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quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Dificuldade para ter o segundo filho? Entenda a infertilidade secundária

A infertilidade nem sempre está presente apenas em mulheres que tentam o primeiro filho. Ela pode acontecer também na busca por uma segunda gestação.


“Tive o primeiro filho, logo, não sou infértil e não terei dificuldades para ter o segundo”. Apesar de ser um pensamento comum entre milhares de mulheres, em muitos casos, esse segundo filho pode não vir tão rápido quanto se espera. Segundo a especialista em Reprodução Assistida e membro da ASRM e ESHRE, Cláudia Navarro, a infertilidade secundária, como é chamada, envolve uma série de fatores.

A médica explica que alguns deles têm a ver com o intervalo entre uma gestação e outra. “Pode ser que, no meio do caminho, algo tenha acontecido tanto com a mulher quanto com seu parceiro”, comenta.


Fatores

Um dos fatores que pode atrapalhar uma segunda gestação é a idade. Afinal a capacidade reprodutiva feminina começa a cair consideravelmente após os 35 anos. “Então, se você considerar uma mulher que teve filho ainda bem jovem e deseja uma nova gravidez após os 35, essa dificuldade pode ocorrer”, explica a especialista.

Outros fatores estão ligados ao surgimento de miomas ou pólipos no útero. Os miomas uterinos geralmente são tumores benignos, e muito comuns. Segundo a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia - Febrasgo, cerca de 80% das mulheres em idade fértil têm miomas, apesar de que eles serão a causa da infertilidade em menos de 5% dos casos. “Eles crescem a partir da parede do útero e variam de localização e tamanho. Essas variações, principalmente a localização,  determinam o impacto que ele terá na saúde do aparelho reprodutor”, explica a médica.

Problemas com a qualidade do esperma do parceiro também entram na conta. Por algum motivo, como infecções, os espermatozóides podem ter perda de motilidade e de concentração. “A concentração de espermatozóides pode diminuir ou eles podem ter alterações na motilidade. Por isso, mesmo aqueles homens que já são pais devem fazer o espermograma, além dos exames habituais da mulher”, explica a médica.


Cuidado psicológico

Segundo Cláudia Navarro, é comum que a mulher passe por um momento de frustração e um mix de emoções ao perceber que não está conseguindo engravidar novamente. “A mulher que já passou por uma gestação chega na tentativa da segunda com muita expectativa. E acredita que será fácil”, diz.

A médica lembra que quando a mulher percebe que os meses estão passando e ela ainda não engravidou, ela começa a se questionar. “‘Por que está acontecendo isso comigo?’ é uma pergunta comum no consultório, mas é exatamente para respondê-la que os profissionais de reprodução assistida estão ali”, diz.

Cláudia lembra que após um ano de tentativas sem sucesso, o casal deve considerar a ajuda médica. “As chances de infertilidade são as mesmas para homem e mulher, então os dois devem fazer exames”, orienta. “Além disso, se a situação estiver se tornando muito difícil, emocionalmente falando, o casal é orientado a procurar ajuda psicológica”, comenta.

“Às vezes a mulher se culpa, se sente responsável por não conseguir o segundo filho, se sentindo até mesmo incapaz. Por isso, o acompanhamento psicológico é muito importante nesses casos”, salienta.

 

 


Cláudia Navarro - especialista em reprodução assistida, diretora clínica da Life Search e membro das Sociedades Americana de Medicina Reprodutiva - ASRM e Europeia de Reprodução Humana e Embriologia – ESHRE. Graduada em Medicina pela UFMG em 1988, titulou-se mestre e doutora em medicina (obstetrícia e ginecologia) pela mesma instituição federal.


DIABETES TIPO I RESISTENTE A TRATAMENTOS CONVENCIONAIS ATINGE 500 MIL BRASILEIROS

 Variação menos comum da doença ainda é desconhecida. Para esses pacientes, o transplante de pâncreas é indicado para resgatar o controle glicêmico


O transplante de pâncreas é recomendado para casos de diabetes tipo I resistentes aos tratamentos convencionais, como aplicações de insulina e dieta. Essa variação mais grave da doença, chamada de hiperlábil, atinge cerca de 500 mil brasileiros, mas ainda é pouco conhecida, mesmo entre médicos.

“É comum esse paciente enfrentar uma longa jornada até o diagnóstico correto. Muitas vezes, acredita-se que ele esteja descumprindo o tratamento, o que justificaria a falta de controle da doença”, afirma o Dr. Marcelo Perosa, coordenador da equipe de transplantes do Grupo Leforte.

O diabetes tipo I geralmente surge na infância, adolescência ou fase de adulto jovem. Diferente do tipo II, em que o aparecimento da doença é influenciado fortemente por fatores hereditários, obesidade e hábitos alimentares inadequados, o tipo I tem componente autoimune e se caracteriza pela incapacidade do organismo em produzir insulina.

Esse hormônio tem origem no pâncreas e controla os níveis de açúcar no sangue. Quando a sua produção é insuficiente, como no tipo I do diabetes, o paciente precisa de injeções diárias para complementar a insulina necessária no organismo. Cerca de 10% dos diabéticos pertence ao tipo I, sendo que a grande maioria consegue controlar a doença com aplicações de insulina e dieta.

Mas existe um pequeno grupo, em torno de 3,5% do total de pacientes, cuja doença segue fora de controle. “Médico e pacientes passam meses, às vezes anos, tentando ajustar o tratamento para controlar a glicemia (nível de açúcar) no sangue. Mas nada funciona”, diz o Dr. Perosa.

Nessas situações, há indicação para o transplante de pâncreas. “O paciente entra diabético na sala de cirurgia e sai de lá curado”, conta o especialista. O transplante também é indicado para diabéticos com complicações secundárias, como perda de visão, piora da função renal levando à necessidade de diálise e eventos cardiovasculares. Essas complicações podem ocorrer em 50% dos casos, quando o paciente convive com a doença por mais de 15 ou 20 anos.


