1. A aplicação de insulina causa dependência ou
pode ser viciante.
MENTIRA.
A aplicação da insulina não causa nenhum tipo de
dependência química ou psíquica. Todos nós precisamos do hormônio insulina,
produzido naturalmente pelo pâncreas para metabolizar o açúcar no sangue,
tornando-o fonte de energia. Quando há disfunção nessa produção, o paciente é
diagnosticado com diabetes e, em determinados casos, há necessidade de
reposição com aplicações diárias injetáveis do hormônio.
Aqueles que são diagnosticados com diabetes tipo 1
são insulino-dependentes, mas não pela aplicação causar dependência, e sim pelo
fato de produzirem pouca ou nenhuma insulina.
2. Passar a ter que aplicar a insulina é culpa do
paciente, que falhou no controle da glicemia.
MENTIRA.
O paciente diagnosticado com diabetes tipo 1 faz
uso da insulina diariamente. Já o paciente com diabetes tipo 2 passa a fazer
uso das injeções quando os ajustes na alimentação e os medicamentos
antidiabéticos passar a não ser suficientes para controlar o nível de açúcar no
sangue. A doença é progressiva e o paciente não deve se sentir culpado por ter
a necessidade de utilizar a insulina.
3. As injeções para aplicação de insulina são muito
dolorosas.
MENTIRA.
O paciente não precisa ter medo de aplicar as
injeções de insulina. As agulhas são muito pequenas e finas e, por isso, a
aplicação não é dolorosa, causando apenas um incômodo.
4. Quem está aplicando insulina não deve consumir
bebidas alcoólicas.
MENTIRA.
O consumo de bebidas alcóolicas é permitido para
pacientes diagnosticados com diabetes, sejam aqueles em uso de insulina ou não,
de maneira moderada e junto a uma refeição, para que não haja desequilíbrio na
taxa de glicose no sangue e evitando a possibilidade de uma hipoglicemia. É
importante que o paciente esteja atento também ao tipo de bebida que está
consumindo. As destiladas, por não serem feitas à base de carboidratos, tem
baixo índice glicêmico. Já as bebidas fermentadas, à base de glicose ou muito
doces, possuem alto teor glicêmico.
5. Existe a hora certa para aplicar a
insulina.
VERDADE.
Existem quatro tipos de insulina que se diferenciam
pelo seu tempo de ação e justamente pelo momento em que devem ser aplicadas.
As de ação lenta ou prolongada mantém sua
quantidade constante no sangue durante cerca de 24 horas e por isso devem ser
tomadas apenas uma vez ao dia. Entre elas estão as do tipo Glargina, que são
semelhantes a insulina humana e produzidas a partir de DNA recombinante, durando
mais de 30 horas.
As de ação intermediária agem por cerca de metade
do dia, entre 12 e 18 horas, e devem ser usadas de duas a três vezes
diariamente. Aquelas que possuem ação rápida devem ser aplicadas 30 minutos
antes das refeições, três vezes ao dia, auxiliando na manutenção dos níveis de
glicose logo após a alimentação. Já as de ação ultrarrápida têm efeito imediato
e precisam ser tomadas imediatamente antes de comer ou logo após, a depender do
caso.
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