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quinta-feira, 27 de março de 2025

No Dia Mundial da Saúde Bucal, dentista alerta para a relação entre higiene oral e doenças sistêmicas

Consultas regulares e práticas preventivas são fundamentais para evitar cáries, gengivite e problemas cardiovasculares

 

No Brasil, cerca de 34 milhões de adultos perderam 13 ou mais dentes ao longo da vida, e 14 milhões vivem sem nenhum dente, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE. Globalmente, a OMS estima que 3,5 bilhões de pessoas sofrem com doenças bucais, como cáries e doenças periodontais. 

A Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil) de 2024 revelou que cárie, periodontite e traumatismos dentários são as condições mais prevalentes no país, evidenciando a necessidade de ampliar o acesso a cuidados odontológicos e fortalecer a prevenção.

Diante deste cenário, os especialistas reforçam neste 20 de março a importância dos cuidados preventivos com dentes e gengivas. Mais do que um aspecto estético, o tema está diretamente ligado ao bem-estar geral do organismo, podendo influenciar o desenvolvimento de doenças sistêmicas, como diabetes e problemas cardiovasculares. 

Pequenos cuidados diários podem fazer uma grande diferença na qualidade de vida. A relação entre saúde bucal e saúde geral é inegável, e manter uma boa rotina de higiene é um investimento não apenas no sorriso, mas no bem-estar como um todo.

De acordo com o Dr. José Todescan Júnior, especialista em Prótese Dental e membro da International Federation of Esthetic Dentistry (IFED), a necessidade de uma rotina de higiene adequada e de visitas regulares ao dentista ajuda a prevenir doenças mais graves e evitar complicações. “A boca é a porta de entrada para diversos microrganismos. Quando há inflamação nas gengivas, como na gengivite e periodontite, essas bactérias podem migrar para a corrente sanguínea e aumentar o risco de doenças cardíacas e metabólicas, além de impactar diretamente o controle glicêmico dos diabéticos”, explica Todescan.

Pesquisas científicas já apontam que a saúde bucal pode influenciar diretamente o desenvolvimento de problemas como endocardite bacteriana, hipertensão e complicações gestacionais. A periodontite, por exemplo, uma inflamação severa da gengiva, tem sido associada a um risco aumentado de eventos cardiovasculares. “Um estudo do Journal of Clinical Periodontology demonstrou que pacientes com essa condição têm maior propensão a desenvolver doenças cardíacas”, alerta o especialista. 

Além disso, a relação entre diabetes e doenças gengivais é cada vez mais clara. Indivíduos diabéticos têm maior predisposição a inflamações na região, devido à resposta imunológica comprometida. “A periodontite pode dificultar ainda mais o controle glicêmico, criando um ciclo vicioso que prejudica o organismo como um todo”, aponta Todescan.


Principais erros na higiene oral e suas consequências

Muitos problemas bucais podem ser evitados com uma rotina de higiene correta. No entanto, erros comuns no dia a dia podem comprometer a saúde dos dentes e gengivas. Entre os hábitos prejudiciais mais frequentes estão:

  1. Falta do uso de fio dental: O acúmulo de placa bacteriana entre os dentes é um dos principais causadores de cáries e gengivite.
  2. Consumo excessivo de alimentos ácidos e açucarados: Refrigerantes, energéticos e doces podem desgastar o esmalte dental e favorecer o desenvolvimento de cáries.
  3. Negligência nas consultas odontológicas: O acompanhamento profissional é essencial para a prevenção e o diagnóstico precoce de problemas que muitas vezes passam despercebidos.

“Escovar os dentes ao menos três vezes ao dia, usar fio dental diariamente e evitar alimentos muito ácidos e açucarados são medidas essenciais para preservar a saúde bucal”, recomenda Todescan.

Visitas regulares ao dentista não servem apenas para tratar problemas já existentes, mas são fundamentais para preveni-los. O exame clínico pode identificar doenças em estágios iniciais, evitando complicações futuras. Além disso, procedimentos como a limpeza profissional e a aplicação de flúor ajudam a manter os dentes protegidos.

Segundo Todescan, muitas pessoas só procuram atendimento odontológico quando já sentem dor ou desconforto, o que pode indicar um problema avançado. “A odontologia moderna trabalha cada vez mais com a prevenção. Um simples check-up pode evitar tratamentos complexos no futuro e preservar a saúde do paciente”, ressalta. 




