Nesta quarta-feira (4), o Comitê de
Política Monetária - Copom divulga a nova taxa de juros Selic. De acordo com o
último Boletim Focus divulgado nesta segunda (2), os economistas esperam que os
juros encerrem tanto este ano quanto o próximo em 7,00% ao ano.
Uma pesquisa realizada pelo Valor Econômico com 95 instituições financeiras
entre 26 de julho e 1 de agosto mostrou que 75 casas acreditam em uma elevação
da Selic de 1 ponto percentual na reunião do Copom na próxima semana. Já 20
instituições projetam que o atual ritmo de ajuste de 0,75 ponto será mantido.
Para Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos, o
mercado trabalha em maior parte com a possibilidade de alta de 1% devido ao
medo da inflação aumentar ainda mais. "A curva de juros já precifica
1%. Mas uma possibilidade é também o Banco Central manter a alta atual de 0,75%
com a divulgação de uma ata mais dura", diz.
"O mercado teme que a inflação não seja transitória e sim mais
recorrente. E que isso traga para os preços uma alta significativa de preços em
serviços e consumo. É importante destacar que se o BC não subir os juros a
inflação pode virar mais permanente, o que nao é bom para a economia
brasileira", comenta Jansen.
Segundo João Beck, economista e sócio da BRA, os motivos para o
Banco Central elevar a taxa para mais de 0,75% são diversos.
"Tivemos uma recuperação do dólar que reverteu a trajetória de queda.
Houve aumento da energia elétrica pela falta de chuvas. A Aneel já revisou o
valor das bandeiras e se encontra na bandeira vermelha 2. Sobre bens
industriais, ainda temos escassez de ofertas e fábricas fechando no Brasil, não
por falta de demanda mas por falta de oferta. A aceleração da vacinação antes
do esperado com especial destaque no setor de viagens, passagens e hotelaria,
que tiveram deflação ano passado. E por fim, na parte de alimentação, tivemos
fortes geadas que afetarão alimentos, em especial o tomate e o café",
explica.
De acordo com Beck, o último IPCA não mostrou sinais de arrefecimento.
"O atraso na subida dos juros pós pandemia foi proposital e claramente
mencionado nos comunicados. O motivo foi - palavras do comunicado - manter os
juros em níveis estimulativos. Agora, no último comunicado, a mensagem mudou.
Os juros serão o de equilíbrio e, como se diz no mercado, a meta é buscar a
meta de inflação", diz.
Com a Selic em alta, Jansen Costa afirma que os títulos pós-fixados
ficam mais atraentes: "Produtos atrelados ao CDI ficam mais
interessantes para pessoa física, pois o rendimento aumenta".
Para João Beck, a alta da Selic só deveria mudar uma estratégia de
investimentos quando ela vem acima do que já é precificado na curva de juros. "Os
contratos futuros de juros negociados diariamente na B3 já incorporam toda
expectativa de alta na Taxa Selic. Não significa que a realidade não possa ser
mais cruel do que já está na trajetoria esperada, aliás, investidores tem sido
surpreendidos ao longo do ano. Se esse for o caso, focar em títulos pós-fixados
é o melhor caminho. Algumas ações de empresas com boa capacidade de repassar
preços podem ser boas alternativas para se proteger da inflação também",
complementa.
Pesquisar no Blog
terça-feira, 3 de agosto de 2021
Copom deve aumentar taxa Selic nesta quarta: especialistas comentam
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Posts mais acessados
-
O uso exagerado de aparelhos eletrônicos e a falta de sono já são considerados marcas registradas das novas gerações. Mas será que ambo...
-
Nova linha combina a tecnologia patenteada Enerjuve ™, ingredientes botânicos e fragrâncias exclusivas A Amway, maior empresa ...
-
Desafio 1- Inclua 12 minutos de exercícios físicos na sua rotina Muita gente acredita que deve entrar na nova rotina saudável ...
-
As empresas devem dar primordial atenção e cuidado no oferecimento de um ambiente de trabalho saudável para os seus empregados, sob pena de ...
-
Especialista lista medidas que podem ser tomadas para combate-la É interessante como essa síndrome acontece cada vez mais com os...
Nenhum comentário:
Postar um comentário