Líder mundial em transplantes

Grupo Leforte é líder mundial em transplantes de pâncreas nos últimos três anos. Em 2019, a instituição realizou 74 transplantes pancreáticos e, nesse ano, já foram feitos 68 procedimentos, mesmo com as adversidades da pandemia. Raros são os Serviços do mundo que realizam mais do que 30 transplantes pancreáticos ao ano. “É muito provável que venhamos a bater novamente o recorde mundial em 2020”, diz o Dr. Perosa.

“Todos, inclusive os médicos, precisam estar cientes dessa variação da doença, para que a jornada do paciente em busca de um tratamento resolutivo seja mais rápida e efetiva”, alerta o cirurgião.

Desde o início da pandemia, o Grupo Leforte adotou protocolos para aproveitar ao máximo as oportunidades de doação de órgãos e conseguiu registrar aumento de 28% nos transplantes, apesar de os números nacionais terem registrado queda.

 


Grupo Leforte


Estação Campo Limpo, da Linha 5-Lilás, oferece testes rápidos e gratuitos para detecção de HIV, sífilis e hepatites

Ação será realizada no dia 13 de novembro (sexta-feira), das 10h às 15h, com foco preferencial na saúde masculina, dentro da campanha Novembro Azul

 

Em mais uma ação pelo Novembro Azul, a ViaMobilidade, concessionária responsável pela operação e manutenção da Linha 5-Lilás de metrô, em parceria com a UVIS Campo Limpo, oferece ao público, dia 13 de novembro, testes de rastreio para HIV, sífilis e hepatites.

Gratuitas e rápidas, com resultados que saem na hora, as testagens serão realizadas por profissionais de saúde, das 10h às 15h, na Estação Campo Limpo. A ação integra a campanha Novembro Azul, mês de conscientização sobre a saúde masculina. Diante de um resultado positivo, os clientes serão orientados a procurar uma unidade de atendimento especializado, para tratamento.

Colaboradores da ViaMobilidade acompanharão a ação, a fim de observar o distanciamento entre as pessoas e evitar aglomerações.


Serviço:

Novembro Azul - Testes gratuitos para rastreio de HIV, sífilis e hepatites

Dia 13 de novembro, das 10h às 15h, na Estação Campo Limpo - Linha 5-Lilás


Campanha incentiva homens a cuidarem da saúde de forma integral

A partir da mobilização mundial que ocorre neste mês, o Ministério da Saúde investe mais de R$ 20 milhões para prevenção do câncer de pênis e lança o cartão de saúde do caminhoneiro

 

Para estimular os homens a cuidarem da sua própria saúde de forma integral, o Ministério da Saúde lança, nesta quarta-feira (11/11), a campanha do Novembro Azul. A pasta aproveita a mobilização mundial em prol da saúde masculina, que ocorre neste mês, para planejar ações e contribuir para a redução da morbidade e da mortalidade dessa população a partir do enfrentamento dos fatores de risco e com a facilitação do acesso aos serviços pelo Sistema Único de Saúde (SUS).  

A cerimônia realizada no auditório do Ministério da Saúde contou com a presença do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, do secretário de Atenção Primária à Saúde (SAPS), Raphael Parente, e do secretário de Atenção Especializada à Saúde (SAES), Luiz Otávio Franco Duarte.

Clique aqui e acesse a apresentação Novembro Azul

O ministro destacou a importância da prevenção e reforçou o comprometimento do Ministério da Saúde com o tema: “A ação precoce e preventiva é o melhor caminho para qualquer doença. Sabemos que o homem é diferente. A gente demora para buscar o médico, demora para ceder a isso. E muita gente acaba agravando a doença por essa característica masculina. Precisamos mudar isso. Temos sim que buscar o médico antes de chegar em uma situação mais complicada. Essa é a nossa missão, divulgar essa campanha. Essa mobilização vai mostrar que temos capacidade de cuidar. Vamos vencer juntos”. 

Como parte do Novembro Azul, o Ministério da Saúde está instituindo um projeto-piloto e liberando incentivo financeiro federal de custeio para desenvolvimento de ações de promoção para cuidado integral à saúde do homem e prevenção do câncer de pênis no âmbito da Atenção Primária à Saúde – um investimento de mais de R$ 20 milhões, que de acordo com o secretário da pasta, Raphael Parente, é de extrema necessidade já que “muito se fala de câncer de próstata, mas sabemos que o câncer de pênis também representa um problema. Por isso, o foco da nossa campanha está nisso, principalmente em municípios e estados onde a doença é mais prevalente. Essa é uma política que vai manifestar resultados daqui há uns anos”. 

Os recursos serão destinados para estados com taxa de mortalidade de câncer de pênis acima de 0,60 por 100.000 homens no período de 2014 a 2018. São eles: Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará e Sergipe. Além disso, 370 municípios com população de até 100.000 habitantes com média de registro de, ao menos, um diagnóstico de câncer de pênis, também receberão o incentivo. A portaria que libera os valores será assinada por Pazuello no evento e prevista para ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) de quinta-feira (12/11). 

O Ministério da Saúde também fechou um acordo de cooperação técnica com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Um grupo de trabalho será instituído para elaborar uma série de atividades para ampliar as práticas de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento de câncer de pênis, próstata e testículo no país. Na ocasião o secretário de Atenção Especializada à Saúde aproveitou para deixar um recado: “É responsabilidade de todo homem estar atento aos sinais e se cuidar. O SUS oferece ações, serviços de prevenção e cuidado e está pronto para atender e tratar qualquer um que bater na nossa porta. O homem precisa valorizar a própria saúde para garantir a vida plena e de qualidade. Preste atenção na sua saúde e felicidade”. 

Além disso, o Ministério da Saúde lança, em parceria com o Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SEST/SENAT), o Cartão de Saúde do Caminhoneiro (a) para promover a saúde e prevenir doenças aos condutores. O documento será utilizado para registro e acompanhamento de informações clínicas da saúde dos integrantes da categoria pelos profissionais de saúde, promovendo, assim, maior adesão e cuidado à saúde dessa população em qualquer estabelecimento da Atenção Primária do país, seja público ou privado. A ação prevê a impressão e distribuição inicial de 500 mil cartões para estados e municípios. O cartão do caminhoneiro pode ser acessado aqui e o da caminhoneira aqui

Após a cerimônia, um grupo de motociclistas realizou um passeio pela Esplanada dos Ministérios, para marcar o lançamento da campanha.

