Como ter um
negócio nos EUA sem sair do Brasil
Aumento no uso de
caixas eletrônicos é incentivo para investidores canalizarem recursos para este
tipo de negócio
Embora o mundo ainda esteja em compasso de espera
com as primeiras medidas a serem tomadas pelo governo de Joe Biden, que tomou
posse em 20 de janeiro, o volume de investimentos estrangeiros nos Estados
Unidos deve continuar em alta.
Segundo indicadores da consultoria A. T. Kearney,
pelo oitavo ano consecutivo, os Estados Unidos lideram como país mais atrativo
para investimentos estrangeiros, seguido por Canadá, Alemanha, Japão e França.
Completam a lista dos dez primeiros colocados, pela ordem: Reino Unido (6º),
Austrália (7º), China (8º), Itália (9º) e Suíça (10º).
Brasileiros estão aproveitando o momento econômico
favorável no país para diversificar investimentos. Desde imóveis, galpões, fintechs
até caixas eletrônicos, há um novo perfil de investimentos feitos por
brasileiros nos Estados Unidos.
Para Francisco Moura Junior, sócio da ATM Club, o
Brasil é o segundo maior mercado de cartões do mundo, de acordo com pesquisa do
Banco Mundial. Especialista em investimentos internacionais e também gestor de
investimentos em caixas eletrônicos nos Estados Unidos, ele defende a
longevidade e rentabilidade da rede de caixas no curto prazo. “Com o serviço de
banco on-line em ascensão, os bancos estão diminuindo o número
e/ou a estrutura das agências bancárias em todo o mundo”, aponta.
Ele acredita que investir no setor de caixas
eletrônicos nos EUA é algo inovador e que “muitas vezes não é divulgado no
Brasil, pois nem sempre os investidores têm informação sobre novos
investimentos no exterior, estando no Brasil. É um mercado que precisa ser
explorado e enxergamos no segmento de caixas eletrônicos uma possibilidade de
ter rendimento em dólar”.
Para Nilo Mingrone, também sócio da ATM Club, no
Brasil ainda prevalece a exclusividade do uso de cartão de débito na rede de
caixas eletrônicos do próprio banco que emitiu o cartão. Entretanto, ele avalia
que o mercado global aposta na facilitação tecnológica que já está sendo
aplicada em caixas eletrônicos em todo o mundo, com a aceitação de todas as
bandeiras e cartões.
Mingrone destaca que nos Estados Unidos, onde a
população já adota uma postura mais autossuficiente na execução de operações
financeiras via caixas eletrônicos, a realidade dos ATM’s (caixas eletrônicos)
já é impressionante. “A cidade de Nova York, por exemplo, está se unindo a uma
tendência que já domina o resto do país. Menos agências bancárias ou menores”,
explica.
ROI de 8% já no primeiro ano
Presente em cidades como Orlando, Miami, Nova
Iorque, Nova Jersey e São Francisco, o ATM Club tem uma rede hoje de
aproximadamente 500 pontos de atendimento e o investidor pode formar uma rede
própria de acordo com o aporte inicial. Francisco Moura Junior recomenda um
investimento inicial de U$ 50 mil, o que equivale a cinco ATM’s. “O valor do
investimento mínimo é de U$ 9,5 mil, sendo U$ 7,5 mil do ATM com locação por
cinco anos e U$ 2,5 mil de capital de trabalho que é o dinheiro que circula, ou
seja, está na máquina ou na conta e é aportado uma única vez”, explica o
empresário.
Moura recomenda o investimento em cinco máquinas
para que o investidor atinja um retorno aproximadamente em torno de 8% no
primeiro ano. “No segundo ano, a estimativa é de retorno de 10% e a partir do
terceiro ano, o ROI é de 1% ao mês”, pontua.
Ele ainda ressalta que o negócio passa segurança ao
investidor porque não existem aportes mensais para cobrir eventuais riscos ou
prejuízos que venham a ocorrer, pois o giro é feito por meio das transações
feitas nos caixas.
Nos Estados Unidos, quando uma pessoa retira
dinheiro em um caixa eletrônico, paga uma taxa média de U$ 2,99 por saque sendo
que 30% é transferido para o local em que o caixa eletrônico está instalado, U$
0,75 relativos ao capital de giro fornecido pelo investidor para distribuição
eletrônica de dinheiro, que são utilizados para serviços de manutenção e
administração, e o valor restante é para o próprio investidor. Dessa forma, o
proprietário do caixa eletrônico receberá diariamente U$ 1,25 por transação.
Outro aspecto que o empresário destaca em relação à
segurança para o investidor é o acompanhamento do desempenho da rede de ATMs em
tempo real, via internet, por meio de um software.
Francisco
Moura - Vasta experiência com mais de 15 anos no mercado de
seguros no Brasil e na América Latina. Formado em Ciências Atuariais pela PUC /
SP e em Gestão e Planejamento de Marketing e Vendas pela Universidade Anhembi
Morumbi. Empresário em série, nos EUA, participou ativamente da criação de
várias empresas em diversos segmentos dentre eles: restaurantes, valet parking
e gestão de garagens, importadora de medicamentos e o principal negócio,
chamado ATM CLUB, com receita nos últimos três anos que ultrapassa US $ 4 MM.
Nilo
José Mingrone - Vasta experiência com mais de 30 anos no segmento
jurídico corporativo. Autor de vários artigos sobre Direito Empresarial.
Direito Empresarial pela ESEADE Buenos Aires. Ex-Presidente dos Comitês de
Direito Societário e Prerrogativas da Subseção OAB . Co-autor do livro "Investimentos
no Brasil - Aspectos Legais". Também é um dos fundadores do ATM CLUB.
ATM Club
Facebook: atmclubusa
Instagram: atmclub_usa
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