Amora e Dom (Divulgação arquivo pessoal)
Médica-veterinária explica que respeitar os limites do pet é fundamental para que tutores e animais curtam a folia em segurança
O Carnaval está chegando e, assim
como nós, humanos, muitos pets também caem na folia. É comum vermos
principalmente cães fantasiados e curtindo os bloquinhos ao lado dos seus
tutores. Mas qual o limite para aproveitar a festa sem causar riscos para a
saúde dos animais? A médica-veterinária de GranPlus (BRF Pet), Mayara
Andrade, alerta para três cuidados essenciais: com a pele; com
a hidratação; e com o respeito à vontade dos pets. O adestrador Fabio Wellisch
também dá dicas para ter a melhor experiência possível ao lado dos pets.
Cuidado com a pele: evite tinturas e
fantasias
No Carnaval, entre as tradições estão as fantasias e as pinturas no corpo, o que os tutores podem acabar replicando para os seus pets. A médica-veterinária explica que os cães podem, sim, fazer parte da folia, mas com alguns cuidados no momento dessas brincadeiras:
“O uso de tintas para coloração dos pelos, que não são voltadas para os pets, por exemplo, pode resultar em alergias a alguns dos componentes do produto, especialmente em pets que já têm essa predisposição, como pets com pelagem clara e quadros de alergias já diagnosticados. Além de alergias, outro risco é o de intoxicação, porque os pets acabam lambendo o produto do pelo e da pele. Dependendo da composição da tinta, ela pode apresentar algum componente químico que pode predispor a intoxicação na ingestão", alerta.
Além das tintas, o ideal, segundo o adestrador, é evitar também fantasias muito pesadas, já que os pets podem se sentir desconfortáveis, além de incomodados devido ao calor.
“É claro que as fantasias não podem ficar de fora, mas de
preferência as mais frescas e confortáveis, sempre respeitando o bem-estar do
animal”, completa Fabio Wellisch, que, além de adestrador, é tutor da Pirigueti
e da Emoji, duas cachorrinhas que adoram cair na folia.
Cuidado com o calor: mantenha o pet hidratado
Ondas de calor vêm afetando diversas regiões do país neste início de ano, e durante o Carnaval não deverá ser diferente. A previsão é de que uma nova onda de calor se forme na segunda metade deste mês e persista até o início de março, com temperaturas mais altas do que o normal e sol intenso. Por isso, Mayara lembra que alguns cuidados são essenciais para manter o pet hidratado e seguro.
“O tutor precisa ficar muito atento para evitar a desidratação dos
pets. Além de levar sempre água para eles, uma dica é oferecer também alimentos
úmidos, como patês e sachês, que são fáceis de serem transportados e são uma
ótima opção para hidratação dos animais. Escolha patês ou sachês de alta
qualidade e com alto teor de água, porque são uma forma eficiente de contribuir
com esse consumo, além de serem altamente saborosos até para os paladares mais
exigentes. É uma maneira saborosa e nutritiva para os pets durante a
folia", explica a profissional de GranPlus.
Segundo Mayara, os sachês são utilizados porque podem
chegar a 80% ou mais de água. Uma dica pode ser congelar os sachês em forminhas
de gelo e oferecer para os pets antes ou depois da folia. Existem sachês e
patês para todos os portes e fases de vida dos pets.
A médica-veterinária orienta também que os tutores
evitem a folia em horários com sol forte, principalmente nos blocos ou
atividades ao ar livre, “pois o chão fica quente e pode causar queimadura
nas patinhas e pode elevar demais a temperatura corporal dos cães, podendo
gerar quadros de intermação", completa.
Cuidado com locais populosos: respeite a vontade do pet
"Independente do tipo de Carnaval que o tutor escolher, é fundamental respeitar a vontade do pet. Não podemos forçá-lo a situações em que ele não se sinta seguro ou confortável, como no caso de cães menos sociáveis, tímidos ou medrosos. E mesmo para os pets sociáveis, a dica é optar por blocos de rua ou locais (shoppings, hotéis, pousadas, clubes e restaurantes) pet friendly e menos tumultuados", explica a médica-veterinária.
Segundo a profissional, locais que não apresentam essa opção
geralmente são mais populosos e podem, além de não permitir a entrada,
assustá-los devido à altura do som e outros barulhos, causando transtornos
maiores, como a possibilidade de fuga ou estresse.
Além disso, outro cuidado essencial, segundo ela, é
respeitar o limite dos pets. "Independente da idade, não ultrapasse a
carga de exercício físico que seu pet está acostumado a fazer", finaliza.
O adestrador acrescenta que participar de blocos de carnaval com cães pode ser uma “experiência incrível, promovendo a socialização e o bem-estar tanto dos cães quanto dos humanos”.
“Mas para garantir uma folia segura, é essencial usar tags de
identificação nos pets, prevenindo que se percam. Atenção especial deve ser
dada a cães medrosos para evitar traumas ou agressões. Fique atento aos sinais
de estresse e tente garantir um ambiente tranquilo, se sentir que o seu cão
está desconfortável, acompanhe a folia com alguma distância.", explica
Fabio.
Tutores já se preparam para cair na folia com os pets
A engenheira Civil Bianca Loreto, moradora do Rio de Janeiro, está
entre os tutores que não abrem mão de cair na folia acompanhados dos seus fiéis
escudeiros. Tutora do Dom e da Amora (dois cães), ela já se prepara para curtir
os bloquinhos pela cidade.
"O Dom e a Amora adoram cair na folia junto
com a gente, mas sempre tomo alguns cuidados, como escolher lugares frescos e
arejados, usar apenas adereços leves e, claro, sempre levar água geladinha e
frutinhas para hidratação. E 'simbora' cair na folia do bloCÃO", conta.
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