José Todescan Júnior - Atuando com excelência na área de Odontologia há mais de 33 anos, José Todescan Júnior é especialista em Prótese Dental, Odontopediatria e Endodontia pela USP. Membro da IFED (International Federation Esthetic Dentistry) e da Associação Brasileira de Odontologia Estética e membro da ABOD (Associação Brasileira de Odontologia Digital), ele acredita que o profissional que se aperfeiçoa em diversas áreas pode escolher sempre o melhor para os pacientes. Para mais informações, acesse o LinkedIn.


Clínica Todescan
Para mais informações, acesse o site, LinkedIn e Instagram


Mudanças climáticas do outono favorecem o aumento de doenças respiratórias: saiba como se prevenir e evitar complicações

FreePik
Divulgação
Faculdade Santa Marcelina
Especialista da Faculdade Santa Marcelina orienta sobre prevenção e cuidados com o início da estação


 Com a chegada do outono em 20 de março há um aumento significativo nos casos de doenças respiratórias que deixa em alerta especialistas e toda a população. As mudanças climáticas, caracterizadas por quedas de temperatura e redução da umidade do ar, favorecem o agravamento de condições como gripes, resfriados, rinite alérgica, sinusite, bronquite, asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Segundo a Profª Ma. Vanessa Lentini da Costa Zarpellom, do Curso de Medicina da Faculdade Santa Marcelina, também há uma crescente incidência de pneumonia e COVID-19 durante a estação.
 

Fatores que agravam as doenças respiratórias 

A queda e a oscilação na temperatura são fatores determinantes para o agravamento das doenças respiratórias. A redução da umidade do ar resseca as vias respiratórias, tornando-as mais vulneráveis a infecções. Outro agravante é a permanência em ambientes fechados e com pouca ventilação, o que facilita a disseminação de vírus e bactérias. 

Para Vanessa, as mudanças bruscas de temperatura também influenciam negativamente a saúde respiratória. “A inalação de ar frio pode desencadear crises em pessoas com doenças crônicas como asma e DPOC. Por isso, pacientes com essas condições devem seguir rigorosamente as medicações prescritas, evitar gatilhos como poeira e fumaça, manter a vacinação em dia e se hidratar adequadamente”, explica.
 

Sintomas de alerta e diagnóstico 

Entre os sintomas que demandam atenção estão tosse persistente, falta de ar, chiado no peito, coriza, congestão nasal, dor de garganta, febre e cansaço excessivo. Caso esses sintomas sejam intensos ou prolongados, é necessário realizar uma avaliação médica. 

A docente explica que a diferença entre resfriado, gripe e crise alérgica pode ser sutil, mas observável. “O resfriado costuma ser mais leve, sem febre alta, apresentando coriza, espirros e congestão nasal. A gripe, por sua vez, é mais intensa, com febre alta, dores no corpo e cansaço. Já a crise alérgica não apresenta febre, mas causa espirros frequentes, coceira no nariz e olhos lacrimejando”, comenta. 

Para ter o diagnóstico de doenças respiratórias agravadas pelo clima, exames como teste de PCR ou testes de antígeno para influenza e COVID-19, hemograma, raio-X de tórax e provas de função pulmonar são indicados conforme a necessidade do paciente.
 

Prevenção e cuidados 

Algumas medidas podem ajudar a prevenir doenças respiratórias durante o outono:

  • Lavar as mãos com frequência;
  • Manter os ambientes ventilados;
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes;
  • Hidratar-se bem e evitar o ar seco;
  • Reduzir a exposição a poeira e mofo.

Além disso, para fortalecer a imunidade é importante manter uma alimentação equilibrada, rica em vitaminas C e D, zinco e proteínas. A prática regular de atividades físicas, sono adequado e redução do estresse também contribuem para um sistema imunológico fortalecido.

 

Importância da vacinação 

A vacina contra gripe deve ser tomada anualmente, especialmente por grupos de risco como idosos, crianças, gestantes e pessoas com comorbidades. A vacina contra pneumococo é essencial para idosos e pacientes crônicos, enquanto a vacina contra COVID-19 deve ser reforçada a cada seis meses em pessoas com mais de 60 anos e imunocomprometidos. 

Recentemente, foi aprovada a vacinação de gestantes contra o vírus sincicial respiratório, que pode beneficiar dois milhões de bebês e reduzir as internações de prematuros. De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2018 e 2024, foram registradas 83.740 internações de bebês prematuros no Brasil.
 

