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terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Exagero no Réveillon: Saiba como abrandar a ressaca



Especialista do Hospital Geral da Santa Casa do Rio de Janeiro dá dicas para aliviar o mal-estar


Com o Fim do Ano próximo, as festas, confraternizações e eventos são cada vez mais frequentes. É quase impossível fugir dos excessos, tanto nos pratos ou nas bebidas alcoólicas. E quem exagera no álcool passa, posteriormente, pela tão famosa e temida "ressaca". Para acabar com o mal-estar, a sabedoria popular recomenda remédios, receitas milagrosas e até mesmo simpatias, quase todas ineficazes. Muitas vezes, inclusive, os métodos podem até agravar o incômodo. Mas, de acordo com a equipe de Hepatologia do Hospital Geral da Santa Casa do Rio de Janeiro, é possível pelo menos abrandar a situação.

Para o médico e professor Claudio de Figueiredo Mendes, Chefe do Serviço de Hepatologia da instituição, o cenário ideal é quando a pessoa não esquece da moderação, mesmo durante as celebrações. "Antes de mais nada, é preciso entender que todo exagero pode ser prejudicial ao organismo. O ideal é manter o equilíbrio, mas sabemos que na época das Festas as pessoas costumam ‘relaxar’ na alimentação e na quantidade de bebida alcoólica consumida", afirma.

- Hidratação: quando o "enfiar o pé na jaca" for inevitável, o mal estar do dia seguinte pode ser abrandado com algumas atitudes simples, segundo o médico. "Se o excesso já está feito, o mais importante é cuidar das consequências (o sintomático). Dor de cabeça, enjoo (olheiras) e mal estar são alguns dos sintomas de quem exagera no consumo de álcool e no dia seguinte acorda com ressaca. Para aliviar o processo, não existe milagre. É necessária (a) hidratação", diz o médico que explica a necessidade de repor líquidos depois do exagero nas bebidas. "O álcool tem função diurética, ou seja, estimula a eliminação (expulsão) de água do corpo, (mesmo que haja pouca água no sangue)", diz. "É preciso repor o líquido que o organismo perdeu. Logo, o copo d’água é um dos ‘melhores amigos’ de quem sofre com a ressaca. É preciso tomar muita água antes, durante e depois de beber para evitar a desidratação. (Também é necessário repor eletrólitos, como sódio e potássio. Bebidas isotônicas têm eletrólitos, então podem ajudar)".

- Descanso: Evitar o agito no dia seguinte também é essencial. "O álcool tem efeitos que demoram para ser metabolizados, então o ideal é ficar em repouso durante o mal-estar", ressalta o médico.

- Cuidado com os "mitos": O especialista também faz um alerta sobre as "receitas caseiras" que existem. "Tem sempre um amigo que tem a ‘cura para a ressaca’. Mas isso não existe. Não há medicação para proteger o fígado de quem vai beber. Os remédios e flaconetes existentes no mercado podem até tratar alguns sintomas no dia seguinte à bebedeira, mas não têm resultados concretos que interrompam o processo de absorção do álcool". Outra "lenda urbana" existente é a historia de que uma refeição pesada antes de beber evita o processo de intoxicação. "Não adianta comer antes de beber com objetivo de ‘forrar o organismo. Isso não existe. Estômago cheio não protege o fígado dos efeitos do álcool", afirma.

- Alimentação: O Dr. Cláudio ainda lembra que a alimentação pesada, além de não ajudar em nada na saúde, pode prejudicar os sintomas da ressaca. "Alimentação pesada só aumenta o mal-estar. É preciso evitar alimentos com muita gordura e açúcar. Durante as Festas, a pessoa deve dar preferência para alimentos mais frescos, a alimentação deve ser a mais saudável possível. Sucos, saladas e frutas ajudam a repor vitaminas perdidas”.





Você sabe qual é a melhor forma de burlar o bafômetro?




Ficar sem beber! Hepatologista explica por que nenhuma substância é capaz de diminuir os níveis de álcool no sangue


Divulgação



Beber refrigerante, fazer bochecho com enxaguante bucal, comer chocolate, bala, e –os mais populares e que conquistaram as redes sociais com testes e blogs– tomar vinagre e até remédio! Nenhum destes produtos ou qualquer outro conseguem interferir no teste do etilômetro, mais conhecido por bafômetro. Mas o Detran.SP explica qual é o único jeito eficaz: não pegar o volante após ingerir bebida alcoólica.