 

ATENDIMENTOS 

Homens entre 40 a 59 anos são os que mais procuram atendimentos em postos de saúde na Atenção Primária, representando um aumento de 50% no número de atendimentos individuais desde 2018. Dados de janeiro a agosto de 2020 mostram que, mesmo durante a pandemia da Covid-19, 11.066.879 homens dessa faixa etária procuraram auxílio no SUS – um número maior do que o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 11.027.281 atendimentos individuais do sexo masculino. 

O Ministério da Saúde vem trabalhando para estimular a população masculina a buscar consultas e exames por meio da Estratégia do Pré-natal do Pai – um check-up antes do nascimento do bebê. Homens da faixa etária de 20 a 39 anos foram os mais atendidos pela estratégia entre os anos de 2018 a 2020, representando mais de 50% dos atendimentos na Atenção Primária. O pré-natal voltado aos futuros pais é uma forma de incentivar a prática do cuidado para que assim os homens estejam mais presentes na vida daqueles que dependem da saúde e bem-estar.

 

DADOS 

O câncer de próstata é o tipo mais comum de câncer entre a população masculina, representando 29% dos diagnósticos da doença no país. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam para 65.840 novos casos de câncer de próstata a cada ano, entre 2020 e 2022. Homens com mais de 55 anos, com excesso de peso e obesidade, estão mais propensos à doença. 

Outro ponto em relação à saúde do homem envolve o câncer de pênis que, em alguns casos, envolve a amputação do membro masculino. Estimativa do INCA é de que ocorram 1.130 novos casos da doença neste ano. Os principais fatores de risco são higiene íntima inadequada e infecção por HIV. 

O Ministério da Saúde também está reforçando os cuidados para o câncer de boca. Na população masculina este câncer é o quinto tipo mais incidente. O tabagismo, consumo excessivo de álcool, exposição solar sem proteção, infecção pelo vírus HPV e imunossupressão estão entre os fatores de risco para a doença que normalmente acomete homens com mais de 40 anos de idade. De acordo com o INCA, a estimativa para o triênio 2020 a 2022 é de 11.180 novos casos ao ano. 

Pensando nisto, o Ministério da Saúde está criando um Grupo de Trabalho sobre o câncer de boca que irá elaborar diretrizes visando qualificar e articular a Rede de Cuidados para prevenção e controle da doença. Também será lançado um Guia de Orientações para atenção Odontológica no Contexto da Covid-19 que prevê que o diagnóstico de câncer de boca deve ser visto com uma ação prioritária para que o cuidado não seja postergado.   

O Ministério da Saúde também está investindo nos cuidados em saúde bucal no contexto da pandemia, liberando incentivo financeiro de quase R$ 190 milhões para reorganização e manutenção dos consultórios odontológicos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nos Centros Odontológicos Especializados (CEO). O objetivo é estimular a retomada segura dos atendimentos durante e após a pandemia do coronavírus e, ainda, reforçar junto aos dentistas a necessidade de reconhecer os sinais de alerta e a importância do diagnóstico precoce do câncer de boca e outros agravos de saúde bucal.

 

POLÍTICA NACIONAL 

Instituída em 2009, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) tem como objetivo promover a melhoria das condições de saúde da população masculina brasileira. A normativa é dividida em eixos prioritários, que englobam o acesso e o acolhimento na rede pública de saúde, o planejamento familiar, o incentivo ao acompanhamento da paternidade desde a gestação, a prevenção de violências e acidentes e o cuidado em relação às doenças prevalentes na população masculina. 

 

 

Marina Pagno
Ministério da Saúde


Dia Mundial de Combate ao Diabetes: pacientes com a doença sem controle podem ter complicações em procedimentos odontológicos

O dia 14 de novembro foi instituído como o Dia Mundial de Combate ao Diabetes. A data é importante para reforçar as medidas de controle e prevenção à doença, caracterizada pelo aumento da taxa de glicose no sangue. Pessoas diabéticas com a doença sem monitoramento podem, por exemplo, apresentar uma série de complicações em certos procedimentos odontológicos invasivos.

O ideal para pacientes submetidos a tais procedimentos, como cirurgias de extração e de implante dentário, é que eles estejam com a glicose regulada, não apenas para melhor recuperação, mas também para sua saúde de um modo geral. “Mas sabemos que este controle pode ser difícil para muitos. O paciente que não consegue controlar sua glicemia pode sim realizar procedimentos odontológicos invasivos, desde que procure um especialista no assunto a fim de prevenir possíveis problemas”, frisa Janaína Medina, presidente da Câmara Técnica de Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).

O cirurgião-dentista deve estar atento a um possível atraso na cicatrização e eventuais quadros de infecção local após cirurgias em pacientes com a glicose descompensada. Ainda é importante entender que processos infecciosos em pacientes diabéticos podem contribuir para desencadear e perpetuar quadros de descontrole glicêmico. “A grosso modo, quando temos infecção, há morte celular (pus). Desta forma, mais açúcar acaba sendo liberado para a corrente sanguínea”, acrescenta Janaína.

Como já é de praxe, o cirurgião-dentista deve fazer uma anamnese detalhada e conhecer os hábitos e as medicações que o paciente faz uso, além de reconhecer os sinais e sintomas da hipoglicemia e hiperglicemia.

É aconselhável ainda sempre aferir a glicemia antes das consultas e podem ser indicados alguns exames de sangue como hemoglobina glicada”.


Diabetes e saúde das gengivas

Outra complicação bucal frequente que merece atenção dos diabéticos são as doenças gengivais. A periodontite, por exemplo, decorre da inflamação da gengiva e dos tecidos que suportam os dentes. Ela acontece pela presença de bactérias somada à higiene deficiente e a sua severidade está relacionada à resposta imunológica do paciente.

