De acordo com uma pesquisa feita pelo banco suíço UBS, 50% pretende contribuir mais com doações do que antes da pandemia
O número de investidores da B3 teve alta de 50% em
comparação com maio de 2020. Esse ano, o número de investidores ativos ficou em
3,773 milhões, enquanto que no ano passado, no mesmo período, eram 2.511
milhões. No total, a bolsa conseguiu conquistar 51.740 investidores em maio de
2021. Apesar do crescimento, a pandemia afetou muitas áreas e acabou
prejudicando algumas pessoas com maior intensidade, e isso transformou a forma
como os investidores olham para o mundo.
É o que revela uma pesquisa feita pelo banco suíço
UBS, que realizou uma entrevista com 3.800 investidores pelo mundo, sendo 237
da América Latina, e comparou as respostas de um estudo de maio de 2020 e maio
de 2021. A pesquisa mostra que a América Latina é a região onde a vida
cotidiana se tornou mais cautelosa com a pandemia, onde 85% se consideram
extremamente cautelosos, enquanto que nas outras regiões o total foi de 69%.
Além disso, 50% pretendem contribuir mais com doações do que antes da pandemia,
enquanto 42% tencionam contribuir a mesma quantidade e 8% pretendem contribuir
menos.
“Antes estávamos em um ritmo frenético, não
parávamos para analisar pequenas atitudes do cotidiano que fazem a diferença em
nossas vidas, então, com as mudanças impostas por conta do coronavírus, as
pessoas passaram a ter uma outra visão de mundo por terem mais tempo para
pensar na vida e nas atitudes do dia a dia”, explica Tiago Cespe,
criador da Cespe Investimentos.
O interesse pelo mercado de investimentos surgiu
quando Cespe percebeu que não sabia como gerir o próprio dinheiro. Trabalhando
desde os 13 anos, ele decidiu analisar a própria vida com 22 e percebeu que não
tinha nenhum bem, já que gastava tudo o que ganhava e não fazia economia. Foi
então que ele decidiu mudar, economizar e investir no mercado de ações. Após
sete anos dessa mudança, ele comprou o primeiro apartamento.
Essa mudança fez com que ele tivesse vontade de
incentivar as pessoas em conseguir alcançar também os seus objetivos através
dos investimentos de uma forma clara e didática. Foi então que ele criou a
Cespe Investimentos. “Algumas pessoas costumam achar que o mercado de
ações é algo complicado e que os investidores não pensam em questões sociais e
ambientais, mas essa visão está mudando, graças ao emprenho do mercado que está
cada vez mais comprometido em adotar medidas sustentáveis e apoiar projetos que
visam ajudar pessoas menos favorecidas”, diz o educador financeiro.
Investimentos sustentáveis
Tanto que 63% dos investidores da América Latina estão
mais interessados em investimentos sustentáveis do que estavam antes da
pandemia. Além disso, 93% querem alinhar seus investimentos
Apesar da pesquisa revelar uma mudança positiva nos
valores centrais dos investidores da América Latina, é necessário colocar em
prática essas intenções, independentemente da pandemia, pois muitas pessoas
acabaram se sensibilizando mais nesse período com os problemas sociais do
mundo, mas podem deixar de lado as boas intenções quando tudo estiver
controlado.
“Uma pessoa com dívidas dificilmente irá pensar em
fazer doações para ONGs ou algo nesse sentido, pois ela está preocupada em sair
do aperto, e isso acaba até prejudicando sua própria saúde, portanto, é
necessário falarmos sobre a importância da educação financeira e do mercado de
investimentos para as pessoas conseguirem alcançar seus objetivos e serem mais
realizadas, e, consequentemente, mais interessadas em ajudar o próximo”, finaliza
o educador financeiro.
Cespe Investimentos
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