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sábado, 22 de fevereiro de 2025

Preparando as emoções para a (re)adaptação escolar

Especialista dá dicas para um retorno às aulas mais leve, seguro e acolhedor 


O início de um novo ano letivo e o retorno às aulas após um período de férias pode ser um momento desafiador para muitas crianças. A (re)adaptação escolar exige uma reorganização interna, especialmente porque precisam transitar de um ambiente mais flexível e próximo da família para a rotina estruturada do ambiente escolar. Entre os desafios enfrentados pelas crianças estão a adaptação aos horários escolares, a separação dos pais e o convívio com novos grupos. Esses fatores podem gerar ansiedade e comportamentos como choro, irritação ou até mesmo queixas físicas sem causa aparente. 

 

Simone Costa, coordenadora pedagógica da Educação Infantil e Ensino Fundamental – Anos Iniciais do Colégio Rio Branco, destaca a importância de compreender e acolher as emoções das crianças nesse processo. “Retornar à escola envolve desafios emocionais significativos, as crianças enfrentam mudanças na rotina. É fundamental que o colégio ofereça apoio emocional para que esse momento seja mais leve e positivo. Um ‘friozinho na barriga’ é natural, mas é importante que pais e professores estejam atentos a sinais de dificuldade, como noites mal dormidas ou falta de entusiasmo prolongada em relação ao retorno", explica. 

 

Estratégias para um retorno mais tranquilo 

 

Os pais desempenham um papel essencial na adaptação dos filhos à rotina escolar. Para ajudar nesse processo, algumas estratégias podem ser adotadas em casa, como estimular a criança a expressar seus sentimentos e expectativas sobre a volta às aulas. “A promoção de um diálogo aberto e o apoio emocional da família são essenciais para que as crianças lidem com seus sentimentos e se sintam seguras", afirma Simone. Outras iniciativas, como visitar a escola antes do início das aulas, preparar os materiais escolares junto com a criança e incentivar encontros com colegas de classe também contribuem para reduzir a ansiedade. “Essas ações, simples, mas significativas, ajudam a construir uma transição mais tranquila”, complementa. 

 

Para que a adaptação escolar seja bem-sucedida, a rotina familiar também precisa ser ajustada.  A coordenadora recomenda a criação de horários regulares para dormir, acordar, brincar e se alimentar. "A organização do tempo traz segurança às crianças e facilita o ajuste para uma rotina mais estruturada", explica. 

 

O papel da escola no acolhimento emocional 

 

Além do apoio familiar, a escola desempenha um papel fundamental na adaptação emocional das crianças. No Colégio Rio Branco, práticas como dinâmicas em grupo, rodas de conversa e brincadeiras interativas são implementadas para fortalecer os laços entre estudantes e professores. "A integração promove confiança e pertencimento, essenciais para um ambiente escolar acolhedor", afirma Simone. 

 

Desde o primeiro dia de aula, atividades como "Quem sou eu?", "Teia da Amizade" e "Jogo das Semelhanças" ajudam os alunos a interagir de forma lúdica, reduzindo a ansiedade e fortalecendo os vínculos. "Ao criar um ambiente seguro e valorizar as individualidades, os professores ajudam as crianças a se sentirem valorizadas e confiantes", explica. 

 

A postura dos educadores é essencial para esse processo. O uso de uma comunicação positiva, o respeito às diferentes opiniões e a valorização das particularidades de cada aluno criam um ambiente de acolhimento e segurança emocional. "Os educadores são peça-chave na segurança emocional dos alunos, quando criam um ambiente acolhedor e incentivam o diálogo, contribuem para a autoconfiança e o bem-estar dos estudantes", destaca a docente.

 

Colégio Rio Branco

www.crb.g12.br

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