“O paciente diabético descompensado tem alterações em sua resposta imunológica que levam à dificuldade no processo de cicatrização. Se ele apresentar a periodontite, terá um quadro mais complexo do que o de pessoas não diabéticas. Todo e qualquer paciente diabético deve realizar consultas de rotina para prevenção”, reforça Janaína.

Para evitar complicações e manter a doença sob controle, é importante que a pessoa diabética mantenha a higienização bucal em dia e cultive hábitos saudáveis, tais como evitar consumo de cigarros e o excesso de bebidas alcoólicas e doces, além de praticar atividades físicas e seguir uma dieta equilibrada. 

 



Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)

www.crosp.org.br


Três problemas na coluna que comprimem o nervo

Dependendo do local e da forma que ocorre a compressão, pacientes podem apresentar sintomas distintos

 

Quando falamos em compressão de nervos, a primeira patologia da coluna que pensamos é na hérnia de disco. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somente esta doença atinge cerca de 5,4 milhões de brasileiros. Entretanto, este é apenas um dos problemas na coluna que podem resultar em um nervo comprimido. 

 "Existem várias doenças que podem acometer um corpo vertebral e resultar na compressão de raízes nervosas, como no caso da hérnia de disco. Nesta doença, o núcleo gelatinoso de um dos discos intervertebrais se desloca, podendo pinçar um dos nervos da coluna”, comenta Dr. Cezar de Oliveira, neurocirurgião, especialista em coluna do Hospital Sírio-Libanês. 

Quando há o diagnóstico de um nervo comprimido, o paciente pode apresentar sintomas, como dores nas costas, formigamentos, fraqueza muscular, dor irradiada para os membros, perda do controle da bexiga ou do intestino, dificuldade para caminhar ou para permanecer por muito tempo em uma mesma posição, sensação de queimada e fisgada ou choque na coluna, glúteos, pernas ou planta do pé. 

Conheça outros três problemas na coluna que podem causar a compressão de um nervo: 


Artrose Facetária 

As articulações facetárias, responsáveis por proporcionar estabilidade, mobilidade e suporte para a coluna, podem se degenerar por um trauma, envelhecimento natural ou até mesmo outra patologia da coluna, como espondilolistese. Essa degeneração pode resultar em uma pressão nos nervos  da coluna.

"Quando é feito este diagnóstico, o paciente costuma sentir dores na parte inferior da coluna ou na região do pescoço, além de espasmos musculares e até a diminuição da flexibilidade da coluna", explica o especialista


Osteofitose, o famoso “bico de papagaio” 

A osteofitose é caracterizada quando alterações ósseas surgem nas vértebras por causa da desidratação do disco intervertebral. Quando há uma sobrecarga na articulação doente, o organismo provoca uma expansão óssea na tentativa de estabilizar e absorver a sobrecarga daquele segmento, favorecendo a aproximação das vértebras e tornando possível a compressão das raízes nervosas.

O nome 'bico de papagaio' se refere a semelhança dos osteófitos na coluna, já que sua curvatura lembra do bico da ave. Essa doença tem várias causas, como o tabagismo, estresse, alcoolismo e até a má postura. Há casos em que a osteofitose aparece como uma resposta do organismo à artrose", conta o médico.


Estenose espinhal

Outra condição que ocorre devido ao envelhecimento é a estenose espinhal, que é caracterizada pelo estreitamento do canal vertebral. Com o passar dos anos, o crescimento excessivo do osso ou de tecidos adjacentes podem estreitar a abertura dos ossos da coluna vertebral que acomodam fibras nervosas, que se ramificam a partir da medula espinhal, resultando na compressão do nervo.

"Quando a dor na coluna é frequente, uma investigação médica é necessária. O diagnóstico correto e precoce pode fazer toda a diferença no tratamento. Sentir dor não é normal, por isso, procure atendimento especializado", finaliza o cirurgião.

 



Dr. Cezar Augusto Alves de Oliveira – Neurocirurgião – Especialista em Coluna. Dr. Cezar de Oliveira é o chefe das equipes da Neurocirurgia nos hospitais: Sírio-Libanês, AACD, Hcor, Rede São Luiz, Edmundo Vasconcelos e Santa Catarina. Possui especialização pela Harvard Medical School, com Prof. Chief Peter M. Black; fez residência médica, com especialização em cirurgia da coluna, no Centro Médico da Universidade de Nova Iorque, no Departamento de Neurocirurgia, com o Prof. Dr. Paul Cooper. É Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, graduado pela Faculdade de Medicina de Campos (RJ) e cursou o Internato Eletivo em Neurocirurgia, no Instituto de Neurocirurgia da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Instagram: @drcezardeoliveira  


Novembro Azul: 5 informações que todo homem precisa saber sobre câncer

No mês de conscientização do câncer de próstata e de incentivo ao cuidado da saúde masculina como um todo, saiba mais sobre os tumores mais comuns em jovens adultos e idosos


A luta dos profissionais da saúde para desmistificar os tabus acerca da saúde dos homens é de longa data, especialmente no que diz respeito ao diagnóstico de tumores masculinos e aos exames preventivos. Isso porque, historicamente, os homens não adquiriram o hábito de observarem certos sinais do corpo que podem ser indicadores de doenças mais graves, além de não manterem as consultas e os exames em dia com mais disciplina.

O INCA estima que no triênio 2020-2022 serão 65.840 novos casos de câncer de próstata por ano no Brasil - o segundo tipo de tumor mais incidente nos homens - ficando atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Ainda segundo o Instituto, cerca de 75% dos casos no mundo acontecem a partir dos 65 anos de idade.

Há alguns fatores relevantes que podem colaborar com o desenvolvimento de tumores e que merecem atenção dos pacientes, como a idade e o histórico familiar. De acordo com o Dr. Andrey Soares, oncologista do CPO Oncoclínicas, os homens que fazem parte do grupo de risco devem iniciar os exames por volta dos 45 anos. "Pessoas com mutações familiares e com predisposição genética para o câncer de próstata, assim como homens negros e aqueles que têm parentes próximos que já passaram pela doença, precisam ficar mais atentos devido a maior chance, estatisticamente, de desenvolverem tumores", afirma Dr. Andrey.

