A incidência da doença
dobrou nos últimos anos no Brasil e há cerca de 10 mil novos casos por ano,
segundo o INCA
O linfoma é
um tipo de câncer do sistema linfático, sistema responsável pela imunidade.
Instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS), agosto é o mês de
conscientização e combate ao Linfoma. O silêncio diante dos sintomas ainda
ocasiona o diagnóstico tardio e a piora da condição médica.1 Por isso, para
sensibilizar a população, a campanha “Agosto Verde Claro” alerta sobre a
importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado.
Linfoma é o
grupo de cânceres que se originam no sistema linfático, conjunto composto por
órgãos (linfonodos ou gânglios) e tecidos que produzem as células responsáveis
pela imunidade, e vasos que conduzem essas células através do corpo. 1
Hoje,
existem mais de 20 subtipos de linfoma, que são divididos em dois grandes
grupos: Linfoma de Hodgkin (LH) e Linfoma não-Hodgkin (LNH).5 No Brasil são
esperados em torno de 12 mil casos novos de linfoma não Hodgkin para cada ano
do triênio 2020- 2022. Já para linfoma de Hodgkin são esperados em torno de 2,5
mil novos casos por ano neste mesmo período.2
Segundo o
Dr. Paulo Henrique Soares, médico hematologista, o Linfoma de Hodgkin costuma
acometer adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos), adultos (30 a 39 anos) e
idosos (75 anos ou mais), sendo mais prevalente em homens.6 Já o Linfoma
não-Hodgkin é comum em pessoas com mais de 60 anos.7
Apesar da
existência de diversos subtipos, os sintomas mais frequentes são aumento dos
gânglios linfáticos, fadiga, perda de apetite e de peso, além de falta de ar.
Muitas vezes, o primeiro sinal é encontrado por meio de exame de sangue de
rotina. "Os sintomas nem sempre são evidentes, sendo até confundidos com
outras doenças. Por isso, é sempre necessária uma avaliação médica",
reforça o médico.
Diagnóstico
Para
confirmação são necessárias algumas investigações, como o exame físico, para
procura de caroços palpáveis, além de exames de sangue e biópsia. Caso os
exames apontem sinais da doença, é necessário o encaminhamento para um
hematologista, responsável pelo diagnóstico e pela decisão de tratamento,
conforme o tipo e estágio do linfoma.
"O
diagnóstico tardio costuma ser mais delicado, uma vez que a patologia pode
causar complicações, como infecções frequentes, evolução para uma forma mais
agressiva da doença ou aumentar o risco de outros tipos de doenças, como outros
cânceres", completa o médico.
Segundo
dados do Observatório de Oncologia, a maior parte dos pacientes (55%) foram
diagnosticados em estadios 0, I e II, com identificação mais precoce em
pacientes portadores de LH (60%) do que em pacientes portadores de LNH (53%).1
Tratamento
Os
principais tratamentos para o linfoma são a quimioterapia, imunoterapia,
terapia alvo, radioterapia, transplante de células tronco e cirurgia (em casos
específicos). Entretanto, o principal fator para o êxito ainda é a descoberta
precoce.
As taxas de
cura variam conforme o subtipo da patologia. Dessa forma, um linfoma
não-Hodgkin agressivo em estágio inicial pode apresentar 80% de chance de cura.
Por outro lado, o mesmo tipo de câncer, se diagnosticado em estágio avançado,
apresenta menores chances de cura, chegando em torno de 40%-70% dos casos.4
Hoje, é
possível encontrar opções de tratamento adequadas, como as terapias alvo para
alguns tipos de linfomas. Com a medicina cada vez mais avançada, o prognóstico
dos pacientes tem melhorado cada vez mais.
É preciso
atenção
Como não
existe método preventivo para o linfoma, é importante ficar alerta a alguns
sinais, como nódulos no pescoço, na região axilar, virilha, febre, suor
profundo à noite e perda de peso sem motivo aparente. Caso a pessoa detecte
esses nódulos por duas semanas é bom procurar um médico para investigar,
informa o hematologista.
“A
desinformação e falta de atenção aos sintomas são os principais obstáculos para
a melhor conscientização sobre os linfomas. Por isso, o propósito do Agosto
Verde Claro é simples: aumentar a informação e o conhecimento da população em
geral, principalmente de pacientes e seus cuidadores", alerta o médico
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astrazenecabr.
Referências
1- Observatório de Oncologia - Link
2- Estatísticas INCA - Link Acesso em agosto de 2022.
3- Leukemia & Lymphoma Society. Disponível em: Link. Acesso em agosto de 2022.
4- Revista Abrale - Link.
5- Folha de Vitória - Link
6- INCA - Link
7- INCA - Link
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