A proposta de
ambientes virtuais coletivos e hiper-realistas já está integrando o pacote de
estratégias digitais de muitas empresas
O conceito de metaverso é compreendido como um
ambiente virtual imersivo, coletivo e hiper-realista, onde as pessoas poderão
conviver e interagir. A ideia do ambiente e da experiência já era representado
no imaginário das mentes criativas de obras como o filme Tron, dirigido por
Steven Lisberger (1982), e os livros Neuromancer (1984), de William Gibson, e
Snow Crash (1992), de Neal Stephenson, em que o termo metaverso foi utilizado
pela primeira vez.
Essa é uma evolução da nossa internet atual e que
vai estabelecer a convergência do mundo físico com o digital, por meio de novos
ambientes, com foco em entretenimento, relacionamento, compras, além de
aplicações em educação, saúde, entre outros. Essas novas plataformas
utilizam-se de ferramentas de imersão como realidade virtual e/ou realidade
aumentada, além de integrações de sistemas. Muitas adotaram a abordagem
“gameficada” para incorporar o conceito do metaverso em suas estratégias. O
Second Life, lançado em 2003 pela empresa Liden Lab, simula a vida real em um
ambiente virtual. Roblox (2006) e Minecraft (2011) criaram um ambiente
tridimensional em que os usuários participam de missões, relacionam entre si e
podem ir a eventos.
A grande empresa do segmento da moda, Gucci, vendeu
uma versão virtual de sua bolsa Dionysius dentro da plataforma do jogo Roblox
por mais de 4 mil dólares, alcançando um valor acima do produto físico. E, no
ano passado, a cantora norte-americana Ariana Grande fez um show no Fortnite,
assim como o rapper Travis Scott havia feito um ano antes, quando se apresentou
para uma audiência de 27,7 milhões de usuários.
O Sebrae avalia que embora essa nova tecnologia
ainda não esteja plenamente difundida no Brasil, é importante considerar que
grandes inovações disruptivas, a exemplo do que foi a internet em sua origem,
têm um enorme potencial de criação de novos mercados e isso deve acontecer
também com o metaverso. A tendência é que essa nova tecnologia passará a ser a
nova fronteira entre a interação e o atendimento, revolucionando a comunicação
virtual, da mesma forma como ocorreu com as mídias sociais, além de influenciar
as novas formas de relacionamento com o cliente.
O limite para o metaverso é a imaginação humana.
Nesse sentido, a possibilidade de criação de vários mundos, pautados em objetos
virtuais e experiências digitais, faz com que esse modelo possa ser aplicado a
uma infinidade de possibilidades. Não só de interação entre pessoas, mas também
de novos formatos de negócios.
Para as micro e pequenas empresas, a orientação do
Sebrae é para que esses empreendedores se concentrem no operacional e foquem em
atender às demandas que o seu consumidor exige dele agora, mas sem perder de
vista as possibilidades que as novas tecnologias estão ofertando. É importante
entender que o digital está cada vez mais ganhando força e que a Geração Z
(pessoas nascidas a partir dos anos 2.000) prefere se relacionar com as marcas
por meio do digital, mesmo que demande contato físico também. As marcas tendem
a se expandir a partir do on-line, e, para isso, é preciso fazê-lo bem, com uma
presença profissional, qualificada, como parte da condição de ter fluxo na loja
física.
Confira alguns conteúdos produzidos pelo
Sebrae sobre o metaverso:
Metaverso:
o que é, como funciona e como aplicar aos pequenos negócios
Metaverso
e os pequenos negócios
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