Apesar do câncer de próstata ser um dos mais incidentes entre a população masculina no Brasil - e por isso, o que recebe mais destaque em campanhas de conscientização - há outros tumores que os homens devem ficar atentos, como o câncer de testículo, que corresponde a 5% do total de casos de câncer entre o gênero, de acordo o INCA.

"Diferente dos outros tipos de câncer, ele tem alto índice de desenvolvimento em pessoas mais jovens, dos 15 aos 50 anos. Nessa fase, há chance de ser confundido, ou até mesmo mascarado, por orquiepididimites (inflamação dos testículos e dos epidídimos, canais localizados atrás dos testículos e que coletam e carregam o esperma) geralmente transmitidas sexualmente. Além disso, a doença tem características importantes que podem definir o prognóstico do paciente: a possibilidade de apresentar um crescimento anormal das células muito rapidamente, o que aumenta as chances de metástase no pulmão, fígado e ossos. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental para garantir maior chance no sucesso do tratamento , explica Dr. Andrey.

Confira a seguir mais informações que todos os homens devem saber tumores masculinos, esclarecidas pelo Dr. Andrey Soares, oncologista do CPO Oncoclínicas: 



Existe alguma forma de prevenção do câncer de próstata?

Diferente de outros tipos de tumor, não há comprovação científica de que hábitos de vida evitáveis seriam efetivos na redução do risco de desenvolver a doença. Ainda assim, há indicativos de que uma alimentação equilibrada e prática de exercícios físicos são aliadas da saúde e, portanto, não devem ser ignoradas como ações efetivas para o bem estar masculino em todas as idades.

"Há uma associação - ainda que pequena - entre atividade física e a diminuição de chances de aparecer câncer de próstata. Ainda que não haja conclusões mais detalhadas sobre a associação dos hábitos de vida e a incidência desta tipo de tumor masculino, o INCA e o Ministério da Saúde concordam que uma rotina saudável, alimentação balanceada e outros fatores ligados ao bem-estar podem ajudar na prevenção não só deste, como de diversos outros tipos de carcinomas", pontua Andrey Soares. 



Os tumores masculinos surgem somente em homens mais velhos?

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre o gênero masculino (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Esse tipo de tumor atinge cerca de 75% dos homens com 65 anos. De acordo com o especialista, um dos fatores que levam a descoberta do tumor já em estágio avançado, é a questão da barreira sociocultural a ser superada.

"A maior dificuldade para os homens é aceitar que devem manter o acompanhamento médico e os exames em dia para prevenir a doença - especialmente a partir dos 50 anos, que necessitam mais de um olhar individualizado. Infelizmente, o público masculino tem mais dificuldades em compartilhar suas fragilidades e ainda há muito preconceito com o exame de toque retal, que dura menos de um minuto, é indolor e capaz de detectar o tumor precocemente. Por conta disso, muitos homens solicitam aos seus médicos apenas o exame de sangue, o que não é o suficiente para fechar um diagnóstico", explica Dr. Andrey.

Já o câncer de testículo, apesar de ser considerado raro, afeta de forma mais frequente homens com idade entre 15 a 50 anos. De acordo com o INCA, esse tipo de tumor é responsável por cerca de 5% do total de casos. "Os sintomas mais comuns são aumento do testículo e/ou dor. É muito comum que os homens o descubram no banho, durante a higiene, por isso o autoexame da área é a melhor forma de garantir uma possível detecção precoce de qualquer alteração", comenta o Dr. Andrey. Ainda de acordo com o especialista, se diagnosticado em fase inicial é possível ter cerca de 90% de chance de sucesso no tratamento, mas a barreira do preconceito ainda precisa ser superada.

Assim como o tumor testicular, o câncer de pênis também é considerado um tumor raro, porém, com maior incidência em homens a partir dos 50 anos, embora possa atingir também os mais jovens. "No Brasil, esse tipo de tumor representa 2% de todos os tipos de câncer que atingem a população masculina. Apesar do câncer de pênis ser ainda pouco falado, é responsável por mais de mil amputações por ano no Brasil", diz o especialista. 



Quais são os sintomas que os homens devem ficar atentos?

O câncer de próstata não costuma apresentar sintomas até estágios mais avançados. Por isso, é recomendada a visita anual ao urologista para que seja feita uma detecção precoce não só do câncer, como de outras doenças da próstata. "Caso o paciente apresente sintomas, os mais comuns são a dificuldade de urinar, sangue e diminuição do jato de urina ou necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite. No entanto, nem sempre esses sintomas indicarão a presença de câncer, já que podem estar associados a um aumento benigno da próstata, conhecida como hiperplasia benigna", explica Dr. Andrey.

Já o câncer de testículo é caracterizado pela presença de massa escrotal ou de um nódulo duro e é indolor. No entanto, alguns pacientes podem apresentar dor no endurecimento dos testículos e em alguns casos, aumento do volume ou sensibilidade da mama. Alguns sintomas inflamatórios, como inchaço, dor e aumento da temperatura dos testículos também podem ocorrer.

No caso do câncer de pênis, os sintomas podem ser bastante visíveis. Os mais comuns são mudanças na pele - a área fica mais grossa, com alteração de cor e pode apresentar nódulo, ferida que sangra ou não cicatriza e erupção cutânea vermelha sob o prepúcio. A cabeça do pênis pode apresentar inchaço e quando o tumor alcança os gânglios linfáticos, a virilha também pode desenvolver nódulos. 



É possível preservar a fertilidade mesmo após o câncer?

