- Lei pode beneficiar clubes endividados ou aqueles que procuram maior competitividade no cenário nacional
- No início deste ano, clubes como Guarani, Ponte Preta,
Náutico e Sport, seguiram a iniciativa do Figueirense, que foi o pioneiro neste tipo de pedido, e entraram com suas respectivas recuperações judiciais
Após diversos clubes de futebol buscarem a modernização de suas estruturas internas, visando a transformação em Sociedades Anônimas do Futebol, com todos os benefícios e as possibilidades que a Lei oferece, diversos clubes e associações desportivas tradicionais sem fins lucrativos decidiram entrar com pedidos de recuperação judicial.
Somente no início deste ano, clubes como Guarani, Ponte Preta, Náutico e Sport, seguiram a decisão do Figueirense, que foi o pioneiro neste tipo de pedido.
Para Filipe Souza, advogado, coordenador da LBZ Advocacia e especialista em Recuperação Judicial, há diversas razões para o superendividamento desse setor, entre as principais estão a ausência de gestões financeiras profissionalizadas e a saúde financeira crítica dos clubes de futebol. Nesse contexto, a lei estabelece normativas para regularizar a situação de crise que essas instituições atravessam, proporcionando o ingresso de novos investimentos com maior segurança jurídica.
“Atualmente, os clubes têm a
oportunidade de renegociar suas dívidas de forma proativa perante seus
credores, em condições que anteriormente não eram possíveis. Esse mecanismo se
tornou extremamente confiável e fundamental para o futuro dessas associações”,
ressalta.
Clubes também focam na
renegociação do passivo tributário
Vários clubes negociaram seus
passivos tributários junto à PGFN (Procuradoria Geral da Fazenda Nacional). O
Corinthians, por exemplo, renegociou débitos tributários e previdenciários no
valor de R$142,7 milhões. Já o Cruzeiro obteve desconto de mais de 54% sobre o
valor inscrito em dívida ativa, reduzindo o montante devido de R$334 milhões
para R$182 milhões, com alongamento em 145 parcelas. Além disso, o Botafogo
obteve redução de mais de 50% do passivo tributário e um prazo alongado de 12
anos para dívidas tributárias e de cinco anos para dívidas previdenciárias, possibilitando
a venda do time ao empresário americano John Textor.
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