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Para Cleber Santos,
especialista em comportamento animal, é preciso fazer uma adaptação de maneira
gradual
De acordo com dados divulgados pelo IBGE em
2019, atualmente, existem 193,3 milhões de animais de estimação no
Brasil. Uma pesquisa elaborada pelo Dog Hero, em 2015, identificou que
39% de pessoas que têm pets, possuem o hábito de levar seus pets para viagens,
enquanto 17% dos ouvidos viajam com regularidade com seus bichinhos.
Para Cleber Santos, especialista em
comportamento animal e proprietário da ComportPet, muitos tutores ainda pecam na hora de
transportar seus pets em viagens de carro, tanto curtas como as mais longas.
“Alguns erros simples de se corrigir podem salvar vidas dos animais,
independente de colisão, além de poupar um desgaste psicológico do tutor,
passageiros e principalmente do pet durante a viagem".
Confira as principais dicas elencadas pelo especialista:
Adaptação gradual
Quem tem intenção de realizar uma longa viagem com o cachorro, deve
começar o processo de forma gradual. “O ideal é que o dono comece a fazer
pequenos percursos com o animal, até que ele vá se acostumando a ficar no banco
de trás, com o cinto”, explica Santos. Para ajudar na missão, o especialista
recomenda a recompensa com petiscos que o pet mais gosta.
Ar-condicionado e alimentação
Santos também alerta para o cuidado com a temperatura elevada durante as
viagens “É recomendável que os tutores sempre optem por fazer o transporte com
o ar-condicionado ligado, para evitar que os cachorros não tenham algum tipo de
indisposição durante o trajeto”.
O jejum do animal é uma dica de prevenção para uma viagem sem surpresas.
“Alguns pets podem se enjoar com o movimento do carro durante a viagem, levando
muitos a vomitarem. O ideal é que os pets estejam em jejum de duas horas antes
de iniciarem a viagem”, conclui.
Paradas
“Em trajetos maiores, recomendamos que o condutor do veículo faça pequenas
paradas a cada 2h, para que o animal possa tomar um pouco de água e fazer suas
necessidades”.
Jamais deixe seu pet trancado no carro para se alimentar ou mesmo ir ao
banheiro. De acordo com alguns números de óbitos de animais por asfixia, 90
minutos em local fechado basta para que o pet fique sem oxigenação, podendo ir
a óbito.
Legislação
O Código Brasileiro de Trânsito (CBT) apresenta algumas proibições em
relação ao transporte de animais. O artigo 252, por exemplo, prevê infração
média para quem dirigir veículos transportando pessoas, animais ou volumes à
sua esquerda ou entre braços e pernas.
Cleber
Santos - Especialista em comportamento animal, atua como
adestrador de cães há 12 anos, quando cuidava do canil de treinamento durante o
serviço militar. Trabalhou para grandes canis do interior de São Paulo,
treinando cães de policiais de todo o Brasil. Além da experiência profissional,
fez diversos cursos, estágios e especializações, inclusive em outros países -
Canadá, Estados Unidos, Argentina, Chile e Alemanha. Desde 2010, está também à
frente da ComportPet, centro que oferece consultoria comportamental,
adestramento e serviços de hotelaria e creche, além de atendimento veterinário,
estética animal e terapias alternativas para pets, como a musicoterapia. É um
dos únicos profissionais do Brasil que também adestra gatos, e vem sendo
requisitado como adestrador de pets de famosos, entre eles o DJ Alok.
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