Nos últimos dois anos, fomos impactados com situações totalmente inimagináveis no nosso cotidiano. Vimos os reflexos da pandemia de Covid-19, as alterações climáticas, bem como os avanços da guerra protagonizada por Rússia e Ucrânia. Tais fatos despertaram na sociedade em geral a reflexão acerca do que o futuro nos reserva. E, tratando-se do meio corporativo, os recentes acontecimentos reforçaram a necessidade de repensar as estratégias e modelos de gestão utilizados, bem como sua eficácia mediante períodos de instabilidade como o que vivemos.
Neste aspecto, o ESG, que é a sigla para abreviação
do termo em inglês "ambiental, social e governança", ganha
relevância, já que deixa em destaque a importância de as empresas assumirem um
verdadeiro compromisso com as causas socioambientais na definição de
estratégias. Afinal, essa cultura, quando bem implantada, proporciona
benefícios diversos para a sociedade, empresas e nações, especialmente no
contexto da globalização.
Desta forma, o ESG ganhou ainda mais protagonismo.
O conceito de Sustentabilidade cresceu 292% no ranking e é uma prioridade para
CEOs globais e brasileiros. Até porque, o seu conceito faz jus à valorização de
incorporar os três itens carregados em suas siglas nas práticas de gestão, que
servem como parâmetros para avaliação e fortalecimento das relações de
negócios.
Não à toa, o tema está sendo amplamente discutido,
em bate-papos com especialistas mostra o porquê do tema sustentabilidade é hoje
um dos principais desafios dos dirigentes de empresas e discussão da
importância das práticas socioambientais, pois, segundo projeção do Fórum
Econômico Mundial, estima-se que até 2050, as alterações climáticas devem
reduzir o PIB mundial em até 18%. Frente a isso, acende um alerta das empresas
repensarem em suas estratégias, até porque, se antes desenvolver ações
sustentáveis era considerado algo opcional, atualmente, já não se trata mais de
algo facultativo.
Presenciamos constantemente o aumento da procura
das organizações em aderir práticas em prol da sustentabilidade, visto que esse
é um movimento que cresce cada vez mais em um efeito cascata. Temos exemplos
claros do mercado internacional que já adere as medidas de forma interiorizada,
onde só comercializam produtos com nações que também têm ávido o compromisso
com a causa ambiental.
E o Brasil? Nosso país também marca presença nesse
cenário com a criação de projetos e medidas, como a Lei do Carbono, onde prevê
que até 2050 seja completamente zerada a emissão de gás carbono que contribui
para o efeito estufa. Desta forma, todos esses aspectos e elementos citados
corroboram com o papel de destaque do ESG para o cumprimento e realização de
tais objetivos.
O modelo de gestão intrínseco na prática do ESG
permite e assegura a execução de melhores práticas de gerenciamento, permeando
entre os conceitos de responsabilidade social, ambiental e governança. Além
disso, fomenta a integração de recursos e tecnologias para o cumprimento das
obrigatoriedades de forma benéfica para todos os envolvidos. Entretanto, mesmo
em meio à popularidade, é necessário ter atenção com informações equivocadas
que podem surgir no meio do caminho, transmitindo uma mensagem errônea de como
implementar o ESG nas empresas.
Por isso, sim, todo cuidado é pouco. Para as
empresas que buscam aderir e instaurar a cultura do ESG na sua gestão, é
necessário dar início ao processo com a sua equipe, o que implica em investir
na preparação e treinamento ao longo dessa jornada, que acarretará benefícios
de longo prazo.
Nesse processo, o apoio de consultorias
especializadas nesse segmento se configura como uma excelente alternativa para
ajudar na implementação de medidas e acesso a abordagens eficazes. A partir de
um diagnóstico empresarial é possível posicionar a empresa mediante as
oportunidades de mercado e orientação para definição de estratégias e tomadas
de decisão embarcadas no ESG.
Em suma, essas práticas permitem uma série de benefícios, desde que a organização comprove suas ações positivas. Contudo, existe um trabalho árduo no processo de conscientização e cultura. Até porque, a organização, quando implementa esse novo modelo de gestão baseado em melhores práticas, atinge uma posição de destaque no mercado. Por isso, o quanto antes começar, melhor. Afinal, o futuro não espera.
Fabiano Sant Ana - head de ESG da Seidor
Brasil.
Seidor
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