Celular e tablets
hoje desempenham um papel fundamental no processo de aprendizagem, mas seu uso
requer cuidadosKátia Ribeiro de Souza
Ainda que diversas cidades do país estejam abrindo
as escolas para receber alunos novamente depois de praticamente um ano longe
delas por conta da pandemia, tecnologias seguem fazendo parte do cotidiano dos
estudantes. Até mesmo porque as escolas estão limitadas a certa capacidade de
alunos presentes e o restante permanece com as aulas à distância.
Indiscutivelmente, computadores, celulares e tablets serviram como verdadeiras
pontes entre alunos, professores e, sobretudo, o conhecimento.
Embora a geração Alpha, composta por crianças
nascidas a partir de 2010 -estudantes do 4º ou 5º ano do Ensino Fundamental,
por exemplo- já nascem inseridas em um cotidiano rodeado pela tecnologia
e demonstram maior facilidade e até mesmo habilidade em utilizar esses
dispositivos, é necessário que haja maior cuidado por parte de seus
responsáveis no que diz respeito ao conteúdo consumido ou gerado por elas nas
redes. Já à escola, segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), cabe
promover o uso crítico, consciente e proativo da informação e da comunicação da
sociedade conectada.
É evidente que os alunos de hoje constroem novas
relações com o meio - pessoas e informações - e, portanto, a partir disso,
precisamos reestruturar o espaço e discutir novos formatos de educação, pois
não faz mais sentido que o aluno esteja passivo diante do conteúdo, enfileirado
e apenas ouvindo o que o professor tem a dizer. Para Luizinho Magalhães,
diretor acadêmico da rede Luminova, é importante que o aluno seja estimulado a
desenvolver a autonomia. "O processo de aprendizagem é mais completo com o
uso de tecnologias, mas a ideia principal é que o aluno assuma protagonismo,
busque por si só resoluções e informações.”, comenta o executivo.
Por outro lado, o uso frequente de celulares e
tablets, consumo de internet e mídias sociais traz luz para outros debates
importantes no convívio em sociedade. Bullying, agressão ou comportamentos
hostis, por exemplo, também estão presentes em ambientes digitais. Combater
isso é tão importante quanto combatê-lo no ambiente escolar. “É esse o cuidado
que a escola deve tomar, prezando sempre pela qualidade de informação, que está
diretamente atrelado à leitura crítica, para que, dessa forma, crianças e
jovens filtrem o que há de melhor e, com isso, tomem decisões coerentes e
responsáveis e levem isso para a vida, tanto dentro, quanto fora da escola”,
finaliza o pedagogo.
Luminova
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