Sabe por quê? – Primeiro o famigerado vinagre. “Esse boato é uma das muitas farsas que circulam nas redes sociais com o objetivo de burlar o teste do bafômetro. Mas o bafômetro mede o álcool ingerido, que passou para a circulação sanguínea e, posteriormente, é exalado dos pulmões para o ar. O vinagre não consegue interferir no etanol exalado para o ar, provindo dos pulmões do motorista”, explica a hepatologista Marta Deguti, do Centro de Gastroenterologia do Hospital 9 de Julho.

Na realidade, se o vinagre contiver álcool, isso pode até agravar o resultado positivo do teste.

Outro que ganhou fama recente em blogs e redes sociais é o Metadoxil (piridoxina ou vitamina B6). Ele é um medicamento que acelera a metabolização do álcool do fígado e é mais utilizado no tratamento de alcoolismo e alterações no fígado. “Mas ele não interfere na concentração do álcool que está no sangue ou que é exalado e medido no bafômetro”, rebate Marta.

Processo lento – O álcool é metabolizado em um ritmo lento, de 0,016% por hora, e isso pode variar muito. “Depende da quantidade ingerida, do tipo de enzima que o fígado do indíviduo possui [há diferentes padrões genéticos], pode ser mais rápido se a pessoa consome grandes quantidades de álcool regularmente, mais lento se o fígado não estiver totalmente saudável.” E, segundo a médica, pode levar até dez horas para que o álcool não seja mais detectado no sangue. “Não há formas eficientes de acelerar esse processo.”
O que é mais fácil calcular é a absorção do álcool pelo nosso organismo. “O álcool é rapidamente absorvido e atinge o pico de concentração no sangue cerca de 30 a 45 minutos após ser ingerido.”
O bafômetro é capaz, inclusive, de detectar a presença de álcool se o teste for realizado imediatamente após a pessoa ter consumido alimentos como bombom com licor ou usado antisséptico bucal que contenha álcool. Nesses casos, a orientação é que o motorista informe o fato à autoridade de trânsito no momento da abordagem. Dessa forma, se preciso, o condutor pode fazer bochechos com água a fim de retirar resíduos de álcool da mucosa, antes de realizar o teste ou fazer um novo exame.

Recusa ao teste do bafômetro – Nas operações do Programa Direção Segura –blitze coordenadas pelo Detran.SP que integram equipes das polícias Militar, Civil e Técnico-Científica– é comum os motoristas se negarem a fazer o teste do bafômetro na tentativa de escapar de possíveis sanções. Porém, não se submeter ao exame também é uma infração.

Quem se nega a fazer o teste do bafômetro recebe multa de R$ 2.934,70 e responde automaticamente a processo de suspensão do direito de dirigir pelo período de um ano. Além disso, cabe esclarecer que, mesmo que o condutor se recuse a soprar o etilômetro, caso o perito da Polícia Técnico-Científica identifique durante o exame clínico que a pessoa não está apta a dirigir, ao ter atitudes como cambalear e falar coisas sem sentido, o cidadão pode responder também por crime de trânsito. A pena é de seis meses a três anos de prisão.

Para quem se submete ao teste do bafômetro, o índice que corresponde a crime é superior a 0,33 miligrama de álcool por litro de ar expelido.
Em todos os casos, conforme determina a legislação federal, os condutores autuados pela Lei Seca têm direito à defesa em três instâncias antes da conclusão do processo de suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Quem for penalizado e for flagrado dirigindo enquanto a CNH está suspensa será multado em R$ 5.869,40 e responderá a processo da cassação do direito de dirigir por dois anos.

“É preciso que as pessoas se conscientizem que dirigir após ingerir bebida alcóolica é um risco à vida não apenas do próprio motorista, mas também das pessoas ao redor. O álcool reduz os reflexos e a capacidade de reação do condutor e dirigir exige máxima atenção. Somente com senso de responsabilidade e engajamento de todos podemos ter um trânsito mais seguro e humano”, destaca Neiva Aparecida Doretto, diretora-vice-presidente do Detran.SP.







INFORMAÇÕES AO CIDADÃO:
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