Segundo
a OMS, uma a cada dez mulheres sofre com isso
Doença caracterizada pela infiltração do miométrio
(musculatura do útero) pelo endométrio (parte do aparelho genital feminino onde
se forma a menstruação) a adenomiose pode levar à formação de substâncias
inflamatórias causadoras de cólicas menstruais, muitas vezes incapacitantes,
bem como ao aumento do sangramento mensal, a ponto de causar anemia.
Segundo o ginecologista Alexandre Zabeu Rossi, alguns sinais
podem ajudar no diagnóstico precoce desse quadro, o que constitui importante
aspecto para se evitar a perda do útero.
“Os principais sintomas da adenomiose são cólicas fortes,
fluxo excessivo, dores menstruais de caráter progressivo e sangramento aumentado
no período menstrual, patologia que geralmente atinge mulheres a partir dos 35
anos, independentemente de ter filhos ou não”, explica o médico.
Já o diagnóstico é feito pelo quadro clínico e por meio
de ultrassom conduzido por profissional experiente, ou então ressonância
magnética da pelve e do útero, embora a confirmação só ocorra mesmo após a
retirada do órgão (histerectomia) e seu consequente exame anatomopatológico.
Cabe à mulher, por sua vez, ficar sempre atenta ao
intenso fluxo menstrual e às cólicas, procurando regularmente o ginecologista
para descartar a ocorrência de miomas ou outras doenças do útero, bem como
tratá-las precocemente, caso sejam detectadas. “Mas quando o médico esgota as
possibilidades de investigação clínica, bem como de tratamento ambulatorial, é
necessário partir para a cirurgia de retirada do útero”, acrescenta o
especialista.
Com relação aos recursos clínicos para tratar a doença,
principalmente em mulheres que não tiveram filhos, ele inclui o uso de
medicamentos hormonais e Dispositivos Intra Ulterinos (DIUs) igualmente
contendo hormônio, havendo ainda opção cirúrgica de não retirada do útero como
a histeroscopia com ablação do endométrio, isto é, remoção apenas da parte
interna do órgão acometida pela adenomiose.
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