O Dia Nacional da Saúde, comemorado em 05 de agosto, é uma homenagem ao médico e cientista Oswaldo Gonçalves Cruz, por sua preocupação com a saúde pública, educação sanitária e, principalmente, no combate às doenças transmissíveis. Tema absolutamente atual.
Em 2021, a celebração
ganha uma importância ainda maior por conta da pandemia provocada pela
Covid-19, já que nunca se falou e precisou tanto de saúde em todo o planeta.
Ainda vivemos a
pandemia do novo coronavírus, que gerou uma das maiores crises sanitárias e
humanitárias da história. A data traz algumas reflexões, como a importância do
Sistema Único de Saúde (SUS) para o Brasil, dos nossos profissionais de saúde,
dos cuidados com a nossa própria saúde e da responsabilidade da sociedade, pois
assegurar o bem-estar e a assistência àqueles que têm a saúde ou a sobrevivência
ameaçada é dever de todos - gestores públicos, sociedade civil organizada,
setor privado e, claro, cada um de nós.
Nunca cuidados básicos
foram tão fundamentais no momento em que vivemos: usar a máscara de modo
correto, manter o distanciamento social, fazer a boa higienização das mãos,
cuidar da alimentação e da saúde física e mental.
Ações de valorização
dos profissionais da linha de frente e adoção de um modelo de atendimento
humanizado são prioritários, como também reivindicar investimento contínuo em
ciência e tecnologia; colaboração com os profissionais de saúde, fazendo a
nossa parte na prevenção da Covid-19; mostrar para a sociedade o quanto é
estratégico para um país ter um sistema de saúde forte, porque, por exemplo,
não importa se você tem dinheiro ou não, as unidades de terapias intensivas
(UTIs) podem ficar lotadas para todos. É importante entendermos que essa
estrutura do sistema de saúde é que nos garante a prevenção das doenças.
Espera-se que o investimento na área de vigilância e promoção da saúde seja uma
das lições mais importantes desta pior crise sanitária da história do Brasil.
O mundo tenta voltar à
normalidade, mas se desejarmos simplesmente voltar, perderemos a oportunidade
única de mudar e repensar a vida, de não termos aprendido nada com a
experiência difícil da quarentena, dos desafios do distanciamento social, da
dor de tantos por tantas vidas perdidas, o desmascaramento das desigualdades
sociais, a importância das ciências, a revelação da fragilidade humana e,
paradoxalmente, o valor imprescindível de profissionais que cuidam da saúde de
cada pessoa como única e da humanidade inteira.
Carmen Marcondes Ribas - médica pediatra e
diretora geral da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR).
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