia Daniel.

O advogado explica que o próximo passo é fazer a aplicação do visto no Consulado, ainda no Brasil, através de um advogado devidamente habilitado e cadastrado na Ordem dos Advogados do Brasil para que tenha o direito legal de postulação e representação em território nacional.

Após um ano da concessão do L1, é preciso fazer a prestação de contas para comprovar o que foi estipulado no plano de negócios, para que que a prorrogação do visto seja aprovada. O índice de lucratividade pode variar ou até mesmo não atingir o valor esperado, o que é normal. Se os números não fugirem muito do que foi provisionado, o visto é renovado para mais dois anos.
Daniel reforça que muitas pessoas conseguem o green card a partir do L1.  “Em um prazo de um ano e seis meses, é bem provável que o gestor tenha conquistado a solidez necessária para manter a empresa com toda a estrutura necessária e com um faturamento relevante. A partir deste cenário, é possível analisar a mudança de visto que conduza ao sonhado Green Card”, conclui Toledo.




Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em direito internacional, consultor de negócios internacionais e palestrante. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br ou entre em contato por e-mail daniel@toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com mais de 68 mil seguidores    https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente.


Extrafarma contra a Violência Doméstica


Rede de farmácias adere à campanha Sinal vermelho contra a violência à mulher


Extrafarma adere à campanha Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica, uma inciativa fruto da parceria entre a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Diante da importância da campanha, todas as farmácias da rede passam a funcionar como mais um canal de acolhimento e denúncia para mulheres vítimas de violência doméstica.

Todos os funcionários da Extrafarma já foram treinados para acolher devidamente as vítimas de violência doméstica. Basta que a mulher mostre o “X” vermelho, que pode ser desenhado na palma da mão ou em um pedaço de papel, usando batom, tinta ou qualquer material. A Polícia Militar será imediatamente acionada pela equipe da loja.

“Lamentavelmente, os casos de violência doméstica cresceram muito durante a pandemia de Covid-19. Seja por medo ou por vergonha, muitas mulheres não denunciam as agressões que sofrem, o que torna essa campanha necessária. A possibilidade de realizarmos este acolhimento atende a uma demanda da população e aumenta nosso papel de dar acesso a saúde e bem-estar à sociedade.”, diz Janaina Maia, diretora de recursos humanos da Extrafarma.
Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) mostram que, entre março e abril deste ano, os casos de feminicídio cresceram 22,2% em relação ao mesmo período de 2019 nos 12 estados pesquisados pela entidade. Porém, a abertura de boletins de ocorrência ligados à violência doméstica diminuiu no mesmo período.



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