Nos casos de pacientes mais jovens e ssem filhos, a fertilidade é um fator que pode gerar uma grande preocupação durante o tratamento oncológico. Por isso, tirar dúvidas e manter uma boa comunicação com o oncologista e com toda a equipe multidisciplinar é fundamental para se manter bem informado sobre o impacto dos medicamentos no organismo

Alguns exames podem ser oferecidos aos pacientes do sexo masculino, como a realização de análises de sêmen para testar a contagem e qualidade dos espermatozóides antes da radioterapia e/ou quimioterapia. Além disso, o método clínico atualmente disponível para preservação de fertilidade nestes pacientes é a criopreservação de espermatozóides (congelamento do sêmen), em que amostras são armazenadas em tanques de nitrogênio líquido por tempo indeterminado - o que é recomendado especialmente para pacientes com câncer de testículo. 



A cirurgia de câncer de testículo pode deixar sequelas?

A única sequela pode estar relacionada à fertilidade, que pode ser prejudicada. Em alguns casos, há a necessidade de reposição hormonal. No entanto, raramente ocorre algum dano na função sexual. Em relação à estética, são utilizadas próteses testiculares de silicone implantadas no ato da retirada do testículo sem deixar cicatrizes e imperceptíveis visualmente quando comparadas ao testículo normal.

 

Precisamos falar sobre a saúde dos homens

O mês de novembro é integralmente dedicado para reforçar o alerta e a importância da conscientização a respeito de doenças masculinas, com ênfase na prevenção do câncer de próstata

 

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. O Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima que em 2020, serão 65.840 novos casos da doença, que interrompe mais de 15 mil vidas por ano. 

Por isso, é muito importante darmos relevância para o Novembro Azul, campanha que busca conscientizar a respeito da necessidade da prevenção e diagnóstico do câncer de próstata, além da importância de cuidados integrais com a saúde do homem. 

Mas, afinal, o que aumenta o risco? O médico urologista e Professor Livre-Docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Marcos Dall'Oglio, explica que a idade é um fator de risco importante, uma vez que tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos. 

A idade não é o único fator de risco. Outros fatores relacionam-se com a história familiar de câncer de próstata em parente de primeiro grau e também dieta rica em gordura de origem animal.

A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar o tumor em fase inicial e, assim, possibilitar a melhor chance de cura definitiva. Segundo Dr. Marcos, pode-se identificar por meio da investigação, com exames como o toque da próstata e PSA no sangue apenas uma vez ao ano.

Para o urologista, os homens precisam entender que a saúde é o nosso bem mais precioso. Além disso, é importante que tenhamos uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal. Outros hábitos saudáveis também são recomendados, como atividade física diariamente, manter o peso adequado à altura, identificar e tratar adequadamente a hipertensão, diabetes e problemas de colesterol, diminuir o consumo de álcool e não fumar.

"Estudos evidenciam que o câncer de próstata é mais comum em homens acima de 50 anos, mas em qualquer idade e fase da vida, é importante ter o acompanhamento médico, pois sabemos que o diagnóstico precoce de qualquer doença fornece ao paciente uma chance maior de cura e aumento da expectativa de vida", finaliza o Dr. Marcos Dall'Oglio. 

 



Dr. Marcos Dall'Oglio - Possui graduação em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1993) e doutorado em Medicina (Urologia) pela Universidade Federal de São Paulo (2000). Professor Livre-Docente da Faculdade de Medicina da USP desde 2008. Tem certificação para atuar em cirurgia robótica (Urologia) pela Intuitive Da Vinci Surgical System Training. Atuou como Diretor Médico Oncocirúrgico e Chefe do Setor de Uro-Oncologia do Instituto de Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e como Chefe do Setor de Uro-Oncologia da Divisão de Clínica Urológica do Hospital das Clínicas (HCFMUSP). Professor Associado da Faculdade de Medicina da USP desde 2012. Atua em Cirurgia Robótica Urológica, com linhas de pesquisa principalmente nos seguintes temas: fatores prognósticos do carcinoma de células renais, câncer de bexiga, de próstata e testículo, neoplasias malignas do trato genitourinário, técnicas cirúrgicas em urooncologia.


CCR ViaOeste e Instituto CCR sensibilizam motoristas sobre riscos do diabete

Durante esta semana os caminhoneiros que trafegam no sistema Castello-Raposo estão recebendo orientações sobre a doença; 14 de novembro é o Dia Mundial do Diabetes


A CCR ViaOeste e Instituto CCR estão realizando nesta semana sensibilização dos caminhoneiros sobre um grande risco para a saúde: o diabetes. A iniciativa acontece na base fixa do Programa Estrada para a Saúde, instalada na Área de Descanso do Caminhoneiro, no km 57 da rodovia Castello Branco, sentido capital, e marca o Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro. 

Em 2019, mais de 2 mil caminhoneiros foram atendidos pelo Programa e realizaram o teste de glicemia. Desse total, 13% apresentou alteração no resultado do teste, com glicemia fora dos padrões adequados. Segundo o Ministério da Saúde, em 10 anos houve um crescimento da doença em 61,8% no Brasil. 

O diabetes é causado pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, um hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. Os profissionais que atuam no Programa Estrada para a Saúde irão alertar os motoristas sobre os principais sintomas da doença, como cansaço fácil, muita sede, maior apetite e urina aumentada. No tipo 1 de diabetes, prevalece o emagrecimento da pessoa. Enquanto no tipo 2, há um ganho considerável de peso. 

Essa doença provoca graves efeitos no organismo, como lesões cutâneas, principalmente nos pés, enfraquecimento e queda dos dentes, parada da função renal, perda da visão com grande risco de levar à cegueira, bem como pode ocasionar problemas cardíacos. 

Outro ponto importante que será destacado aos caminhoneiros são os fatores de risco que levam à doença, dentre eles o consumo excessivo de doces, carboidratos, refrigerantes, alimentos industrializados, carnes gordurosas, itens derivados da farinha de trigo, além da ingestão excessiva de bebidas alcoólicas. A obesidade e sedentarismo também estão na lista dos riscos.

Para prevenir a doença, é fundamental evitar o consumo desses alimentos e manter uma dieta equilibrada, com frutas, legumes, ovos, peixe, frango e arroz integral. É importante realizar exames de glicemia e consultar o médico regularmente. Adotar a prática de atividades físicas é outra forma de combater o diabetes. 


