Chamadas
de arboviroses doenças virais como dengue, zica e chicungunya continuam
aparecendo e merecem atenção
De acordo com os dados da Secretaria de Estado de Saúde do
Rio de Janeiro (SES/RJ), até o início de fevereiro, foram notificados 109 casos
de dengue, 36 de chinkungunya e 5 de zika. Felizmente, com nenhum óbito por
esses problemas no estado. Ainda que a pandemia do novo coronavírus não tenha
dado trégua, a atenção com as chamadas arboviroses deve ser redobrada,
especialmente, nessa época do ano, tendo em vista que o Brasil é um país com
histórico de epidemias virais.
Renata Beranger, infectologista e coordenadora do setor de
controle de infecção hospitalar do Hospital Samaritano Botafogo, no Rio de
Janeiro, alerta que os sintomas iniciais das arboviroses são muito parecidos
com os da COVID-19. “Todas essas outras doenças se manifestam inicialmente pela
febre, mal-estar e dor muscular e não há um diagnóstico preciso na
identificação das patologias. Nos três dias iniciais dos sintomas, a
recomendação é prevenir a desidratação, pois não há tratamento específico para
nenhuma destas doenças”, explica a especialista.
A médica orienta que para se prevenir é necessário o uso
constante dos repelentes, além de tomar cuidado com a água das chuvas ou
paradas. “Manter os ambientes limpos, recolher objetos que possam acumular
água, como pneus velhos, latas, recipientes de plástico, garrafas, copos, entre
outros. Além disso, as caixas e reservatórios d'água devem estar corretamente
telados e vedados. É preciso ter consciência que não é só o coronavírus que
preocupa. As arboviroses também podem gerar quadros de gravidade e causar a
morte” alerta Beranger.
Em 2020, foram diagnosticados quase 1 milhão de casos só
de dengue no Brasil, com 528 óbitos. chicungunya foram 80 mil no ano passado.
“A atenção deve ser redobrada porque o pico da doença, também relacionado às
altas temperaturas do verão, está coincidindo, neste momento, com a pandemia da
COVID-19, tudo isso aliado à rapidez no desenvolvimento dos mosquitos, o que
aumenta a propagação dessas doenças”, observa a médica.
Recomendação
Renata Beranger reforça que para nenhum destes vírus
existe um tratamento específico, apenas medicações que controlam os sintomas a
exemplo dos antitérmicos e analgésicos. Para se ter um diagnóstico exato, é
necessário que os anticorpos estejam formados no organismo - o que pode demorar
de sete a quatorze dias. A recomendação da infectologista é que além de manter
as medidas no combate à COVID-19, como a higienização das mãos, o uso de
máscaras e o distanciamento social, é necessário reforçar os cuidados para
esses outros problemas. “Caso perceba algum tipo de sintoma, principalmente a
febre, um médico deverá ser consultado imediatamente. Além disso, é importante
beber bastante água para manter-se hidratado”, finaliza.
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