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domingo, 5 de maio de 2019

Como a alimentação na gravidez pode beneficiar o desenvolvimento do bebê



Pesquisa recente apontou que consumo de gordura na gravidez pode alterar estrutura do cérebro do feto, influenciando até a futura silhueta, já na vida adulta


Optar por alimentos com maiores valores nutricionais, evitar aumento de peso exacerbado e estar atenta para as porções ingeridas a cada refeição se tornam rotina das mamães nos nove meses de gravidez. Mas também atentos para esses detalhes, cientistas da Universidade de Yale (EUA) divulgaram recentemente resultados de um teste que reforça essas e outras recomendações, inclusive, um alerta para ingestão de gordura que, frequente, pode afetar o hipotálamo, região do cérebro ligado ao metabolismo. Essas primeiras evidências do estudo também possibilitaram aos cientistas indicar que nem sempre filhos de pais acima do peso seguirão esse perfil e que, sobretudo, essa história pode mudar a partir da gestação.

“A pesquisa reforça que uma boa alimentação desde a gestação até a amamentação e, depois, também mantendo cuidado para os nutrientes necessários ao bebê nos primeiros anos de vida,  são de fato fundamentais para a saúde da criança como um todo, inclusive, para o seu desenvolvimento neurológico”, reforça Dr. Carlos Politano, obstetra e ginecologista formado pela Unicamp e presidente da SOGESP/Campinas (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo). O especialista complementa que, na primeira metade da gravidez, as mamães precisam de 2,8 mil Kcal, saltando para 3,3 mil Kcal, nos meses restantes e, para atingir esses níveis, elas devem realizar de seis a oito refeições diárias, observando-se aumento de 9Kg a 12Kg, de forma gradual.

“Os hábitos alimentares no Brasil já conduzem a uma nutrição mais equilibrada, por destacar carboidratos, ferro, vitaminas A, C, minerais, entre outros. Mesmo assim, a suplementação se faz necessária para complementar todas as recomendações nutricionais à mamãe e, consequentemente, ao feto”, explica. As mamães podem encontrar esses nutrientes até em cápsulas, por exemplo, que agregam as vitaminas A, C, D, E, e do complexo B, além de ferro, zinco, manganês e Ômega 3, entre outros que propiciam vitalidade à gestante e ao bebê.

Àquelas que estão planejando a gravidez, em conversa com o seu especialista, pode adicionar o ácido fólico na alimentação, tanto que a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) reforça essa recomendação, com uso dessa vitamina desde o período pré-concepcional até a 12ª semana da gravidez, de forma preventiva, evitando defeitos do fechamento do tubo neural dos fetos. As vitaminas B6, B1 e B12 são também importantes por estarem relacionadas na formação de glóbulos vermelhos e brancos; e por influenciarem no crescimento do feto.

Já a partir do quarto mês, o feto exigirá níveis maiores de ferro, além do cálcio, para seu crescimento, formação de órgãos e o Ômega 3 assume papel fundamental no final da gestação, apoiando o desenvolvimento cognitivo do bebê. A mamãe deve estar atenta ao acompanhamento com médico especialista, pois tais poli vitamínicos se mantêm no cardápio da mamãe mesmo após o parto, evitando quadros de depressão, além de manter níveis ideais de nutrientes ao bebê, na amamentação. Entre esses poli vitamínicos também evitam quadros de enjoo ou mal estar pontuais, por terem propriedades que facilitam a absorção pelo organismo, relacionando em seus elementos apenas corantes naturais nas cápsulas.



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