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No
contexto atual do mercado imobiliário brasileiro, a regularização de imóveis se
destaca como uma medida preventiva fundamental para evitar conflitos futuros e
garantir um planejamento sucessório tranquilo. Segundo a advogada da vara de
família, Luciana Gandra, a ausência de regularização prévia pode gerar sérios
danos, tanto em termos financeiros quanto emocionais, pois propriedades
irregulares frequentemente se transformam em fontes de litígio e disputas
familiares que se estendem por anos, comprometendo a efetividade de um
inventário .
O
instituto do usucapião, previsto no Código Civil brasileiro (Lei nº
10.406/2002) e respaldado pela Constituição Federal, permite a aquisição da
propriedade por meio da posse prolongada e ininterrupta, desde que preenchidos
determinados requisitos legais. Diferentes modalidades — como a usucapião
extraordinária, ordinária, especial urbana e especial rural — oferecem caminhos
para regularizar bens que, por vezes, permanecem fora do registro formal devido
a questões históricas ou burocráticas. Essa ferramenta jurídica não só
consolida a segurança jurídica do imóvel, mas também valoriza o patrimônio e facilita
a transmissão dos bens aos herdeiros.
Especialmente
para microempresas familiares, a regularização dos imóveis utilizados tanto
como residência quanto como local de trabalho é crucial. Propriedades que não
estão devidamente regularizadas podem dificultar negociações, restringir o
acesso a financiamentos e desvalorizar ativos essenciais para a continuidade
dos negócios. Estudos recentes, como os divulgados pelo Conselho Federal de
Justiça e pelo IBGE, apontam que imóveis com problemas de registro podem
aumentar em até 20% o risco de litígios sucessórios, prejudicando a
estabilidade financeira de famílias empresariais.
Luciana
Gandra ressalta: "A regularização dos imóveis é uma etapa preventiva
indispensável no planejamento sucessório. Quando os bens são formalmente
registrados, o processo de inventário e a elaboração do testamento se tornam
muito mais simples, evitando disputas que podem comprometer não apenas o
patrimônio, mas também a harmonia familiar." Essa abordagem é ainda mais
relevante no cenário em que a valorização do bem e a segurança nas transações
comerciais são determinantes para a continuidade das atividades empresariais
familiares.
Diante de um ambiente cada vez mais competitivo e de uma legislação que exige precisão documental, o uso da usucapião e a regularização dos imóveis devem ser encarados como estratégias essenciais de planejamento sucessório. Assim, famílias e microempresas podem se proteger contra danos irreparáveis, garantindo uma transição patrimonial ordenada e segura para as próximas gerações.
ABGA
Luciana Gandra
Advogada Familiarista
luciana@abga.adv.br / contato@abga.adv.br
@abga.adv_
www.abga.adv.br
Rua Candido Lopes, 205, Cj 31 e 32, Ed.Brasilino Moura, Centro,
Curitiba/PR.
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