A Doença de Alzheimer é a forma mais comum
de demência na terceira idade e até 2025 deve acometer 34 milhões de pessoas no
mundo
Dados do IBGE apontam
que em 2050 as pessoas com mais de 60 anos vão representar 29,3% da
população no Brasil, e a expectativa média de vida do
brasileiro passará dos atuais 75 anos para 81. Hoje, a demência atinge, aproximadamente, 5% da população com idade acima de 65
anos e 20% daqueles com mais de 80 anos.
Usualmente associada
ao processo de envelhecimento, a demência é uma doença caracterizada por prejuízos
cognitivos que afetam inicialmente a memória, a noção de tempo e espaço, o
raciocínio e a capacidade de julgamento. Nos estágios mais avançados, apresenta
um comprometimento severo das capacidades cognitivas aproximando-se da
dependência total.
“O impacto da demência
afeta significativamente a família do idoso, principalmente o familiar
designado como cuidador, aquele que se torna responsável por toda rotina de
cuidado”, observa Bruno Leonel Mendes de Abreu, psicólogo do Residencial
Santa Cruz, moradia para pessoas com mais de 60 anos.
Tipo mais comum de
demência, a doença de Alzheimer é a quarta causa mais frequente de morte em
países desenvolvidos. Em 2025, a projeção é de que o Alzheimer atinja 34
milhões de pessoas no mundo, sendo a maioria em países em desenvolvimento,
devido ao envelhecimento dessas populações por um período mais longo.
"Tratar,
estar ao lado, de alguém com Alzheimer é lidar com o declínio das funções
cognitivas, algumas delas resistentes a longo prazo, como habilidades práticas
e motoras, fatos profissionais, informações autobiográficas e conhecimento
semântico (vocabulário, leitura oral, compreensão da linguagem). Já outras,
como o aprendizado de informações não familiares, expressão da linguagem
(nomeação), conteúdo abstrato e “lembrar de recordar”, deterioram-se mais
rapidamente com a idade”, explica o psicólogo do Residencial Santa Cruz, cujo atendimento
psicológico é estendido aos familiares dos residentes que têm
algum tipo de demência, seja de forma individualizada ou palestras relacionadas
ao tema.
Os benefícios do apoio
psicológico vão além da avaliação das capacidades cognitivas do enfermo,
estendem-se para a reabilitação com a
finalidade de melhorar a qualidade de vida dos pacientes e familiares. Trata-se
ainda de conscientizar o paciente a respeito de suas capacidades e
potencializar o aproveitamento das funções, de forma total ou parcialmente
preservadas, através de estratégias compensatórias, aquisição de novas
habilidades e a adaptação às perdas permanentes.
“As adversidades do
cuidado levam, em diversos momentos, os familiares a abdicarem de si em prol do
cuidado do outro. Nesse momento é essencial estar atento na dinâmica familiar e
na detecção do fenômeno do estresse das pessoas mais próximas aos afazeres do
demenciado, prevenindo e promovendo cuidados tanto aos idosos quanto aos seus
familiares”, avalia Bruno Leonel Mendes de Abreu.
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