O e-commerce foi um dos segmentos com maior crescimento em 2020, já que de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), apenas entre os meses de março a julho, o Brasil ganhou 150 mil novas lojas virtuais. Além disso, durante o mesmo período, o faturamento aumentou 47%, a maior alta em 20 anos, segundo um levantamento da Ebit/Nielsen. Neste novo cenário, para continuar faturando, tanto os grandes varejistas quanto os pequenos foram forçados a melhorar ou a criar canais de vendas digitais.
O
resultado é que esse mercado conseguiu avançar e quebrar algumas barreiras
existentes no Brasil, implementando mudanças como Voice Commerce e Shoppable,
que tiveram grande impacto no setor, que deve crescer ainda mais este ano.
Confira as 10 principais tendências do varejo online para 2021.
1. Pagamento Instantâneo
Lançado em novembro no Brasil, o PIX, sistema de
pagamento instantâneo desenvolvido pelo Banco Central, tem ajudado as lojas
virtuais a oferecerem uma opção de meio de pagamento para o usuário, mais
rápida e segura que a compra com cartão ou dinheiro. Por ser instantâneo
e operar 24 horas por dia, a novidade acelera o prazo de entrega para o consumidor
final e ainda reduz custos para o varejista.
2. Compras personalizadas
A personalização é o ponto chave para trazer melhores
resultados e experiência de compra para o cliente, sendo um grande diferencial
competitivo em relação às outras marcas. O e-commerce da Nike, por exemplo,
permite que o consumidor personalize quase todos os aspectos de alguns de seus
itens, assim, o cliente consegue escolher produtos da marca como se fosse um
quadro em branco e, a partir de um sistema de configuração, deixar o tênis ou
roupa, por exemplo, exclusivo. Inclusive, eventualmente, trocando a impressão
da logo da marca por seu nome ou outra mensagem.
Contudo,
esse bônus deve ser acompanhado por uma boa gestão e operação, pois, caso o
produto entregue ao cliente tenha algum erro ou não esteja da forma que ele
personalizou, pode se tornar um grande problema.
3. Voice Commerce
No mercado americano, cerca de 20% dos consumidores realizam
compras de produtos através de assistentes virtuais, como a Alexa, da Amazon, e
o Home, do Google Home. Devido ao elevado crescimento e desenvolvimento da
tecnologia de reconhecimento por voz ao longo dos últimos anos, essa tendência
também está chegando ao Brasil.
4. Re-commerce
O re-commerce é basicamente a venda em loja virtual de
produtos usados, já que existe uma grande preocupação em relação à
sustentabilidade do planeta e ao consumo desenfreado de produtos. Muitas
pessoas estão com renda menor devido à crise do covid-19 e, por isso, itens
usados podem ser de grande serventia. Marketplaces como Enjoei e brechós online como o Troc estão cada vez mais em alta, afinal, o
consumo consciente é um estilo de vida para muitos, principalmente para as
novas gerações.
5. Shoppable
Uma série de plataformas estão começando a possibilitar a
realização de compras por meio de seus aplicativos ou QR Codes. Um grande
exemplo é a loja virtual do Instagram, que permite que os produtos sejam
adquiridos direto na rede social. A própria Netflix já prepara um lançamento em
que o consumidor poderá adquirir itens exibidos nas séries e filmes que são
mostrados na plataforma de streaming, usando QR Code. Com essa
facilidade, diversas barreiras de compra são quebradas automaticamente e o
processo se torna muito mais fluido para o cliente.
6. Lojas virtuais interativas
Uma das maiores tendências do e-commerce voltadas para os
nichos de vestuário e decoração são as lojas virtuais interativas. Muitas
pessoas gostam de “provar” ou ao menos ver como ficariam utilizando um
determinado produto e, por meio do uso da realidade virtual, é possível, por
exemplo, experimentar sapatos, vestidos e uma variedade de itens, sem sair de
casa. Marketplaces como Netshoes
e Centauro
já adotaram essa tecnologia em suas plataformas para o uso do consumidor.
7. Inteligência Artificial e Big Data
Essas ferramentas são utilizadas para prever o comportamento
do consumidor dentro do site, proporcionando melhores experiências, baseadas
nos hábitos de compra e em todas as informações do usuário. Apesar de ser
relativamente comum, tende a crescer e melhorar cada vez mais, proporcionando
ao cliente uma experiência completamente personalizada e única.
8. Mobile Commerce
Segundo pesquisa de 2020 do Statista, empresa alemã
especializada em dados de mercado e consumidores, até 2023, 73% das
compras serão feitas por meio de dispositivos móveis. Ter uma loja virtual que
possua um site responsivo, “Mobile Friendly” e que proporcione uma boa
experiência para aqueles que acessam a página através do celular é um grande
diferencial e pode se tornar algo ainda mais relevante no futuro.
9. Assinaturas como modelo de negócio
É possível que muitos e-commerces acabem migrando para
clubes de assinaturas, no qual os usuários são cobrados por planos mensais,
semestrais ou anuais e recebem produtos ou serviços de maneira regular. O Wine, que trabalha com vinhos, e a YVY Brasil, que atua no segmento de produtos de
limpeza, estão entre os principais exemplos de lojas virtuais que já oferecem
esse modelo de compra.
10. Chatbots e Conversational Commerce
Essa é a grande aposta das empresas e marketplaces, já que
os chatbots estão cada vez mais populares, sendo utilizados para um primeiro
contato com o cliente, resolvendo pedidos menos complexos a qualquer hora que o
usuário estiver navegando no site, além de prever comportamentos e hábitos.
Muitos e-commerces estão aderindo à solução com o objetivo de proporcionar
redução de custos operacionais. Em 2020, em meio a pandemia, a Maxmilhas,
travel tech de Belo Horizonte, adotou a tecnologia para fornecer a compra de
passagens aéreas pelo Whatsapp .
Vinicius Ribeiro - Gerente de Marketing do Magis5, Hub de Integração e Automação para vender em Marketplaces
Nenhum comentário:
Postar um comentário