Por incrível que possa parecer,
a fortíssima expressão “disruption”, aplicada aos efeitos da pandemia, atingiu
muito mais do que as economias, as empresas e a vida das pessoas. Abalou os
fundamentos. As normas, as práticas, os procedimentos, as
regras, os protocolos, as relações, as leis macro que regem o mundo.
O planeta ficou de ponta cabeça
e com isto perdemos momentaneamente a noção de direção e de equilíbrio! Quase
tudo que sabíamos e fazíamos terá que ser repaginado para fazer novo sentido.
O lado positivo desta freada
brusca a que fomos acometidos, sem air bags, serviu para dar um tranco em
nossas cabeças e ativar nossos cérebros na busca por novas ideias e maneiras de
conviver, trabalhar, evoluir.
A revolução industrial mudou o
mundo no final do século 19 e nos introduziu na era do vapor e do motor. A
revolução pós-industrial, quase 100 anos mais tarde, nos envolveu na era da
tecnologia. Diferentemente das outras revoluções, a revolução viral irá exigir
o máximo dos nossos neurônios para sermos os protagonistas e não as vítimas das
mudanças.
Precisaremos recuperar a
criatividade e a ousadia perdidas na infância. A coragem para experimentar,
inibida pela hierarquia e pela burocracia. A curiosidade para descobrir novos modos
de ser, de viver e de trabalhar. E a humildade para reconhecer que não
precisamos saber tudo e que podemos e devemos abrir as portas para quem nos
provoca, contesta, desafia. Porque é o único jeito de mudar!
Simon M. Franco
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