Doença autoimune, a
UCE pode levar à ansiedade e impactar a qualidade de vida
Simpósio debaterá tema em SP, nos dias 26 e 27 de agosto
Cerca
de 80% dos casos de urticária crônica espontânea (UCE) tem origem autoimune e a
autoimunidade pode ser do tipo 1 ou tipo 2. Mas qual a diferença entre elas?
Autoimunidade do
Tipo 1: também denominada de auto alérgica, é quando fazemos
anticorpos, nestes casos, IgE (imunoglobulina E) contra nossos próprios
antígenos sendo o mais frequente o relacionado a tireoide.
Autoimunidade
do Tipo 2: quando fazemos anticorpos IgG
(imunoglobulina G) contra a nossa própria IgE ou contra os receptores da
IgE.
Muitos
fatores podem desencadear a crise de UCE e o estresse está entre eles. “Há
muitos estudos para compreender o papel do estresse na urticária e alguns deles
demonstram que a participação do hormônio liberador de corticotrofina -
liberado durante o estresse - leva a ativação dos mastócitos, a principal
célula que vai liberar várias substâncias, sendo a mais importante a histamina
e a que resulta no aparecimento das urticas”, explica a Dra. Solange Valle,
membro do Departamento Científico de Urticária da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI)
e palestrante do 1º Simpósio de Alergia e Imunologia da Infância à Senescência,
nos dias 26 e 27 de agosto, em São Paulo.
Empolações avermelhadas, coceira intensa e o inchaço são os principais sinais da UCE e que impacta, consideravelmente, a qualidade de vida do paciente. Na entrevista que segue, Dra. Solange explica a relação da urticária crônica espontânea com a depressão e as crianças fazem parte desse quadro.
· A UCE pode
levar à depressão?
Sim,
a urticária impacta negativamente a qualidade de vida dos pacientes. Leva a um
grande sofrimento devido a sua imprevisibilidade, ou seja, as lesões podem
surgir a qualquer momento. O prurido (coceira) é muito intenso, provocando
distúrbio do sono. Além disso, muitas vezes, as lesões podem ser desfigurantes
chegando a prejudicar o relacionamento com outras pessoas e gerando muita
insegurança. Todos esses fatores levam a depressão e à ansiedade.
· Há casos de
crianças com urticária e depressão?
Assim
como os adultos, as crianças sofrem com a urticária. É uma doença
estigmatizante. Muitos pensam que a doença pode ser transmitida e, com isso,
afastam-se e não querem brincar com a criança que apresenta as lesões.
· É comum
encontrar idosos com UCE desencadeada pelo estresse?
Sim,
em qualquer faixa etária o estresse pode ser um fator agravante da
doença.
· O alergista
e imunologista deve trabalhar em conjunto com psiquiatras e psicólogos nessas
situações?
É
fundamental a abordagem multidisciplinar. O psicólogo e o psiquiatra
são importantes para auxiliar no tratamento porque - além do
tratamento medicamentoso da doença - é necessário o suporte
relacionado ao estresse, depressão e ansiedade. A abordagem
multidisciplinar vai levar a uma melhora na qualidade de vida. Lembrando também
que o tratamento correto da urticária é fundamental porque resulta no controle
da doença e, consequentemente, na melhora qualidade de vida dos pacientes.
Alcançando o controle da urticária vamos ter também o controle do
estresse.
1º
Simpósio de Alergia e Imunologia da Infância à Senescência
Data: 26 e 27 de agosto
Local: Hotel Meliá Paulista - Av. Paulista, 2181 –
Consolação - SP
Informações e Inscrição: https://www.saiis.com.br/
ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
www.asbai.org.br
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