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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Tosse dos canis

 

A chegada de determinadas épocas do ano e a grande aglomeração de pessoas em um mesmo lugar podem trazer algumas consequências para a saúde. Em certos períodos, é comum nos depararmos com surtos de gripe, resfriados e outros problemas do tipo.


Essa questão ficou bastante evidente com a pandemia do coronavírus COVID-19. Com os animais não é diferente, eles também podem contrair doenças respiratórias altamente contagiosas, como a tosse dos canis.

Também conhecida como gripe canina, a tosse dos canis é uma doença comum em locais frequentados por uma grande quantidade de cães.

Por isso, podemos observar surtos em ONGs, abrigos, creches, hotéis e outros ambientes. No entanto, essa doença não é exclusividade desses locais e também pode atingir pets que vivem sozinhos.

A doença costuma ter evolução favorável na maioria dos casos, mas a tosse dos canis pode ser agravada e colocar a vida do cãozinho em risco, principalmente se não houver tratamento adequado.


O que é a tosse dos canis?

Mais conhecida como tosse dos canis, a Traqueobronquite Infecciosa Canina (TIC) é uma doença que acomete principalmente as vias respiratórias superiores de cães. É conhecida por ser extremamente contagiosa e de evolução aguda, ou seja, rápida e podendo ser bastante prejudicial.

As bactérias e os vírus podem ser agentes causadores, agindo isoladamente ou em conjunto. A bactéria Bordetella bronchiseptica é a causa de maior importância. Dentre outras causas temos os vírus da parainfluenza, adenovírus tipo 2, vírus da cinomose e micoplasmas. É importante identificar adequadamente a origem do problema para tratar da maneira mais adequada, afirma a Dra. Livia Romeiro do Vet Quality Centro Veterinário 24h.

Quando a tosse dos canis acontece de forma combinada, ou seja, mais de um agente causador, os sintomas podem ser mais graves e perigosos.


Como o cachorro pode ficar doente?

Para entendermos como acontece a tosse dos canis, podemos pensar em uma gripe ou resfriado comum, daqueles que acometem os seres humanos. As doenças são espalhadas quase que da mesma forma, ou seja, com uma transmissão muito veloz e de alta propagação.

Sua transmissão é rápida e fácil, principalmente em locais com muitos animais, como hotéis para cachorros, lojas de animais, abrigos etc. Apesar disso, como já mencionado, os bichinhos que vivem em locais com vários outros pets não são os únicos afetados.

A forma de contágio é por contato direto ou por aerossóis (secreções) gerados pela própria tosse – sintoma mais característico da doença.

Também pode ser transmitida por fômites (comedouros, bebedouros, gaiolas etc.). Animais que vivem sozinhos ou animais de pequenas aglomerações podem se infectar, inclusive, durante os passeios.


Quais são os sintomas dessa doença?

“Mais uma vez faremos uma analogia entre a tosse dos canis e a gripe que atinge os seres humanos para facilitar a compreensão dos sintomas e sinais clínicos que os animais acometidos apresentam”, comenta Livia.

Os sintomas podem mudar dependendo do agente causador e da gravidade, porém a forma mais comum tem os seguintes sintomas:

• tosse seca, repetitiva e alta, que piora com exercício físico. Costuma ser seguida de mímica de vômito, sendo confundida muitas vezes com engasgos;

• secreção nasal;

• febre;

• pneumonia em casos mais graves.

Conhecer os sintomas mais frequentemente associados a uma doença é uma boa maneira de conseguir ajudar o pet caso ele adoeça. Afinal, com esse tipo de conhecimento, torna-se mais fácil intervir e fazer relatos mais precisos aos veterinários, auxiliando no diagnóstico.


Como ocorre o diagnóstico do problema?

O diagnóstico começa pela anamnese (ou seja, pelo histórico do animal). Aqui, o tutor responderá uma série de perguntas (se o pet entrou em contato com outros animais, se frequentou locais de aglomerações, se houve contato com animais sabidamente doentes, protocolos vacinais, situações recentes de estresse, entre outros fatores).

Após a anamnese é realizado um exame físico minucioso para excluir outras doenças que apresentam sintomas iguais ou parecidos com os apresentados pela tosse dos canis.

Para diferenciar essas doenças pode-se realizar  exames veterinários complementares como hemograma, análises bioquímicas, radiografias, culturas de secreções, testes sorológicos e reação em cadeia pela polimerase (PCR) de secreções e/ou sangue.


Quais são as possíveis complicações da gripe dos cães?

Felizmente a maioria dos animais que adoecem apresentam evolução favorável, sem grandes complicações ou necessidade de tratamentos mais complexos.

Alguns animais podem ter complicações, principalmente quando a doença está associada a agentes oportunistas que podem causar infecções secundárias agravando o caso.

Sintomas como alteração de apetite, apatia, dificuldades respiratórias são indicativos da necessidade de levar o animal a um hospital ou clínica veterinária para uma avaliação.

Em alguns casos, é possível que o animal precise ser hospitalizado para receber o suporte adequado. O veterinário direcionará para o tratamento mais adequado e seguro para o momento.


Como é feito o tratamento da tosse dos canis?

A maioria das infecções são auto-limitantes, ou seja, podem desaparecer depois de 7 a 10 dias sem que haja necessidade de tratamentos. Em alguns casos utiliza-se medicações para aliviar os sintomas que causam desconfortos, como a tosse.

Para alguns animais é realizada a prescrição de medicamentos a serem administrados em casa, como antibióticos e reavaliações constantes para acompanhar a evolução da doença.

Novamente, a internação pode ser uma indicação nos casos mais graves, especialmente quando há comprometimento pulmonar dos animais, como uma pneumonia.


Quais são os métodos de prevenção da gripe canina?

A prevenção da gripe canina, ou tosse dos canis, é feita a partir de uma série de medidas complementares. A primeira estratégia é evitar o contato direto entre animais contaminados e saudáveis, evitando a disseminação do vírus e/ou bactéria causadores da doença.

Depois, devemos garantir a higienização dos ambientes que têm uma grande aglomeração de animais. Nesses casos, uma quarentena para os pets recém-chegados também é uma boa medida preventiva.

Há também vacinas disponíveis para auxiliar na prevenção da tosse dos canis. Podem ser aplicadas em cães a partir das 8 semanas de idade. Converse com um médico veterinário para saber se ela é ou não indicada para o seu pet.

Como vimos, a tosse dos canis é um problema relativamente simples, mas que exige atenção veterinária imediata para evitar o seu agravamento.

Por isso, é fundamental contar com uma boa clinica veterinária, que conte com veterinários experientes e qualificados, que possam diagnosticar essa doença logo no início e tratá-la da melhor forma possível.



Vet Quality


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