Após dois meses com resultados positivos para o mercado financeiro, o ano de 2021 começou com um cenário mais desafiador para os gestores em geral. Entre as principais classes de fundos que foram monitorados, apenas os fundos de crédito local tiveram um retorno positivo em janeiro.
No
Brasil, o real se desvalorizou contra as principais moedas, o Ibovespa teve
queda forte de -3,32%, e os títulos públicos atrelados à inflação. Já o Tesouro
IPCA ou NTN-Bs, também recuaram com o IMA-B caindo 0,85%
Fundos multimercados
O
primeiro mês do ano foi considerado um período ruim para os fundos
multimercados, na média com o IHFA (Índice de fundos multimercados da Anbima),
com queda de 0,84% no mês. Já o CDI rendeu 0,15% no mesmo período.
Bolsas do exterior
No
exterior, os mercados acionários tiveram movimentos distintos, as bolsas dos
países desenvolvidos fecharam o mês com quedas. O S&P 500 caiu 1,11% e o
MSCI Europe teve queda de 1,49% no mês.
Os
países emergentes, apesar da queda no Brasil, tiveram fortes altas no geral,
puxados principalmente pela China. O MSCI Emerging Markets subiu 2,97% em
janeiro e MSCI China valorizou 7,36%.
O
mercado de renda fixa internacional ficou em um ambiente de juros extremamente
deprimidos. Os investidores continuaram a buscar ativos com taxas mais altas, o
que levou à valorização dos títulos da categoria high yield com +0,31%, e à
queda dos papéis high grade em -1,27% nos Estados Unidos.
Abaixo,
destaco o desenvolvimento dos principais indicadores de janeiro:
- CDI: +0,15%
- Dólar: +5,18%
- S&P: -1,11%
- IBOVESPA: -3,32%
- IMA-B 5: +0,11%
Como será o mês de fevereiro?
O
início do mês começou com uma tentativa de recuperação no mercado nacional, com
fluxo estrangeiro ajudando as ações a se valorizarem. No entanto, muitas
dúvidas com relação às reformas tributária e administrativa, além da
continuação do auxílio emergencial ou não, levam os investidores a adotarem um
tom maior de cautela freando uma alta mais robusta.
Ainda
assim, podemos levar em tese a marca de 135 mil pontos no Ibovespa para o final
de 2021, e comparar a maioria das ações da Bolsa e o real estão excessivamente
descontados em relação aos outros pares.
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