O papel dos umidificadores e da ventilação 

Para finalizar, a Profª Ma. Vanessa Lentini da Costa Zarpellom, explica que ter um ambiente bem ventilado é uma das formas mais eficazes de reduzir a propagação de vírus e bactérias. “O uso de umidificadores pode ser benéfico em locais muito secos, mas deve ser feito com moderação para evitar a proliferação de fungos”, conclui.

 

Faculdade Santa Marcelina

 

Especialista explica como a Inteligência Artificial está mudando os centros cirúrgicos

Imagine um mundo onde cirurgiões contam com um "assistente digital" capaz de identificar detalhes invisíveis a olho nu. A Inteligência Artificial (IA) está revolucionando a prática médica, com impactos significativos na cirurgia geral, pois pode aumentar a precisão cirúrgica, diminuir complicações, otimizar o tempo de operação e apoiar decisões durante o procedimento. A tecnologia é aplicada em várias fases da cirurgia, desde o planejamento pré-operatório, até a assistência em tempo real durante a operação. 

Esse cenário já é realidade, segundo o Dr. Bruno Ferola, cirurgião do Hospital Mater Dei Santa Clara, que destacou como a tecnologia otimiza o armazenamento de dados, reduz complicações e impulsiona a cirurgia robótica.


Diagnóstico mais afiado e cirurgias mais precisas

O primeiro impacto da IA aparece antes mesmo do paciente entrar no centro cirúrgico. De acordo com o cirurgião, a IA tem papel central no aprimoramento de exames de imagem. "Por meio de bancos de dados, a tecnologia melhora a análise de imagens, aumentando a precisão diagnóstica", explicou. Um estudo publicado no Nature Medicine (2022) corrobora que algoritmos de IA identificam anomalias em radiografias e tomografias com até 95% de acurácia, superando avaliações manuais, em alguns casos.  


E quando a cirurgia começa? 

Em procedimentos minimamente invasivos, como as laparoscopias, a IA atua como um "segundo par de olhos". Ela analisa as imagens em tempo real, alertando o cirurgião sobre vasos sanguíneos delicados ou tecidos que exigem atenção extra. A integração de inteligência artificial (IA) tem ampliado ainda mais essas capacidades. Um estudo publicado no Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences destaca que sistemas robóticos equipados com IA são capazes de prever complicações, como sangramentos, com até 89% de precisão, além de aprimorar a personalização de tratamentos, com base em históricos médicos.


Menos complicações, mais confiança

Sobre a resistência de profissionais, Dr. Bruno reconhece que inovações geram desconfiança inicial, mas afirma: "à medida que os benefícios se tornam evidentes, a adoção aumenta". De acordo com levantamento da Associação Médica Americana, em 2024, 66% dos médicos disseram que usavam IA. "Quando os resultados aparecem, a tecnologia conquista seu espaço", afirma o médico.  


O cirurgião continua no comando

A IA é uma ferramenta com grande potencial na cirurgia geral. No entanto, sua aplicação na prática médica ainda esbarra em desafios, como a necessidade de validação criteriosa, adaptação aos sistemas já em uso e capacitação adequada dos profissionais da saúde. 

O cirurgião enfatiza que a IA não substitui o julgamento clínico. "A decisão e a ação são sempre prerrogativas do médico", afirmou. Para Dr. Bruno, o caminho é "equilibrar inovação com segurança", assegurando que avanços tecnológicos continuem aliados à expertise médica. E enquanto os robôs ganham espaço nas salas de operação, uma máxima permanece: por trás de toda tecnologia, há um cirurgião decidindo quando — e como — usá-la.


Dia Mundial da Saúde: como a medicina nuclear é essencial para diagnósticos e tratamentos

País precisa olhar com mais atenção a tecnologia nuclear na saúde, de acordo com especialistas

 

A possibilidade de visualizar o interior do corpo humano por meio de exames de imagem marcou uma revolução na Medicina, permitindo diagnósticos mais precisos e tratamentos menos invasivos para diversas doenças. No entanto, apesar dos avanços, o acesso a essas tecnologias ainda enfrenta desafios no Brasil, especialmente no Sistema Único de Saúde (SUS), onde a oferta de serviços de medicina nuclear é desigual, dificultando que todos os pacientes tenham as mesmas oportunidades de diagnóstico e tratamento. No Dia Mundial da Saúde, celebrado em 7 de abril, especialistas ressaltam a importância de ampliar o acesso a essas inovações, como a tecnologia nuclear, que desempenha um papel essencial no enfrentamento de doenças graves, incluindo o câncer.
 

