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quarta-feira, 13 de maio de 2020

Open Banking


O open banking é medida estruturante fundamental ao ratificar o caminho do digital, sobretudo em um mundo pós-Covid-19


O recém-criado Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro - DECEM do Banco Central passará por seus primeiros grandes testes com os processos de implantação do open banking, regulamentado no último dia 04 de maio, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), e dos pagamentos instantâneos, ambos com início em 2020.

O open banking é medida estruturante fundamental ao ratificar o caminho do digital, sobretudo em um mundo pós-Covid-19. Ao dar acesso a informações de forma organizada e padronizada sobre os produtos e serviços financeiros consumidos por usuários finais, espera-se precificação mais adequada desses produtos e serviços, contribuindo para a oferta de crédito a taxas de juros melhores para o consumidor final. Sua implantação, no entanto, deverá ser acompanhada atentamente pelo BC para que seus objetivos – inovação, crédito mais eficiente e competitivo e cidadania financeira – sejam atingidos.

“A norma é muito boa do ponto de vista legal. Ela foi feita com base na experiencia internacional, porém, é ainda mais abrangente que a regulamentação do Reino Unido, o grande benchmark do setor”, diz Alexandre Vargas, associado da área de Bancário e Meios de Pagamento do Cescon Barrieu Advogados.

Um dos principais desafios será a efetiva verificação da fluidez das informações, ou seja, o timing em que os dados serão passados entre as instituições do mercado. O Banco Central delegou às instituições participantes do open banking a elaboração de regras para troca de informações, dentro de princípios pre-definidos. “Em um mundo que busca cada vez mais a instantaneidade das informações, a rapidez no compartilhamento de dados e apresentação de soluções influenciam a experiência do consumidor. As entidades de defesa da concorrência deverão estar atentas à criação de obstáculos que podem destruir vantagens competitivas de instituições que se propõem a conceder crédito de forma ágil”, complementa Mauricio Santos, sócio de Bancário e Meios de Pagamento do escritório.


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