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Data é celebrada
em 27 de fevereiro e ressalta o papel dessa ferramenta na aprendizagem de
alunos de diferentes idades
Os livros didáticos desempenham um papel fundamental na educação das crianças, servindo como uma ponte entre o conhecimento e o aprendizado estruturado em diferentes áreas do saber. Eles não apenas fornecem acesso a conteúdos organizados e atualizados, mas também contribuem para o desenvolvimento do pensamento crítico, da criatividade e da autonomia dos alunos. Seja em escolas públicas ou particulares, essa ferramenta é essencial para a formação dos estudantes em diferentes fases do desenvolvimento. O que muitos desconhecem é que em 27 de fevereiro é celebrado o Dia Nacional do Livro Didático, uma forma de homenagear um material crucial para o processo educacional. Uma figura importante na modernização do ensino brasileiro por meio dos livros foi Abílio César Borges.
De acordo com dados do MEC (Ministério da Educação), a ampliação do investimento no PNLD (Programa Nacional do Livro e do Material Didático) chegou a R$ 2,1 bilhões em 2024, valor 79% maior do que foi investido para o ano letivo de 2023, segundo levantamento do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), autarquia vinculada ao MEC. Durante o ano letivo de 2024, o programa distribuiu 194,6 milhões de exemplares, visando atender mais de 31 milhões de estudantes em todo o país.
Na visão de Ludovico Omar Bernardi, diretor acadêmico do Grupo MoveEdu – detentor das marcas Microlins, Prepara Cursos e Ensina Mais Turma da Mônica - ao oferecer materiais adaptados a cada fase do aprendizado, os livros didáticos garantem que as crianças tenham uma base sólida em disciplinas essenciais como matemática, língua portuguesa, ciências e história. Além disso, esses recursos auxiliam os professores na condução das aulas, proporcionando um roteiro pedagógico estruturado e alinhado às diretrizes educacionais.
“Mesmo com o avanço da digitação e dos recursos modernos, o material didático mantém seu papel fundamental no processo educacional. Mesmo em um período em que há o uso excessivo de telas, os livros, que já eram importantes, ganharam um novo papel, que é trabalhar a atenção e a concentração das crianças, despertando o gosto pela leitura e pelo ensino”, explica o diretor acadêmico do Grupo MoveEdu.
Outro aspecto crucial desse material é a democratização do ensino. Em muitas regiões, especialmente nas mais carentes, a ferramenta é a principal e, por vezes, a única fonte de informação para os estudantes. Dessa forma, garantir o acesso a livros de qualidade é um passo essencial para reduzir as desigualdades educacionais e promover uma educação mais inclusiva.
“Além da
transmissão de conhecimento, os livros didáticos estimulam o hábito da leitura
desde cedo, algo que impacta diretamente no desenvolvimento cognitivo e na
capacidade de interpretação dos alunos. Crianças que crescem tendo contato com
bons materiais tendem a desenvolver maior habilidade na interpretação de
informações e na escrita, o que reflete positivamente em toda a sua trajetória
acadêmica e profissional. Por isso, é fundamental que escolas, educadores,
gestores e famílias valorizem e incentivem o uso dos livros didáticos. Investir
nesta ferramenta materiais é investir no futuro das crianças e no progresso de
uma sociedade mais justa, informada e preparada para os desafios em diferentes
áreas da vida”, ressalta Ludovico Omar Bernardi.
História
Um nome que merece destaque neste cenário é o de Abílio César Borges (1824–1891) que foi educador, médico e intelectual brasileiro, que desempenhou um papel fundamental na modernização do ensino no país durante o século XIX. Ele é reconhecido por ter sido um dos principais responsáveis pela introdução e difusão do livro didático nas escolas brasileiras.
Durante o século
XIX, o ensino no Brasil era precário e pouco estruturado, já que as escolas
careciam de métodos pedagógicos organizados, e os materiais eram escassos. A
educação, em grande parte, seguia o modelo tradicional baseado na memorização e
na oralidade. Foi nesse cenário que Abílio César Borges propôs reformas
educacionais, enfatizando o uso de livros didáticos para sistematizar e
melhorar o aprendizado. Seus esforços foram fundamentais para consolidar o uso
dessa ferramenta nas escolas, pois ele acreditava que o material impresso
poderia padronizar o ensino e facilitar o aprendizado. Além disso, Abílio César
Borges também atuou como autor e organizador de materiais didáticos, ajudando a
estruturar o ensino primário no Brasil.
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