No que consiste a área

A Medicina Nuclear, uma especialidade ímpar, utiliza radioisótopos para procedimentos de imagem e terapias direcionadas. Essa tecnologia permite detectar enfermidades em estágios iniciais, aumentando significativamente as chances de sucesso nos tratamentos. Além disso, a modalidade conhecida como teranóstico – que combina diagnóstico e terapia em um único procedimento – vem revolucionando o setor ao proporcionar abordagens mais precisas e personalizadas.
 

Cenário atual

O Brasil, no entanto, enfrenta desafios para garantir o acesso amplo a essas tecnologias. As dificuldades na produção de radioisótopos e as limitações na infraestrutura do Sistema Único de Saúde (SUS) impactam diretamente a oferta desses serviços. Dados recentes indicam que, mundialmente, há cerca de 16 reatores e 1.200 cíclotrons responsáveis pela produção desses insumos, suprindo uma demanda crescente de exames e tratamentos. Em 2022, o mercado global de Medicina Nuclear foi estimado entre US$ 5 e 10 bilhões, com projeções de crescimento para até US$ 25 bilhões até 2030. 

O país conta com onze cíclotrons em funcionamento para a produção de radioisótopos de meia-vida curta, como o flúor-18. “No entanto, o Brasil ainda depende de fontes externas para o fornecimento de molibdênio-99, essencial para a produção de tecnécio-99m, um dos radiofármacos mais utilizados em medicina nuclear. Essa dependência externa e as dificuldades logísticas para o transporte de materiais radioativos representam desafios para a especialidade no país”, conta Sibila Grallert, Managing Director na CMR Pharma e membro do Conselho Consultivo da ABDAN (Associação Brasileira para o Desenvolvimento De Atividades Nucleares). 

São 467 instalações de medicina nuclear no Brasil, incluindo hospitais, clínicas e centros especializados, distribuídos por todo o país. A maior concentração desses centros está na região Sudeste, com 253 instalações, seguida pelas regiões Sul (76), Nordeste (74) e Centro-Oeste (41). A maioria dessas instalações (457) realiza diagnóstico por imagem, enquanto 10 são dedicadas a terapias e uma é para uso veterinário. “Apesar dessa infraestrutura, o acesso aos serviços de medicina nuclear ainda é desigual, limitando o acesso da população mais vulnerável aos avanços tecnológicos na área”, explica a especialista.


 
Além de seu impacto direto na saúde, a Medicina Nuclear impulsiona avanços científicos e gera empregos qualificados em diversas áreas, desde a pesquisa até a operação de equipamentos de ponta. “A tecnologia nuclear tem um papel fundamental na modernização da medicina. O uso de radioisótopos em diagnósticos e tratamentos é uma ferramenta indispensável para salvar vidas e garantir mais precisão nas condutas médicas”, destaca Celso Cunha, presidente da ABDAN, reforçando a importância de políticas públicas para ampliar o acesso a essas tecnologias no Brasil.


Câncer de testículo é o mais comum no mundo entre os homens de 20 a 29 anos

depositphotos 
Abril Lilás: mês de conscientização sobre câncer de testículo

Em alusão ao mês de conscientização sobre câncer de testículo - Abril Lilás - o Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) alerta para a conscientização sobre esse câncer que acomete, principalmente, homens mais jovens. Em 2022, foram 17,2 mil novos casos da doença no mundo, em homens entre 20 e 29 anos, sendo o câncer mais comum entre os homens nessa faixa etária. A projeção para 2035 é de 19,3 mil. Os dados são da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer da OMS (IARC)                                                            

 

CancerToday/IARC                                                        
 
Gráfico do Câncer Today, da OMS, mostra o câncer
de testículo como o mais comum em homens de 20 a 29 anos
No “Abril Lilás”, campanha que marca o mês de conscientização sobre o câncer de testículo, o Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) alerta para pontos importantes relativos a esse tipo de câncer. O primeiro deles é que apesar de ser considerado raro no contexto geral das doenças oncológicas exclusivas do homem (entre 1% e 5% dos tumores) é o tipo de câncer mais comum no mundo entre homens jovens, até a terceira década de vida. De acordo com dados da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer da Organização Mundial da Saúde (IARC/OMS) foram 17,2 mil novos casos no mundo em 2022, em homens entre 20 e 29 anos. O Atlas de Mortalidade do Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta que o câncer de testículo foi responsável por mais de 3,7 mil mortes no Brasil entre 2012 e 2021, das quais 60% entre homens de 20 a 39 anos.


