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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

 

 

Como ter um negócio nos EUA sem sair do Brasil

Aumento no uso de caixas eletrônicos é incentivo para investidores canalizarem recursos para este tipo de negócio

Embora o mundo ainda esteja em compasso de espera com as primeiras medidas a serem tomadas pelo governo de Joe Biden, que tomou posse em 20 de janeiro, o volume de investimentos estrangeiros nos Estados Unidos deve continuar em alta.

Segundo indicadores da consultoria A. T. Kearney, pelo oitavo ano consecutivo, os Estados Unidos lideram como país mais atrativo para investimentos estrangeiros, seguido por Canadá, Alemanha, Japão e França. Completam a lista dos dez primeiros colocados, pela ordem: Reino Unido (6º), Austrália (7º), China (8º), Itália (9º) e Suíça (10º).

Brasileiros estão aproveitando o momento econômico favorável no país para diversificar investimentos. Desde imóveis, galpões, fintechs até caixas eletrônicos, há um novo perfil de investimentos feitos por brasileiros nos Estados Unidos.

Para Francisco Moura Junior, sócio da ATM Club, o Brasil é o segundo maior mercado de cartões do mundo, de acordo com pesquisa do Banco Mundial. Especialista em investimentos internacionais e também gestor de investimentos em caixas eletrônicos nos Estados Unidos, ele defende a longevidade e rentabilidade da rede de caixas no curto prazo. “Com o serviço de banco on-line em ascensão, os bancos estão diminuindo o número e/ou a estrutura das agências bancárias em todo o mundo”, aponta.

Ele acredita que investir no setor de caixas eletrônicos nos EUA é algo inovador e que “muitas vezes não é divulgado no Brasil, pois nem sempre os investidores têm informação sobre novos investimentos no exterior, estando no Brasil. É um mercado que precisa ser explorado e enxergamos no segmento de caixas eletrônicos uma possibilidade de ter rendimento em dólar”.

Para Nilo Mingrone, também sócio da ATM Club, no Brasil ainda prevalece a exclusividade do uso de cartão de débito na rede de caixas eletrônicos do próprio banco que emitiu o cartão. Entretanto, ele avalia que o mercado global aposta na facilitação tecnológica que já está sendo aplicada em caixas eletrônicos em todo o mundo, com a aceitação de todas as bandeiras e cartões.

Mingrone destaca que nos Estados Unidos, onde a população já adota uma postura mais autossuficiente na execução de operações financeiras via caixas eletrônicos, a realidade dos ATM’s (caixas eletrônicos) já é impressionante. “A cidade de Nova York, por exemplo, está se unindo a uma tendência que já domina o resto do país. Menos agências bancárias ou menores”, explica.

 

ROI de 8% já no primeiro ano

Presente em cidades como Orlando, Miami, Nova Iorque, Nova Jersey e São Francisco, o ATM Club tem uma rede hoje de aproximadamente 500 pontos de atendimento e o investidor pode formar uma rede própria de acordo com o aporte inicial. Francisco Moura Junior recomenda um investimento inicial de U$ 50 mil, o que equivale a cinco ATM’s. “O valor do investimento mínimo é de U$ 9,5 mil, sendo U$ 7,5 mil do ATM com locação por cinco anos e U$ 2,5 mil de capital de trabalho que é o dinheiro que circula, ou seja, está na máquina ou na conta e é aportado uma única vez”, explica o empresário.

Moura recomenda o investimento em cinco máquinas para que o investidor atinja um retorno aproximadamente em torno de 8% no primeiro ano. “No segundo ano, a estimativa é de retorno de 10% e a partir do terceiro ano, o ROI é de 1% ao mês”, pontua.

Ele ainda ressalta que o negócio passa segurança ao investidor porque não existem aportes mensais para cobrir eventuais riscos ou prejuízos que venham a ocorrer, pois o giro é feito por meio das transações feitas nos caixas.

Nos Estados Unidos, quando uma pessoa retira dinheiro em um caixa eletrônico, paga uma taxa média de U$ 2,99 por saque sendo que 30% é transferido para o local em que o caixa eletrônico está instalado, U$ 0,75 relativos ao capital de giro fornecido pelo investidor para distribuição eletrônica de dinheiro, que são utilizados para serviços de manutenção e administração, e o valor restante é para o próprio investidor. Dessa forma, o proprietário do caixa eletrônico receberá diariamente U$ 1,25 por transação.

Outro aspecto que o empresário destaca em relação à segurança para o investidor é o acompanhamento do desempenho da rede de ATMs em tempo real, via internet, por meio de um software.

 

 

Francisco Moura - Vasta experiência com mais de 15 anos no mercado de seguros no Brasil e na América Latina. Formado em Ciências Atuariais pela PUC / SP e em Gestão e Planejamento de Marketing e Vendas pela Universidade Anhembi Morumbi. Empresário em série, nos EUA, participou ativamente da criação de várias empresas em diversos segmentos dentre eles: restaurantes, valet parking e gestão de garagens, importadora de medicamentos e o principal negócio, chamado ATM CLUB, com receita nos últimos três anos que ultrapassa US $ 4 MM.

 

Nilo José Mingrone - Vasta experiência com mais de 30 anos no segmento jurídico corporativo. Autor de vários artigos sobre Direito Empresarial. Direito Empresarial pela ESEADE Buenos Aires. Ex-Presidente dos Comitês de Direito Societário e Prerrogativas da Subseção OAB . Co-autor do livro "Investimentos no Brasil - Aspectos Legais". Também é um dos fundadores do ATM CLUB.

 

ATM Club

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