51% dos entrevistados
deixaram de concluir alguma transação on-line em virtude desta preocupação ou
medo de cair em fraude/golpe
O Instituto de Pesquisa & Data Analiytics Croma
Insights, realizou 9080 entrevistas divididas em oito ondas no
período de 15 de fevereiro a 29 de abril de 2020, analisando o comportamento do
brasileiro na pandemia Covid-19 Coronavírus. A metodologia usada
foi painel on-line Toluna aplicada em todo o Brasil e analisada pelo
Grupo Croma 1*. Padrões comportamentais, a grande preocupação frente à pandemia
e a insegurança dos entrevistados com os serviços de transações on-line são os
destaques desta nova onda, bem como o surgimento de novas marcas lembradas
pelos brasileiros.
Permanece alto a preocupação da população
brasileira com a pandemia (80%) entre os muitos e os extremamente
preocupados. O impacto financeiro é visível principalmente para o grupo de 26%
que estão sem rendimentos por não poderem trabalhar, mas também atingem outros
grupos como aqueles que já tiveram suas jornadas de trabalho reduzidas (10%) ou
com férias forçadas (10%) e os que já estavam sem emprego antes da pandemia
(15%).
“A indústria e o varejo devem começar imediatamente
a preparar planos de atuação para atender aos sobreviventes da crise, ainda
durante a pandemia e, especialmente, depois dela. Mais do que nunca, marcas
deverão orientar e interferir positivamente e com utilidade o cotidiano das
pessoas, com ofertas de linhas de crédito e muita inovação de alguns negócios.
O mundo já não está mais tolerante a comportamentos herméticos demais. O
momento é totalmente propício para inovar”, afirma Edmar Bulla, CEO do Grupo
Croma.
Transações on-line
As transações on-line, muito utilizadas neste
período, despertam preocupação em relação à segurança envolvida para mais da
metade dos entrevistados (51%), Um fato preocupante é o relato de 1/3 das
pessoas afirmando que deixaram de concluir alguma transação on-line em virtude
dessa preocupação com segurança ou medo de cair em algum golpe/fraude. Caiu o
percentual de entrevistados que acreditam que a vida voltará ao normal em dois
meses (de 50% para 46%), prorrogando a expectativa deste retorno para o segundo
semestre.
As enormes filas mostradas diariamente nos
telejornais comprovam não só a dificuldade de acessos em sistemas digitais como
o medo de perderem o pouco que resta em suas contas, contribuindo assim para o
crescimento de aglomerações e propagação do vírus, visto que muitos ainda
circulam pelas ruas sem o uso de máscaras.
"Uma das grandes barreiras dos brasileiros em
relação à compra on-line sempre foi a exposição de seus dados pessoais e o medo
de golpes. Com o isolamento social, as compras pela internet tornam-se mais
necessárias e mais pessoas passaram a fazê-las, no entanto, a falta de
segurança e a desinformação sobre a quem recorrer em caso de problemas
intensificam o receio em realizar esse tipo de transação', afirma Aurélia
Vicente, diretora do Instituto de Pesquisa e Data Analytics do Grupo Croma.
Hábitos de consumo durante
pandemia e pós-pandemia
80% declaram que já compraram máscaras
reutilizáveis de tecido, indicando uma tendência de uso para o atual momento da
pandemia e também para um período pós-pandemia. Hábitos de consumo de streaming
de vídeos (77%), cozinhar (64%), assistir lives (60%) seguem muito
presentes na quarentena. Na linha de novas tendências para o pós-pandemia vão
se confirmando no pensamento da população o home office (64%), a busca por
novos conhecimentos (58%) e a educação a distância (58%), indicando a
necessidade de adaptação das empresas para este formato não presenciais para o
trabalho, o ensino, serviços e consumos. O hábito de lavar tudo que entra em
casa deve ser mantido por 53% dos entrevistados. O que pode ser um desafio e
oportunidade para os fabricantes de embalagens. Shows, teatros, cinemas e
academias foram os mais prejudicados pelo coronavírus e 62% dos entrevistados
só retomarão os eventos sociais e esportivos depois da vacina contra o
Covid19.
Marcas com posicionamento
positivo
Itaú, Ambev e Magalu, com doações em dinheiro, ajuda a microempresários e produção de álcool em gel, seguem como as marcas mais lembradas durante a pandemia. 89% dos entrevistados consideram positivo o impacto das marcas durante a pandemia, 62% dizem que isso os faz querer consumir produtos ou serviços dessas marcas indicando uma possível fidelidade pós-pandemia.
Itaú, Ambev e Magalu, com doações em dinheiro, ajuda a microempresários e produção de álcool em gel, seguem como as marcas mais lembradas durante a pandemia. 89% dos entrevistados consideram positivo o impacto das marcas durante a pandemia, 62% dizem que isso os faz querer consumir produtos ou serviços dessas marcas indicando uma possível fidelidade pós-pandemia.
Celulares (15%), televisores (8%) e notebooks (7%)
foram os itens de bem de consumo duráveis mais comercializados desde o início
da pandemia, enquanto 60% não compraram nenhum bem de consumo, poupando as
reservas para contas, alimentação e itens de higiene. Para o dia das mães, o
comércio deverá manter as suas portas fechadas, causando a maior queda de
vendas no dia das mães dos últimos anos.
Edmar Bulla - fundador do Grupo Croma, que oferece design de inovação. Graduado pela ESPM possui especializações em Neurociência e Comportamento pela PUCRS e em Marketing Digital por Harvard, além de formações em Música e Filosofia. Atuou em empresas como Nokia, PepsiCo e WPP, ocupando posições regionais e globais. Coautor do livro Líderes de Marketing, é professor e palestrante convidado em eventos no Brasil e exterior. Bulla é apaixonado por conduzir processos de transformação em grandes empresas.
1* Fonte: Pesquisa on-line Toluna. Análise:
Instituto de Pesquisa & Data Analytics Croma Insights.
Onda 1: 19/02/2020 (n = 1.013), Onda 2:
04/03/2020 (n = 995), Onda 3: 18/03/2020 (n = 965), Onda 4:
23/04/2020 (1005), Onda 5: 30/03/2020 (1014), Onda 6: 05/04/2020
(1082), Onda 7: 12/04/2020 (1002), Onda 8: 19/04/2020 (1003), Onda 9:
29/04/2020.
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