“Os dados são preocupantes, principalmente, considerando que estamos falando de uma doença que tem de 90% a 95% chances de cura ao ser diagnosticada e tratada no início”, afirma o cirurgião oncológico Gustavo Cardoso Guimarães, diretor do IUCR e coordenador geral dos Departamentos Cirúrgicos Oncológicos da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo. Segundo o especialista, no Brasil, o diagnóstico precoce é justamente o maior desafio, porque é comum o homem associar qualquer alteração no testículo com alguma doença venérea ou trauma recente e demorar para procurar o médico.

O tratamento do câncer de testículo é definido de acordo com cada paciente. A cirurgia, chamada de orquiectomia, é feita para remover o testículo com uma incisão na virilha. Nesse momento, amostras de tecido são examinadas para determinar o tipo e o estágio do câncer. Os tumores de testículo do tipo seminoma (o mais comum) são tratados com cirurgia, muitas vezes, associada com radioterapia ou quimioterapia a depender do estadiamento (fase de descoberta da doença). Em relação a sequelas da cirurgia pode haver prejuízo da fertilidade. Segundo o médico, danos a função sexual são raros e para a questão estética, no caso de remoção do testículo, há próteses.


FATORES DE RISCO

Idade: a maioria dos casos ocorre dos 20 aos 29 anos, sendo o mais comum no mundo entre os homens nessa faixa etária.

Raça: Os homens brancos têm de 5 a 10 vezes mais chances de desenvolver câncer testicular do que os homens de outras raças.

Herança genética – Quando há história familiar de câncer de testículo, o risco é aumentado.

Criptorquidia – Condição na qual o testículo não desceu para o escroto é importante fator de risco. Homens que fizeram cirurgia para corrigir esta condição também têm risco de desenvolver câncer testicular.

Síndrome de Klinefelter: risco aumentado também para quem apresenta esse transtorno cromossômico sexual, que é caracterizado por baixos níveis de hormônios masculinos, esterilidade, aumento dos seios e testículos pequenos.

Vírus da imunodeficiência humana (HIV) e tratamento anterior para câncer testicular também são fatores de risco e requerem maior atenção.


SINTOMAS

- Nódulo pequeno, duro e indolor

- Mudança na consistência dos testículos

- Sensação de peso no saco escrotal

- Dor incômoda no baixo ventre ou na virilha

- Dor ou desconforto no testículo ou no saco escrotal

- Crescimento da mama ou perda do desejo sexual

- Crescimento de pelos faciais e corporais em meninos muito jovens

- Dor lombar 

 

Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica Dr. Gustavo Guimarães – IUCR, Cirurgião oncológico Dr. Gustavo Guimarães desenvolveu ampla experiência em tecnologias e procedimentos minimamente invasivos como cirurgia laparoscópica, ultrassom focalizado de alta intensidade-HIFU e cirurgia robótica, tendo desenvolvido um consistente Programa de Consultoria e Capacitação sobre Cirurgia Robótica para Instituições de saúde em todo o país, que engloba a implantação, o desenvolvimento das diversas técnicas cirúrgicas e a capacitação das equipes. 


Homens acima dos 30 anos já enfrentam desequilíbrios hormonais

A endocrinologista Dra. Nathalia Ferreira alerta para os principais sintomas, quando buscar apoio médico e formas de tratamento

 

Os desequilíbrios hormonais costumam ser vistos como um problema exclusivo de mulheres ou pessoas mais velhas, mas essa percepção equivocada tem cada vez mais atrasado diagnósticos e tratamentos importantes. Segundo a endocrinologista Dra. Nathalia Ferreira, homens a partir dos 30 anos também podem sofrer com alterações hormonais que afetam diretamente sua qualidade de vida, causando fadiga, ganho de peso, diminuição da libido e perda de massa muscular.

“Muitos pacientes acreditam que esses sintomas fazem parte do envelhecimento natural e acabam negligenciando a busca por um especialista. No entanto, em muitos casos, essas mudanças podem ser resultado de um desequilíbrio hormonal, que pode e deve ser tratado. Além da testosterona, outros hormônios como o cortisol e a insulina também podem estar desregulados, levando a complicações como síndrome metabólica e diabetes”, diz Dra. Nathalia.

