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domingo, 23 de fevereiro de 2025

Inflação pet: como a humanização dos animais de estimação tem movimentado a economia

Percebe-se cada vez mais o aumento de pessoas e famílias que adotam pets e, muitos deles, consideram os animais como seus próprios filhos. É o fenômeno da humanização, que está se transformando em uma tendência global. Para a professora de economia e coordenadora do laboratório de inteligência financeira da ESPM, Paula Sauer, o Brasil se destaca nesse cenário, mas não está sozinho. Uma pesquisa da consultoria Nielsen, em 2016, revelou que 95% dos proprietários de animais de estimação nos Estados Unidos os consideravam parte da família. Já de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de animais domésticos no país aumentou de 132,4 milhões em 2013 para 144 milhões em 2022. 

Por conta dessa alta adoção de animais, houve uma movimentação significativa na economia brasileira. Paula explica que produtos que antes eram comprados apenas por donos de pets de classe média, agora passam a ser oferecidos e procurados por todos.  

“A demanda por produtos que são relativos a essa humanização, como escola, plano de saúde, creche, perua(van), roupinhas e alimentação natural, aumentou de preço porque aumentou a demanda”, diz Sauer. Hoje, a maioria dos produtos são taxados e tributados em 50%, pois entram na alíquota dos produtos supérfluos.

A professora de economia da ESPM acrescenta que, com esse crescimento das famílias multiespécies, é importante pensar em planejamento financeiro. “Não dá para levar para casa um pet por impulso. É uma responsabilidade por toda a vida deles e que vai impactar o orçamento familiar.” No entanto, a percepção dos gastos é bastante diversa. Para algumas pessoas, os gastos têm a justificativa de proporcionar maior bem-estar para o animal, não medem esforços e incluem o pet no orçamento familiar; já outras, não têm a mínima ideia dos gastos no dia a dia, até que haja um impacto maior, como uma emergência veterinária.




Fonte: Paula Sauer - professora de economia e coordenadora do laboratório de inteligência financeira da ESPM



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