Estrada para a Saúde

O Programa “Estrada para a Saúde”, da CCR ViaOeste, oferece a oportunidade do caminhoneiro cuidar do seu bem estar físico e mental gratuitamente. Na base, ele pode realizar: exames de glicemia, colesterol e pressão arterial; acuidade visual; cálculo de IMC; consultas especializadas com enfermeiros; tratamentos odontológicos preventivos; além de usufruir de serviços como corte de cabelo e massagem bioenergética. Os serviços são oferecidos diariamente em um moderno Centro de Atendimento, instalado na Área de Descanso do Caminhoneiro no km 57 da Castello, sentido capital.

 


www.viaoeste.com.br


Pesquisa aponta efeito positivo do Outubro Rosa, mas mulheres ainda não realizam exame regularmente

Entrevistados pela Toluna responderam sobre a campanha de conscientização do câncer de mama


Uma pesquisa realizada com 543 mulheres de todas as regiões do Brasil constatou que 98% delas conhece a campanha do Outubro Rosa, mês de conscientização sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. O estudo feito pela Toluna, empresa que fornece insights em tempo real sobre os consumidores, constatou que 60% dos pesquisados conversa sobre o assunto com amigas e familiares e 18% não debate o assunto.

As entrevistadas foram questionadas se realizam os exames de prevenção ao câncer de mama, 45% disse fazer o autoexame e consultar regularmente o médico, 16% afirmou fazer exames periodicamente e 15% respondeu só fazer o autoexame. Já 14% disse não fazer exames. 

Questionadas sobre o motivo de não realizarem os exames regularmente, 19% das entrevistadas responderam que o valor cobrado pelas consultas é alto, 16% afirmou não ter tempo de ir ao médico, 16% disse não saber como realizar o autoexame e 16% respondeu ter medo do diagnóstico. 

Entre as mulheres que responderam a pesquisa, 63% respondeu conhecer alguém que já teve câncer de mama, 4% afirmou que teve câncer de mama e 32% disse não ter tido e nem conhecido alguém que foi diagnosticado.

Das entrevistadas que tiveram câncer de mama, 38% fez o tratamento através de serviços públicos, 43% pelo plano de saúde e 17% pagou por serviços particulares. 

A campanha do Outubro Rosa foi assunto na mídia e a internet foi o maior veículo de comunicação durante o mês, com 80% das entrevistadas respondendo que receberam informações nas redes sociais. 64% disse ter visto na televisão e no rádio e 48% afirmou ter visto cartazes, folhetos e outdoor sobre a campanha. Menos de 1% respondeu não ter visto informações sobre Outubro Rosa na mídia. 

As entrevistadas foram solicitadas a apontar as marcas que viram ter ações sobre o Outubro Rosa. Natura, Lojas Marisa, Avon e Dove foram as mais apontadas na pesquisa. 

A pesquisa da Toluna foi realizada entre os dias 25 e 29 de outubro de 2020, com 847 entrevistados, sendo 543 mulheres das classes A, B e C, segundo critério de classificação de classes utilizado pela Abep – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, onde pessoas da classe C2 tem renda média domiciliar de R$ 4.500 por mês. Estudo feito com pessoas acima de 18 anos, de todas as regiões brasileiras, com 3 pontos percentuais de margem de erro e 95% de margem de confiança.

 


Toluna

tolunacorporate.com


Inseminação artificial ou fertilização in vitro: qual a mais indicada para você

Dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam mais de 36 mil nascimentos anuais por meio de tratamentos de fertilização. Somente no Brasil foram feitas cerca de 40 mil fertilizações in vitro em 2017. Segundo o IBGE, mais de 10 mil crianças são geradas por tratamento de reprodução assistida por ano, no país. Hoje, há cerca de 166 serviços de reprodução assistida cadastrados na Anvisa, que fazem o trabalho de coleta de óvulos, inseminação do espermatozoide no óvulo e transferência do embrião para o útero.

Segundo a ginecologista e obstetra, Dra. Karina Tafner, especialista em endocrinologia ginecológica e reprodução humana pela Santa Casa, e em reprodução assistida pela FEBRASGO; as taxas de sucesso dependem de vários fatores como morfologia uterina, integridade endometrial, resposta ao estímulo ovariano, qualidade do sêmen, idade do homem, reserva ovariana, qualidade do embrião, laboratório utilizado, a causa da infertilidade e, o mais importante, a idade da mulher. 

O crescimento pela procura do tratamento, segundo a Rede Mater Dei de Saúde, está relacionado a questões sociais ou problemas de infertilidade. “Outro fator que tem se tornado comum são os casais homossexuais que sonham com filhos e recorrem ao tratamento. Há também casais que querem resguardar os gametas previamente a um tratamento oncológico, o chamado oncofertilidade e os que recorrem ao útero de substituição (popularmente conhecido como barriga de aluguel)”, acrescenta Karina Tafner.

Abaixo, a especialista aponta as características de ambos os procedimentos:

 

Inseminação artificial ou intrauterina (IIU)

Chamada de tratamento de baixa complexidade, engloba o coito programado e a IIU, visando aumentar a chance de gestação através da fecundação dentro do organismo feminino. A IIU pode ser indicada em mulheres anovuladoras, quando há fator masculino leve, distúrbios de ereção ou ejaculação, endometriose leve, uso de sêmen de doador ou sêmen congelado anteriormente e quando não se sabe a causa da infertilidade do casal, após pesquisa adequada. “Tanto no coito programado quanto na IIU, os passos iniciais são os mesmos, começando pelos tratamentos com a estimulação ovariana”.

 

- Estimulação ovariana: Promove a ovulação em pacientes com alteração da mesma ou promove o desenvolvimento de múltiplos óvulos em pacientes com ovulação normal. As medicações podem ser administradas via oral ou subcutânea. O período de uso da medicação para estímulo ovariano e crescimento folicular (o folículo consiste em camadas de células que contêm o óvulo) varia, em média, de 8 a 12 dias.