 

A médica também explica que a identificação do problema passa por exames laboratoriais específicos, que avaliam os níveis hormonais e permitem um diagnóstico preciso. “Com base nos resultados, conseguimos indicar o tratamento mais adequado, que pode incluir reposição hormonal supervisionada, mudanças na alimentação e introdução de atividades físicas específicas para estimular a produção natural de hormônios”, acrescenta a endocrinologista.

 

Prevenção e estilo de vida

O comportamento de cada pessoa também contribui para o agravamento dos desequilíbrios hormonais, já que o sedentarismo, o consumo excessivo de ultraprocessados, a privação de sono e os altos níveis de estresse podem acelerar a queda hormonal, trazendo impactos negativos para a saúde física e mental. “Dessa forma, a prevenção começa com hábitos saudáveis, mas quando os sintomas surgem, é fundamental buscar um profissional para uma avaliação completa”, reforça Dra. Nathalia.


A endocrinologista explica ainda que existem tratamentos seguros que buscam restaurar o equilíbrio hormonal dos homens. O estímulo ou reposição hormonal, por exemplo, ajuda na melhora do humor, aumento de energia, ganho de força muscular e redução de doenças crônicas.

 

Diante desse cenário, a recomendação é que homens a partir dos 30 anos já fiquem atentos a mudanças no corpo e nos níveis de bem-estar. “Caso percebam sintomas persistentes, a consulta com um endocrinologista pode ser decisiva para garantir qualidade de vida e envelhecimento saudável”, explica Dra. Nathalia. 

 

Dra. Nathalia Ferreira - Membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a Dra. Nathalia Ferreira possui Mestrado em Endocrinologia na USP de São Paulo e o título de Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Além disso, a médica possui ainda um curso de Especialização em Ultrassonografia de Tireoide e se apresenta como a autora de dois Ebooks: “Mãe, estou virando mocinha?” e “Receitas saudáveis e práticas”.



Ácaros e poeira no outono: os vilões invisíveis que podem afetar sua visão e causar conjuntivite alérgica

 

Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia alerta sobre como esses microrganismos e a  poeira acumulada nesta estação podem desencadear alergias e irritações oculares, como a conjuntivite


Com a chegada oficial do outono nesta quinta-feira, os ácaros ganham destaque como vilões invisíveis da saúde ocular. A combinação de temperaturas mais amenas e maior permanência em ambientes fechados cria o cenário perfeito para o acúmulo de poeira e partículas irritantes, elevando os riscos de conjuntivite alérgica. Além disso, roupas e cobertores guardados por meses se tornam verdadeiros reservatórios desses microrganismos, aumentando a exposição ocular. 

Segundo o oftalmologista Marcello Colombo Barboza, professor livre-docente com doutorado e pós-doutorado em Oftalmologia e especialista do Hospital Oftalmológico Visão Laser, referência na Baixada Santista e São Paulo, os olhos são extremamente sensíveis a ácaros e poeiras químicas, o que torna os quadros alérgicos mais frequentes nesta estação. “Pacientes alérgicos percebem um aumento significativo nos sintomas, como coceira intensa, olhos vermelhos e irritação ocular. Sem o tratamento adequado, esses quadros podem se agravar e comprometer a qualidade de vida”, explica o especialista.

E como prevenir esses problemas? 

Para manter a saúde ocular em dia e evitar os efeitos indesejáveis dos ácaros, o especialista dá algumas dicas são essenciais:

  • Lave roupas e cobertores antes do uso: Peças guardadas por longos períodos acumulam ácaros e podem desencadear alergias oculares. Lave-as com frequência.
  • Mantenha a higiene do ambiente: Aspire sofás, tapetes e cortinas regularmente para minimizar a presença de poeira e microrganismos irritantes.
  • Evite coçar os olhos: A coceira pode piorar a irritação e até causar pequenas lesões na superfície ocular. O uso de compressas frias pode aliviar o desconforto.
  • Evite contato direto com poeira ao reorganizar armários: Durante o outono, muitas pessoas mexem em guarda-roupas e estantes, levantando partículas que podem irritar os olhos. Usar óculos de proteção ou limpar as peças ao ar livre ajuda a reduzir o impacto.
  • Busque atendimento oftalmológico: Ao perceber sintomas persistentes como vermelhidão intensa, lacrimejamento excessivo ou visão embaçada, é fundamental procurar um especialista para avaliar a necessidade de um tratamento adequado.


