Psicóloga do Sesc e Senac explica como a presença paterna é essencial para o desenvolvimento social, cognitivo, físico e afetivo da criança
A
representação paterna na cultura popular sempre empurrou o estereótipo de pais
como emocionalmente desconectados e com o papel principal de provedor do lar.
Felizmente essa concepção tem mudado e cada vez mais tem se discutido o papel
do pai na criação dos filhos. De acordo com a psicóloga e chefe da seção de
Recrutamento e Seleção do Sesc e Senac Goiás, Adriana Perim Maciel, a presença
do pai é essencial para o desenvolvimento social, cognitivo, físico e afetivo
da criança.
“Cada
processo do desenvolvimento humano é único, pois cada indivíduo se organiza por
meio das relações que se estabelece, das experiências que vivem e das
circunstâncias que têm. A figura do pai hoje, emocionalmente presente na vida
de um filho, colabora muito para o desenvolvimento da criança, que amanhã será
um adulto convivendo em sociedade”, afirma Adriana Perim Maciel.
A
psicóloga explica que o se sentir amado e acolhido faz toda a diferença no
crescimento do filho e que esse processo se inicia já na gestação. “Durante a
gravidez, o pai pode e deve participar dando apoio e assistência, acompanhando
os exames, consultas, e toda a preparação para o nascimento, seja ele o enxoval
ou o quartinho. Tudo isso faz parte para a elaboração dessa nova função e papel
que ele vai desempenhar, que é o de ser pai”, ressalta. Ela garante que ainda
antes mesmo do nascimento, o pai deve estimular o filho, cantando, contando
histórias, sorrindo, beijando, acariciando tanto a mãe quanto a barriga.
Um estudo realizado na Universidade de Michigan mostrou que crianças com pais participativos demonstravam mais autocontrole e habilidade de cooperação. A pesquisa, que analisou dados de 730 famílias norte-americanas, aponta que a qualidade da relação entre pais e filhos têm muita influência no desenvolvimento da criança. Essa ligação duradoura e profunda só se conquista com a presença ativa na rotina.
Segundo
a psicóloga Adriana Perim Maciel, a participação ativa é aquela vivida com
qualidade e não baseada na quantidade. “Não existe uma fórmula para a
plenitude da paternidade, o filho não vem com manual de instruções, mas existem
muitas condutas que podem fazer que o pai fique mais presente na vida de um
filho. Quando falamos de presença, não é a presença física. Têm muitos pais que
dividem a mesma casa e estão no mesmo ambiente, mas naquele momento eles estão
conectados em outros mundos e não conectados naquela experiência com o filho no
ambiente físico”, enfatiza.
Ela destaca que os meios digitais colaboram muito para encurtar a distância e contribuir para que o pai esteja presente. Se o pai não pode estar no horário do almoço com o filho, ele pode fazer uma chamada de vídeo com a criança. Da mesma forma, o pai é presente ao perguntar como que foi a escola, o que ela está comendo e combinar com a criança um horário para o próximo encontro, por exemplo.
“A
criança com mais equilíbrio emocional, passa a ser mais independente, tem uma
maior autoestima e autoconfiança, isso é fruto de um relacionamento saudável
que ela teve lá na infância com o relacionamento dos pais presentes”, ressalta
a psicóloga Adriana Perim Maciel.
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entrevista completa.
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