Nesta segunda-feira, 15 de agosto, é celebrado o Dia da Gestante. A data vai além da parabenização, trazendo também uma reflexão sobre esse período e a importância dos cuidados para uma gestação saudável.
Maternidades
gerenciadas pela Pró-Saúde, uma das maiores entidades filantrópicas de gestão
hospitalar do país, que atuam como referência na região Norte do país, reuniram
cinco dicas simples, mas essenciais para que a mulher, e toda a família, se
preparem de forma saudável e consciente para esse período, que marca uma
mudança significativa: a chegada de uma nova vida.
“Muitos
focam em questões relacionadas à alimentação, exercícios, consumo de álcool e
tabaco durante a gestação. Sem dúvida, são itens importantes, mas uma gestação
saudável vai muito além, envolve os aspectos mentais dessa mãe, informação
e consciência sobre todo o processo. A informação empodera e afasta sentimentos
como insegurança e medo”, destaca Erilene Castro, enfermeira obstétrica do
Hospital Materno-Infantil de Barcarena Dra. Anna Turan, gerenciado pela
Pró-Saúde no interior paraense. A unidade é referência para gestantes de alto
risco de todo o Baixo Tocantins.
Yara
Leite, enfermeira obstétrica do Hospital Bom Pastor, lembra ainda que o período
gestacional é marcado por muitas mudanças, desde a parte física da mulher, até
os hábitos de vida e rotina da família. “É natural que a atenção se volte para
o momento do parto, um marco dessa mudança, quando na verdade são nove meses
que demandam cuidados, atenção e preparo”, destaca a profissional.
Diferente
de hospitais dos grandes centros urbanos, o Bom Pastor é referência no
atendimento à saúde indígena para mais de 50 aldeias na região de
Guajará-Mirim, em Rondônia, onde 90% do acesso é por meio fluvial. Atuando como
a única maternidade da região, o Bom Pastor possui estrutura para todo o
processo do parto, com salas de PPP (pré-parto, parto e pós-parto), salas
cirúrgicas, enfermarias, incubadoras e berços aquecidos.
Confira
as dicas:
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Faça o pré-natal corretamente
Realizado
na rede básica de saúde dos municípios, o pré-natal é fundamental para detectar
doenças pré-existentes na mulher, como anemia e diabetes, e acompanhar o
desenvolvimento do bebê, detectando intercorrências, como malformações ou
doenças congênitas. O Ministério da Saúde recomenda que as consultas do
pré-natal sejam feitas pelo menos seis vezes durante a gestação, sendo uma no
primeiro trimestre, duas no segundo e três no terceiro, além de uma sétima
consulta em até 42 dias após o parto.
“Ser
presente nas consultas é essencial. Uma falta atrasa toda essa programação e
impacta no correto acompanhamento do bebê. Problemas detectados precocemente
permitem o tratamento intrauterino, proporcionando ao recém-nascido uma vida
perfeitamente saudável”, alerta Yara.
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Estude e se empodere sobre os processos de parto
Muitos
têm uma visão externa e distante do processo de parto. Saber exatamente o que
vai acontecer em cada etapa – pródomo, latente, ativo e expulsivo – faz muita
diferença. “Quanto mais conhecimento, menos medo você vai sentir, pois entende
o que está acontecendo e já sabe o que esperar”, explica Erilene.
Por
isso, é importante conhecer os tipos de parto, as fases e até mesmo possíveis
intercorrências para passar de forma mais tranquila por esse momento tão
intenso e marcante. Conversar com seu médico, desenvolver um plano de
parto – documento com as diretrizes básicas do que deseja ter ou fazer durante
o trabalho de parto –, e conhecer a estrutura do local escolhido podem ajudar.
Ao
contrário do que muitos pensam, o atendimento humanizado pode ser estendido
tanto para partos naturais quanto para cirurgias cesarianas. “Isso porque ele
inclui uma escuta direcionada à mulher, respeitando suas escolhas. No caso do
parto normal, a mãe decide como parir, onde quer o parto, qual a posição, quais
métodos serão utilizados para alívio da dor”, complementa Yara.
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Cuide da sua saúde mental e se mantenha ativa
É
comum que gestantes, por medo ou até mesmo pressão externa, se afastem de suas
atividades habituais, como trabalho, lazer ou atividades físicas. Porém, esse
longo período de isolamento e ociosidade pode impactar negativamente na saúde
física e mental, desencadeando até mesmo casos de depressão.
É
essencial buscar orientação médica para definir quais atividades são permitidas
de acordo com cada quadro clínico. De forma geral, yoga, pilates e
hidroginástica são opções que podem ajudar a se manter ativa e esvaziar a
mente, auxiliando na prevenção de doenças como hipertensão e diabetes
gestacional.
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Se prepare para as mudanças
A
chegada de um bebê é marcada por mudanças, seja no campo físico, emocional,
financeiro e até mesmo dos hábitos do cotidiano. Lembre-se que um bebê tem sua
própria rotina de sono e alimentação, que pode impactar de forma significativa
nos hábitos da família.
“No
início da vida, o ritmo do bebê não é afetado pelo ciclo de dia/noite, por
isso, pode parecer que eles exigem muito durante a madrugada, causando privação
de sono nos pais, que já têm uma rotina estabelecida. É preciso ter calma e
traçar estratégias para minimizar o impacto, como por exemplo, revezar os
cuidados entre os pais”, sugere a profissional do Hospital Bom Pastor.
Além
disso, insumos como fraldas, vacinas, remédios e consultas médicas podem pesar
no orçamento. Por isso, é essencial ter consciência e se preparar para todos
esses impactos.
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Crie uma rede de apoio e aceite ajuda
O
processo de parto e as mudanças impostas pela chegada do recém-nascido, que
precisa de cuidados durante todo o tempo, podem ser desgastantes. Construir uma
rede de apoio, envolvendo familiares e até amigos pode ajudar a enfrentar os
desafios de forma mais leve.
Arrumar a casa, preparar uma
refeição, servir água ou supervisionar o bebê por alguns minutos, são algumas
das tarefas que podem ser executadas por essas pessoas ao redor da mãe. “É
normal o sentimento da puérpera de estar atrapalhando ao pedir ajuda ou que
precisa dar conta de tudo sozinha. Mas lembre-se de que essas pessoas são
próximas e se importam com você. São ações simples, mas que podem te ajudar a
ter mais qualidade de vida e disposição para se dedicar ao bebê”, ressalta a
enfermeira do Materno-Infantil de Barcarena.
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