Hospital Oftalmológico Visão Laser


BOLETIM DAS RODOVIAS

Sistema Anhanguera-Bandeirantes registra tráfego tranquilo nesta quinta-feira

 

A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo na tarde desta quinta-feira (27).

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Operação 5x5 - Tráfego normal, sem congestionamento.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

Tráfego normal, sem congestionamento.

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

Tráfego normal nos dois sentidos da Raposo Tavares (SP-270). Na Castello Branco (SP-280), o tráfego é intenso no sentido capital do km 26 ao km 24, no sentido interior há lentidão do km 20 ao km 24.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

Tráfego normal, sem congestionamento.


Lugar de mulher é no Direito Penal, sim! 5 dicas para advogadas que querem atuar na área

Área ainda é uma das que têm menor presença feminina 

 

São grandes os desafios que muitas advogadas enfrentam, principalmente, ao ingressar no Direito Penal, um ramo ainda dominado por homens. Mas quem deseja trilhar esse caminho pode - e deve - se preparar para superar barreiras. 

Advogada especialista em Direito Penal e professora da Faculdade Milton Campos, Juliana Franco Fulgêncio Fonseca, admite que esta área é complexa e desafiadora, especialmente para as mulheres e, entre os principais desafios estão “preconceito e machismo”. “A presença feminina ainda é vista com resistência em um meio tradicionalmente masculino, onde muitas vezes a credibilidade da advogada pode ser questionada”, pontua. 

Outra questão é o “ambiente hostil”. A professora Juliana explica que o contato direto com delegacias, presídios e tribunais pode ser intimidador, além de exigir firmeza e preparo para lidar com situações de risco e exposição a crimes violentos. 

Outros pontos que a professora enumera como desafio é a “dificuldade de ascensão”, que, infelizmente, ainda é muito presente, e saber “conciliar a vida pessoal e profissional”. “A área penal demanda disponibilidade, plantões e atendimento emergencial a clientes, o que pode ser um desafio para mulheres que precisam conciliar a carreira com a vida familiar”, admite. 

Mas, para toda dificuldade há soluções e é nisso que a professora da Faculdade Milton Campos se baseia ao reunir cinco dicas valiosas para advogadas que desejam entrar e crescer nesta área: 

1 - Aprimoramento técnico: investir em especializações, cursos práticos e pós-graduações para ter um diferencial competitivo.

2 - Autoconfiança e posicionamento firme: demonstrar segurança e assertividade no exercício da profissão, evitando ser subestimada.

3 - Construção de networking: participar de eventos, congressos e associações da área penal para fortalecer contatos e oportunidades.

4 - Mentoria e representatividade: buscar inspiração em outras advogadas penais de sucesso e contar com mentores que possam guiar no início da carreira.

5 - Segurança pessoal: adotar estratégias para proteger-se, como escolher bem os clientes, evitar atuar sozinha em certas ocasiões e estar sempre atenta ao ambiente ao redor. 

Pesquisa do 1º Estudo Demográfico da Advocacia Brasileira (Perfil ADV 2024) da OAB mostra que apenas 6% das advogadas entrevistadas atuam na área penal. Enquanto a porcentagem de homens é quase o dobro 10% dos entrevistados. De acordo com a professora, isso pode ser explicado por outros fatores, além dos já citados neste texto. 

Cultura e estereótipos de gênero, nos quais “há uma visão tradicional de que a advocacia penal é um espaço masculino, o que desencoraja mulheres a ingressarem na área”. Além disso, acrescenta, há o chamado “preconceito institucional”, no qual as mulheres enfrentam resistência de colegas, clientes e autoridades, o que dificulta a ascensão na carreira. “Apesar desses desafios, muitas mulheres têm se destacado na advocacia penal, provando que competência, estratégia e resiliência são fundamentais para o sucesso na área”, garante a professora.

 

Especialista aponta tendências que moldarão a relação entre empresas e profissionais nos próximos anos

 

Até 2030, seis em cada dez profissionais precisarão passar por requalificação ou treinamento devido à automação e às novas exigências do mercado, segundo o Relatório Futuro do Trabalho 2025, do Fórum Econômico Mundial. Mas quais mudanças realmente definirão os rumos do trabalho nos próximos anos?

 

Para Thais Requito, especialista em desenvolvimento humano e produtividade sustentável, há cinco movimentos globais que estão moldando essa nova era: flexibilidade, longevidade, produtividade aumentada por tecnologia, pluralidade e regeneração.

