O dia da
Conscientização Nacional do Controle de Infecções hospitalares acontece no dia
15 de maio. Ambientes de saúde, que incluem os laboratórios de análises
clínicas, devem estar atento a novas ameaças
Toda
infecção adquirida durante a internação em hospitais ou relacionada a algum
procedimento realizado no local é considerada uma infecção hospitalar. O termo
foi recentemente substituído Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS),
passando a englobar, também, as infecções provenientes a procedimentos
ambulatoriais.
No ano passado, um relatório do
Banco Mundial, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)
e Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que em países de renda alta, pelo
menos 7% dos pacientes internados vão adquirir alguma infecção durante a
internação hospitalar. Já em países de renda baixa, esse índice sobe para 10%.
O documento aponta ainda que as causas mais comuns das infecções são erros de
medicação, práticas clínicas inseguras e falta de treinamento de profissionais
de saúde.
Neste ano, um novo elemento foi
apontado como causa da incidência de infecções hospitalares: os fungos
multirresistentes. De acordo com um estudo realizado no Instituto de
Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP), normalmente, um fungo só
afeta pessoas com o sistema imunológico já comprometido. Entretanto, existem
algumas outras espécies de fungos que são capazes de infectar, também,
pacientes em situações delicadas de internação. Esse é o caso do Candida auris, que foi manchete
de várias notícias pelo mundo devido às mortes causadas por ele.
Normalmente encontrado na pele
e mucosa das pessoas, este superfungo, até então, não era preocupante. Contudo,
segundo uma reportagem divulgada pelo jornal The New York Times, há uma forma mais
perigosa se espalhando pelo mundo. Isso porque essa versão de Candida auris é resistente a
todas as três classes de substâncias antifúngicas, diferentemente dos outros
subtipos desse fungo.
Outro motivo de preocupação
para os especialistas é que o superfungo também pode ser facilmente transmitido
por diversos materiais hospitalares como estetoscópios, medidor de pressão,
macas e termômetros. Nesse contexto, o estudo realizado na USP mostra que as
infecções hospitalares causadas pelos fungos multirresistentes devem se tornar
cada vez mais comum.
Alerta para hospitais e ambientes
de saúde
Embora o superfungo esteja
preocupando especialistas, já que muito pouco é sabido sobre esse subtipo, há
estudos que apontam a causa da evolução da resistência das espécies aos
medicamentos. Durante décadas, profissionais da saúde alertaram sobre a relação
do uso excessivo de antibióticos e de sua capacidade de combater infecções
bacterianas. O problema relativo ao superfungo pode, portanto, estar ligado ao
uso excessivo de antifúngicos.
A pesquisa realizada pela USP
aponta que o uso de defensivos agrícolas, com antifúngicos na composição,
impactam diretamente na resistência do fungo aos variados tipos de medicamentos
que existem no mercado. Outro fator que contribui para o surgimento dos
superfungos, segundo o estudo, são mudanças climáticas, já que os fungos tendem
a se desenvolver em temperaturas mais elevadas.
Apesar da
extensão do problema, a população não precisa entrar em alarde, garante
pesquisadores da USP. O superfungo não apresenta riscos para as pessoas no
geral. A preocupação maior deve ser para os sistemas de saúde, ambientes
hospitalares, clínicas, laboratórios e outros locais que precisam se preparar
para lidar com essa nova possibilidade de infecção dentro dos ambientes em que
a saúde é o objetivo.
Hospitalar
Um dos maiores eventos do setor da saúde das Américas, a Feira Hospitalar, acontece entre os dias 21 e 24 de maio. no Expo Center Norte, em São Paulo. A Labtest marca presença na Hospitalar e apresentará seu portfólio de reagentes e equipamentos, como reagentes para diagnóstico in vitro nas linhas de bioquímica, turbidimetria, hematologia, quimioluminescência, aglutinação, uroanálise, testes rápidos, anticoagulantes e veterinária, além dos analisadores automáticos de bioquímica e turbidimetria, analisadores hematológicos com diferencial de 3 e 5 partes para leucócitos, analisador semiautomático para quimioluminescência, analisadores bioquímicos e hematológicos para análises clínicas veterinária.
A Labtest estará no Pavilhão da ABIMO: Pavilhão Azul, rua 2-30, do Centro de Convenções. Para outras informações, acesse aqui
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