 

Durante o período de estímulo ovariano, a paciente deve realizar ultrassons transvaginais seriados, a fim de acompanhar e avaliar o tamanho dos folículos em crescimento. Quando esses folículos atingem o tamanho ideal para a ovulação, é administrada nova medicação que leva à ruptura folicular e consequente ovulação.

 

“Até essa etapa, ambos os tratamentos de baixa complexidade são semelhantes. No coito programado, o casal é orientado a ter relações sexuais em casa nos dias seguintes. Já na IIU, de 36 a 40 horas após a administração da medicação para ruptura folicular”, frisa Karina Tafner.

 

- Inseminação: O sêmen é coletado (por masturbação) e processado em laboratório especializado. Em posição ginecológica, a paciente recebe o sêmen, introduzido dentro do útero através de um cateter que passa pelo colo uterino.

 

- Pós procedimento: Após a IIU, a paciente permanece em repouso por cerca de 20 minutos na sala. Depois, é liberada para retomar suas atividades diárias, sem restrições.

 

- Taxas de sucesso: Por ser um tratamento mais simples, há menores taxas de gestação, variando em torno de 10 a 20%.

 

- Riscos: Os riscos da IIU são praticamente inexistentes. Os maiores são de gestação gemelar (gêmeos).

 

- Custo: Inseminação – de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil

Tratamento que inclui consultas, recolhimento e tratamento do esperma e inserção no útero – de R$ 500 a R$ 2 mil

Hormônios injetáveis – R$ 1 mil

 

Fertilização in vitro (FIV)

A FIV é um tratamento de alta complexidade, em que a fecundação, ou seja, a formação do embrião, ocorre no laboratório de reprodução assistida, fora do organismo feminino. “A FIV é o único tratamento que pode ser realizado quando há um fator masculino grave ou obstrução das trompas. É indicado após falha de tratamento de baixa complexidade, quando o tratamento será realizado com óvulos doados, útero de substituição, casais sorodiscordantes, endometriose grave, baixa reserva ovariana e para gestar com oócitos congelados previamente”, diz a especialista. A etapa inicial da FIV também consiste em estímulo ovariano, para a produção de um maior número de óvulos a serem manipulados.

 

- Estímulo ovariano: Tem duração semelhante ao estímulo dos tratamentos de baixa complexidade. “Porém, quando os folículos atingem o tamanho desejado, a paciente não sofre a ruptura folicular. É agendada a aspiração folicular para a captura do óvulo”.

 

- Aspiração folicular: Ocorre em centro cirúrgico, sob sedação. Os óvulos são aspirados por agulhas específicas, ligadas ao transdutor do ultrassom transvaginal. A agulha penetra nos ovários e nos folículos, aspirando todo o conteúdo folicular. Este é encaminhado imediatamente para o laboratório de FIV (que costuma ser anexo ao centro cirúrgico). O procedimento dura cerca de 20 minutos. No mesmo momento, os espermatozoides são colhidos (por masturbação) e também encaminhados ao laboratório.

 

- Fertilização: O encontro dos óvulos com os espermatozoides acontece no laboratório, e o embrião tem seu desenvolvimento acompanhado por 3 a 5 dias.

 

- Transferência do embrião para dentro do útero: É feita através de um cateter que é inserido pelo colo do útero, com a mulher em posição ginecológica, após 3 ou 5 dias da retirada dos óvulos.

O número de embriões transferidos varia com a idade da mulher: até 35 anos (2 embriões), de 36 a 39 anos (3 embriões) e mais de 40 anos (4 embriões).

 

- Pós procedimento: Após a punção ovariana e a transferência de embriões, a paciente deverá permanecer em repouso por 24 horas.

 

- Taxas de sucesso: As taxas variam em cerca de 50% nas mulheres com menos de 35 anos até menos de 10% em mulheres com 44 anos. Após essa idade, a taxa cai drasticamente.

 

- Riscos: Os maiores riscos na FIV são a síndrome de Hiperestímulo Ovariano, sangramento durante a punção ovariana, infecção (cerca de 0.1-3%), lesão de estruturas pélvicas, dor pélvica e abdominal leve à moderada. Existe um pequeno risco (1%) de gravidez ectópica (tubária).

 

- Custo: A FIV possui maiores taxas de gestação, mas, em contrapartida, os custos também são maiores por ser um tratamento de alta complexidade.

 

Fertilização in vitro clássica – de R$ 10,5 mil a R$ 14 mil

Tratamento que inclui consultas, exames, fertilização e inserção no útero – de R$ 7 mil a R$ 9 mil

Hormônios e medicamentos – de R$ 3 mil a R$ 5 mil

 

Fertilização in vitro com inserção de esperma – de R$ 11,3 mil a R$ 16,5 mil

É o valor da fertilização in vitro clássica, mais o procedimento de injeção do espermatozoide dentro do óvulo, que custa entre R$ 800 a R$ 2,5 mil

 

Fertilização in vitro simplificada – aproximadamente R$ 5 mil

Tratamento que inclui consultas, exames, fertilização e inserção no útero – R$ 3,5 mil.

Hormônios e medicamentos – R$ 1,5 mil

 

Segundo Karina Tafner, em ambos os casos, os possíveis efeitos colaterais do estímulo ovariano são:

 

• Cefaleia

• Irritabilidade

• Aumento da libido

• Hematomas e dor no local da injeção

• Náuseas e, ocasionalmente, vômitos

• Reações alérgicas temporárias no local da injeção (vermelhidão e/ou coceira)

• Mastalgia (dor mamária)

 

O teste de gravidez deve ser realizado após 12 dias da transferência do embrião na FIV e 14 dias na IIU. Assim que a mulher engravida, a gestação evolui como qualquer outra, independentemente da forma como foi realizada. E a taxa de aborto espontâneo após a fertilização in vitro é semelhante à taxa após a concepção natural.

“Vale lembrar que todos os casais com indicação de IIU podem optar por realizar FIV, devido às maiores taxas de gestação alcançadas com esse procedimento. No entanto, os casais com indicação específica de FIV não têm outra opção de tratamento”, finaliza Karina Tafner.


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