 

“As transformações que estamos vivendo exigem uma nova abordagem, tanto das empresas quanto dos profissionais. Não basta apenas se adaptar – é preciso entender como essas tendências impactam o presente e moldam o futuro para agir de forma estratégica”, destaca Thais.

 

Especialista explica os cinco movimentos globais. Confira:

 

1. Flexibilidade: um futuro menos rígido

O conceito de trabalho está se tornando cada vez mais fluido, eliminando restrições geográficas e horários fixos. A flexibilidade se manifesta na forma como as pessoas colaboram, no tempo dedicado ao trabalho e até mesmo nos critérios para medir produtividade. Modelos híbridos e jornadas reduzidas devem ganhar força, com um foco crescente na entrega de resultados, em vez do controle rígido das horas trabalhadas.

 

“A possibilidade de trabalhar remotamente ou de maneira assíncrona não só beneficia os profissionais, que ganham autonomia, como também amplia o acesso das empresas a talentos em qualquer lugar do mundo. Já sabemos que a presença física não é mais essencial para que uma reunião seja produtiva. A tendência é que o trabalho presencial seja cada vez mais intencional e voltado para momentos estratégicos de colaboração”, explica Thais.

 

2. Longevidade: aprender para acompanhar as mudanças

O aumento da expectativa de vida está impactando diretamente as carreiras. Profissionais precisarão se reinventar diversas vezes ao longo da vida, pois a lógica tradicional de carreira linear – onde se começa como estagiário e se sobe progressivamente até um cargo de liderança – está cada vez mais rara.

 

“Não só viveremos mais, como trabalharemos por mais tempo. Isso significa que mudar de indústria, de ocupação e até começar do zero em outra profissão será cada vez mais comum. Esse cenário torna o aprendizado contínuo um elemento indispensável para se manter relevante. Além disso, as empresas precisarão repensar seus modelos para garantir bem-estar e qualidade de vida, pois isso será determinante para retenção de talentos”, afirma a especialista.

 

3. Produtividade: um novo olhar com a tecnologia

A tecnologia está redefinindo a relação entre trabalho humano e automação. Muitas funções repetitivas e operacionais serão substituídas por inteligência artificial e automação, ao mesmo tempo em que novas oportunidades surgirão.

 

“Ferramentas de automação e inteligência artificial permitirão que os profissionais foquem em atividades mais estratégicas, eliminando tarefas operacionais. Isso, por sua vez, vai mudar a forma como medimos produtividade. Não fará mais sentido avaliar desempenho com base em horas de trabalho, mas sim no impacto e nos resultados entregues”, pontua Thais.

 

4. Pluralidade: mais do que abrir portas, é dar voz

A pauta da diversidade e inclusão avança no mercado de trabalho, mas ainda há desafios na criação de ambientes verdadeiramente inclusivos. Empresas precisarão ir além das contratações para atender metas e investir na construção de espaços onde diferentes perfis possam atuar com autonomia e entregar resultados.

 

“Diversidade e inclusão não podem ser apenas uma estratégia de branding. É preciso criar estruturas reais de suporte e desenvolvimento para que esses talentos possam prosperar. Além disso, a tecnologia pode ocupar muitos trabalhos operacionais, e isso exige que as empresas pensem em formas de capacitar e incluir quem for impactado por essas mudanças”, alerta Thais.

 

5. Regeneração: responsabilidade ambiental e social

O lucro a qualquer custo não é mais sustentável – nem para empresas, nem para a sociedade. Cada vez mais, as novas gerações e investidores pressionam por modelos de negócios que equilibrem rentabilidade com impacto ambiental e social.

 

“As empresas que não incorporarem a regeneração em seus modelos de negócio vão perder espaço. O mercado já está exigindo não apenas mitigação dos danos ambientais, mas um compromisso real com práticas sustentáveis. Além disso, a regeneração também precisa acontecer dentro dos ambientes corporativos: uma cultura de trabalho mais saudável será essencial para atrair e reter talentos no futuro”, enfatiza Thais. 

 

Thais Requito - Especialista em desenvolvimento humano, inteligência emocional e produtividade sustentável, com mais de 10 anos de experiência corporativa (incluindo oito anos na Microsoft). Desde 2015, SoThais ministra cursos e workshops na Europa e América Latina, ajudando pessoas e organizações a desenvolverem competências essenciais para o futuro do trabalho, como adaptabilidade, resiliência e produtividade sustentável.

 

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